A Provincia do Pará 05 de outubro de 1947

• .:r-------------------------~------------ - - • • SEGUNDA SECÇÃO ' AR'l'E E LJTERATURA BEJ.E:\1-l'• .u' .. 4 - DOMINGO, 5 DE OUTUBRO DE 1947 Dcsea.ho de liAMS B!:Ll.M:ER ALEMANHA .. Poema âe Pierre SEGHERS (Trad1J~lo h MABJO l'AUSTJNO para a PROVINCIA DO PA. RA.') :!nlom1sr!m-sc ac caravanas doa velhos' tmper&dare, Nk.O reJna m'\Js Aordem n01 batalhões do rei da Pnlsa:la O tul!o CJtrftC''llhou 01 granadeiros como crianças AI veres ~r,v~na. rtlvadoa verdes, pés bastardo.s. Treme agora a floreat& que respirava como um petto l'!sti Iria R forja, A dõr da morte sobe aos campanll.rloo Sobre 01 cabtloo loiros aa velha.a ta.du cerram aa louzaa ':;Ili o toio do du aob.re a lenda e o furacão dee:aba. o vteaAo que ,·esUa as armadunu Ouve ao l?nge que..manm-se aa vtgaa, caindo sobre sua pâtna, Sc-b os Jr.SSOS <!O! que fogem rf a terra das eavalgadu Porque duro ~ o aoto at~ as fronteiraa da Hungria. Unter den Ltnaen, os ooldadoa de pedra quo eram homeno sentem o aangue coagtJlar-se, o tempo congelar em seua fuzfs Nas casas cega~ o ruJdo dos canhões sOa e reMÕe. Nllll;' quadrante de porcelana um _veJ:>o relojoeiro pi:itac:fgue. Pusa a HJatória, ouve seus carroe:, seus lagarloe e seus lança.• (chama.a, O Banto-Impúlo do Inferno mergulha noo subterrll.neoa da Noite Os rtos carregam já risos enormes como no desai1tre E na va.sllha cnde cs exércllo3 beberam o vinho de todoa oa povos O belo tn~•trno nm esmagar a.a úlUmaa uvaa do Rel•Soldado. Eram duaa horas da manhã. Tudo dormia na Igreja. A ela• rJdade da lua atravessav a os vltrala o oo paraquedlJtaa e.pi– chados parcelam confuau ucul· turas sepulcrais. O Batalhão do Céu ~~vel moldura. 1 pensou o ca· plllõ. Por qu&l milagre eiste homem opaco, tão anJmal, quase anar– fobeto, atrave.asou a Manc1ía, completamente i;ozinho, em unia Uâ.rcazJnha, remando dia e nol· Um o'flclal empurrou a porta e permaneceu um instante ln• declso à entrada do enorme varo povoado de ao:mbras e de ela· rõc1. D5so capllão, &Indo Jo– vem, Unha u faces e a testa enruaada e ombro, tr4geia:. o chcjro do couro, de- pano 1Wff· do e de peles humana.a entrou• ~~a ~ 8 ~Ji~.taaô1r:âa,~~ que fragmentada, e entrou na lgreJa. P&-se o capitão a andar com puso rápido. ma.s que nAo ta· zJo. rc.saoar aa la1ea, entre oa renque. de ...cor pos lmóveJs. E nele. o " out.ro" se espantava. Porque e le era desses cuJo t • temunho Inteiro, quaae &em e de sobr eaviso, Julg a e põe em foco os moviment.oa do au ativo. "'Porque eatou aqui.. ?" per· auntava o "outro''. "Porque é uma JgreJa ? Não venho para rear. NAo sou crente. Para 1.nJ. peclonar ? Não ,ou a tal ponto Joseph K~EL militar. Porque tenho lruõnla ? como se o sono do.s outros al· gunm vez me houvesae feito dor– mlr I" ~~~':i~d:=u:U;,3fun'éfo~ esJ)e.S$0, nutr1do de urna &aüde vigorosa. O capitão, do fundo de s eus p ulmõu, sentia subir uma los.se que o dllacctava. E.s· taco u e levou com vivacidade um lenço à boca, abr.!ando o ruido. ~rr~ º~fg~3~~n~e:o~~e~ ~~:~:ú,:O~e:J~::nnoªg:: talhão aquela'falta de comando, cata espera sem fim, &ae, che– fes que passam um após o ou• tro, &em nada saber, aem poder nada.. . E a ciência do ho ml– cldlo, e1&a técnica de as.sa& stno que &e aprendia e se re petia atõa, ~~!eef~d;e~~ln~c?~d:~en~ ao, outros, teria. a força e & f6 de c<>nduzl-100 até o fim ? O capitão fol atraves.sando por um desejo que era quue tnt.ole-– r I à f~ d• lde®sum quarto de hoopltal tranquilo, branco. . . cheio de ociosidade e de lviroa. EJe tossiu de novo e o ~i::-çgon~e o ~~=: fe! ªv!:~ sua cabeça. Quando readquiriu a lucidez, aeu olhar caiu aobre um para• ~fac~~~~as: J~~o~~ t: dos oa outros, envoltos n&.3 pcg&• ~l~~ti":.v"'"or10:3.i~.:\:i:,t relevoo !mpenetrtveto. O capl· tío, porém, nAo precisou de ou– tra iluminação alllh dessa luz espectral para reconhecer. aob o invólucro de pano. a forma. a presénça de Oorille. Como ele dorme em paz nes.,a tt:.