A Provincia do Pará 19 de outubro de 1947
SEGUNDA SECÇÃO AR'l'E E LJ'I'ERATURA A América - como ela / e Regina PESCE (Para A Plt.OVINOU. DO PAA.A ') N?AOARA PALLI! - setem– bro de 11147 - Decalltacl& por poetu e escricorec, Nla11ra Palls criou lama • hoJe f co– nhecida mundo em !ora. Btto· lhlds por multai par• o ~rlo- ~d~r~~~~.•• ~:na~~ tante de turlstu de toda& u ~enri:mJ:~ec:id~~ ~rn;!: to, parecem meamo enfe.itu pa.· n uma come:moraçio. a.a ban· ~• Me Y~:lt~a'á"~ caaa.s .1.e "10Uvenln • lncOnt.i· veta, que 1e aucedem, um.u à& outru, ao lonco d.M rua.1 • ave• nlc!M, prlnclpe.Jmente Junto •o :!\~ ~?~':iee~tttm aber· ..!'e~"tl:~e I=~ ~!':; ~~U:mt=:1~~~ •m praareaao, não dependendo unicamente do turlam<>. Comtt– do movimentado, com arandea loJu luxuooaa, prtdloa modtr· nne e ruaa Iarsaa bem c,Jçadsa. Maa Iuo, l.llnal, J• t redundàn· da, 1&1-lcdo-u de um pala em ~~~~-~°.~~~r uma lamparina, permanente• mente, ■t#. aer conae.rtado, e onde todo cldildlo N acha no direito de &etona.r o sovemo. ae &e ma• a-oar ou ae aeu carro Unr uma. peça quebrada, por Wta de avl– ,o numa falha do pavimento! Mas, " maior fntereae para nós, como tu:rlstu, e1tava na catarata. Asalm, dlr1111no-noa :!. ~~~n~~ ~ e; Junto 3e nOUDa pés, tio pertl· ~ &:e ~v~•-~ proteção. E o ..~tacudo, lndla– cutlvelmcnte, é mais que maJes· toao... ver aquela muaa de ~ou~C:~1:'à. ~=~ J:: ped&çar--i:e, num e&t:rondo, naa rocha& 1, em baw>, detxa.-nos =.,: =J!"...r!ªfu.1~~ tea diante da N•tureza. . . oa eku1o& puaa.m Mm pertuJ'bar eaaa. força adnsem, que contl– mla, lml)61looa, a correr mundo. Li eml>atxo a.pdo aeu aalto ea– petacular, ela que a.a 'cuu N delta.m. repenllna.mmte, calmu :C, 7~ ~:1~u~o =: aio de Usar um la10 a outro Ja~do ai. '- rochu, onde a catarata ae e&traçalha tra10- rosamente, o v111t&nte tem um e,peticulo diferente, vendo a mlW& de qua de baixo para clm& como uma muralhA 11- qulds e lnflndsvel. Bõu estrada.a foram conalrUl– daa, usando a.a Uhotaa aJJ eapa.r– ua e que foram tnnaformad.u ~~~~1~ea,J.llb~Í. °: parte a.merlcana. da Cl.nldenaa, desce-ao, tambem, por dola ele– vadore. e.UtrJ.coa, • Ncaverna dOI Vento&", onde um sula leva o corajOIO vlaltante a e,rplora.r a queda dAcua dtue lado, pu– aando-ae por uma pequtna pon· te que o de.lxa em mdo a. um "nevoeiro" prodlUldo ~la "pul- ~~~ão.;;~~~ r~: ae uma mdume.ntirt& apropr1&- ~~1r'~:i;::~,,:O ~= nhol. •• automdvtlS correndo. . . AU a· lava outro pata. Gente lau&l a fltA_ t,ual a nôo: por que una ha vuta.m de &er cham&dC'1 ca• nadensn, ou troa bra.&llelroe:, ou• tros amertcanol? Por que, &endo todoe l&uala. haveria sovemos, 1e1s. barre.iras dlle.rente para cada um 1 E todca nucemoa num mesmo mundo•.. Mu, eues U– m1tea e uaaa dlfe.rençaa toram crtad01 yela. me.ntaUd.ade do ho– mem - o aer prtvlle,lado que l)OOSlle um racloclnio. Iaao, pois uJvez fONe acut.a.do. Não crt• ~~t~ ~f~~~1g.:eu1~c! homen&". Maa talvea tenha. ou· troe provelt01... Enquanto 1110. daatando um tanto a 1441& de separa.ção dos povos, a bela pen· te clara - a &egund.& a Ua•r as duas m:ara:eru - estava mt)VI· mentada, cem ca.naderu.e1 e a.mertcaru>e a vt.sttu--se Unemen• ~~ r..=,,n:, t~~: .~r:i. Jhando Htis!etto com a a.ventu– ca 1lmplea de dar um pauelo a ..outro pai&.. para comprar umaasuJoulmUI O clntrna. &Ilia, ui tinam ente noa mcatra cenu du: donu de cu.a amertea..nu. em Detroit, indo fazer aua.a compru de mtr• ca.do no Canadá, onde podem gaita r ot, 5 dólares, J' que a caminhada recompenaa a eco– nomi. do atruna centavc,s naa mercadorl&s &dqUlrldM. NI<> deixa de Nr um modo bem ela– de protütar contra ca preços amertca.noa !... A· notte voltamos ao parque para. aulattr ao novo eapetAculo de ver u cata.ratas Uumln&daa. Do Oanadi partem lócos de luz, ~eradoa ~ própria queds di· ~ã, :ran:C~ma~~1!1dºn~: fantaàla colorlcl&. Verde, verme– lho, r6xo, amarelo, azul - ~ um arco•trta noturno que n06IOI olhos