A Provincia do Pará 05 de outubro de 1947

- ( ãgma lo • • A PROVÍNOif- 00 PAR/t.t • :Domingo, !5 de outubro de 1947 In f luência romance nas doutrinas pollticas Fragmentos do meu D i á,. i o Breno ACCIOLY (Puaoo"D"'1ao-..-, lt-9-194.•• O que vem 11 ser o :a-mor aenão uma guet·– ra? O que vem a ser o be.r;o senão o amor? 11-9-194... De t&nto tala< (ql l!lndo es crevo) de morte, de aulcld.lo, de tome, de frio, de p erJúrlo, de roubo1, de peau - Jamais deixei de "adn1irar" a vida, de me aeu– tlr rt:iascer àa horaa das re– felçótt. do no Inverno doa mortuA de Santa Terev.a me ag~salhar à maneira de ""'· esqut,nó. E tambem de na– ver tscolbldo dentro de mi– nha profiss ão u ma ~tck– lldade que .. d.lz" das auu dd- res, ..m allenclo. · 11-9-194.. , Dermatolog!a ~~~~~ i%~CT06, 11-9-194. •. Ili oito cliu ou, l do Professor Austrcgl– sllo: ''Devemaa pastar'" - 4 'Prec.'!.8.Dloa paatar" - e ei! estcu de pleno acordo com o proteasor Austreg&llo, pois o FRATERNID ADE A.AMARILIS # (Dped&1 pan .à PBOVI!t'CIA DO PABA') Velo o pr!me<ro. Era wn ÚIO· um homem Incompleto, roto de membroa, e tio venc.ldo, BU entreguei a boca e a.a miol. Ele tateou meu corpo com o tmpeto apreuado de um d-Jo nele levllltou um artt.o rouco de Cmaldtçi<,. Depois qulz prender meua pu– b4 longo tempo conUdo. e a.travesaou no cam..lnho PuloU auu pupllu ernntea .... mullta& pela carne morena como -- ..,,, am6r = ~ecla a,m &nata, Ajoolhel-me e deixei . Encheu auu érbltaa VUfao de que mlnhaa 1'çlmu [lllll e meus beijoa na IWI daquela djdjvL fartuaem sua &Me etena. Velo o secundo. Re~ entre auu mice [IIOO ~ um 1 ~ 010 • ; 10110 ~~~ louco para.~ bráçoa e me arrebatou com a tncoeren- quue hirto& na e,púa, Ceia quue mortoo na raiva da lm- de ""!.e:;:~• [pc,tencla. uma ertranha e flllatda Calmei sua dór, eocutel IU& anau,tl&, ..u tr"1<:o ollenclo. Dead a lmpreado lt1clda lle maua dedoo n...,. epiderme corrompida e fugi para um eatroplado, onde: cantava u hona contu.au de l0lld.&o e 10mb:r1. 1'111 com &o e meus ~ dolam • chaganm DOI tropeço&. !'a.lava do mala alto pecado aemelhante em beleza 1 mala alta virtude. vtveu com!go em caverna.a hõ· [mtdu. am&rT& va meu corpo nll que a minha chegada rutlla tl06 a:ptnhelroa, para olh&r meu nngue moço E vinl:'~m. um a um, descobriam chetoo de mMo seU& dolorosos ,iclos 1nte.rtorn e eu chorava com eles e me perdia Dess&3 moradas er– c~~:1 iE::t !,~ de almas mutiladas. ~tou•me em poema.& mistm,,. ~~:~ tome de 1ntln1lo [mas a trajetor!& du eatrelao, [OOS eternamente humana, depo1J. elevou_ ,ua grande mio, ~~ava mlos. colheu-.& e teceu para minha nudh um T~~ ~ªtºtJllcns de mUSCu- [longo manto uoa perteltoa, l'lquet lumlnooa num caminho Km margens. E penaet tanto, tio profundamente que nA.o aenU em m.1nha volt.a o murmurio da vida. E quando meua olhOs abertos retomaram a v15io ~mena pactflcos. F'ort<a ou l'ragel.,, beloa, dedoo age!& de artlata.s, ou peltoo amploa de combaten– [tea, ou faca: lJ.au de pensadores. apolln~s. homens grllnde.a, mas tão pequenos nu su8.5 pequenas vidas inter- • [nas. Dei-me 3. eles como me de.1 aos oui:ro6 , entreguei minhas mi. os. minha carne, meus olhos cheJos de assombro. E delxet·me !tear como serva enxugando ~ m.agua.doe, me dando castamente, numa benção. Ampla li li enquete de A PROVINCIA DO PARA' Responde o .r. -V.eira aos nossos quesitos . .... ........ Dando lnfalo, boje, à ampla "'enquMe" llte.rirla, cujos quesitos foram d.latrib11Uot eann ..,. = ~ m:,'J~r:~:e:::~u:!nl l!=U :=0•7:;:ie~~•:~1~•::r ~e«!f::!::çh ~ :t':ct!' ::-:Z. kr.ltura" obra dbcuUda e elo,t.da pe la crlU ca nac.Joual, '"lmacem du Uoraa• e "'Keaarrelçlo e''lda~~~u~:°i!i:u~~ e.o f!:°~=·~• d: 0 ~ na moderaa Uteratara ~ alleln. com os lt""5 '.iZ publlcad01, artlJ OS e c:ronlcu diynJpdaa por Jorn&!I e rcTlstaa de '- • 1-;staci~ quea:it011 de noaa •enqaUe", aos qu.a.ls C" éc.lt Melra respondeu, ln.lclaado a a&le de ne- posWlq~ *:b~t:!i :!s..~ ~~~v'!T :e : 1 :a:~çjo de um ob~Uvo IOClaJ 11N ~ balhos llttrirlos? Jut.lftca-se uma obra de arle ou de ftoçio unlcamtnle em tu.'DÇlo .. belo'! z - Como encara a lnl1uencl& das ldeoloitu Jiuutk-.aa na Ute.ratura, e, em especlal. no ,. manee ! S - Exerce o ro.m&.nae, socla.lme.nte orientado, Jnttvencla comlde.rift.1 na optnllo p6bllea t , - Existe atrwi,i morimento deti.n.ldo un prôl de uma. UteratD H aocla.1 procesando• ne Brull? Caso aftrmaUvo, esse movlmtnto pode KI' fllia.do a a..truma corrente tslr'aa• ,-dra ou pouuimoa uma uoola ort,-1.oal, 5 - Quais M caracte.ristlca.s do roma.nce bruile.lro, a parllr de 19SO ? C - Está d& acôrdo com a asserllva de Raquel de Qv.