\~~ 2;r~~~,â/~~nde~ Jai- explosivos. a &altar de uin avião em vôo, bater-se na Eri· ti_!ta, na Síria, na Líbia e dor– m7r numa lgreje da Escósala ? O capltío sentiu que o sangue allula. mais rápido e mais vivo a t.émporas enrugada&. Uma for· ça filia, subt!I, vinha até seus orpbrOll. Andou alguns Pa.tiSOS sem o nctar. " Ai esti Paname", falou para &1 mesmo o capitão. "Ferido em Dunkerque, restabelecido em Douvres. Ele podia voltar à França, reencontrar Parl&, o WlJco lugar, Pari&, o llnlco bem, o ünlco ser no mundo que ele ama. Porque, também ele, depois de quatro anoa de batalha, dor· m~i~~~a if:j: ~~S:l~a~~ ~Pfii~eêi:~ ~1~:e '!iªo 1 ~1lo ed~ cvr1er, (Contln6a na tua. par.) A RONDA DOS LIVROS ♦ !LETRAS EARTES! ~- - . COMPREENSÃO Brito BROCA Precisamente neste mo,t,t- te,, em que se encerra no seu retiro de Aplpuc"S, para de.11car•se, durante seis meses, a - trabalhos Intelectuais, Gilberto F.-eyre •ntrega ao público uma de suas obras mais p:ectosas - de certo por constttu1r. em grande parte. uma síntese dos outras: "Interpretaçáo oo Brasil" (Livraria José Olymp!o Ed1:ura>- São palestras rea– lizadas numa un~versJdade american:i e escritas dlret.amenc.e em Inglês, Idioma em que o autor, desde multo moço, Já se habituou a redlgu. Falando para ~m público estrangeiro, Gilberto Freyre procurou o máximo da clar~ e da conci– são na sua exegese do fenomeno brr.slle!ro, resultandC' dnf a obra tornar-se fac1i1ma e atraente. podendo ser Uda me.smo como uma lndJcação aos outros trahalbos do autor. Uma das principais novidade s que o mestre de 11 C9..Sa• Grande & Senzalh.", introduziu em nos.sa lnclplente soclo1ogla fot substituir o pi-econce!to etnlco oue prevalecia no espu-l– to dos estudiosos r.l• problemas bras!lelros pela noção de cul– tura. Esse precor,reito lev,1va espirltos altamente 1ntellgcn– tes, como Eucllde.i da Cunha, a explicar os nossos males pela inferioridade rac 4 al. estabr.:lecendo que a mestiçagem nos a– carretaria os malares tnco\lententcc; Ora, "Casa-Orando & Senzala" é livro 1.endente a provai. que o negro não constl– tue uma raça inferior, ma~ Hlla-sc apenas a uma culturfl– dlferente e que .1 civilização brasU, ..ira nada perdeu con o amalgama de culturas de c,,ue resUltCiu. Desde há multo que Gilberto Freyre se vem bale•1cto por essa Idéia, de onde d<r!va, ce.-uunente. o seu esp;!l!to regionalista, ou r,elhor, p1ovlnc!anlsta- Aliás, em "Interpre– tação do Brasil" há um excelenle ~npítulo sobre a questão do regionallsmo, em que o autvr corr: extraordinária luc1de7., põe o ponto nos li Creio, porém, quo se equivoca quando a · tr!bue a um paulista a comparação de São Paulo com un_n locomotiva puxando vinte carros vaslos. Sempre ouvi dlzec oue o autor da frase foi o bahlano Artur Neiva. Mas Isto vai itpenas a titulo de curiosidade pols não tem nenhuma !m– portanél a no caso. O utra mmuncln · excessiva também mt parece a observar.ão de W~ldo Frank, coincidindo com outrn de Gilberto de que o brasileiro joga futebol, como se exoc,.– tasse a "Unha me.1odlca de um samba". As conferêncu.o, precedidas de uma Introdução de Ollv!c Montenegro formam no seu conjunto um livro admirável e multo facll, e leglvel pelos que não estão habituados a """º genex~ ~~l;~t~~~- o autor põe em Coco a todo momento, alio sempre Inteligentes e oportunas, encerrando. não raro. a1'– soluta novidade. E o que mais encanta no livro é austnclll de pose, de convencionalismo clentHlco, a maneira humlna pela qual Gilberto Freyre encara todos os prol:;lemas. REF'LEXOES SOBRE A RELATIVIDADE "Refteçõe& sôbre •a relativi- dade" é o titulo do livro que o ProfeMOr Carlos Campos, cate– or,ttco da Faculdade de Direi· to da universidade de Minas Geral.s. e figura destacado. da intelectualidade mLm.. 1ra, ora ~eputado pelo P. R . à Càma· ra dos Deputados, promete•nos ~~~la brj~ e~~~~o E~fto~i: O ORONlBTA RUllEM BRAGA Lembram-se de 11 0 conde e o passar!n!lo"? PoLs 6em, o ~c..:.