vtalwnbram ! Nascld~ da superstição dos lndloa, teceu-se uma lenda. U· gada A& cataratas 1 que ainda hoje IObrevtve. conta. ela a ~:::i~ :!'"':.:ro~=- q~: que em onJasarah (N1&1ara) morava um arande esplrlto. cUja. VO'I poderou era o estron– do da catarata. E uatm, pau aar&da.r ao aeu deus. du.u ve– zes por ano ucrttlcavam uma. domela, ucolhJda entre a.a ma.15 belaa ds trlbu. A moça, coloe&– da numa can6a branca enfeita– da de !16rea e carr .. ada d M melhor.. fruta.a, en lança.da à catarata pera servir de esp oaa a "Man!tou". a~~ e:a1=ºt1n~ res prodUJÍu_ dando vida. • len– da, aupõe-ae ver reprodlUldo o ültlmo momento de Lel&,...I&, li~• prlnclpaJ do lolltlore ln· d ma. Era ela a lllha do chele O de Agula, claulfJcads a ma.Is bela e, portanto, ucolhlds para. eapoaa do deua aquitlco. AD aabor ds corrente lm~tuoaa, a ca.mlnho do aacrUlclo, Lel&– wala lançou um \lltlmo olhar aüpllce a NU pai o qual. 1ublta- ::fc!9 Afi,.~~ge ::l::::O em sua pr<lp rla canóa, maa so– mente pa.ra. Nr, ele lambem, a.rrebatado ~la vlolencta ds ca– tarata. Talvez • Ma.nltou• exlata. Tal· ~l:rb~t. :o~~~ • Sobe dos campos, Pai Poema de Walt WHITMAN Ttadiitlo de MA.RIO PAUSTINO (Para A PROVINCIA DO PARAº) - Sobe dos campos pai. esiâ aqul uma. carta de nosso Pete, t chega à porta, mie, está aqu.J uma carta de teu querido filho. Olha, é outono, Vê, nas árvores, o verde ~ ,n;ils profundo, maJs a.mareio, mais vermelho, Frescas e dôces vilas do Ohio, as folhas baloiçando ao vento moderado, As maçãs amadurecendo nas hortas e as uvas nos carramanchões das vlnhu, (Não sentes o perfume ,!as uvas nos vinhedos? Não aspiras o cheiro do milho onde as abelhas zumbiam ainda arora? Aclma de tudo, olha, o céu t ão calmo, tão transparente depois da chuva, as nuTen11 [ntara.vllbosa.s, E em bailo, também, tudo tão calmo, tlo Tlvo, tão belo . .. e a fa1enda val tndo bem. Aqui nos campos, tudo vai bem; Mas, a cora, Tem dos campos, ó pai, ao chamado de tu.a ftlba. E tú, mãe, checa aqui à cn tr ada, vem depressa à. porta. . Râplda. o quanto pôde.. a mie apressa.se, alrum pressentlntento, tremem-lhe 01 Não pensa em arranjar os c ab elos ou a Ju.atar a touca . - Abre o en.,.lope, depruaa! Oh, nlo , a letra de nosso filho, mas o nome esti -asE-fnado, paaaos: Mão estranha escreveu por nosso querido tubo, 6 pobre alma de mie despedaçada1 Tudo dança d.lra.nte de seus olhos, tudo fica escuro, perrehe somente palavras e.1par!at, Frases quebra.das - ferido no peito - escaramuça. - levado para. o hospital - Mal por enquanto - mas cêdo estará melhor . Ah, nada mais há para mim afora, Em todo o abundante e OJ'IUlento Ohio, com todas as ,uas cidades e Se:ni.o a flc-ura, palidez no rosto, desespero no cérebro, d esfalecida. Parada no llmlar da porta. - Nlo fiques assim, mãe querida. (a. jovem filha. fala cntre 1olu901, As l.nni.a menores em torno, sem fala, desmaiadas), - Vi, mãe querida, diz a ca ri.a que Pete melhora logo . fazendas, AJ de mim, pobre rapar:, nunca ficará bom (e talvez ncru practse dhso, aquela alma [tão brava e tão simples) Pols, enquanto estio de pé, em casa, ao pé da. porta, t ll! Jaz morto, Morto, o únJco filho . A mãe, porém, es,a precb:a f.lcar bôa, O ta.lhe osculo já enTolvldo em preto, De dia. oerfl t.oca.r 01 alhnentoa, de noite 11ormlnde aos/J)oueoa, aempre-,acordando, Acordando à mela-noite. chorando, com saudades, profundas saudades, - Ah, se pudetae furlr sem ser notada, escapar em !llênclo da Tida, Ir embora, Se(Ulr, procurar, ficar com a.eu querido filho morto .. , • O PAGINAS Notas de um constante leitor F t · ragmen os A ADMIRAVEL de meu diário BURGLJE .SIA Cândido MO'ITA FILHO (Pa.ra oa ~ AMoc:ü,Goa") s. PAULO - A burguesia aparece como uma.. ordem CO• mum. que trabalha e desenvolve e seu padrlo economlco e J)Oll– tico, pela compeUçlo Uvre entre os 1nd1vlduos. No atculo dueuete, ela Ji ti– nha escalado as muradas