~ considerando Grklllano R&IDN • ..Pontiflce l\Iárlmo .. da literatura nacional? CUo contrário, Qual a maior e~ da moderna Ulerat.u:ra bra..slJelra t PREPONDERA.>;CIA DA nCÇAO SE.1\1 PREOCU– PAÇAO SOCIAL l - Afirmar que ~ Jndtspen· aavel a ext.stencta de um t.ems social coe trabalhos Ut.e.rtrlea moc:lCmoa, e especialmente no romance, &er1a dar um caratu rlgido à literatura. em lugar d&· que.te caratu ;>lA.suco da pró-– prla natu.rua dos assuntos ln– telectuals. Nio resta dtlvlda que o velho e batido conceito de que a literatura ~ a expresdo da. sociedade, devida a.o eaorltor francb de Bonald, tomou noa últimos tempos um .sentido mata :o~~fe.:'.: 7.:~d~~ prcclamodu depois otravb de uma revoluçlo. E nlo 10men1e eles mas tambem outros sran.. des ·e.scrttores, por mtto de suu ldtla.,, de aeus ldoata, criaram = h~';:e:!eU: ef~c!ie :v: pensamentos. Na vlcb moderna. nlo vemcs o mesmo ProceaJ ,. verificar? Quais os verdadetra. reaponslvela pela rebeldl>. mo– derna, por essa lenta e 1.t.na.a ~'t:[lts'\te f!!en~Jia~: mente? seriam ela.s que lutam pensado colsu tio alt.., tio :~!h~~• em prtmetro, i a 12-9-194... Ante.,, m•llto •ntes de ser aaber o que vem a ser a "música", Já se sabe o que vem a ser a "mulher". PROSA E LIN.GUAGEM ln.stante. Mas esse mesmo con· celto ciJ por terra se observa.. moa que nio é aomente a Ute• ratura que é expre.ssio da &OCte– dade, tomando aJ a palavra em seu sentido de arte. A eacut•u· ra, a pintura, a arquitetura, tombem do expressões da socie– dade e 6 ti.o comum vermos td· gnl!lcar uma época, um povo, um determJnado momento hts– tórlco atrav~ deasas artea. Pt.r– Uclpando, entretanto, desse mo– vimento que ae esboçou no ae– gundo melado do &kulo passa– do e contlnúa sua. marcha nos tempos de boje, é Jneaivel que oa temas aoclala ae tornaram de uma tmportlllcla extraordlni· rta, atendendo a que o homem bOJe nio mala luta por uma de– mocracla iguallt.irla. tendo em :~~~d~~e ~tl\~~u~ '= Ideal mala forte, mais premen– te, que 6 o da Igualdade at.rav~ de uma democracia economlea. cujos fundamentos se &&&e11tam na !Uaoo!la man:lst.a. Se por melo da revoluçlo francesa a cla.&se burcuesa reagtu contra a atj.stocracla e tomou sua pos.1· çlo nlo somente na França mu no mundo inteiro, é natural o que hoje acontece no mundo, em ~~f~ :!i"rm°!~~·.::·r.:: nturas moderna da EIJI ~=~º:C: ~i:ur: ~ ~~~t~~~~~~~n ~1: tol n dará um exemplo atanl– flcatlvo dn. questão, e no mesmo caminho temos aa obru de Mi– xlmo Oorkl, de Do.\tclenld (com certa restrlçtol e Nlcolaa OOCOl. ObserVa1e em .. A1mu Mortas"' de Oogol • lllrJ; lntcn– nio de mostrar a o.ictedade 13-9-194.•• Para q~ o ho– mem tique "sozinho" nlo prectaará navegar a~ a uma ilha. llhas poderão ser des. cobertaa em qualquer parte. A~ mesm o à forna lha de um campo de futet.ol. uma .Jba poderá ser divisada. 14-9-194... Aaslstlr a uma missa por necessidade, cho– rar por necessidade - mul– to hem. - Mas passar fome por "necessidade" - dua& visperas de Natal - BOR– RIVFL. 14-9-194... A' cara do qualquer "fanático" eu alnto vontade do cuspir. 14 •9-194.-:-:-0 ratao rra– mAU•o - X - compm Jor– nal para "corrigir" o !ol"!lal, comp~·a livro pr...ra "corrJgjr" o llvn~. conversa com a "mn– lher" pata corrigir a ~mu– lher", No entanto, as suas pom,,s Jamais subirão uma encoma nem tào pouco 01 seus olhos aaberão ao deltu sobre o mar. Enfim, esse fal– so JfrrunAUco apenaa coruiero a "descida" do plano Incli– nado. ''DESCIDA" que i menUra, ln!amta, calúnh ava.rwa, serOS1dadea. .. ' 15-0-194... Sempre estive de ..:amarote". Mas hi no,·e an03 o "meu camarote" não PL<&n de um quarto. Um quarto que as minhas m!os lho enceram as tibuas, U<'I quJarto onde a caneta do Jo\o Unso funciona sobre uma mes.1 que Jamais provou do contacto oleoao de qualquer verniz, A aru d& proaa uerce... quando ae dlacone, sua mater1& tem, naturalmente, uma atanl– ttcaçio: quer diz er. q ue u pa– pavru, primeiro, n.io alo obJe– loo, maa 4ui.n&~ d e obJetoo; ~t!:~ou~~ por 11 mumu, maa 1e lndleam conetamcte certa coisa do mundo ou uma cata noç&o. Aa- alm, -• lllllltaa •- que nos encontramo. 