~u:•llr.~~ u;:;~ causou na época do .se'.1 apa· recimento, antes de embarcar ~ara a Europa onde foi em mwão Jornallstlca, ent.rogou t. Livraria José Olymplo Editora ao originais dp seu novo llvi;o ..:.. •Um pé <fe milho" - em que &e revela aquele mesmo ajjud!slmo observador da• col– ••• do• homen.> o doo !atos quÓt1dlan0s, · o mesmo Rubem Braga dono de um estilo agl– lisstmo e intellgente como pou· coa extste,n no meamo gênero llterárlo. BIBLIOMANIA Conta·ae que certa vez um b1· bllõmano Inglês souba que uln ~~ecw~ra:º;arf:.~~~ê-s o P<;:g~~~ não hesitou. Encheu o bolso ele dinheiro e atravessou o ca· nàl da Mancha, dl.eposto a tu· do. Chegando a Parl.s, foi logo em bu!co. do colecionador. M.os• t,raram-lhe o lh·ro famoso que ele examinou atentamente, co· mo verdadeiro conhecedor do assunto, pelo qual, enfim, ofc· receu mil francos. A proposta foi Imediatamente recusada. O inglês, então,· teve que elevá•la aos poucos a~ vinte mil fran– cos, quantta essa que foi acel· !:· v~t~~tt~~i:1:to~t~f!: r;::! mão.,, atirou-<> às chMla s do uma lareira que creplta.va bem lierto dele. Qua nd o o col eclo• ~~!º~ !!r\~iêse: : ~~ !r:~e i:i~ ràpld amente ee b"anstormav~ em clnz.aa, o inglês deteve-o com na seguintes palavras: • E\l' acreáitava pos.rulr o UD.lco exemplar desse livro. Ve}o que 'havtn. dois. Agora, no e.nte[\t,O, s?t ext&te o meu. Estou aatt&· feito. Adeuo•. E foi·•• 1 - <Humilhados e O!endldOB, Recordações da. Casa dos Mor– trs,. O Eterno Marido, Um Jo– godnr e Nletotehka Nlezvll.noval, - o autor de "Mundos M~– cos" escreveu um noti,vct es• tuºóo. "Mundoo MAg!coo" em qµe ~.li· nlu beloa enaaloo aol!re gtánll& figuras do literatura un!verM,l. Í>~~ist, P ~dr:x~fJ~. ~~;~ Hllllley, Oharle• Morgan, Dos• tolewslty. Sobre este último, &.lh\.s cujos romances cstAo sen• cto edltados no Brasil, pe· la IAvrar!a J o 1 6 0}1,mpfo OOM ele.lto. Aproxlmamo-nos do que 1106 parece nucleer Lusa grande ficção, q~ é a ficção do .,. Graclllano Ramos, quando consJderomos a mutua conexão ent.re a conclencla lnd1vldua.. • a exlawncla ooclal, manlfesta na oonduta de toda a tUG gl'nle Af, ao longo c1<ma .. stream ot conscioumes.,• é que vamt.s encontrar. resplandecendo na sua fJdelJdade a tnia– acm de u '.na reaHdade conhecida : a realidade que, em 'carne e oa:.o, cà tora vivemo.s e UTdlmos. Els pOrQue, dada a n atureza da sua representação - artl5Uca - é e1ii Capaz de atear den t.ro ~ ,:'~::'e\~lu~t~ grãu. a emoção cspecl!lca a que chamomos G r a e 1 1 1 à no R amos Exemplificar ó bom; ••empilllquemoo. Proprlel.Arlo do São Bernardo, Jã arruinado mu ainda esperançoso Padllhà tem um modo deJlnldo de ver as co taa.s: quer refazer' a tortum, que a una .ma'!leta de retazer.ge; nesse Uto, ..declamando aementes a adubos • arma a tol'to 11 a direito 03 seus cuteloa. Nem do leve lmaalna que n propriedade, a proprtedade privada daquele latlfundJD p<ssa ser jlOOta em dúvida na sua leJltlmldade. Con· tudo, enqua.1.,10 !Obre a terra avança a wurpao&o do ?tiendonça vcncem·ae letras u mais letras em JX)Her do Paulo Honório · 6 o ;<>meço do fim. E' lmpowvel, asara, 110nhor a resaurre.lçlo. En,lo. perde a vlvacldado que o Impelia pan. .. estradas e oo pr,;,jetos - e •dormia de.r.aJ.s. porque recea\ a encontrar o Men• dc.,nça..., ob&t.ivarâ o narrador. Vemos bem claro : mudou. M.u• dou em !unção d~ mudança das suaa condlções exterior.. de e:dstenola. Em vez. da febre d~ planos, é a fuga para o aono que o move. O sono é. af, um refugio : um como retorno ao utero materno - «ide não havia vencidos nem vl.zinhos usurpadores. Afinal, esnpa•lhe das mloa a propriedade Pior · cai no 6&1artato sob a garra de Paulo Honórto. E' quando O intrto poderi con: tt.r: • Dcpol.s qu, eu o hnvla desembaracado da faunda man!