go– ,,ernamen.t.als e pe.ntrava por toda parte. LUiz XIV, ~. no uu conflito com o feud.all&mo. um rel burguês. Que na cplnllo de sore1, preparou a Revoluçlo Francesa.. RlcheJ..leu ~. na opl· nllo de Olbrlel Boutaux, - "iT&nd ulvelat.eur et precuraeur de l'oeuvre d~mocratJqueº. o rei encontra-se diante de uma fidalguia lrrlquleta e Inca· paz e de uma burguesia atllada ~ ambiciosa. Ela ~. nesse andar, para Sorel, a burguesia oõnQub• tadora que se apresenta armada de uma '6Uda cu!Lura. Mais Já em nossos dias, Henri de Man, no seu lhTo ''U'ldée roe.la.liste .. ~l~a \~~e~ª~~~I~; base da democracia. Ela fornece assim o flFlno da moda, da moda em todos os sentidos. Hé. uma forma deve&– tlr burguesa. Uma forma bur– guesa. de allmentar+Se. Uma fcr• ma de CC'mandar e de obedecer. Quem nl<> !0r burauês, lato é, n6o trouxer em st o esptrtto ln· dlviduo.wta, o esplrlto de com- ~11~°.:se:nJ= /:r~o:~t; em e vtve, eua compreenllo da oncorrencl& dentro da lei, da lei, como imptrto de ordem e d• ordem como lmptrio da. cll• f~~o- n~ 10 eofo"'1:a te~v\i'\:: çãg. homtrn bom 6 o homem U· vre, dentro do bom seDJO, o ho– mem que aabe economizar, por– te a economia conduz à Uber- ~tro dease qua.dro 6 poasl– vel a Uvre concorrencla, asuçan– do, como um J010. OI prlmelrOI impulsos human01, que con tri· bue para a eclod.o, no d.lt.er de Sombart, do eaplrlto capltallata. Lembra ele o caao da. especu· Lação dss tullpaa na Boi.anda, oepols de lmportadaa de Andrl· nopla em 1554, o que fu a.credl· tar que toda & r1Queza. do mun– do ae concentrava à margem do ztN'DERSEE e que, dessa. for– ma a pobreza. nlo paasa.rta, da! por' dla.nte, de um mito! o movimento burguh é esse Jogo, confronto o permanente esplrlto de concorrencla; esaa manel.r& de fazer & guena, sem ~~·~n:creri~~rr. io~~ ~ tomo de uma ooncepçlo de vida, na qual relul1em NEW· i~:oJ.E0~1W6B~~! oKE: , a. orpniz4ção do co· mtrclo Uvre, a. nrganlg~ção ai~ ~r11::c~~~:B:n~~; Lon~ea: e envolvendo tudo blo, a liberdade dentro da ordem e a ordem dentro da lel. A burlt\leala eal.i ualm em for• ma pua oe sra.nau embaLM po– UtJc01. Ela tem a aeu lado o hls· tort•dor VICO, o Jurtal.& ORO– TIUB, o fll6aolo SPINOSA, o ~en:~~te"'l'i!~:l: ~~~:':~~~:'! ';,'~~~ ela f ea ds relJl!lo um elemento de !ui.a para 11\11.1 conqulstaa. No aeu lndlvldullllmo, no aeu Ube– llsmo, no &eu cantratuallsmo, usa. ao meamo temPo, da cnnça ~~ol•~tadodecr~i:,.:od~~: QUI/\ VEL e de ER/\SMO de LUTERO E DO PAPA, BER· B/\RO OROETUUYBEN 6 de oplnlio de que, no atculo xvm havl• dota mundos. um velho e cutro no,·o. E dtz: .. o burruta sente-se representante do mundo novo. este é o seu mundo. Par& útrmar-se a ai me&mo neceut• ta renunciar & fé. sua falta de fé 6 uma pa.rte lntearante de sua conace.nci& da claue". o buraub nlo acredita. mais no ap olo do du mu uaa do ~u pa.ra u 11\11.1 atlvldad.. aoclals e pol ltlau. Por IUo a.celta BOS· surr multo embora não ao alll– ja por VOLT/\IRE de Ja.r ..kra.&er l'tnf&me". Provocou o crescimento do U· \Te penaament.o da livre crlU· ca da. livre eJCOlha do comúclo Jlvre mas neue mundo Uvre con– servou tradições tundamentala e umo"ex~~~-~~ ~~ SOMBART e BENJAMIN l'RANKLIN. Com ele a lncllvl· t~~:~:.b~si: e!~fe°~.~ Inventor do para-ralo expr.... viva.mente o equWbrlo hum•no dentro de valores oJ)Oltoa. FRANKLIN ,u• amava a ºaa.n- ~J:m:=da~ ª d= ºt~: ~; ~;~"'%:~: ~~•:,2;;: do o crttúto, u colAa humana&. "NI<> gula dinheiro, dl.ala ele, lnutJlmente tempo e dinheiro, faça. de um e de outro o melhor emprego posslvel". No quadro em que ae movi– mentavam em permanente com· ~o <"S homens livre.a era ne- n.lur 1~w:aese~~d~~l:r~~: man01. "Evit.e os extremoa", lnalatla 1R/\NKLIN. A vlcl& lol·N deenvolvendo aulm numa atmosfera de cU1· dados e cálculos. Fixl•&e com 11· so, a.a prlmelru vitorlu de aari– ter definitivo d& buraueaJ& com ft,ura.a podU061.1 como oa ME– DIOIS e OI FUOOARB. Os MEDIOIS que vão de 1400 t,_~~8 J'~rt=~en1l~.i11.po'lt. !.leoa da vida histórica do Re· nuclmento. Procuram en,-olver c:.m o po· der do dlllhelro todOI OI valo· res. "'Marcham como diz um cro– nista, da. terra para o c,u. Tambem aurgem eles de bai– xo para cima. do campo para a cidade. Breno ACCIOLLY 19-9-194- Para Q1le daarmar o - Inferior da - dfl umul-l&&UlcW&....,. uJceroao ae Jocalll& ,. - ' 20-9-1114-. Para. qua -– waseatea ae a11a Ji do l'ftMo gu4~-l~ :!,b~' de ... ta. humano encaro cada .