11& poaae de ~~tia..:· ~:2~ uma aó das pala vru que no-1& tn.n.mltttu. A prosa 6, antes de tudo, uma atitude de e,plrito; Ili proa& quando, para falar eomo Valb-}-, a palavra puaa atr&vla do nouo olhar como a lu• peta vidraça. Alllm, toda a reuntlo de pala– vra& tem um ae:DtJdo, mesmo a mala &biurda. Penae-ae que oo destruiu a ltnruarem por ao ter ucrlto, como BalalDe. "cav-alo do manteiga". Nio pretendo aqui uma colla& ode palavru, panldu uma contra a outrL :,ufe~':: :,.,.=.,, ~~ vida, maa vivo, plopando num desenho animado. Por que 6 que o bario de Munch&UWl n&o tne uma montura deu & ea· pkle, dura ao naacer do d.la amolecendo 1 medlda que o ao! subi a ? E, de reato, ua1m como n.io tenho o direito do declarar absu rda uma bli,ólele clenU!tca, que nio 6 contradilórla e que a .,q>erlencla nio nrl!lcou nem confrontou aln~a, tam~ nlo bi contradtçio Yerbal que eu ))05&& declarar a priori destlllll• da de 1irnl!tcaçio. por Jean Paul SARTRE (OopniC.bt do &ernço JJ'r&nc:ff de lD!onnatlO) ('!'ara 4 PBOVINCIA DO PAlt.A') • a abandonari. Aulm ao fal&r, ~t.'to"qu!~ r.'~ .ir~ revelo-& a mim me.amo e aoe ou• ln>s para a alterar~ · atinjo-a em pleno coraçto_ a e fixo noe olbarea, acora ~ •.:,~~":ou~•~: rw11 que a ultrapaaao para o tu- ~~· e:o,~~ = do de aJ;; que 1e poderia cha- ::!. f tr1i:,,~~~ ~ ta quutio de Principio : que u· pecto do mundo queres tu reve– lar, que alteraçto pretendes tu le'far ao mundo com eaa& revel&– çio ? O eocrttor •empenhado• C~uf~e~J:;4:-ai~e: ;; nlo pode nvelar aenio PfoJetan– do a alteraçio. Abandonou o ao– nbo lmJ)Olll•ei e Imoral de fa– zer uma pintura lmparclal da oocledade e da condiç&o huma- na. ' O homem i o ser perante o qual nenhum outro pode manter a lm· parcla11dade, mesmo Deua. Por– que Deua ao exlatlue, eetarla, como o viram certoo mlatleoe. ~~':t°:~~~ n't pode mamo ver um& attuaçlo 1CJn a alterar, porque seu olb&r condensa, d..trol, eaculpe ou. como tu a eternidade, con– verte o objeto em 11 meamo. E' pelo amor, pelo ódio, pela colora, pelo temor, pela alegrlr., pel& Jndlgnaçio, pela esper&11C&, pelo desupero que o homem e o mundo ae revelam em aua •miado. O escritor empenhado ntaao pode ser, decerto, medlo- :!· ~',~~.~c:1:: ~ o que ainda nlo !oi de– &ia'D,&do ou o que nio owa dJ. aer aeu nome, aabe que faz ••aurgtr.. a palavra de amor e a palavra cfe ócUo e com ela.a o amor e o ód1o entre os ho– mena que nlo l1nham ainda de– cidido de ae\11 sentimento&. Sa- ~u~~~~P=~ regadas". Quando fala, <!Íspara. Pode-se calar, poia que eacolheu dlaparar, 6 preciso que dlapare :~ ~ :emwna ~~. ~ acaso, fechando oa olhoa e aó pelo stmplea pruer de ouvir aa detonações. Tudo !aso nio evita que ele te– nha. uma maneira de escrever. Nio ae ' eocrltor pelo lato de &e ter reaolvldo dizer certu cotau. maa por ae · ter re.,olvldo d!Je– lu de certa maneira. E o estUo. claro esli, faz o valor da proaa. Mas de.. pusar despercebido. Visto que u palavras do trar.1· parentes, que o olhar u atra– ve,ssa, eerla ab!iurdo lazer dea· 11w por entre elas vidros opa– cos. A beleza aquJ nlo 6 eenio uma for.,. doce e tn.,enslvel. Num quadro, ela br1lba primeiro, num livro oculta-se, age por persua• ç&o como o encanto de uma voz ou de uma flatonomia: não cons• trango_ JncUna-ae, ,em düvlda,, e acredita ceder aoe argumen– to. qundo 6 aollcltada por um encanto que nio v6. a 1,:•= d~ b=nl~a: =vJ!!: tr:!. ~o a~~~ :=c::a, l=• ~mori':.s el~m~ a mlasão, como uma dança. se acaba por con.aldera-laa por elu mesma.a, perde o sentido, nlo rest,un aenio aa vlbraçõe& 1..11. dl='i>rosa, o ra.zer estAtlco nio 6 puro ~ quando uti por clm& desse meamo prazer. ~:~dr~ª ~r is~pl:~ ~; aos crftJcos, sonha.riam eles em nos atacar pela forma. quando não temos falado senão do fun. do ? Sobre a forma nada há a c11zer de antemio e nós nada dissemos; cada um lnventa a 1ua e a Julga depo!I. Verdade seja que os assuntos propõem o estilo; mas não o comandam; não há um rfuso 3~e ~!