• !~lava Jdé:a:; &a1l&'UlnArlai1 e pregava 1 conh.tchando o' exter• núno dos burguesca". E~ nova muc1a.nÇ& &ubjetlva. Que reflete e 1J1.11tra. uma mudança externa também nova . Só ? Nlo; e i!~:~·~- ~~~-~n~/ m:a º=~: orr:= 1 c;,.,~r mUuindo aobre o comportamento dequelcs com quem convive.' G:•ça,; a Isto, Marciano chega a refletir, acendmdo tenra luz na sun oonfor1!13ç4o heredJ.ttrta : •- o senhor tem razão, eu PadJlha. Eu nao entendo, .!!OU brut.O. mas perco o sono usun. t:uldo nwo. A sente se mata por caUM doo outroo•. Aquela rea• çQ.c, de Pad.llha é que aJnda., levará um dia esse Pobre Marciano à primeira revolta da su a \'ida : ~ - E ninaulm aguent-a mal.3 v:'ltr nesta terra. Nilo 6C de.scan.sa !" A!lgura·se-nos Inteiramente co.racterlzada a! a tnterdepen· dencta dl;àm1ca a que nos retertmo3. Paulo' Ho0.órlo, no •são Bernardo , não sómente a conhece. como ainda a descreve em ~rmOG d!! um cond1cionamento inerente a Vida mental ; .. Fui tr.1balhador alugado e se! que de ordinário a gente mluda em• prrga as hora.s de folga depreciando o., que :são mais graudos". Quer dlz<cr que, ele próprio, mudando 110clal, mudou po!colo&I· camen~ ,a~m. E reaume-o eaume tudo lst.o. ao proclamar a mode.i3gem do &eu aer in r pelH etrcunstancla.t ob Jetlva.s : "A culpa foi minha. ou ontu a culp,. foi desl4 vida agre.te, • qqe me deu uma conclencla, que é no funco d!alétlC3 r D1 4te– rr.:i.JJsto, u~remos ai uma comprovaçft.o daquela o.tirmativa de 11 Ja&trow : "0 panoramtL do comportamento psfquJco é Uumi• nado pe;os fenómenos d-, condicionamento•. O co.so de PauJo Honório 6 a.s.sA.s representativo, no roman– ce do ar. Oraclllano &?mos, dessa integração relaUvamente. ln5tave, entrê dl.sposlções pslco•fls!ológlcas e varla.vei.. determ!· na:itea ambientes, que a etologia deslana. como - o caráter. Na verdade, após uma exLstencla Inicial de mlsérla, em que Im– plicitamente con!easa que pentou, de útil e obrou sempre de mnneb'& correspondente, ao elevar-se à classe dos det.entores ~ s m:;tos de produção. Pauio Honório sofreu uma acomodação quP ralo. pela metamorf~ : tornou-se outro homem. Foi uma aG.aptação perfeita. E dizemos ·•ada.ptação.. porque, ao que pa:-ecc. mio houve neua. •mod.1!1cat1on ot individual b:havior nccessary to harrnonius mteractlon wlth other tnd1vidu.a.1 -, co· mo há. n1 "ajustamento" CONOante Wo.rren, nenhuma ·•notab!e 0.1vergencn or a confllct wfch mu.,; bo overcome". - E' um traço híc !mpo:tante na evolução da •ua psique como no desenrolar ~ aun vidft. • E(ctl'lomen~. a vldo burguesa do mundo, asaenhoreou-se– lbe da mente e da ação com a pureza do excluslvlamo : sua étfce. e S"J.a linguagem rc.s.,umam, como sua conduta, a latrlo. do proveito. Acabaria no omor do dinheiro pelo dinheiro l>C!", numa ro::,edade em que o dJnh~tro se l!>rno o meio pua. tocfos os fino, , amor do dlnhe!rc pelo dlnhe!ro não pas.sa, não pode· III Monte BRITO (P&ra o, ' 4 Dltrloa A11odado1") ria pa.úar. de um cuo J)&rtkular <!aquele e "'tr&nafelt des var• co.u" que Bougle entrevi! nos fundamentoa da nosaa atividade· ar:.