A Provincia do Pará 26 de Outubro de 1947

!LETRAS EARTES I Ó. L. . - d 1 1 \ . ílO\íà • poesia ~rancesa p o EM 1vros para as a o escentes Valdemar CAVALCANTI U.\ um aspecto hun:ario a &lllnalar ne..e 1e0nt.eclruento lllen\t!o que ~ o reaparrclmento, em r.ovos moldea, ~a Coleçlo .Mm.J1a e Moça. Todos nbem<Jo que as menlnotaa brullelraa ll1G Unham J qse ler. Quando lhea deaabrochava o gõat~ p,io ro– mam e. vlam~e fGrç&da;c à m&IJ'& ração de literatura dealdra· t11da. fornectd&S pelaá btblloteca.s cór-de-rooa. Por falta de col6& melhor, !!UbmetJ.am:·se a uma dieta extremamente pobre, <t'te aa conduzia Mm r~dlo a um estado lamentAvel de avtt&ir.looae l!tenir!a. Delly, Ardei , Chantepleure abrtam-lhea aa porta.a de um munc!o Irreal. povoado de criaturas feitas de 10nho e 'b::lua• de:; t!"al mrntlras ~ ...nvendonals. Mal amanhecendo para a vida, ., •.., adole,c,nte, Unham a aenalbllldade, J6. de ai apurada pela Idade, detptrta para as hlatór!aa lacrlmogtnea.a, aa palxõu con· trartaau o, namoro., e,-tmil, 01 casamentos sem sentJ.do, que d.o, a:lnAl, o recheio do comum does romances para moças. Nio pa...."13.m db5o, . uma cost:ttetr1nha. p::,br..! que um belo dla al~ça o cornçA.o arrogante de um Jo\"em art,tocrat& ou o moço 1ntellz que d!! rep~nte descobre a sua Gata Borralheira; em rt.5UJOO : o deslmr m<>nótono de alguna deat.lnoa humanoo t. proc:un. de um happy end". coe.a própria para acender o ra.,Ulho dos tnsuntos e rnratzar realques tremendos. Toda usa dlatorção da nawrez. humana to<!4 essa faJaWcaçio grosseira da reali– dade aocial servem apenas para Incutir no esplrlto ainda em fonunção um sen,,o errõneo da vida. Dai aa mulw e dcau· pero.das dectpçõea que .,. moc:lnhaa sentem quando aum aeaae mundo dcstttuldo de verdsde e desembocam no quolld!ano dU exfsrnc!aa vulgares. n1naº v~a!'J: :fo1: =~ - f~~~J:~t~J~; dU!ctl e corr,plexo, não escapou ao lacto de um editor lAu!– lwo, a qurm não falta nem experl!nc!a nem audklo . .!'oi o meu am110 J~ Olym~lo quem, vai para mala de dez :i.noa, u 1cmbrou a• orpnlzar uma biblioteca eapte!al para u =t– now . 6utgli, então a ~rlmttlva Coleçlo Menina e Moça cujos -::iu:a_:;.~.':; J':"b~o •=:_ªr.'~~r":e~~ zln";:' .:r.c~.agora ntomad&, oom outro upec:to. 8lo boje ltvr°" atraentes, pela aua letçlo grillca. Quanto à nawreu dU no\"daa, u ,ettoru d.e menortdade que o dip.m : um encanto ~•u~'t;!'!.te.::;.e~~-;;;:•=.,=d':,mt,o"na~~ ~~ rc.1::.~:~ a 1 ª~~= aeenr1:~co au~efr~"":ta':° 1 = 1 e.a~ um eaforço 1ouvável, L1uto mal& quando se verUlca nwp mo• menw em c,:,ue o livro braaUetro atravesaa. os aeua piores dJ&I ,. ctl&e. NOVO LIVRO DE QD,BERTO FREYRE Gilberto Freyre, que hi aJaung mesea ae encontra em Pernam· buco, onde eat6. ult.lm& ndo d!Vu- 101 trabalhos, Já tem t1m novo livro no pr~lo. Intitula-se a obra do ilustre autor de "Inter– pret&çlo do Brull", o mala re– cente doo aeua grandea sueeuos de anAl1Je aocla.J e hilt6rtca, " ln- ~~en~ :A~<!' =~t :Uf~F.!.em ~u~ocuJ,,tur;~~.8~ clõloco de • caaa Grande e Ben· =,:itai: ~~t~d~ Sousa, deveri aparecer em breve na coleçlo Documentoo BruUel– roa, numa e= d& Livraria ~~~~fm~re.toiain~~r~: ceaoo de critica e de póbltco que 1ua obra a.ntcr1or J' mereceu. REMARQUE CJDADAO AMERICANO Erich MArla Remarque, o la· znoao eacrttor alemlo autor & ~=f~' ,g~ "~co~ obtendo muJto auces.,o ~e Uvra· ria, principalmente em 8. Paulo, e que em breve trem.01 ualst1r em vudo clnema1-iflca com Oharlea Boyer e Ingrld Ber– ~an, aegundo lnformam de ~~l~)~~~~~ur:: muque p:,uou a residir nos Es- ~:°3. 0:doo J::'~te;.:iJ:.; t.enGo 1: da Alemanha Jogo depola da aacendo de Hitler ao poder. Mundlalm•te conhecido como a.ntJ·nula~. o ramoso r~ m&Dclata eateve quase a 1er ln· ternado num campo de concen• tração, de onde certamente nlo eacapar!a como nlo escaparam 1númroo ouuos tntml1oa do ht• t.lertsmo. "/uco do Triunfo"; uu ultlmo romance, tol tradu• zldo - Wanda Murgel de cu- = ~tor! ~:!