-. ção" como um problema lnlol11• ,•el. um probl.- Ja.mate ,.. .olvido pois a aua. reao!Uçto ..– tarla no eltterlnlnlo da. fmne. da dor, da. lnJUltJça, da ~ - çã~ !~if~~n'l! !':f~ ur o que venha a. dl- a.cer– ca de ser•çlo llterarta.. Ac110Q11• não exista (nom nunca ex!Stlul ,eraç&o Uterarta. !:xlltlra.m, a• penu, a1auna cerebrol que M oom.pletara.m. apenu allllram ~•~.=._ q~ ~~re,um=. '.D-9•1114... Oompra.r rnolver par& uUUar o revolft?. comprar cbl bata. caaar com• --– d& pa.ra IOmà-la ie. Pola IWlu aqu ll o q ue nl<> 6 Iludo M en· !;";:;t-._s enlerru.lado ci. bolor 26-9-1114.. Para. flllt anlama&r as mlOI no lodo dM ,_ d• : •.;IIJ:to& noa:. ·= reaoõt& quando !boa ,-,moa OI 1:vroa. o. IJ\'l'O& qua de ti· "~.e~f:.~ O:m::10:.:"':~ AnU-Venereo. Mal acenaao Mrll- se •ooMSMORAMIIM" l&le ôla. dura.ate •QUINZli ANOII" ot'M mu.ito arae.ntco. muno tu– muto multa penlclllna. 25·9-1114•. P'elll dev,, ta -• til todO o homem •101te1ro• que antes de conhecer a. IU ..n.a .znora4a.•, a aua •noiva.., 1 rr.ua •mu1htr•, Ji aaae de cor "' nOID M de ,uu lllt.urU fllha.a. 2<!-9-19f.• Noventa e 8eta po: cento dM oonferenclu provn · cam no cnnk> da &11t.stanol:1 um HentuPtmento" aemtlhant• a.o da p_:!1-l<> da v,,nt:re. 25-9·~-- No momento dt f•• cha.r • porta a minha face ., retratou no eapelhO. B oor un, 1natan~ OI olhoa que o ~,peu,,, devolveram pa.receram aer dd u,re. Não os olhoe de um tllr• faminto, nlo oo olboo de um tigre hrldo, mu OI de olhoa cm t1sr~.;~~~u~.me de um fragmento da vida. de Balvlano. ~:_is~ ,=r~. ~:.:~-.t ~~ 1n.:..O~:;'éj~~r -v,"':u: ante& du rOIU murcharem. •n• 1es mesmo da. ult.lma. vtla mor– rer, o carro mortuarlo fol pol• 1.,0 a funcionar. MAnbA de inverno. li Ja.mau uma rnanbà de Maio fõra tAo trla. Por 1uu nuvena compacta• eram uma unlC& càr plumbea E OI ,erupapoa que .. tinham eaborraahado pela ma4n1Pdanld.. empedernlram no empeóenk o cimento do pa.llO. 01saeram,me que 1&1'1UIO a– companhou o en~rro entre dOI& homena SordOI- Palldo. espremido, l&lvt&no movia oo belçOa como K ..U· ve.Me a contar dlnhelro. te:!~se°u~~em ~e:-watn: canadense: a "Honeahoe .Palls", que deve seu nome a.o feitio da queda d..,.._ recortada. como uma ferradura de cavalo. O lado canadense nlo é menos belo que o americano e 6 do Oa· nad, q11, MI pode tu uma vista complela da5 cataratu. O.... de. Ma.a nio pode acr um deua de terror e aacr\llclo, porque • catarata aomente inlplra. des- . lumbramento e magnltude . Toma-ao necesúrlo copla.r a.a pi-lavra.a de um ,ra.rute tocrltor - o aubllme Oh&rles Dlckens - ~:::vl.u'.,.ae{,*~'illc:':'!"f~ A nova • poesia Francesa De uma rua ,come.rclal de Au– gsburgo - Cua Von Rob r - cresce como do pa.1Ac1o d.os ME· DIOIB em Plorença - o p oder bur11Ub como uma f.rvnre. J/\· COB PUOOAR aasombra ~la aua aud,cla e ao mesmo tempo e pela sua. prudenota. Balvl&no multo mall runeno que tonalidade das cortlnaa, l\c vea em quanto tra~J.ndo nos Quadrados dM Jutela.a. At. o carro mort.uazlo cb.. ar ao um.ltulo, Balvtano M con ae.rvou num Wenalo de uttn~e E mesmo depois doa ~uatrn ~:!~mª ~ç!°~ ':°~~frt; ~ª:. 