- mico . Por LMo mesmo. ao declara.r-i,e a Maderella, declara-se, err. tf.rm: ,s de balcão : .._ Se chegarmos a acordo, quem faz ut!l n eg6c10 supimpa. eou eu•. E&&e "'neaócto supimpa", oom quo conhava Paulo Honório, era apenaa o caaamento. Um Jornal o ~i;,i~i~ c,~~~~: ':a1~:~eo.Jê1a.E ~~~o~ .. ~ v~~~r:'n~;f:~~: th:ul&re.s. Neue caso, só me res,t.ava. pegar um pâu e quebrar as co~telas ct'l B rito". Ai está, 01 o1negócJoa", unlco.ment.e os "negó– ct~·-. aer14m pa.ra ele l:itanglveLs. Unicamente. Ao dar um b:,,J• nço to a eu me lo ~ulo de exLst6ncla, l de uma limpidez ~~ªl:,~ =~u~e~d~!ia! i,'!1' ~~c~~ ~1:vc~"':isr::1~~ ~:n m;~ a morte eia moral C::e uma cla~e : "Fiz col!as boa.s que me trou– xeram prcjulzo" !lz "'col.sas nitn.s que dcro.m lucro". E como ie~pre tive a lnt.e.nção de pouuir o.~ terras de São Bernardo "cons!derti leaftlmas a., açõe$ Que me levaram a ob~•las". Não e~t.ará af por ventura... toda a. lei e os protetc " do capitalismo? Ce-rta.ment.e . E, todavia, nlo é tudo. Sob e.ua encarnlçadA &Pfl?encla dt' uWlta.riamo \"emos que, na. civilização da. proprle· pade privada, acobou o papel do esplrlto · ela Jcl não crê nos scCD idolct. JA n!o cr~ na sua ldeolOilD. Por iMo, e em seu nome, deante dos mais respettaveLs EenUmentos e irutltu.tções e que Pauto Honório ce atreve a falar claro ou o. rir mata claro ainda: ''Ma.Is vale uma. boa amlgação que certos casamentos", :se:1ter.ctari - mos-trando. .sem piedade e sem escrupuJo, o vazio. daqu!lo 11-;Je tot outrora, af, u ma. ma.ravUha sacro.santa. Eº ju-.to, i:orlm, que r.og det.enha.mcs um truta.nte para um cote jo, Ul!'o. vez que pesquLsomos agora, prccll;a mente. d 11 carac· t.er: za ção na g,ntc do er. Ora.cutano rumos, aqu t.la. ''reação ent. re dus..o:; unldn.des 0u slstcntD.S de qualquer natureza, pela qual a Ml vldade de cada parte l a 6 certo ponto detemlrnado pela. ellvldode da. outra" . So Padllha. S:,,JuoUaoo Padllha, decaindo. reai:i;la sorre a amblencia. ce maneira !:!pecf!tc.a - atiçado a. re• volta - PaUlo Honório, BUendendo, de veria reagir da me.!ma mane!TB, mas em tentldo oposto: l de to.to. Aqul revela o ro- • =n~~~lt~:, ;::n~u;'- 1 ~~~r~e~ai~g~mae~~ a.f d;tm~~~~o ~ 1: . vtdual; por outro. da atuação individual - se cundá.ria - &O bre a l'X.istenci& 90Clal. Els porque, quanto mab enriquece, mo.is e.x– plcra e I prime e.sse notá,·e! ~•self-rnade mau", que é P aulo Ho• nóno : quer \'er os alug,uios. 0$ miscra.ndos semJ·homens que suam e :-a.naram .cervtndo no eito, •cada vez mala molamboa" . Erclurecc~a. QA pcnurta; ,ndurece mais a. Inda. na abastança . E o neia • r:.1 c::.tce. modo de vida que m e utlllz.ou", co n!eaan . a.o reti.\·a.Jar. ttm um rim em vl.sta., pa.ra o mund1 do de.su pero branco: ,:, que nãõ obsta o. reconhecer, do mesmo pauo, o a.bis· me, de clo...cte que o insulou dos demai& na mansão sombria. do Sd,• Bernardo : .,Para ser franco, declaro que C&Se8 infelizes não me Inspiram. simpatia", w:NOve ele. •1..&st1mo CL slt.ullção em que f~ acham. "reco11heço ter concorrido para Isso", ma'> rui,• vou tlém . "EstamM tão separados!" há de exclamar. por ttrn, na ongu.stta em qu.: mergulha ao erguer-!e &Obre o seu coração a onda do.. solJdAo. Ne:ssa causnção reciproca, que é a interação entre a. concicncla. lndtvldua.l e a ex tstencta a octal. Pauto Honório exerce por conseguinte, em direção inve.r.sa, aque• la me!ma Influencia de retorno que Sa.lustlano PadUha. E eaao. lrOuênch de retorno, em tudo e por tudo contrário. à revolta, visa Ju~ramente o. eternlzação do. eubm.Lssão do aMalartado - "cada vez mal5 molambo" - ao domlnlo pAresltárlo do senhor ! Dcstnrte, é de ver como, eem contentar com o pico flutu• ante, o n. Oraclllano a.amos tenta moatrar•nos, na almn da sua r.ente. a m..... submersa, a d~edlda, a ml1tel1ooa ~ ~~~ce~~~n':i~ e~!n:; ~:J~-lie,: ~rnH~Ô ~~/;~~~ q~: Wundt; !oi até Freud. C<'rnEonn~tl~m3:t~~~! ~~ fo:.;'':J!ç=~v~~~~!