~~:' a~~= do pelos leltorea btutlelroa em aeru. pelos escrltoru e pela cnuca, como uma das maia no-– Uvels reallzaçõea lltet6.rla1 do autor, que de.ade a utrf:la nad.t. f:U~~::.::nt:1~~::; d: alncero. LEITURA A DOMICILIO A blbUoteca de Oalo, caplt.al da Noruega, eonta atu11lmente com um acervo de 353.000 volumes, doa qual& 150.000 em clrculaçlo quaae permanente. Pota, na vudsde, o habito <IA leitura a dom.1dllo delenvolveu-ae extra– ordinariamente na bela cidade nórdlca, tendo o movimento de empr~lrnoo de Uvn,e, pela cl· tada biblioteca, atln)fldo DOI 01- tlmoo 12 meaea, cerca de 3.000 volumea - dia, deacontando-le domtngos e fer!adoo. Depola da ~~ B1:i:~ª O&f:5l': adquiriu cerca de 36.000 novoa llvros afim de aatllfa.ur a cres– cente procura por parte do pd· bllco. No BruU, a Biblioteca Municipal de Slo Paulo lambem ta.z emprbtlmOe de Uvroa a do--– mlclllo, embora nlo tenha aln- :es:,~~=én~lcf,_d~: congenere norueguesa . PROX1MA8 EDIÇOES w~~~~t~~·~":i CoUe1e. de S'ambrldge. Tradu– ção de ctaudlo de ArauJo Lima, ~!.. ~ ~~ue;~. = :: ~od!I_P<?.1x :i:~t~ Rome Hanka", romance de Jo-– aeph Stanley Penei!. tradUJldo por Bolena Benevldea Viana, para a Coleçlo l'ogoo Cruudoo. "Do fUDdo da noite", u famo– ua memórlu do agitador Jan Valtln. agora em terceira edl· çlo. Um d01 Uvr01 de maior su– ceuo no 1enero. que o nouo pO. .. bltco lr6. tu oportunidade de ~er :i~.!1'~~ b:;em.;~ gunds edlçlo. Traduçlo de i\lnnfo Cout.lnho. "A Dama doo Oravoau, o novo romance de A. J. Crontn, DWIJ& traduçlo de Oaórlo Borba para a ôoleçlo l"olos Cruzados. UM P.OVO llOMANClSTA Nelson TabaJara. ..altor pau– u.ta o diplomata de carreira, que ji noo deu hi ataun& an01 " Roteiro do Oriente". lmpres– lbe.s de v1a1ens, vat utrear aco– ra no rc,mance. CUlto e lntell– ,:ent.e, t.e.udo acumulado no de– curso de aua.a vla1ena como dl• ~=~e~ e~;:~nah~~ Ullln&s. Nelaon TabaJara lnlcl&n 1,ua e&ndra de romancllta com o livro .. Um herói lmperfelto". tm que tatuda um cuo de du- ~~ahJ'°=d!n~e~ioaà ºL:: :~:~~-~1rtº .';~\.~! do novo flCJconbta ao p'llbllco brutloL-o. Não t.e.m a.Ido devlda.m,nt.e eatlmada, a,qul ou algurea, a re. JaçAo entro o que ~ria.moa o e,tado Sdeolostco e a forma– çlLo das corrrnte5 art!.,.tka, e llte.rf.rlu un cada fpoc.3. ou 10Cte– dade. No e.manto ~m ,Ja acredlt.a.mOG 1mposatvd a lntei11en• ela dos movl.::ientoa deJM. naturua.. l4as, de/lnalII06 6e:rde Jogo os termos, na aoepçAo eapec!al qu, 1hec atnbue 1} ma.rx.amo. Re.Oexo da e.xlate.nc.la, a t<leolo– ala 6 um. ex;,res&ão da cc.,ncle.ncla aocbl : com auu fort:n&S au– t.oma& - Pollt.lca c.le.nc :1, rtlls:llo, fUoaofl& - ~ r.e.mprt. um conjunto rte repreaentaçõcs em que ae o.rc1enam e ae u:pandtm OI tnte.resse.J e as aaplnÇ'Uta daa c.laaaes em preKnç.a. Naa comu– nidadts unan!me-.. blo ~. nu comunldades em que u cloaaes ~eJ!°rc!~!(c~= e \.:~~f: :rrm~~r:!'\1::; altu. por falta de d~m·olvlmeoto da 5ua proprla coocter1cta. em COOICQUWC'la da fo.lb de desenvolvimento du forç.u de ~ duçAo. ht tnvaru., ·elme.nu . re.laUva untdade 1deolog1ca : a mor&.l e t1 arte, pJt exemplo, coóa uma de pu 51, revelam n1o "\ um conteudo nomogeneo con,o ainda. e aobret.udo. sen.,tvel conatan– ela de d.it "\.-çàu e de &entJdo. O bem e o be.lo d.o o belo e o bem para todoa. NC.O dlveracm nunca, at o lde.::i.l na vtda ou a ea~ pen.nça na. morte na terra, como no :lltm, brUha.m 01 tr.1.•moa alvo.,, Llpos < padr6o.,, aberto& à amblçlo Imitativa e dl,:Jpll· nada do grupo A origwalldade lndlvldual nlo vai. nl:, pode, ir, renão a~ tAS lln1lt,e5 dl', uecuç&o : ? tundo i comum a 1.><101. E eolc~\"O -- Neaao.s ccndlções, antes de wdo cond.1çõea mate· rlaJa óe exi..,Ullcl.a ~ c,•icante que o "'estado ldtoloa:lco" l\i de Kr KDC'talrnente um u~tema coe.rente. .:::· eue. por ,.-~ntura. o caao do DOJIO tempo 7 Não eetA cluo. Vh·emoe l<>b o 1lgno da muJUptlc!dade. Deid.e q·Je, na estclra dOI povos lndtutrtals, com?çamos a diaUn- 1ulr tnU-e cla.s«1 dlrtgcntes e clu..'f:s extcut.anta, \.-OmeÇAmos lgual:!'lentc "" tomar col!heclm.nto do proces..,o de destntegnaç:Ao da ldeo?ovla buraueu.. ,-louve quem divergt-55e, e dtnratss, pro– arculvt.n..rnte d01 conc,tto. poUttcoa ou relliiolo&, rlloJOflcos ou Jurtt'J 1 co.: que, em conjunto, e harmonJo&amente, ln(orma– wam e d~11un a no..sa existe.nela histórica. A ba.se d, llO&.,A : vi~~ ~~lCz ~lh.otz~l~l~~~~l~~~l\!t~~~o~ em dUvtt1a com ela, a tuperut.rutura. lnt.e.lra. Quer dlte.r : a.s relações de propr.edade, como a.s lrutli.utçõea e u concc;?Çõu mala abstratas. a el:1.t lJ1t1du direta ou tmt-Giatamente Coram encontr&fülo 1 e enoont'"ando em núme.ro umpre cruce.nt.e. quem 31 con1enu&e: por uma tn-e.med.l\WI Inadequação ª" nl,.