/~fJ~~tiri d!"h , c!,ºi: de maJor empenho, ma.la fastidi– osa que o propóatto de atacar que a Companhia de Jesus ? Pu– cal o fez naa Provlnclales. E de auaa d~avenças obscuras com Madame Qoezmann, Beaumar– t hals tirou ois Memorias que do talvez sua obra prima. Em uma palavra, trata-se de &aber de que ae quer e..screver : sobre aa bor– boJetaa ou &Obre a condição doa Judeus. E quando se sabe, falta alnda decidir como escrever eo– bre tsso. Al~u vezes aa duas escolhas do apenas uma, ma.a nunca., entre os bons autores, a ,e,unda precede a primeira. Bel que Olraudoux dtzia : .. O an.tco que importa é encontrar o estilo, a ld61a vem depo!I". Mas nlo tinha razio, ele não encontrou aenão um estilo, a ldl!:la nunca velo. Ao contrário, se ae constderam os assuntos como problema.a sempre em aberto como solicitações, e,pec· tatlvas, compreender-se-á que a arte não perde nada por ae ter ::f~~!ºo ~~tm8fca ~~~~~ aa& matematlcoa novos proble· mas que oa obrigam a produzir um novo stmbollsmo, as exlsen· ~aa,mseet.1!1f~ico 00 ;~P:gm= 1 g artista a encontrar uma Ungua nova e novas tknicas. Se nós não escrevemos ji co· mo no úculo XVII, 6 decerto porque a llngua de Raclnc e de Salnt-Evremont não se presta. a falar das locomotlvM ou do pro- a árte nunca esteve do lado doa purlstas. O Batalhão .. . (ContlnuM)lo da la. par.) "E aquele all. Rico negoctan· te no Brutl, fllhoa. .. de,eml>J– raçado de obrigações mllita– rea. . . com a ctrteza de que a guerra nlo vlri Jamais a~ ele - ele atraveuou o Atlant!co para um oficio barbara, um ar– rutamento sem pena e sem fim. eaperando o que ? Uma rajada. de metralhadora no ventre sõbre a terra da França ? 0 E porque oa novos que v1 on· tem : e.ase boxeur contente de sl mesmo e êsse comprido estudan– te p!iUdo - porque franqueanm os Plrtneua a ~ e se mortl!l– ca.ram nos campo.a espanhó~?" m~~f~tAo ~~~~ ªu~!BI d& 8 i~ dtga, e essa força nervosa. em to mo de seus ombros êJe a sen.· tla tornar.se dura e resl.atente co mo u ma cot-a de malhas. Nlo tentou outra vez reconhecer oe paraquedlstas entre os quais avançava . &viam cessado de ser para êle formu lndlvJduala. Eram 01 elos de uma loQga cor-– rente ... "Porque todos ~ homens deixaram aeus hábitos, prar.erea e segurança ? Qual ~ assim MIO lnstlnto secreto e sagrado, mata forte que o de viver e que os leva a abraçar a morte ? Ne· nhum deles 6 um herol . Têm todos êles um humano pavor do flm . Não têm nenhum gost,, do martirto. São Jovens e fortes . Amam os vlnhos e as moçaa, De onde vem eua vontade, esta oba- ~~~•{ãoEli,°~u64~tf ~iq::r=~ ~~f~ ~~a 0 f~4u~ ~!~ºt venho vencer o meu medo , Tenho cm est.Ado agudo o aen· ao do desprer.o por mtm mesmo. Nlo poderei viver sento o te- ~~• ~~~!~~;j:, v~: derado d.a riqueza, comece a ce– der terreno para uma outra clas– se que &e fortalece na luta e procura melhor dtmiblllçio da riqueza. Dai decon-e a ex!lten· eia. do tema aoclal como centro de umr. literatura vutlsalma, explorada por bona e miua es- ~~';:~~~r~::U~ des de cada um atrav~ do cru– po aoclal. Esaa e a evidencia de quem observa de perto o feno– men:> lltera\rto de DOU OI dias. Mas lsao não quer dlr.er que aeja lndispensavel o objetivo aoc.lal para a. conforma.çio de uma. 11· teratura moderna, 1loo de modo :,,~~filie!.=! ~~~~~~'::'; ~=-rd~~ U:~:: ~;:. pro um melo bibU o Jntellgen· te usado pelos escrltorea de to– dos os tempos. Delde a Primei– ra novela de que &e tem noU– cla, o "Daphne e Oh1o6'', de Longus, em que o lad o llccl01ji1· ta da vida, as forma& suaves. do Tiver, oa aanbol e de- rane lffll llo artl!lctalmente explorados, •~ os modernoa romances. aempre a tlcção teve ,rapei preponde- ~t::c16:r1 ta,u 00 ~~e1iiJl~~:~: cebe e.55e termo. Na idade mt– dla, por exe'rfclo, para falar ::J= en~d1:u~~~;,. tn; =•~~! ~tef~'!d~ ':et cln111mo, pelo d.ucara.mento. S aU hi mala material para pro– ltleraçio de ldeotocw pollttcaa, , do que num tratado intelto de soclolQJla. Assim. parec, que t. literatura precedo à pretendida Ideologia polltlca. Qwu:do esta cbera a tomar vulto e • domi– nar antes dela. houve um traba– lho ' constante de prepar■çio, • liso ao deve aos Jntelectuall, aca homens que pemam e crta.m u !orçaa socl&ls e morais do uni· verso . 11:xpUcamos. aulm, a au· b!!Utulção ou deslocamento ela pergunta, para melhor conctutr, tal como conelUlmoa, "LUTA DO HOMEM CO!f.. TRA A CARNE" m - Se o romance ...- 1nt1uencta conslderivel na opia n1lo pllbUca, esu i uma ra-– l'OSI.