~1 ral'11ent.e, o fracaaao da vida intima de Paulo Honório, que o.rraa– ta. Inteira noa proprlo1 vórt.lcoa a sua. vida, como depois aeon• tçc::, com Lulz da Silva na .,AniU,St.lo.", não se deve senão a ~g leia que regulam a ação reciproco. entre a conolencia 1ndl– v.1Juo.l e n exlstencla aoclal. - A contradição tn&Oluvel, &e reaõl· vt. na cr.te.strofe. d1:& ;~o~~~a~~~~ aa~~mr:::i~.doE;>•a~~e~fr~u'';M: t.111ção que.:, abaixo da burgueala. oost.uma ser feita em toda parte e que Lemonnler resume multo bem : "ll y a deux BOrtes d 'o peuplca", explana ele; "il y a, en cffet., Je peuplc de&ouvrle.rs et le peuple de, petl~• gena". A profissão liberal - o pro lesaora– ón - firmara-lhe um PoUCO melhor no toro intimo o problemA- ;~m~l rJ.:_toÓ~r!ir:~ toEn;,e~~~~i~r:i.,u~~~~.~~a~~ns~d'J:'i!'l m'>do condiciona.do por esse complexo palqulco - aoclal na sua [~~lo-Ju~utt-~~ad~~~~:°ac~ue..~fl~te.!ur~~ful:nfuºuJl vantajoso para mim", afirma com uma candlda cobiça: "muito \ilJlUl.Joto". reptaa. Por que? Porque, sendo "pobre como Job"', vunto.joso'. repisa. Por que? Porque, sendo "pobre oomo Job", 6CJr.Jr..do contl!sAo sua, o ca&amento com um fazendeiro rico, de acordo com o critério moral da burguesia, não tinha outra. oêjetlvaçfio - vantajoso, multo vo.ntajoao_ E' comum semelhante equivoco neu a camada. humana; compôslto. e sofredora, que acode pelo nome do pequena bur- 11.tealc. Cauda com um fa.zend.eiro, entreta.nto, Madalena . não chega Jamais a. lnt.errar-se, ao oontrârto do ma.rido, na. cla.ue 1 QU! a.ecendera : estamos; aulm, em face de uma. "meat.tdap- 1..,çAo", .,, nós 6 petmlUdo o termo. Em face. Isto 6, de certa t;b!~ti\~~r:_o ~;:t~ ~ªe:!ªP~a1~n:n:1.i~10~ ""g~\f°t dcr.cja.r6. 6empre uma mudança tocla.l, lato 6 : uma melhoria pa:a tod<s e, poL,, uma JU8tlllc&ção para a próprl& melhora. Iate é que a conduz ao ,·aao reformismo, no1 limites da. fa– zerdr - ..p6cle de crisálida do ooc!allsmo sentimental. AI es!Ã • otltude de Madalena, tendo sido pobre, não quer ver aohêr o, pobre•; ma 1, tão pouco penaa em deixar de ser rico.. A esse humanltarL,mo, oontudo, ~ que Paulo Honório não tolera : sem– pr, cuat& dlnh.etro e o dinheiro ele, que se Integrou na burgue– n!a, sabe o que custa. Mais : sabe o que vaJe. "Entrou a e.mo• la:- mo reclamando um globo, mapaa, "outroa arreios* que não rr..rnclono porque não quero tomar o Incómodo de examinar alt o orqulvc,. Um dia, dlst.ratdamente, ordenei a encomenda. Quando e. fatura chegou, tremi. Um buraco : aeta contos de réi... 5els contos de lolbelos, cartões e pedacinho• de tAbuào pnra os filhos dos trabalhadorea". O oonnlto oomeça nesaa dL,parldade : um, que se abur gu~aou : a outra, que permencceu na marglna.Jidade . Qwlrfdo, aob o Império da oua contradição subjetiva. e.la fala a esse ma– rl<·o lá da aJmn de um alugado, que Julga baixa, ouve-lhe expll• cnr que "a alma dele não tinha im;>ortanota". E o marido es· clnreco : "Exigia doa mel18 homeno serviços. o rest,<, não me !nter....,va". Nilo poderlam entender-se: é manifesto. Apar– tava-os " diversidade do• pontos de vista, fruto da diversidade das 8\Jas reações ao melo &0clal. Nem a. formatura nem o ca• ••monto arranca Madalena t. pequena burgueola, Jà por si U111& • PAGINA 9 Um Poema de Walt Whitman Tradução de Ruy Guilherme BARATA O des,nvolvlmento lntermtnavel do verbo atra,61 doo (munclol 'dtnha 6 B palavrll Hurnanldade iuna J>ftl311ra velha e moderna forjada com o aço da f6. Que se cumpra esta palavra a1ora e peloe aeculoe Mur01. na~.a :ne :rTiporta. EU vh'o no tempo absOlut.o. <,t o terrpo 6 perfeito. redondo e tudo o completa. SL'!l. sti esta mara vUhosa desconcertante e mistlea do (tempo tudo completa. "-ccfto a rtalldade e nlo a c11&euto. A !na~rla me rodela e nlo discuto. Hurra pf'la ctencia JX)I.IUva J Vivem as cicmc.nstrações: precl&u J 't'rar.e.l·me corõu de cedro e laureia. Honrai etY.a cabecaa:. , do quimJco