•el ~ºvi~ ~rr:!i~uv;~::çiuc!n:un~~~~: ~- et;~~r~~ pela tramfurmaçãn &ocl.U. Era ao ladu do antlgo, um novo PL1- tema. de uplraçõe1 , de ,nte.reuu, que sur1ta wna non 1deo– lolla /\ !d~IOJU' aoc,la;tbta, em fonnaçlo, que K contraT)Ullha aaim l ldrologla burguua em duagrqamento . · ' Todrwla, e. OOMa mucha para o aoc.lalJamo hoje, C0mo on- 1.em paza o t'Clpllallamo. f a marcha t:C" um pc,vo que ehtgou tarde à h.Ja;tórl:l. Evólulmoa, de.ade o ano cabra.Uno de 1600 tob a aç;o da,. le~ do deaenroh1mento combinado. E se, de mod~ ;:e– ral, no.o ext.,te est:Ldo IOC'lal puro, a concomtt.o.ncla, em que Im– porta o dC'6t:nvolvtment.o comblnado. tem de modo o.1pec.lal qual– quer roba de coatlcq. Pode.ttm01 ver L5lo mdbor estud.ant'o 05 DYJ\1?nem03 Uterinos do-e nov01, reunido.a vla de rqn tm tor– no c1c revlstaa, como em P'Ortaltz.a, em CUrlUba ou cm Belo • Horfaont.t. E' na tranal~ da bora que pu.s,a, uma outra mul– t.lpltcaçlo da· Jwguaa. Uma ,'<Ilia a Babel. Q pri:nelro m1muo do "'Ed.Ufc.lo" l■.nçado em Janeiro de JC~ por um )lnlpo mtnttro, caracterizava de maneira !Ao ptt- ~::ai:. ~*gªU::':"' 1 c\~101n'°0ru~~~~ ~c1r~· 1 â"-~ '1m.a eplgr&f., : ora, o Gl•. Carloa D.rumond de Andrade, que "J)ret~tr. M'f • ~ ~,o tãr,i,ô, 6 contndtt.ori&meotc. na IU& pou,a, hr:-rmetfco e llbe.rl& r1o, 6 um repreaentante a.;onlado e luctJtt da t1mldez pequrno ·bur1ue.sa - que 01eUa entre :i revo-- =~~:1&~~~~~':•ºJJ~u: =~~r~ se: : ~& q~t-d;~ 1 Exl&te uma tradição de limpidez e harmonia na poe– ala francesa que lhe confe– re multaa vezea um aspecto de didatismo, não multo poético, na verdade. (La Fontalne e Bolleau seriam apoentes máximos deasa tradição) . Murilo M!<,;NDES Algum querem ver nele um Iniciado de Kabala (embcra o poeta tenha escrito tod11 a •ua obra na França, antes dos 20 anos) , outroa alistam– no entre os •'lúcidos", como por exemplo E . Noulet, que cita como prova este trecho du Voyant : "La premlêre étude de l'homme qul veut être poéte ut oa propre con– nalasance toute mtlére... u s'aglt de falre l'àme mons– trueuse". poesia e retoma o facho da tradição dos trovadores, de Musset e de Apollnalre, che – gando mesmo a Imitar Ca– mões . Num livro voluntaria– mente polltlco, num livro In– teressado como II Au Rendez– vous Allemand" de Paul Elu– ard, a parte extra-polltlca, r. parte llrlca e lntrospectlvR ainda é multo grande, para quem qulaer ler 'direito . Constatamos. pois, que exi!lte Invenção e fantasia no. poesia objetiva que •e levan– tou para ajudar a repelir o Invasor: o Invasor que pre– tendia suprimir as liberda– des humanas, e esta, eviden– temente maior aos olhos dum poeta - a de viver com a poesia e pela poesia . xerto de t.splrlto não con!or– mlata, multaa voeu desOllpe– rado ou cruel, na antiga tra– dição . A aliança produz si– tuações dê contra.ste multo vivas e fascinantes. Os prin– cipais fatores dt.sta opera– ção da poe.sla com a lntell– gencla e o mito, desta trana– fusão da realidade no plano alegórico. chd.mam-se Plerro Jean Jouve, Paul Eluard, Aragon, René Laport.e Pa– trlce de La Tour du Pln, Ple.rre Emmanuel, Jean Cay– rol, Loys Masson, Luc Es– tang, Luc Decaunt.s. Jean Cassou, Toursky, GuJJJevfc. Sobre eles tenciono escre– ver posteriormente alguma.s notas. Max MARTINS - (Para A PROVIlfCU 00 PAU'I HA' MUITAS COISAS QUZ BU 0081'0 SABOREIO ! AMO. O JEITO DE MARIA OS SEIOS DB MARIA OS OC1JLOf3 DE MARIA OS OLHOS SE ALIMENTAM COM AROO-IRJS EM OITO HORAS DL\RIAS DE PAISAGEM ~ E DFBCANÇO SEM:INAL COM umART. QUANDO ~ JUU JARDIM SO' O VOO D06 MAROIANOS. TODOS ACHARAM QtJJ: EU ERA DOIDO. MAS EM VERDADE, O AZUL ME BBPARA DO Mt7!m0 E DAS POLICIAS. Evidentemente •= qua– lldadt.s de clareza e harmo– nia estão na base do pró– prio espirita francês . Mu ext.tem outras correntes es– plrltua.Ls na poesia trance– .a que participam do herrue– t!.smo e do misticismo, !n!lu– enctu vinda., há oéculos do Orlente, estabelecendo uma conotante de magia e sim– bolo que auume grande lm– portancla, por exemplo, cm "Le Roman de la Rose". Es– se 8imbol!