0 0~ -~~~v~'l:1~r-~ - cem canteJ.roa de t14rts tra• tadoa culdadoumente. NI<> ttn· do tempo para tratar do .. v15. to" que nos permitiria entrar no OanadA contentamo-no& em , er o que lol posslvel, d& clcl&– óe à noaa frente, ajudados por bln6culos colocadoo naa ma.rgena f!mulcanu para use fim. Uma ~~º[: :=~lh-:~~-:i~: !lto banante lntenao; um bdo holel, bem à, ma.rsena do rio, cm meJo a outros prM.101: um ;ardlm pübllco, 1ente ancl&ndo, ção u ffn.s&i;õea que dominam nosia alma, ante ea~ticulo tio grandloso. Escreveu ele, de aua vlalta: ~ -v·â J:~u"'8r~a,::° ~ melra tmpreado, no momento e :=.:ror•d~ !z°:"'i!::1~ ::~ plrlto, tranquJJJJ::de, 1uave re– cordaçãn doo mortos. meditação do repouao e fe.lJcJdade etern01. nada de tristeza ou terror. Nla– aaza ficou loto gravad.a em meu ooraçlo como uma Lma.aem de beleza. J)ara aU ficar, lmutàvel e lndelevel, at.4 que aeu pulur d:S&e pya sempre"'. INTERROMPIDAS >a co– munJcaçõea com a França durante alguns anos d!\'ldo 1\ guerra. esperava.mos avtda. mente a chegada de novoa 11· vroa e oovu revista.a : porqu-f'J Jamais acredttamoa que o pen– &amento !racfa Uvease cstan– ,.ado, e que a França · Ji ae Nota_s de um caderno inexistente Alphonsus de Guirnaraens FILHO 1 - Hà nas palavras uma substancia secreta que não nos cabe violentar . Elas vi– vem Por 51 aut.onomas e sa– bia&, ba.stam-se e comple– tam-se no seu laola.mento. Na adolescencla, gomos um r.umdo de perigosas resso– nAncJas. Exclamativos, Ire - mos perdendo aos Poucos o que acrescentamos 'is coúsas. Não são elas que se desnudam e se slmpilllcam: s<"mos nós. O temPo vai-nos drsPoJando de acréscimos, pnra t.ornar-nos, oo at.o fl– nn l, um substantivo magro• singelo. Mas nem J)Or is.o menos valloeo . 2 - Nosso temPo: plata– formas, lnquérltos, mens3. gens, solllóqulos a que nln– ;:uem reopQnderà . Em ver– dade, meu caro Hamleto, a 1:splanada de Elslnor 6 o mundo . .. 3 - HA um vergo da poe– \l.6a portugueM Florbela &!– panca - tão comovido, sin– cero e poderoso, como, de rest.o, t.oda a sua obra - que me parece caracterlz:i-lo _nelhor que oa demala. E que ?1" surpreendo sempre a ro– ,>etlr - "MM eu sou a ma– nhã : afago estrelas1" Não me Impressiona apenas pela cla– ridade que Irradia e nos con– tamina . Ou pela sensação. tão Intensa de alumbramen– t.o. Impressiona-me ta:mben, pelo que revela da vida de uma mulher p.:.ra quem a ,oes la foi a única realidade, 7.ue a perseguiu, sofregame~– ~ • • diante da vida, perma– neceu c~mo um pássaro a •.1'l aa o.sas. (Perdõem-me a Ima– gem (!,;!boradamente Poé• tlca, :mtea de cometê-la, es- (Cop:rrla,bt do. --olirtot AMoc.l&dm..) tive para recorrer l do al– batroz baudelalrlano...l Toda a an1encla, toda a crispan– te sinceridade de seu.o ver- 60S, toda a ansiosa procura de meu amor eterno, que "\ completasse, toda aquela vl– gllla à beira de preclplclot<. con~m-se neose verso per- 60nallsslmo. E verdadeiro 4 - Dlo.nte das memória, de Ralasa Marltaln (agora editadas pela Agir, num so volume: "As grandes arnlzn– des", em tradução de Josélla Marques de OUvetra) J)O<ie– rla d!lier poucos livros es– t.lrão destinados, como esse, a esclarecer. E a Inquietar. Mesmo que hllJa entre ~s dois verbos - esclarecer, ln– quietar - uma aparente ai,– tlnomla . Aparente? Inexis– tente. no que se relere /u coisas marcadas de eterni– dade, que, quanto mais se entregam, mais nos Inquie– tam . Nesse livro não hà o repouso, a estagnação nn verdade. A atmosfera aqui ~ de permanente renMClmen– to: não •el de outra Ução mnls alta que a do crt.stla– nt.smo, que nos proporciona a emoção de sentir, dentro d. pereclvel e do temporr.l, uma vlrglnd:ide e uma pu– reza lnvtoladaa . O cristão é o homem que renasce cot.1- dlanamente . Seus olhos re– movem a crosta do tempo. vivendo um sobren:itural que està etn todas aa cria– turas, que participa de nos– sos gestos, delta suas ralzer. no que parece mais fragll. mais lnstuel, ma1s Incons– ciente. Sobrenatural que Ja– mais se Imobiliza ou se es– tratlllca . Nada hà nele de et/tãtlco, de lixo, de terrlvcl- mente Jungldo a uma con– tlngencla . Tudo é o lnllnl– teslmal da criação. liio ca– paz de conter o. Deus como a partlcula sagrada. As llguras que