& que ae encontra perfdta• rnente explicada no ttem ante• rtor. Fomos meamo a?tm, che- =~tee. f~~~a~ ?~f1u:!;c1!1': ~p~l~ ~üb~~ie~~ ~l•:!•-1~1! C~ª ~~~~ ~ ~ª:~ ~b r;: doa. Sobre eue asau:i.tn ~ tnte– reaaa.nte clt&r o s efei c1 rni1u.: ztdoa pela "Sonata a Kmtt:•r ~:m~~n'fir=1;,.:,~~a~;~ : ~elu~n~ah;,111::S~~:d:, r:~ todos OI HUI aspec1,oa o ho· mem t~rta cbeaado à co,1 :lus&o f~u•h~b'/f!~~º"ar~~o t ~ natureza, e ai estaria toda .. onda de &0frlmento que avauala o coraç.t.o do homem. Eltarla· mos ent.Ao diante do problema rundamental, tsto ,, a txtlnçio da raça humana, evttandll cal– culaaamente toda a un.ilo ee- =~r~~inAa:=~~~;C: ~~"!t~ 18-0-194... Como 6 ver– gonl,cso dar•se uma esr:,oJa paru depois salr proclal\1)\u– do: eu dei Wil!l esmola E ' pobre 6 o sujeito que para aplicar uma Injeção cruza as esqulnaa para anunciar: eu apliquei uma ln.Jeçio. E, Jl que tomamoa como exemplo o ..ca•&lo de mantet• ra ", eJa, par exemplo, o famo– so &lopn "mantetaa ou ca– nh6ea ". Quem diria Ili clnco– enta anoa. que eataa duas p&l&· vru ae J)OdJam reunir num& mesma lrue ? E nlngum J>Qd• imaalnu hoJe alguem que, ao dilema .. manteiga ou canh6el... reapondeue : •'se do neeeu.i• rtoo absolutamente, conhõa. que oejam canhõH do mantelp •. Aulm a locuçio "canhõea de mante.lga", pode tomu-ae boje numa lmqem banal e prosaica, &altandd no decorrer de uma be eacrner aem o projeto de ...rever perfeitamente. a mo– destl& com a qual ele enca.ra aua obra nio o deve f azer de• &latir de a conau-utr, como se ela toue ter a maior repercua– a&o. Jama!I deve pensar : "Ora, , apenu como ae eu tivesse trU mU lettorea.. mu º que aconte– ceria ae todo o mundo le.sae o que eacttTO". Recorda a fnse . do Moaca d.lante da berlinda que Je-vava Pabr1cJo e Sansne• rlna : º se a palana de amor ,urgir ent.re eles, eatou perdido". 8abe que ~ o homem quem de- que parecem boje ji esqueci· d u. Dta-n01·l o que med.ltamos o usustna.to da literatura ou =~~)~ ~;-~•d~.:.~ ver ? Se a cont.aminação de cer– ta prooa pela poel1a nlo tive,• se etquent.ado as ld~las de nos· t!~l:~~i ~~~:Cl~~osfeur~: crever robre a.a locomotivas. Maa !~~ ~\l~~;~mJu ~~ ~uror~ que? " fl Congresso Brasileiro de Escritores nós mumoa, vemoa, por exem– plo, romancu oomo... Amad.la de oaula,._ uTrlatlo e lsolda't, em que grande parte do usunto 6 méra !lc:ção, criando 11tllllçõe& sobrehumanas, vlarena extraor· dinirlas, enfim um sem nüme– ro de pertpklu que somente po– dem .., atrlbuldoa à lmagtnaçio ardente doa escrltorea. Noa tem· pos modem01, na fpoca em que vivemos( podemoa ap ontar ln~– meros rcmancea aem es.sa fina· lldade ou obleUvo &oelal. Bll.lta ler "Primavera" de Ingrld Un– d&et, o •• Nlhl& LYhne" de Jaco· been. o "Sparkenoroke de Char– lbes Morgan, o "Vagabundo Toca em Surdlna" e ..Vitória'" do Knut Hamaum. part. verlllcar ~::ie:t:e~eco~o si~e:i~:;. aoluta !natividade, por uma re– nünc1a a qualquer ato aexual. A 1n,re1a e o repúdio a qualquer contacto paa&arla • &er forma natunl de viver do bomrm. Poli bem, ape- do absUrdo da td,ta, do tant'""!~-'11': Po■I" exlftlr em tal con~. ap r di.u,, ~Iam~~: na t~u'l~:r~ 15-9-194... Breno - Bre– noca, para minha adorada mie, 11penu. 15-9-194... Flaubert devo esta, chocalhondo os =• de arrependlmento. Tanto carinho com MaupllfS&tlt pa– ~ •faupasaant não ser nn– da. 15-9-194... A era o conU– nui. d ser burro . Mas ~r. burro que rlnchava e a!nC-11 não parou de rlnchar. 1~ 9-194... Que Cristo contlnúo a fazer chover nos dep~sltos de meu dique. 15-9-194... Que Cristo me Dê um pouco de "Paz". Paz: - conforto. 15 -9-194.. . Anti-lógico~ r, seminarista ab·., ~oar J pv– vo. E tambem :mtlloglco é a atitude do suJelto que leclc•– na contoa sem "entender·• de co:1to. 15-9-194. .. A - Ent~ndc multo "mal" de "opec~çõet bancnrlas". 15-9-194... Respeito a gr.i.– ma:lca. E tamanho ch~ga n ser " meu respeito pelo Dl– clonârlo, pois se uzasse cha– Déu. dele me desfaria. 15-9-194.•. Preciso wnt~ dos absolutos sllenc!OS(I~ d~.s montanhas, pr eciso de perto ver as agulall, precl.so deaen– ~alxotnr os botijões de "meu IUl,l:lo". 1~-9-f94.•. Adelino Maga– lhães _ um "Conteur". Breno Acdoly f:º;.