&mo existe não só através da decantação du palavras, mu tambem na própria trama da obra. O apelo renova-se em todos os tempos, e não apenas na.s época.s dltaa "obscurantl•· taa" . Durante a Revolução Francesa, em pleno •éculo XVIlI doa Enclclopedlsta.s e dos materlallataa a tradição esoterlca vinda d.o Oriente reacendeu-se com um vigor extraordlnárlo, determinan– do a fundação da seita doa Ilumlnadoa. Diversos exegetaa, até ao n,centwlmo poeta Mlchel Manou, pesquisaram traçcs de nntl-raclonallsmo na poe– sia francesa, encontrando– oa em Vlllon, .naturalmente em Maurtce Sc~ve, mesmo em Racine . Não vamos abrir aqui um debate. Náo vamos procurar prova.s que permi– tam enquadrar tal ou qual poeta no ocultismo ou na magia . Não adianta colocar etlquetaa noa poetas. Quere– moa 1tpena.s a.sslnalar ten– dencla.s super-raclona.llsto.s existentes. tendenclas mais próprla.s ao espirita oriental e que se tem querido negar aos franceses . . . No caso particular de Rlmbaud, não poaao dar razão a E . Noulet, po!.s não aceito a lncompatl– bllldade entre a lucidez e a puqulza de elementos auper– raclonal5 ou extra-racionais: a figura de Poe Uustra ad– miravelmente este conceito. Se a poesia é o real abso– luto terá a força de desposar todas aa formas que Irão compor a sua trama comple– xa: Inclusive a catastrofe poderá servi-la porque ela a ultrapassa no seu lmpeto pa– ra a Imortalidade. E aqui to– camo., um ponto Importante. existindo no tempo, a poesl& não se resigna a se circuns– crever no tempo. A vida ln– temporal é a aspiração ex– trema dos poetaa e dos ar– ti..taa maduros - a começar pelo exilado pollt!co Dante. "Continuo a dese Jar para o 8rdsil." Mai.. tarde, Oerad de Ner– val fez a viagem ao Oriente para t.studar (ln loco) oa ll– vroa da Kabala; tornando-•• um Iniciado deu-nos em "Aur~lla" e nos lncompara– vei.. sonetos de ''Lell Chlmé– res" o re.mltado artbtclo d• suu pesqul&u. Sabemoa o quanto Balzac - e aqui ln– clulmo-lo arbitrariamente entre oa poetas - ae lnte– reaaou pela teosofia que dei• xou vestlgloa em aua obra. Baudelaire lluplra-ae tam– bem em Swedenborg. Victor Hugo não é aó o au– tor doa poema& raclona.Ls de ''la Feullles d'Automne" e "Les Chatlmenta" é o autor de "Dleu" e "La F1n de Sa– tan" - doa livros de carater excepcional em toda a lite– ratura !rance5a, - de "La Oerbe", de certos poemu transcendentes de ''la Con - templatlona" e "La Legende dt.s Blécle"a. Vlc~r Hugo era um apaixonado da.s experl– encla.s esplrlta.s, tentando và– rlaa veze.s comunJcar-se com o além-twnulo. principal– mente depo!.s da morte de sua filha. afogada no Sena. O1ado vlslonê.r!o da aua Ptr• sonalldade é tão forte que ele o projetou mesmo no ro– m&nce aoc!al . Dai as dimen– sões fanta.sma16r!caa de "Les M!Jérables", obra que tanto ...capa à. chatice que cara– ctettza a maior parte dos ro– mances ottclalmente "so– c!als". Quanto a Mallarmé o u– aunto é dl.acutldlaslmo, ha– vendo hoje crltlc0& catego– r!zad0& que rejeitam a sua participação no ocultl&mo, apolando-ae em algum artl• goa publicados pelo poeta em ''The Natlonal Observer". Parece que para Mallarmé a preocupação com o mlstt!rln fixou-se nlato: clrcunacrev~– lo à própria criação poéti– ca . E' multo elucidativo o fato de que Mallarmé tenhn apontado a mtlslca como ar– te privilegiada, no sentido de &ua escrita determina um Isolamento do artista, pon– do-o ao abrigo do profano. Rlmbeaud tambem foi tido como ocultlata, maa sobre Rlmbaud exl•te toda uma literatura. e a.s Interpreta– ções divergem até ao lnll– nlto . RONDA DOS LIVROS Poe, um doa homens mo– dernoa mala lúcidos, não se sat!.sfez com uma Interpre– tação do mundo pelos dados da razão. Esta seria apena.s uma chave, um aux!JJ,-r po– deroso do conhecimento Pode-se afirmar que náo só Poe aceitou o mistério. como tentou conatrul-lo, De resto, , a Influencia de Poe na llte– rtura francesa é Imensa. Ou– tro exemplo mala alto e de– c!alvo t! o da própria teologia que não ellmln• a razão mas faz dela o primeiro elemen– to para a conqulsta do mun- do aupra.semlvel. , Instst!moa: não é nosso ln– tento estudar aqui a.s dife– renças ou analogias entre almbolc, e magia, ou entre a mentalidade do primitivo e n do super-clvlllaado. Quere– moa apmu estabelecer que a poesia trance.a moderna - pelo menos no exemplo de alguns doa aeus mau altos representantes - abandone, 1 uma linha dldat!ca que pre– judicava o seu surto de ex– pamão, e que Blake e Ho1- derlln teem hoje os seus cor– respondentes na França. O debate sobre questões de métrica tradicional e métri– ca ltvre deslocou seu eixo, chegando-ae a uma espécie de acordo t4elto no que res– peita àa questões de forma . Tanto o verso livre