passam P•· las memórias de Ralssa Ma– ritaln não trazem aquela distância. aquela ausência. digamos : aquela algldez. tão comuns :i um determinacto genero de biografias . Partl– ctpa.m. revivem, com as vir– tudes e erros que as defini– ram para. sempre . Nem é preciso dizer que não hã aqui qualquer vestlglo de um• apologia desnecessária . Por melo de Idéias e sentimen– tos se movimenta o mundo . E temos ao nosso lado. au– tenticas e reais. criaturas que não (pram grandes des– sa grand= Incomodativo. e solene que a burguesia con– fere ao que não compreende. Ei-las. atormentadas e Uu– mlnadas. humanas e frá~els. afirmativas ou- Incertas e semore slncerM . Um Dlor. um Péguy, que tanto lmprrs– slonaram os Mnrltaln e cuja mensagem hoje é que come– ça n sor apreendlda e Influi– rá paro. sempre. Um Pslcha– rl ou U!Tl Bcr;:;s::m. esse mes– mo Ber~son cuja presença !oi decisiva. "Foi então (es– creve Ralssa Marltaln) que a misericórdia de Deus nos fez encontrar Henri Bergson". &!te é um llvro onde a vi– da permanece, de onde nun– ca se afasta, latejando cm cada palavra . Não um t lm– ples repositório de lembran– ça& e nem a Inépcia dos ar– quivos e museus. Pela sua altitude; pela seguranc a com que nos concede não " vis.lo (OoallnQa na dtclma pAslna) Murilo MENDES -I--- (Para. oa u Dlirloa ANocbdOI") houve.,se transformado em Ro– ma ou Orecla - ruloa s!ortou e pafs Incapaz de renovação. Ha. mutt.o tempa que noa ha• via.moa famUlarlzad o com o ritmo de produç.lo da França. com o p erpe tuo desdobramento do panorama da aua ccitura : con hectamoa aua.s resctvas. Mes– mo eS6& inercia bellca denun– ciada pelo então coronel Char– les de Gaulle num llv:-o hoje famO&O. moat.rava o admlra,·cl ,ra.u · de civilização & oue a ?ranç& havia chegado: um pa''"· onde a concepção humanlab da vida M Vla pe :1etrado atl! mesmo no me.to du ma.uas ropulares n Ao pO dla. acreditar . mais nas fOlUções da. !orça bru– ta representada pelo eatado– ~r,a.lor prussiano. A FranÇa. a credll&va nas aoluçõc.\ de tolf'– ra.ncia de bondade humana, de medidas de tnt.eligencla. Um de r,eua maiores eac.rlt.ores - Adr~ Gld.e - conaentl.a. em compare · cer diante de um U1bunal de aóversarto, tdeologtcos qc.e ex1'– mlnaram - com o respeito qut. uma t::i.1 figura Impõe - aua. doutrina e. suu atJtudcs Fatll eMe de larga. &tiinutcaçãc. digno t!a. Atena.s de Per1cle.s : !a.t..o que llustra. urna. clvtllzaçA~. pondo-a. a. uma barbarle moto· nnda, que outro não era. o mon!itruo50 clentl!!cl.smo rac!!– b entlo vitorioso na Altmanhn herdeira de Blamttrck e N'u.,.chr. Velo a guerra. PoJeremOA afirmar que ficamos tot.Qlmen– me.nte Uolados da França. :;e nos restavam ainda. alg1.uu ll– vro11 preciosos: co mp anheiros ir,e.3paravw do 00550 esplrlto. P:15Cal Montalgne. ~belaL! Descartes. Bossuct. Dldcrot Routseo.u, Voltatrc, Jospcl\ o::: Malatce, Chateaubrtnd, Balzac Sthendal. Derg,on - e os poc· ras Vlllon, R..1.clnc, Maurlce SCeve. Alola1us. Bcrtra.nc!, Mo.u– c.elat rc, V. Hug:>, Vlgny, Oe– re.rd d e Nerval. Mallo.rmt-, Rtrr– ta.ud . t.a.ut.rcaumont. Vc.rlalr,'!, Apolllnalrt . Claudel. Revcrd!', Pierre Jetifl Jou ve. Elua.rd?... Através deles nos com u:1lca.va– lll0S n4o só com as duas Fran– ça.s, a da medida e a do tro.sn– bordament.o, a da. vertJ calldnde c!a. harmonia e a da hortr.on· t.abllldade da paixão, mas t am– N.m nos comunicamos oom R. fanta sia hum ana, com o cor:i.– ção humu.no, seu vlclos. aua! tleformaçõe1 que a arte· p rocura não aó Interpretar, ma.a tro.ns· figurar. /\ França era não sé grande na ordem ps1c<\toslr.a, pelu auas extraordlnort~s pros– :,cçõu da ordem Intima do Ll.Undo quotJdJano, como tam• bem aud&ctou. pelo seu a.melo de estabelecer rotelr05 lnedltoa na noua a.ventura, propondC'l– r,os uma. subveraão do& planos raclonala eob aa espec.1~ d a poe e.Ja e pintura. bMead.aa no aon.ht\ alargo.ndo..os muito além dos JI . . mltes clenl.lllcoa dos gabinete& medico& de Viena e Berlim. O mov1tnento, Hmutatls mutan– dl~". a-&semelhava.