-:ns::1~::en~ou_:e c\ti,: se-i - em que ela nlo teve ,entldo. Mu mumo 1loo n.io 6 uato : era. Ili melo 1tt11lo, plena de lodu u 11.,,Ulcaçóes poulveta. Vamoo mais lonp, forjemos mesmo alianças de palavra.a con– tradllórtu como "clrclllo qua· drado" ou ..dece-amazgo" ou ºJovem-velho". ou ••aJegrta tria– te", e loto o aen\-tdo surge : Quer ae trate d• um Ideal lm· pou:ivel, como de uma nuance mutto auw de r.oaso. aenttme.n– too e de noua !lllonomla. E a própria callgr1fla automittca. longe de Visar a dcst.rulçto da linguagem, , a a!lrmaçio oll– mlata de que tudo que ae db tem um aentldo. mesmo u u· soclações reltu ao acuo. Se entrardea uma vez no d~ minto da., algnl!ltaçõea, nada bi a raur para de li aalrdea. Dei- = %~~i'~~vr:t!a se~~:,: tuirio frues e cada frue con- =pl:tam~~8:!i'n::f'J~a: mundo. Falar , utar em 11tua– çio no mundo., ultrat1ssar eua attuaçio por um pro eto portl– cuJar. Nlo faço se.o o nomear esta meaa ao meu vizinho, faço-a sair da sombra, ela exl$e para mim. del·lhe e retiro-lhe o ,eu uao, ao mumo tempo. Contrl- :~C°~~!i:ª.":ocreJ:d!~: mana, porque a chamo para um homem em nome de convençõe& que amboa admitimos, porque lhe revelo um upecto do mun– do porque lanço u buu de um ocórdo de principio entre nóa . O arave erro doa eatlllstas pu· ros , crerem que a palavra iE um ze!lro que corre leve.mente pela auperttcle da.a colaaa. que u faz florea.cer &em u a.Iterar, e que quem fala. i um puro te5temu– nho que resume por uma pala• vra sua contempl&çto tnoren– stva. .. "3.1:f~:rr~: ~t~m~~: te como era, perdeu aua lnoce.n– cta. Se lalt.11 da conduta de um Individuo, vós lhr. revelais : ele se v, . E como vóa talais dela, ao mesmo tempo, a todoa oa ou– tros. ele ae aabe Ybto no mo· mento em que ele se vi&; aeu f:=e~~~c!:~ueael:=ec:Ji:r~ ::::~ ªno 01 !!Wr1~ar!bj~~: toma novu dlmemõea, 6 roeu· perado. D<po!I dlaao, como que– reli que ele aja da m..ma. ma– neira ? Ou ele puaeveruá em sua conduta por obltlnaçio e com conhecimento de cauaa, ou o Amôr ... (Conllna~o da ta. par.) ao !rllcassado em algum ln– t-ent,,, voltou-s,, para mim, atlltn: , - Júlio, Faria recebeu e.1- gunia carta do casa? C.,mo lhe dlaaesse que na– da sabia, ela me olhou com tal ternura que me aterrou . E :1elwu-se na cama de F>.– rla . - Mamie saiu. e Noe'T\l:i. foi ao cinema . Júlio, vc,,:I! ach:,. que Faria ae casa ce- m~~;. responder-lhe ,:om evaruva, m:u o olhar de E1•– rldlce me atraia como un:a sedu•;io lndoma.. l. Aprox 1 - mel-,ne dela. e parecia n:e chr,mdr para perto de si. Er.– lão e •1 lhe contei tudo. E fr– la.va com a voz tremulH. e fal ave. para fugir de Eurldl– ce. Mu o calor de seu corpo me abrasava. Aqµele ulor cobria-me de um vapor es– tran.~c., odorante, que entr, • va. :10 meu sangue. PermP.• necl quieto, mas Eurld.lce m~ chci:.ou : - g•nta aqui, Júlio. E me pegou na mio: - Como você está quente! Sei:U-lhe mais ainda o cr- lor d~ sua carne . E vi.a RS pernn1 de Eurldlce, no <lts• lelx•J ao qutmono, qu~e ate às ~uxas morenas . Sim, a-1ul– lo er a ma ior do que tudo o que ., od.la haver nas minhas !orças. - Júlio. Faria não tem ou– tra mulher? E cc,mo eu niío pui~s~e resp,,nder., Eurldlce ergueu– se da cama, e eu vl os seus aelo.s, e eu vi a mulher que me esmagava com aquela vo– racidade do monstro notu1 - no . E ela compreendeu tudo. E sotrlu, d.labollcamente, e me llpertou as mãos . E lguol a un\l descarga el6trlca, cal sobrt o soalho e belJ el-1•·• 06 P~ nús, as pe~aa quentes. De nada sei mais . Bel que um c heiro como aquele das out.ra. ~ noites encheu o q 1 uu– to, e que permaneci no chlo, e que Eurldlce me allsa,a os cabelos. Chorei. E eln, ao ouv:r gente a aublr pela es– cadn. desapareceu . Pude com'Çlor-me, e deitei-me n.\ canul de onde saira . E & ' velo-me chegando um tor– por de corpo Inteiro . Não ti • nha força para mais nada . o c\".r\ro de carne, de :i.mor, de saciedade, estava aU no, lençóis de Faria. Vencendo o barulho da rua, um canto de clg.,rra parecia uma v n de gente fellz. Seria que E,irl– dlcc ,ne amava tambem? Ab 1 aqfl•la dúvida não durm: um s,,gu, do . Não me amava. t:– ver.. pena de mim . Era todo de P'ar'a, só dele Inteiramen– te dele. Eata certeza me alu– cina·,,.. Procurei sair do qua,·t, para fugir da111elc cheiro absorvente. Be!J& rc • lhe os pés, e ela passárz ru, mão~ pele>! meus cabei~. Mas qu'lndo la saindo, Eurldici:– apar~ctu no corredor ~ qu~i; sabrr para onde eu la . - Fu vou com você, Jú– lio . Tenho que passar n& farm:\cla . i.: salmos os dois :-laca lhe podia dizer, e Eurldlce me ,alava da mãe que ond.