como a métrica tradicional oferecem_ soluções, àa vezea concomi– tantemente, ao meomo poe– ta . O que .., aceita agora ~ que o. poeata, longe de ser um motivo de eva.são, é a pró- . prla realidade, a única reall– dade que conta o real abso– luto, como escreveu Novalhs : A' lw: deasa aentença - que oa falso& poeta.s combatem e combaterã.o - o problema da poeaia participante mudou de rumo . Na cronica ante– rior aludlmoa A intervenção da poesia francesa na Resls– tencla . Ela existiu. mu é preclao acentuar, sem perder oa direitos ao lirismo. A con– templação, ao sonho. Os slo– gans patrioteiros e polltloos oatão em geral postos de la– do . O militante Aragon tal– vez o mais patriota de todoa torna Eloa o centro de sua o conruto com o tempo e a ans!a de eternidade é um dos temas constantes da ,a). ta poesia. Justamente quan– do a pressão do .tempo tor– na-se mais forte, é que se desenvolve essa tendencla, ma.s repet!mc:, não caraterl zada como evasão. O poeta aspira a novas formas de vi– da . Sente crescer a marcha implacavel do .tempo . e a morte se aproximar . Quer penetrar os segredos do universo ,nele o fim e o principio tocam-se . A parti– cipação na'magla no'ocultls– mo ou na religião revelada provém da hlcldez·do ••u es– pirita, provém duma tenta– tiva formldavel de definição do enigma da exlstencla. Assim começa a "Dlv!na Comedia". MI RITROVAI PER ·UNA SELVA OSCURA A nova pot.sla francesa volta ao emprego do mlt<i, da vida como figuração transcendente, volta a acei– tar a própria matéria como ponto de. partida para uma experlencia mlstlca . E' claro que surge um novo simbo– lismo que não desdenha o uso das analoglaa e da.s metáfo– ras, adaptado à técnica atual e ao atual estllo de vida . E' claro que oo produz um en- A cfueção do D.°É.J. de São. Palllo 11at:~~~i. ~º~~~~~- j~~; de ser, nomeadó pelo governa– dor do E,tado de Slo Pauló. sr. Ademar de Barros, diretor do Departamento de Informaçõea. O Uu5tre eac.rltor, que Jé. noa deu "A c~a sobre AreJa º e .. Em– brlão", roJ11ances, edições da Li– vraria Jos6 Ollmplo, e, uEste ~ o canto da minha terra", poe~ ma.s: ~ um nome de grande Fo::.1ff!i1~~• ~!cfu': 11 t;o':fn~.! natal, f.f'lo que a sua e5eolha para o a.lto cargo com que foi dlst1nguldo obt.eve a melhor re- ~:r~~on::~dtro:~:r::n~u~ .. I . de SA.o Paulo, com a sua cul– tura e lnteltgencta, lri fazer uma. excelente administração à frente do reftrldo órgão, am– pliando-lhe a.a perspectivas" e o campo dr ação, dentro de um ~º~icT~1::, ~l:tf:u1~r~t.1mu1o (ConUDuaçl.o 4a 1.• p.aa l dtmentos dr vulto. O próprio mln11tér!o do pcesldente outra - Ministb1o que, tomado em conjunto. nlo ., tem mostrado à :tltura cte s11n.s responsabtll· dades excepcJona1s - ~1Je &1-– gumas dessas f)&utu. o Senado e a Clmara, varla.s. A grande de!tclencta eat6. na càpacldode ~e~~~~~ ~ ~teftf~l: • c!aa medi••· On, as bOaa tn– tellgencla.s med,as do u que mal,; parecem faltar nlo aó à gft~~c~ ~~~=o 1; t,rot=las~ ~~d:tT~lc~~- comérclo, à la,uura. à IfP'e}• · Veja a arquJtttura brasne,ra, - exemplo : ela llO& toni dlldo a.Jgumas gr<11nde1 figuras dd l:.a~ vadores e menres. Maa d.o pou005 entre nós os bons a.rqul· tétos medJc.E, Ovmlnam, 'em 1;e– ral, oa eslremoe : os excepc.10· nalmente -~ que felfune.~t• existem. e ~lo uma honra• p:;u-a o Brull .ti nt. estrangeiro, e :S 1::fi:' 5 É ~ m='"r:1~ ~a~. ':a™bo~ 10 ~,e::~: pela capacidade de conaervar e ~~c:;rh:U,~~e 0 ~en~c:~ de lnteligencla excepcional. O suce5.50, entre nós, d11 seitas protestanttt em fa.ce da pu.w- ~~~~~~ d:znsel;:md; maioria democrattca, me parece ~~ v~e~J e~~mf!h:e= 6!i: cepc/:na1s c.,u hostis a essa.a inle• llgencla.s, serem bem aprovelta– das, em postos de dlreçlo, ca · pac1dadea medi.a espec!allzaóaa em trabalhoa wr tanto pr"""1- C05 de organlzaçlo ou de to• tina. • CADA l'llOBLEMA DEij• SES PEDE UM OSVA,!.1)0 CRUZ, I! ESSES OSVA"LDOS CRUZ DEVEM SER PRO· CURADOS SEM CONSIDE– RAÇOES PARTIDARIAS ' Percm,ta : - sua oplntlo, OI ~":oc\l!I: ;-iftrc~~~.lr. do de or.iem lnterna ou ex· terna? llespool.a : De ordem Interna . O rrestdente Dutr1, em que-m reconheço um homem hone.5to e bem tntencJcmado, alnda nlo Mi apercebeu da neceuidade c1e cercar-se r.