a úo g~etra a ao ~matico a do que c!ec.ltn. velhos hleN>glJfos a dos ml\I1nhela)s que guiaram as naves por marft {desconhecidos a che.loa ela perlsoa d.9 que man~a o bl.sturl a "do qut ioVe:rnt. o mtc~plo. Para vós os aplauooo a.s mNS,.lhu " !lJ gra\"cs dlgntdades. VOMOS fBtOl t vossu ronqulsta.s nlo do do meu dom.tnto po<Pm llâo \l~L,. •E J?Or ela& eu cr+tro neste mundo da. cançlo QUt é n:eu domtnto. M•us IIO('mu não falam du propriedades atngulares du 4'alnm d:i vida nio cata.togada, d• )Jber<1•d• e do mlltérlo. lcolaa, Não se or.upnm dos neutroa oem doa cutrad.01 exo.ltam a.:> h ~m.!m e a mulher bt'm orp.nisãdOS, bat--m 041 1 ombores da rebf'Ul.o e ~ untm ats !ugitl\loa, ' ao~ man?re,. e aos que oonsptram. o AMOR José Lins do REGO (Capitulo do romance ''Eur14lct''l Não •el se possa chamar de amor nquclc meu fracõ pela mulher que era !ni.elra . menle de Faria. Sabia disto. •ab•a que ela não me t!nhn em ~onta de coisa nenhuma Len1bro-me de vê-la ao m•u lado, e vinha de seu cr rpo um& estranha força oobre mim . Se estava no banho se escutava o rumor do chu– veiro. ou o gluglú da ügua na banheira, perdia a tran– qullldade, a minha lmaslna– ção E.judava o meu açc~– mcnto, e oofrla, ootrla mui• to. Faria voltara a me falar de s?u caso, a procüro.r àfl– XÍllo para uma decisão quo não vinha, que temia. Para ~le E!lrldlce valia todo o seu sacr!flclo. E aquele rapaz tão cheio de teservaa, tão refra– tário a se abrir, era agora uma só conversa. E mo pe– dfa opinião. Ainda nada mandára dlser ao pai . Tinha a ce1 teza de que o velho nlio concordava. Toda a tamllla tom·1rla o seu gesto cume. u:fne. loucura. Tudo pQd~rla ser verdade, DL."\8 amava Eu– rllllce. Animava o comp11- rifieiro, mas multo me cu•– táva. fazê-lo . A' noite la para a cama como que atacad'l de uma angú,tia. Ficava à e5pe– rã. de Eurldlce. Ouvia os oeua paaso• perto de mim, via 1< sua 10mbr&. E só descansava quando sabia que ela ~tava nos hraços de Faria . Então con~e,;ava o outro aotrtrr:en– to . 'l'cdo• aqueles gcn:lctos, todas aquelas voze• em co• ch!chos, aquele balbuciar 80• !rego me conduziam a uma espécl~ de desespero. Era ter• rlvel. o monstro mê posluia. me 11rrazava. E quando I udo eãtav:i consumado, vln, " o pfor. Era um cheiro qu, en– cfiln o quarto, e me ab:,.f:lva. Era um cheiro de amor, df mulher, de homem, de g,'lZO, de i.acledade, mu qui,!quer cp~ que persistia sobre t!Jlltl, até que o ao no da MB• drug:ida cheg1.va . Aquilo não podia continuar aaalm . Qul.léra procurar oü– tra cnsa para morar . ,;;,bis que do jeito como andavam as e; ! as tetm!narla lntell'I• menir perdldo Porque ca.c:la. vez mnla me ligava a E!lrldl– ce. 1.1uanto m.lls sabia qu, eb • ra Inteiramente de ~ – ria, :nata me prendia aqaela sua ·;ume, aquele seu corl)<J. Uma tarde, ~tava eo!lnh~ no ouarto e ela apareceu. es– pantada como de out ra" ve- 1'ea. E Imediatamente fech.ou à chave a porta e, c om o V não r,: vwe, foi dlretrunen~ te para a maln de Farlil, '\ mexeu e remexeu nos se\·,1 papeis Procurou aa roupu' do armàrlo. E como se t!tei~ ........ 1ta.-.) li .. ~ lntermodla, a bealter • ~ na ..... emre a ~ l!llesla. qúe procura ldlltar e o proletarlado, que deoeJa ...ai· cfr. O reu comportamento, no São Bernardo retrata.ri 1empra eosa amblvalencla polcológlca de ort1em puramente ooclal : P!P' WT'a J)arte, 6 a mulher de um prolelãrlo, que .., del~lta na ti• ~\:~~ Q~~":• z!i:1a:~~ab=::-1~~e =~: rero:&~~~ E para Isso lança m&o, lncono!deradamente, da caridade e da lllantrop,~: u ""mola,$, u dAdlvu, a& ucolaa - todo um mm,– d.o de UUIÕOI reparadoru. Inoonolderadatnente, fr!Jemo1 por– que hà o marldo : lif. o marido que nAo oonoorda nem du– cu!da. P.... ando de sanhlo a patrlo, Paulo Honório contor– I!Jõu·se Cl<I manelra completa, bem que o v!moo, ao novo IITUIIO cm que lngre&oava : oua mentallclade, determinada pela nova pb;içlô IOClal resultante da IIOV& poelç&o no proceaao da proclU• 111~ • .., desatou maciça, lntelrtça, totalmente bursueaa. Revela, :t'm ~~ °}~d:. ~~~cio ~~-:,0 6 ~ [:."