-se ao movt.. mento da srande época do ro– mantismo alemão, da Alem&• nha de antea de HttJer e Bls– mazk, da Alemanha. deacentr&• ilzada onde a patxão do &anho e da poeaia eleva--se à altura de t 1 ma. cateeorta. dominante. Poucos anea antea da. segunda guerra mwuUal, um dos maio • ~eJf°c~:~o~if~mJ::n 11:~~:. pode escrever no prefacio de um d" um ltvr06, que a DO&&& fpoca vivia sob os t:rea signos r•rlnctpals do sangue da. eapt .. rltualldade e da -.:a.tutrote. De fato, o mundo transforma· rn-se :-iuma. Ca.sa. dos Atrlda.~ C1e proporçõe5 gtga.ntesca.s. o ,mtlro Espectro que frequenta o dra ma. g rego, a figura es:pa.n– toaa c.ue produz o ca'>& nea· :o. G recl a que se acredita, em ceral, serena.. criou mtlh.ões de çta: e ,.a França ji dera um alarme que. provindo de ll1":'l paia encarregado de operar a ~fntcse da cultura deveria ter tido maior ressona.nela. no mun– ~o... Num dos ma.Is tmpartant.t~ e profctJoo.s poemAs Que Ja.· mab e.screveu - poema de "'Lel mumtn:itlons'". que na cdtçlt> do "'Mercure de France • tra..z t• Utulo 00 Verttge'" e na recen– te edlç!lo Va.llquette nê.o traz titulo, e começa. oclo verGo, .. " Qu'est~ pour nou.i, nom co,. [urqu!' les 11arm'"11 dt! '"r:1'" ... • neat:e poema, escrito em 1872, no dia. a:?aulnte dn flntstrl con– rc.nt.aç.Ao entre a França e a Alema nha, Rlm baud no~ ante– cipa o qua.d.ro do que &O dem1- :-olava, do que se desenrola o - a[ de nós ! - do Q'Ue !e de• aenrolorll. Dão•&e a.a mlos. A• travts dos tempOs . os dOla po e– ta~ : i:mgue, tsi) lrit.uallda.de e cnt.astrofe. A França compare ceu a MunJque em 1938 e acei– tou sua parte no tremendo Dr&• ma. Foi entAo que a p()Cbia - mesmo a popular - calçou a\. toa coturnos, envergou o man– to escarlate. e, possulda de con• ctcncta traglca., investiu contra o inlrnlgo da Pra.nwla huma- ~~%~~ ~ ~11u~~de= ~ besLl&I, oompreendendo que ~J~~fo~ i!n ~~~• af.! o homem de a.lto a be1xo Tudo lstD, i prectso frtzar .,a Poesla realli,cu sem t.ralr a au~ quall- 1 dade auprema de u)e llterarla. De lato compuloando os dois "'{aderno,' publicados de .. Lei Poélae l'J'laonnlera" verllle&m que o \iogon poUtlco não foi explorado pelos poetas enca.rce– radoa. E cata autentJca. obra– prtmA que do 011 •33 POnne& com po&M ou aecret", mostra clara.mente-- que Jean Oaggou não deixou ~du a t:nma. .la tradição de artemnatoa de 'Te– llnamento da forma.. tio car> 801 poet.aaa t.ra.nceaes. Neue pequeno grande Uvro Je.a.n cu. sou aprovelta•se ú veus da. tkntca de Baudelaire ou de MaD a.rm6. E o !riamo r,cu-pera. & e.ui dominios., ma.nt! e1tsndo a forç & de superaçl<> d o oaplrlto ante& as slt.ua96es mala dUlcels e aparentemente antl.poittcaa o que e.ste tvro mo.rtra ~ em ulU.ma anall!e o que o. proprta cat&&trofe revelou : a evidencia do dogma reltgtoso ,obre a mor– e oomo J)Tlnclpio de reS1Urrel– çlio. Nunce a ~gpect.lva da morte tocou tAo de ~rto o principio da vida, nunca hotl· vc tão fortemente formulado ,, d... )o d• que a vida rebentas • ae do. sombra, da consptraçã.o, do sangue derramado, doa prt– sõea lnJuatoa. dos fundamentos. du co vas tmp rovtsada.o. Os mortos herolc.os pasaaram a ter uma vi da qua.!. e obJeUva; aeu1 rettos e gestos circulavam de boca em bOca.. w as min Jmas rellqula& eram ~ tc1a.du, não por fana Ucos rel igio so:., mu par homens antes frios e iacn· tos de aupcrst.Tlção: assim &e paasou, por ex.empto, no caso de Oabrlel P,r1 cuja vida e morte tomaram-se em paucaa tem.o.na.a legendarW, vida e morte confundldaa num claro• e::curo de SODi\le, renuncia. co-– rage.m e altivez.. CO~\t-,C a perceber o que só 01 poetas criadores J)Crcebtam: a poesia como vida em si mesma, ocult.& nu t.revaa da iillOranct1 e da 1ncompreens.ã.o, e arrancada do raos pelo 11esto fulminante do poeta anatoso de conhecimento, de aut.o- rovel a.