ão e menoa pou.Jvel, ~~ri~~:~~el~~e=n~~: que permic.am enfrentar .. a cri– se ê.m que o Brutl &e debate". Bem cercado, <'le deapertarta. !entlmentcs de confiança de parte do5 brUileÜ'OI em ltrll, o nlo doa :1esto ou daquele pu-– Udo, em {JarttcuJar. Est.a con· !lança lhe eat6. 1 altando e ..m .... oonflunça pouco poderl, o presidente Dutn re.a.liur. COm a escolha do ge,11 adverdrlo po– lltloo o ar 0.Vllldo Aranha pa– ra chefe da reoresentaçlo bra· aUelra naa Naçõea Unldu o ('I'e– atdente Outra cam1nhoU pelo cammho qut se Lmpõe ao era• sll - o da. utlltzaçlo doa mal• capazes no gervlço da naçlo - de um mC'do que só fez prea· Ua!ar o aeu ,,vemo. Ma. ~ preciso que, no Jntereue pllbll• Uma V OI ta a Babe 1 Monte BRITO (Para oa "'DLlr101 ÃHOCLadol") ta ou pa ""ª :.\ eequterda. Ela aeri apem.a arra.at &d& e compelida. Ab:sorvtd4 e aulmllada. OU pelo prolet.a.rlado •lt.ors61o, o que 6 ~v~ ~u, 1 ~ot.a~~~~l~e~!:',ten~ a~~ ~r~s~: diga ur.horcM u mas.saa quebrando-lhe o irnpe.to vermelho de 1917. E', P' is. cm Ludklo o nome do poeta no portal do "Edilfclo'" Contudo br1n maJa clan., 1lnda i . 1110 há dt\vtda, o "..:.1boço de apruent.a.çlo" : "Ser,a dl!lcU mtabelecer um dtnomlruldor comum a uu. turma de Jovt.na", a.ttrma ele com ex.,w oonhe-– rtmrmo '1a realljade. ' A hete.r"Oieneldade dna ~ ndencla.s, de· termln&dA sobret.uckt com 01 acont.eclmento 1 polfUcos, lanç0u cada um a um.a J)Ofilç.111 dettnlda. obrigando a dt.st .&ncta.s 1rre-– ~ve.b cm certos prim.fplOS". Nio serta preciao irmos multo );mw-e parn percebermoa como, 11, a.a aUvk11des arti1tlcas se en• tnatr-em. C:.:Ucets.. para ~-- geraçio marca.da pelo conflito. num" e.nalt.., lnterdc,pendencla com a.a auvtdades toclaia. " De lnfoo, tu \ºUI. um grupo que ,e a.firmava catollco", pro.sscgue. C:ctAlhando :.. plun.lld3.d~ ldeologlca de que brotou o "Edlflcto.. e q~e i • oroprta. plw-aJldade da nos&& ~poc-1 . "Nu madrup– tlu c,.,nfcc'.~. 1cta.ls, o óóo &0 apodrecido mundo burgub era nt!"":O co:n " comprom.ls.sc ! &0 herot.smo da rellg1io prlmit.1va ... E1"ls, :iUtude porim. Unha am.slgo um substrato mals ser1<, do qut se OlJs a.1L1urarta à primeira vl.lta. - "revelavl\ deuJu.st.o- ~~"e'i~· ;~=~~d:~d~,~~~~:1.o"'~ e:r~r c~: 01 ~ru=d f~! Andmc!e que tenta d:&Clllrçar os problema.a 10b a., pladu, a ge-– r11çlo do "Edlfklo" tenta dO meuno modo encobrir num ar de ne1tllgenr 1• '! angl\stla que a U30be.rba : "No fundo, todos pre– ct5avum de metafora.s. üt.et.s &0 culUvo tndlvtdual du elocubra– çóu llt.cr :irliu,•. Prt.Eos ao "sangue de Cristo", eMes cato!tcos nj,, 1tJ&~"lV"l:n com °' l.tços que. a f..eu t.urno. prendem hoje ao 'apcx:rc..clC:o mundo tmgu~s" a sua t1reJ1 : era ma.Ls uma lrT.C'.Sln. cto tt.mpo. "[r.:u.fladoa de cm suposto vta-or :1urtta– nhmo. querem tmprlm.lr à sociedade desvitalizada a força pura dG crta:t.hnl! .mo". dtz <' esboçO de cpruentaçio. Ent:cu.nto , havl.t também aJgo lnesrrra.do nesse ardor que &e aUnva para o ~r:id'J: havt.:i. uma. rugi . E aqui e:5tJ. : "Teme-a.e :iue por pre~lça mc,ta.1. cunolldade pouca de ut.udo serio". aJ•mt4. e.l•·, 1-m LOme.nt.âno a es.sa tendtncia; e., ma.1.l, par ""exploração lncaruuvt: e.a lnfancta... . Yot Weldll, cre~ que pos ent evt– de.n-.la o can ter de evL! lo dos retornos t lnfancta LI.o comuna na. arte ~• nouos dia.:. O choque entre eau 111., neces.sarla– meuu. C'1ns(I ndora, .se..nlo rea.cloni-rl1. e outras alu de colo– rido pa.Wvelmente avar.çado. aerta tnevtt.avel : "T1tvez atn– ~e.:'oa, talve.z JU'UOI &0 rtce.lo de se negar e. admitlr os avan90s do te:np,>, •m pre.505 ac,s a.rnmedOI ta.milta.rea, formaram um nllclto a pa.rte". E que. •·outros membros do grupo lnk:lal, trua– tll!th01 C')ffl a IU& de.!lr,lçlo tntJma.ment.e fala, acabara.r,. por to1T.ar um n;mo oposto. _Ape.,ar do u forço de aegurar algum deatrOÇo da dout.rt.na . qu~ falia, Ji Unham meritJ.lhado nc, de· ae>i:~ro ~ eo deeena.n\O• . o melo !OClal ~ ~~ ~ ~ Unçi<' : '" movtmento de luta ao tucbmo ottrecla va.r1os ~– r,ccru. 1>0r um dos quala era nece&a&flo deflntr-ae trmdtata· mente. t";ertu pre!erenclas. mala tmposlçio de um equ1tlbrlo Nlvador, embora atnceru M ainda nlo amadurecldu, toram • lbnçadaa uum lmpulao total. Eatava aceito o extmnllmo de :!sq~::: ,Ím~c~'f!a:, pc,i:~r~a ':v=toq~!4:' zi:!!~tl= i\ aç~o L1 a tc1 do deaenvoJvtment.o combina.do , as,sevcra o e;boço de apretYtntação : "Em meto a esaa t.urma, talvez mall coeren– t.cs , uns conUnuaram u~i:- à aur aolldlo. Compreendem AI exi· icnclu do tempo, ma.a cedem n ela.s nas posalbut(J\dea du suu prcrrogatlvr--5 1nt.ongtvel&". dor 7-· g::nfcu~. 