-.– va cnm pnvor de briga do fi– lho por causa de politice •. E quando senti a 'mão de Eurl– dlce que me segurava o brn– ço; Uve medo. Medo de que me · .. ssem e que estlvcs;e a trah· o amigo que se casari~ con1 ela . - J úllo, você tem um co– rar.ão de ouro . E ao deixá-la, tul andanco tocado de desespero. VI. en– tão. e velho Campos, ,:ign- , roao, a olhar absorto . De– pois vi que parava para C•lli•– prlln•.ntar uma moça qu• lhe sorrira. Mulheres, me dizia ele, de qualquer natutez,, mt,S mulher~•. • Como Ji tem 1ldo amplamente noticiado, deveri realizar-ao em Belo Horizonte, de 12 & 18 de outubro corrente. o n Con· gresso Br113Uelro de Escrltorea, promovido pela A. B. D. E- Num encontro râptdo, procuramos obter do sr. Rodrigo Ot.a– vtc Filho. presidente da Oomtsslo Nacional encarregada de or– ga,úzar o Oongreaao, algumas lnformaçõe& rerercnte, à Impor– tante reunlio que. aegundo ae acred~. levari à capital mlnelm lntclectU'al11 de todo o Brasil e vartas figura.a de grande expres• isAc ma.s letra.a universais contemporaneu. fa.,. ;;~m~o ~ p~~:~ 0 o:fc~n&:'f>eat!J:U=e~r~c!.tord! cloquentcn6.rlo da. cidade de Belo Horizonte. Deverá, pois, reu• rur·se aU, entre oa d1a.s 12 e 18 do corrente, e eatA sendo orga.– nizado com grande entusiasmo pela A.B.D.E. de Mlnas OUals, a cuja frente &e acha o ilustre prOfe.ssor e e.naatata Orlando M. C».rvalho. Por aua vez o govê.rno de Mlnu, at.ravb do próprio r:r. Milton Campos, tem dado à tnleiatlva todo o seu apok>. E prosseguindo : - Exz.tament.e como aconteceu por ocu.iio do 1. 0 Congnsao realizado em São Paulo em 1945 e cujos ruult.ados foram de ta11ta influencia na evolução da nossa vida poUtlca, parcltlp.e.· rlu do Cc.ngresso de Belo Horizonte os ~loa da A.B.D .E.. as ln:.tltuJções literárias e culturala e os e.,crttorea brulletroa e estrangeiros especla.lment.e convtdadoa. Serão oonslderadoe con– v11ados especiais OI parlamcntare., federais, membros e C]Ua:• qutr secção da A.B.D.E. . Um dos aasuntoa estuda.dos com ;na!or atenção pela. Comlalo Orga.nlzadora. COI a elaboração de un: temirlo. ao qual, 11Jlú, ji se deu a mais amp la publlcl· dade. PJ't"Curou a ComtsaAo sint.etJa.r oe usunt.oa de mator Jn,.pc.ta.oela e atualidade, sem que reat.rtnglda !lcaaee, de to,: = alguma. a liberdade de apreaentaçlo de teses sobre qualquer ~ unto dt lnt.ereaae pro fis.slonal o u cultural, Uberdade que fl· OJ.t uaegurada de modo e xpres.so num dos a.rtlgos do projeto G~ Regulamcnt.O. , -Todo o trab alho d o OQngreaao ,eri !eito em conjunto p~lo.s eacritore,, cu cst .ea se reuntrlo em cornlasões ? - Para mnlor racUtdadc dos tr1bn.Jho1, foram sugeridas a, aequlnt.e. Oomlasões : IJ - Direito a utorais : lll - Cultura e Am m tos Gerais: W l - Assuntos de teat.ro, lmprenaa, ridlo e cinema: :vi - Amlnt.Os pollttcos: e V> - Pedação e Coor– denação. devendo. 1x,r,m. o Congresso deliberar, como , 16,rlco, em aeMAc plen6rtct . As ComlMõea. exceto a de Pedação e éoor– denR.çAo que, dadn a. natureza do seu trabalho, tier6. coMUtuid, apen1u po1 elementos da A. B. D. E. de Minas Oerats, realden– te:1 em Btlo BortZGnte, serão formadas pelos representantes du diversas delegações rscolhldos na primeira .. ..ao plenirta do Ocn;iresso. A' OOmlwio de Redaçio e Ooorden~o competir(,, o érduo trabalho coordenar t.0do o material fornecido J)C.1.t mesa diretora e redigir aquilo que ror necesdrto à publlcaçào lo! Anal..:. - Poderá o COnip'C&60 vir a ter carât.er poltt.tco ? - Absolutamente. Suas finalidade, e, t.Ao bem definidas nos te- m•• sugorldos. O projeto de regulamento elaborado determina mC "UTlo. oue não serão p,-rmltldas moções, homertageru, fell- cit.ar, ,ies nem qualquer manl!eataçio do apreço ou desapreço d, c:i n1ter ,~soai, partld6.rfo ou rellgios..>. - Como 1erá constltulda a delegacào do Distrito Federal ? -Por eleição. como as demais . O sr . Guilherme Flguel· redo, pre'ildent.e dl\ secção Jocnl da A.B. D.E., deverá. convocar p3!a o próximo dia 27 uma usernbléla geral p:,.ra a elelçào dos :c1,,rcscnt11ntc1 carioca.,, que serão em nümero de 40. Os Esta.doa em que hi núcleos da A.D.D.E. enviarão delegações ~ ao membros e os escritores rte maior projeção restdent.es em Iocall• áadu ondn nlo ro1 poss!vel. ainda. rundar atcções da A.B.D.E. !.ltão sendo especialmente oonvtdados , E' de prever, a11lm, que CIJn Belo Horlzonte se reuna no mês de outubro próximo o qu'1 as n~aa letras têm de mala algnt!lcatlvo. Escritores de todo n B:-a-,11 Lerão, ali. .'