~~u;~~ . cchdo, contra.riamente, na mazslnalldade, Madalena, a prole– ttrla Intelectual deafocada, riJo ae liberta nunca do •lgno de é!ÍYe - o de cl8MI oprlmlda. Donde, o ,.,u reformismo tnge– n"'ü.2, em permanente antacomamo com o rancorc.o COl\5!rvan– @mo de Paulo Hónór!o. E' dele esta queixa entre dentes : . .. construindo e ela deamanch&ndo". Nlo esqueci& quanto Clllt&· ,p. subir aquele degrau : •comecei a vida oom cem lilll r6a alheios; tudo quanto pouuJmos•, eÍ<J)llca debalde • .. po,a, •vem d -ts:;ea cem mil reta a cinco por cento ao mes•. Como, ent&o, <l,l!perdlçar 06 uua trutoo, aureoa mas amargos, com •arretoo• dldfltlcoo para 01 lllhot doo outros ? Ele, não : enquanto ele ••• elevou•, ela na verdade "foi elevada•. Nlo ""t& preparada nJm prec.Ulpc)llta para compreender. Para ele, o t.nareuo foro ülna Iúta, para ela, um aenho. Maa, enqucnt,<, ele 1e deaf!zer& tll'to.lmenl<> do seu p&aaaclo de claase, estando d""tarte epto pan, d inetamor!ose, ela, em vez dlsao, com a eterna oocllaç&o dCl P'· qu•na burgu08la, pusera um p6 num mundo maa ficara com o oi•tro no outro mundo - no mundo cinza da. sua ortaem IOC1al. Dai, a lmpoaslbllldade do mesmo efeito polcol6'loo final entre ámboo. E' exato que gostaria de combinar: •- O que 114 6 que ~~.ª m":~ ~:1~ ~~el~~S:c~cosª~j,~~;:u!~~m 4:°n: fronta oom o marido, a Identidade da motivação e, com ela, a ldontldado da resultante faltará até o fim : 114 leis nos IIOIIOI ab;amos. . NCl primeira ocasião, volverá a gritar • sua lremedünl 411- cordanc!a : grltart, ao ve·lo ~ancar um pobre homem do eito, que 6 hoirlvel e 6 bárbar~ a Clu& oondµta . E, quando Paulo Ho– DOJ to retorquir que a vttJ.ma nem mesmo um homem cbaaa a ::o i fuz ~:ªi!"'f.:1zii~amg:or.:d:~:!. e~~ ~~~%~ E' um molambo•, ueverarla Paulo Honório à mulher. atrlbutn• do ess e lnfortunlo à vontade de Deus. Ela. ai. dlrt oomo en– ter.de aquilo : •- Olaro. Voct vlve a hwnllh4•lo. - Protesto 1 exclam e!, &lterando·me. Quando o conheci, ~• ele era molambo ..:.. Provavelmente porque sempre foi tratado a ponta~. - Qual nodA 1 6 molambo porque na.sceu molambo 1• H4 nndt. maio lucldo no romance braa!le!ro ? Vejo.mos, todavia. AI IO defrontam, ao cJarlo da UIII& cen. tolha dua. atltudea peru,te a eap6c:!e; duaa o<>ncepç6ea IJ(rante o unlvaroo. Quando Madalena afirma que I_Jarclano, se é mo– lambo, o é •provavelmente por 1en1pre foi ln.tido a IIODtap6o", c1r,vendt. o oenao cio aoclal : a culpa n&o 6 dele; 6 do melb, q11e o tsmagou. E o caràter do homem aurp ocmo uma reaultante ~~~~e~;,,~~~~. ~ !:f:iri::~ni~=am~•-~ obrttna o tnd!v!duallsmo em &910; 114 um !lxllmo na hlst.6rta. c:>rno na natureza. E o carf.ter do homem aurp oomo uma fa– ~ldade lr.coerc!vel. E 6 claro: um poatula. como a...._,, d– l>C•tular, t\ lnanldade daa tenl&tlvu de traDlfonnaç&o da IOol clec:!ade porque, haJt. o que houver, o mol&mbo nem ~ deixar& cn ser molambo : mu. tnnraamente, a Olllra, pela SUB lnoatWaçlo lnt.lma, l'llflno da - lnlatlaf~ !evonl<, o véu sõbre a condlçlo dlal6tlca do mundo. .. condição dlal6Uca es~ U,acfa lamb'1n - 6 o que ela a- g01 e - à propr!& oonolencla humana. , Or&, se não fOIII l&o tarde, -1& laao e que - ..._ ffrlflcar na f!oçlo do sr. Otaclllano Ra,z,oo; 6, ~ IDli!II tArdo. Acabou o papel e acabou o leml)O. Havori OldlOI • mmgos para nól 7 Orelamoo, entlo, na folhinha, Ji que n&o poci.m. - • tantas oo!saa; e eopete'moa, li:' o melbar da f-._ -

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