1 ~~~~e~.r~~~~X~~~1TJ:i:: glcs oue Invadiu o orbe romano na era de Jullano... De r'!rt<,. JuaWkandG. de algum modo a unlio de tant.u dt.,parldadts em torno oc "'Ed.Uicio", para neg.a.r-lhe lmpUclta– rr.cnte o cai •ter be.bellt.<.i que ~ o carite.r do mundo de hoje, o eirioço d"" 11.preMnt.açlo bu.sca os Jaços cx,muna t. ger-açõ.o ln· tclrn da m< ntanha . s -, olharmos um p0r um. veremo, que nJ dlfcrt?IÇ:i<t não alo t.Ao &T&nde,. ArJ lado da &emelhant.e tor· maç.iC" llt.crórla. que di à Unguace.m uma glrta pa.rtJcular Oa Ft~~:~e~ra ~~oi~ a"~e:~~ec~~~~i&qu:1= a arer..t.a t·ulma. Ade.nuls. o caml.nho lJte..ri.rto tem mu1t.o de romum. Sc.bret.udo, a certe..za. da chegada a um dlviao; de â(uu da :1latórla c1everta ruplaodece.r entre o grupo todo...Nl.o h6. duv'<!a rm afirmar que à no.s,sa. gera.çAo coube a ma.li deplo- 1ável da•, ihuaçõe5. O raRado n1o Unha selva J)IJ"3 oferecer· lhe r.polo com a descrença nos valore., que ele reputava uciver• 1-ala. Falect"u o mJto dai. verdades eternas, em que uns i,,rocu– ram alnda 1e proteger cconomJCOI o medrOIOI do anJqu1J&. :ncnW'". Dl,1nt,c dessa falencla. de uma iJ)OCI, teriam t&Se.1 n1Jvo1 de Belo HorlzontA· que procura.- entre a.., eapera.:tçq e o5 ru!na Ju no p.rcsenU! e no fut.urO, o com que encher o va• zlc : "Os dclpojos guudarr, apenu a rldlcula presença jo &er, que 1 .r1z o egoismo de a.tirmar~ &eereta.me.nte. Não ae en– c:-on'rk ,:oluç1o para a tr4fed1a, maa i preclao um pret.exto capu de m•..nt.,r R aparencla . Es.ae pret.exto ~ eonaerutCSo na tTe.nçe de ,1:n mundo novo" . O que tá de dolor050, neasa bUlca i que nA~ hã nela nenhuma ff' ma.a, só, utna vontade de fi que n&o rab-!tnos 1lraa a que leu1rá a lnqu:1et.ação pluraliltlca do "'Edl· f!c1J ... refll"J::o da piural:.SUca 1nqu1etaçlo do nosao o.,tado ideo· lo;.l'.O: "'NR verC:..de, pela. experlencl& que ae tem", diz ,. se· gu1r, rdt:-lnd~ aquela sombra de aoluçlo para a sua tra&cdla, "t..sbe-·ae qur n.io pua de um engano·', bule.ado conctente.mente na certera de que i fraaU porbn o .llUmo poatvel de aobrevl– nnc.~. A !nlJ'ega ao h•1mem novo 6 uma UJ)kle de morte p&rA prosacau!r a vida, J• q&t no fundo tudo exilte como morto. Por out.ros termos ou 1tuda.m05 ou morre.moa, ·mas. mudando t.am ~m mo1reremo&. Pois em verd.a.de mudar 6 litJJU)l'e nal· ,nJm ser.rido de.1xa.r de u.r. - Have.rt, para uma reraçAa que começa. coucltmão maia aombrl.a ? lato. er.t.ret&nto, malr que qualquer outra cx,l&a a lmpele, paradoxa1Jr-t11te, par,, a vert.11em fecunda da açio : "Hi, ~ '= ~~ ~ ~ ~ ~ ~ !! . !.,_.. pelo at.rlto qualquer colM duravel. T&lvez ■eJa o teat.emunho vlbron~ da no.,ta fraquna., da cx,vardia em nlo ace.lt &T " ~ fundCl anlquúa.mento. Por aer racional e alcançar o SU$1.ento (mumo r!d:culo) do mando, ancerra tamWm aenuoalaado•, co. ae faÇI\ o mesmo -.vu ronas de atlvldsde. J:111 face da ?.'!~-t."or!': ~~ Evidentemente, !CI da pane de alSUDS d03· nOUOI homens de ,ovorno o d-.Jo de fuer da illlU& do grand• rio e da sran· de c:achoe!n u.ua eopkle ela ãcua mlhçooa que desperte u :UJ: doda~": ~~ nunt futtll\1 melhor. Maa Jlto nlo aconteceri enquanto o JlD" vemo outra n!:.o ■e deddlr a fazer eom re1aç1o a ..io camo com relaçlo a outroo crai>del prol>lemas nac!-mala, oomo o do pio. o do trll", o da pecul.r!a, o do "trabalhlsmo"', o da Ama- 7.0D!a, obra súta de Planlf!C11· çlo de moraltzaçlo e de or,&nl · ,.çio, ;. f~nte da qual .:.>Jam colocadoa homens que tmrfran aos brastlclroe e aos -.ncet· 10a a nwdma oonflanç& C>IIIIIO tAcnlcoo; CQÍIIO ~ • • como bonu:ru: de bem. B m· quanto nl.:> ae resolnm ell8I pt11blemu lmenlos, de modo bo- -neato e que dOlperte a confl• ança gera:, o çoverno ~ na 'obripçlo & enfrentar proble– •ma& meno,; ~ ou me– nos complaoa. pomn urpn– t Jsstmoa. de •6de, de ~ te, de proôUÇlc e de orpnlla• çlo verdadeiramente OOQPlnlt.1• vista da no,sa o;rlcultura e du noaeu lndllatrl31, lnclualve a do açucar. m multo que <lllo que o prcblema da .ndllatr!a do &ÇU• car e da !avoura de cana no BlUll aó ae reao!vvi pelo COO• peu.tJvlamo, que l1blrte - la– voura e esa& tndmtna dol ,... toa de feudallamo que u _,. prometem no ~to de - eco:,õmlco tant<, quanto do ..,. clal ou ht•mano Se fOr afinal aplicado ao Brull ~lallo·!lel· f:be~'i:,.dqr!oolu ::i:: õevemo.s procurr.1 que eae auxt– llo ae eateuda u tn1clat.1vaa 000' peraLlvlatas. naquelal laYOllr&I :01"1:,,~~ ~ · mediu; e nlo l)<quenu. :I' um pon!o que JQJ parece Japotlall· · ll1t1Jno, na IOluclÓ .::.q mao QJ11e;1tea -de ecopOcnl.,. • -' naa - ra~. B h4 pro!'