ção, e de revela• ção aos ae.ua semelhante.a deu'L materta cosmlca, expertencla de pcc&do e redenção. exposb mo· lerna.mente em vert.o através d& lente poderosa de Baude• lalre. Os elementoa do mundo µreduzem eua materl& de cul· pa e cataatrofe para que a re – aenção poosa operar: de obsto· cuio em obsta.culo o poeta rea. l!za aaltoa prodlg!OIOS até à ex– tinção da ~raonaUda.de, até o enconl.ro da. experlencla morte– vida. q ue explode em cant.lco• puro,, em eoclal·soUdlo, em c.onaumaç!o na unidade. Dura. e Imperiosa ó a poeslo, • • quan– to noa obrlia 1 Tem o senso medido dM col· u.s hwnanaa e não lhe custa aer em melo de aenborea poderoeoa, prlnclpes, preladoo e papas uma !lsura. declalva. • Eate homem, diz ERNESTO HEIUNO - que aublu a.o J)O(lea• tal mais alto do poderio eoono– mlco nA-0 recorrendo senão aoa aeua i ,ua própria forç& e de• cllnando tods reaponsabWcl&de que não tosa.e sua - era um mercador de corpo e alma . A h1atõr1a faz.se tambem com a sua. colaboraçlo. o movlmen· ~'r~~ ao~'t;,u~cf!"::~ minlca desae operoao J /\COB PUOO/\R, OHEPE INDISOUTI· DO DOS NEGOCIOS DA PA· MlLIA - conalderado em 1510 como • prlnclpalla guberna.tor domlnus caput dlrector ,t prae- se.n&''. Era assim como o poduoao Oorenllno Lourenço de MEPI– O18 dlapondo, DllUld&ndo, ln· 11\Undo. Era rodeado, adulado, MOmpanha.do como ae tõste um lntocavel prlncl~ de aanaue. E aulm d.1r1g1a. o ouro do mund.O e com o ouro do mundo fazlA e:i~:~el~~~~-º~""J.83= cios e era lntermedltlrlo de ne– gõc1oe entre 01 povoa. seua na• vtoa conugue.m rota. Uvre por toda parte . Durante a guerra entre o imperador e Vaneza ele ~~ c:~ 0 o~: :i:t: (ConUtita r.a 10.• partnt.) at.aude ma.11 parecia uma enor• me flor, tantaa era.m ai 1)4tataa lhe encobrindo o veludo) Bal· vlano continuou a refletir no r01to uma placlda •~nu via· ta t auperflclo doe laaoa. Disseram-me, lambem, que =~~ 1 ::-::tt:1:.o ~i~ !~~ bocado. Depois, o cõneso que e,i,er– glra de agua benl.& o Mau.o leu ulr• abraçando os rent.ea dn ~~•no W: c:8°~a:n1"n1o Ar e;i:•u: a~~Óar~~=eç:r:1ou~ tomovela ae eruta.ram com.> num oor10. SaJvtano que havb ae detido, l.llm de aozlnho poder chorar, chorando desprezar os preoonceltoo de uma eocledade i~: ~e 0 ~":ie ~~f~~ c~: nome da mú desconhecia - a:x.~/ ':ml:::""::~J:;~~ nharuJo uns homens que vea t1am capotes preto&. calç 1 vau1 galocha.a, CAJ,çavam Juvu d! oui.ru Salvtano melo Jeao t'OfflO ae n4o pudc,se compreender o ••ntldo de tudo aquUo. ,-.,, tranapor o port4o, Salvlano volveu a cnbc- :a:re, ':O ~=:e~~ pai 1.01 pouoot a.a ca.rpldelru (ConUAC&a a.a lt.• paJlaa) Um r,11nde sontlmento de u udade nos domln• ao felembrarmos Dejard de Mendonça. Cultura hu– manhUca, servida. pnz- w11 espl.rUo lumlno_!O, sem&>"! a Jrrndfar c!cnt.elha.s de beleza e de emoçao. Dejaro de Mcn.lonça foi o jomallsta, o orador. o poeta, n homem rlc prn.-.1mento, enflm, na legit-Jma expres• são do t,rmo. Nntur:11 do Estado do Amaz.onu, •n Pará., 1•ntret.antc., oorlc, ctrcado de estima e de ad- ... mlraçãc-. rossou a maior parte de sua vida, coubt receber • difundir o• lavores de sem ma.-nlflco, !alento,. Como poeta de rara sensibilidade e rutlh lnspira.;ão, Dej:ircJ deixou "Evanrelho de meu n lbo"'. livro do qual conat& o soneto ºBcnedlc1lc· uma obra prlmr. d11 arte do Veno. - J. F. Bf.NEDICITE Bendigo o germen q:•e fecunda e anima O que do 11,f0tmc vt1n para o conforme. Bendigo a força que tr:.nsforma e Uma i,; dinamiza a e ,ulu que dorme. E bendigo o trubalt.o multiforme Que toda a vida universal collma: Tudo que n:ls:c de um esforço enorme Vem sucese1vamento para cima. Mas, dentre tudo qu~ é semente viva, E dentre tudo que produ• e dentre Tudo que é farta e , 1va sementeira, Bendigo sempre a gloriosa e ativa Força ovular ~o abençoado ventre ~ue me fez homem para a vida Inteira. DEJARD DE MENDONQA
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