.>portunldade de conhecerem e cst:eltarem rPlaçõe.,, podendo. ainda. advir do Congreato medidas de real p•ovetto para a cultura brastlelra e para aquele, "ue, entre n6.s, vivem do t.rabalhc Intelectual, - H, B. e u Vitória", em que & cada. passo ae encontra o romancl'1.a devaneando, criando uma ver– dadeira atmoa!era de 10nh01, ~~~g'taf::;m*b!:1:~ , iter social. No entretanto. a&o cbraa Udaa no mundo int.elro e apreciada.a como produções de primeira grandeza. Aulm, pa– rece-nos que o problem& funda– mental do romance ainda 6 a ~:~r~ ~~º.:u11'liue ~.V~'l: nos promete embora fJ::.e .em aeu cariler objetivo. O verda· delro ucrltor 6 aquele que rom– pe todas u amarr... nAo ae aub- ~~~11:' ,/.'!':.f:..t,~~~r:~ Ideal do homem, que 6 a bUIC& de sua própria óeiíelção, d& re– núncia, cn!lm de um Ideal ale– vantado, que noa de,loc., duta vida. rn.u, em que se compraz d~YJ!. grón~taroe d~~~~~: assim. ~ amplo e &em llmltea, qualquer que aeja o empenho do escritor: qualquer que aeja ele, deve :;empre nos revelar uma face da ver dadeira vida ou da· quela out.ra pela qual sonhamos. ~m~ J: ~g ~~~.;t:,n~~ pântano. onde multa, vezes plantam05 a naua morada, mu é lambem o ciu azul que n01 cobre, a 1 eat.re.11.1 e oa utros que nos numlnt.m a.a auroras. enfim um mundo de outras co!– &as ,uave1 que nos encantam. Quando certa vez os r.;:uucoa :e~:r;~~e11?:~~c1~:o~~d1~ fe~~e~ºs!~e~ir=U~ ~: ffo~ lndomâvel: - Onde eu poasa , encontra_r um lup.r em que veja o 101 e as estrelas. af aere.t abso• lutamente teu.. E' este por eer· to um Ideal que nAo de cinge h coisas matertata. INFLUENCIA DO RO• MANCE NA IDEIA POLI• TICA a - A perrunta que nos ta· zem sobre como encaramos a :~iu,,e:fi~~~~rid:~~t 1~ta~~= lt no romance, achamos que a verdadeira resposta est.a rtn. na substltulçio da questão, para, ~~';',.';~~ ao~ ~utffter':t~ª·• E~ romance j que fazem eermtnar c croacer os Ideais polittcos. Quer ~!!~e;~ v:zc~~~ ~~t~s efo°~~: do por que encaramos o ass.un• to, antes o efeho. No. re.1Udade, vemos, por exemplo, Rouueau • verc.iadelra reUglão. V~-ae. ••· ~tnfl~i:n~e ro~~ee ::~~f. ::!!l'to":~.é1~0~.S:p~.;:~•r. !'W!~tgaer.,..:. ga,,.~~- W': Pode nea:ar a força que a obra Intelectual trll.s e 01 lrutoo l)C• m■n~ntea que pode ~roduzlr. LITERATUBA SOCIAL IV - Nlo acred.ltamoo em ne– nhum movimento definido em pró! de uma Uteratura aoctat no Braall. Existe, na rtalidade, uma literatura eoclal entre nós, mas aem eue cariter llltemi– ttco ou definido que lh• quer ~i~,~ u-r~ :::rp~~ ao a qualQuer corrmW estran· gelra. Serà. talvez 1 a primeira ~e:n~~:t.a•co~~de=~~a '2 nease aetor. e facilmente H i~m~e':e~~1l:° ~i't!, "a~::t!'~ no romance tem que <· ctnglr aos problemu locais. •· c,ucs– tões d.:l ttrra e aoa tnte:rct:es prlvath·tatu. Neue aenttdo en– contramo, a obra. na verdade extraordinirla, de Joaé Lino do Rego e de Jorge A.mad,, para falar apen:is em dois nnm'!3. cn· ue alguns out.rcs mais, O rh3- 1nado ciclo da cana dt r tucar marca uma época da Ytda h• asl– lelra. o próprlo JCX Ltn• do Rego certa vez explicou "'ue. ao iniciar a série com o •· Menino de Engenho", nlo ttnh, em mira ::~: : ~~iºr~utr:lh~~ do e dc1ve.ndaÕdo. Ma, o que 6 certo I!: que &ua prodU\'A•" f una. maciça. e tem um Ideal r.f'l'UJ'O e ce rto. I ndica. como d 1 aem01. uma e.xl& t.encJa do tec.10 aoctal no B rasn em determll•a..da ~ glão. Aqueles mesm01 prob!emU tio bem ,·enUlados nll ''B&D• guê", na "Uzlna". boi• nAo ae apresentam sob o meur10 pria– ma. Aquelas regtõel uaobdu ])Or orl1ea lntermlni•tl ■o!re- ~•Tu~J1~~=n~~o~.:=e'": Joa, Llns serviu para caracte– rizar uma ~poca, que ainda P0" ~~ ~ol~~~a~c;nes~ m= Amado, embora o problnn& ~ te ..Ja mais o urbano. 0011', U conaequenctu natura►da •~ de cidade. Assim. IIC)(lemOI ...– zer que bi um mo.lmento pr6- prlo de literatura aoctalprlÍICl';t ~::~lt~~t13~~ 0 é :r~:d~ ralo tne em mente formar escola. Mia (Co:uta6a aa U.• N•I .,

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