},~ ~,.;&6• ~~~ mulloo dos DOA01 rtoa, em - na1 rurala, pof uemplo. O (o tmpaludlamo. O da tu– • o <IA mo, .w.td •de Infantil que. · em cldad.. oomo o Jloclfe CIII• de. nos ültlmos anos. 16 ae tem , feito neste partlcu!ar, obra tea· trai ou para "'1lan&r turlll.._ =r'!:o~tr~:1~~~ d:: 1aram a extremoo · verdadeira• mente alarmantes. Cada p,o- ~~ d~ra&uz~ie: OIValdoa ena devem - - cur•doa aem conatdenQOta - tldirlu 1'!.l ' me,.mo nãcloDãlll• ~~~-:ar-,~~.~ com~:'i>E NOI oaom: ARMOS DE ACORDO COII OBDESS DE FORA, VENHAM DE MOI COU ' OU DE WASRJl(OTOH Perpnta : QUe oo!UçGu .,. E' qW1nóo saI'I(), IOb r. OOllll&dlçlo ldeoldllca. a CCllllrMIIIIIIO ,rooomt.:a que resuma • oondtna o mundo aa ~ lll• vada . AI eolÁ tudo. B o•~ de apreaentaçlo lh allio1iã ·: . ."J 'l'W\o llmpleo da vida -1&1, nota-ee uma lnj~• aobre a qw,l H falllr!A ol>mente em teruloc .._ 1 ,:.11, exploração do bocnem pelo bomem, no trab&lbo, • 'podl acel>1'. e 11, condua ao ldftl de uma o~•m mall ,-. •– ponte, 01 jo>ena ela non pnçlo tfm -retoo oon_., Jao ,c, 1.a dú·lld~ quo ao tal&! Ullm, ao -1m -~--- r,.u pc!o munoo tnate mu Ylvo do homem da o ,nip6 va.rto do •!Jc!lflclo" eatA 10111a e multo Jonp daqu.i. • que •caba a humanidade de todot e de cada um da DOe - oba- ~do~of~";;~ça~cr~t!1el~ ;:11 0 a 00 =•i:..:a J aprer:en14çlo. "Pouco Importa que u aflrmaç6ef maio - t.es nlo pu,em de um crtto de 4-pen,. No fundo, - deacrendo de tudo, toclo,: acreditam 11ot aeua lantumu·. S' dai que bi <1e parUr a DCft dllptn(o : dai <IA dlYet'lld&de ldlo– loglcn dai 'lt\D ta.nt &IIDU• . Cada U.'11 deles, ao ba.1Ur ,obre o "Edlfklo", trcri uma Jlnrua .diferente. E, ao ralarem, oa rleltu não •• entendert,·. Ser6, na montanha mtntlnl coOlb no mundo todo uma volt., tqueJa torre per<llda da Elc:rltura. Uma volta. uma terr!vc\ volta. aot dia,. terrlrell da Babtl. :>e .rest.r. n~ ~t.rtrilta para c.l.4e meamo numero ·ln&a• rural do "Edlflclo•, o ar. Paulo Mendea 011111j)01 resumlr6 lnc!alvamerte a potoo]ogla da reraçlo que ~ a aua pr6prl:a P" r,~,: ·A c,,u vu, a atual praçlo nAo 1ml tendenclU: al, RUDI ttm convteç6el e cutzo1 apenaa o d-pero• . l!erla dlfl• cu t1prlmlr oom maior juateja ea&a atomllaçto arU..JJca. coa• ~u'n~'r:r:..~~ !~~N'i:,' i:n:, d~ un , ena ma.li que du&r. ldeoloaiu : a da clule que ucmdlt Í• a /~~~d~~ d::l~Lo:~1o"'=-ll~~lda~ !'"C ~r=~l!:raa,.;;~'t•suf.f ..:':ef'.Jiªu'!. d:a ~;ic.:.,eoda,_: volvlmento c.omblnado, qcnduz·noo a tamanha ln1ttptaelftlil0 ~CCI~dgr:-~IOC~ ~t,a~~I~ ~':.~~O~ gk:o rea·,ltarte - o nooao próprio e1Lado ldeoJoak,o atai, ·De m'lnelra. lpal, vemoa o lntclectu1l bu.r1uú tranlJ)Or a, bcaZeS– r&t da ~ c.laae e lnlcrever--.e ent.re oe ldN>loSOs jo ~– rlado. cx,mo ve.moa o unlarlado ooncJe,nte tr. ~ cn;,ro,aa.: u fllclru ad•1,nirfu que •lo u me1ru da IIIIIJl!.I" :tia. !.fu. nãc 6 tudo. Entze um e oull'O campoo, lervllllá • • certe'a " nc dee1slo man.Llt.a nLlt.o e an\,hnal'ldlta m,qallo. conr 1 vadoT"l numa. colu e revoluclonirla noutra 00111.. uma. vula faan:i c1nza : f " fauna multo humana daQ1IIIIII .·Cte lmpcc1Jbfiltadol de enl<,:,du O mundo de hoje t de- aeillar O :nundo f!.~ 1manhl. cmpeendtm l mela hn do ~ __. tonl!a viaJem de •olta at,, Babel. Hi em t.udo tsao, airtllnlDa. unia dea:necida melancolJa. E' a melancolia de Wl'.fflOI laDaa. tauLa sente que, em fac:.l de um mwdo que motN, hlo &t ..., a.a a olhar de frente e 10nhar, ma,: 10nhlr com as -. lnla. ~•11o mundo melhor que IM - recqlber a ~ • -• o luçar oe,n auceaalo de mundoo maio e mata ..,..... - km atd > a hlatórla. 6L> como u flores de que - fila o •. J acql'es do Prado Bran(';lo : "As nor~ que mUTcham ua. Jorra em 1Ue.DCY> cc.nvi1am à tristeza... Vamo• entlo, ouvlr de perto o que nos tem • dlllr eua ~no~•~= :":n~.;:, ~n~~1 : :::~ ct.Üo aris1011· por comprtender: an1t01& v orcei o oor .,~.Jtt.. nhn Estarc.mos. quem sabe. de ,·olt.a • Babtl cm Babel,. nlngu~m ,e intendia: m.., ntnrutm tio pouco N calan. • Ulll>cl aó a <Ollflllio ' que era pra! 1

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