A Provincia do Pará 05 de outubro de 1947
DEZESSflS PAGINAS 1 -- ÁNO LXXI SOBREVIVEU O GABINETE DE GASPERI Derrotadas as moções de não– confiançJ ROMA, 4 (Por George Brl~. da Assoclated Press) - O go– vêrno do primeiro mlnl•lro d• Oasperl sobreviveu cedo, hoJe, à onda esquerdista, na Assem bléla Constlttúnte, no que toca ao voto de não ronflança. !\ moçiio apre•entadi, pelo llder socialista Nennl, !oi derrótadn por 93 votos Ato continuo o Hde1 comunista Palmlro T•> gllattl, retirou a moção de não :,mflança dP autoria de ·1Jq bancada. A tercelra moção - dos socialistas moderados !oi derrotada por 47 ·,otos. RETIRADA A MOÇAO COMUNISTA ROMA, 4 (A P. 1 - Palmito Togllaltl, llder comunista, re– tirou a moção d• não confiança apresentada por sua bancai:a. Declarou que, à b11se de um:i. ação deslavoravel contra a mo– cão de Nennl, seria "desperdi– çar tempo" continuar a votar ;,ró-moção comunl•ta Então ~ Assembléia continuou a votar a terceira moção de conllança - a dos soclallstaA moderados. A moção de Togllatt, expressava falta de confiança no govêrno porque as medláas tomadas p•– :as autoridade> d~ segurança pública limitam a liberdade do progljlmas e as llberdaeles de- 111ocratt cas em gerJl". A moção ele s~~« g.lt (Gulseppe Saragat, !leler dos soclallstr.s modera– dos, diz o segumtc · - "Tend~ considerado a gravidade da cri- Sé econômica do p"!s e as pre– cauções orlunelas áa situação Internacional, a Assemblé19. .rê que se torna m ter a cria– ço de um novo go êrno ma!~ condizente, do oue exlstentr·, com o solido !ntere se da na ção e das classes pr !etárias" •• • ,~-------~---------- ----,-=--- b~ l~ Ar ti ~ · 1 PREÇO , ~ •~ r;, , ..u ADQR: ANTONIO LEMOS - Grg!lo doa "DJârloa Auoclados" - FUNlJADC Elll 1878 e ~rch1vo Pub/ · ....,_________ e,e , BEI,É!\i-l'ARA - DOMINGO, 5 DE OUTUBRO DE .1947 · NUM. 14 .960 RUSSOS AO PRESID DUTRA ONTEM O OLTIMO DIA OE BENCAO FORTALEZA, 4 rMerldJonoll - Ll1ante do desinteréaae dos com· i radares lnternaclonals peta c~r;l rlt carnriüba, do t.190 "nrenoso•·. o Departamento de Econom1a Agrícola do Eatado recomendQU eos produtores que se dedtquein, c,cclustvamente à produção de cé– ro " cordurosa. ", fornecendo lnr.– truc;ões ~cnlcns para n !nbrlcaçlío mal& perfeita désae produto, ? PE. ANTONIO PARA A REPUBLI CA IIO&OOU, f" CAP) - O )er• Dal 11\.erir10 ,.81UtD... alMIOU o prtatd nte otuUeln Olaln dtstndo que o d1a em que ... .. tomou obtte u ~ fel WD 41.a de p_.,r udOGal, pa. ra o Brull "91.aTln.. .eUlO\I outra de •\ar lnllmam•w• lllldO M)a fUdltal e ndlcu• tarl.aou o emb&lxador aorte• unulcaDO Becltll Bnutb por ur iomado u dor• cauuno u ot:Mneç6el re1w 101:ne Duua. p.1a tmpren• .ona– uca .. &uln.. a.nrmeiu CI\II Dutta. peaoalment.e. nlo .. unUu llO of.n.4140, 4e ~– Q\16 N IC\lS&CÕU eRm •arda• detrw & ~tou: •Du• · tn foi crtAdO oom aem•t11 de ca.t 6.. e tot uma 4U ltr• ra.m.eu\ .OI bruilelrU dOI m.ac– nau.a d o c aH. n na.uao u. dl– MD40 q,ue tod.OI OI 1enen.11 bfuUetroa fA:&em earntra. nlo D01 cam.J)OI de bltalb&, SM: ..nu plantao,õel d• caf6". DO PTE. D.A LAKE SUCCESS, 4 (A. P.l - O doutor Oscar Lange, da PJ ,unia, disse ao Comité Polltlro da ONU que a Inglaterra e ,,, !!stados Unidos são os unlcos rtsponso.veis pelo "pecado orl-– glnal" do problem&. halci>.nlco - Intervenção estrangeira. t!rmou Que a Inglaterra e os t,;stndos Unlelos - e n!'io a lu– goslavla, Bulgarla e AlbanJo . - que Intervieram na Grccln ao contrárto das acusaçóe~ noi: te-americanas. r,a resolução a– presentada por esse pais ao Comité Depois do sr Lan<;e, outros 17 oradores far-se-ão •J'J vir. Relerlu-!e a ;,senda par– ticipação das tropas brltênlcas r,a guerra clvll grega de l 911 e às recentes advertcnclas nor– te-americanas do aumento do~ efetivos do exerc ito h elenlco. narn apoiar su:is ' l.cu, ;açóes <.!.e 1ntcrvenção. Declarou Lange que para ln•– rrepar de Intervencionistas r.a Grecta os vizinhos situados to.o :iorte da Orecla ertt unl ' 1 ant!– cllmax", depois elas atlvldaden ,rnglo-norte-amerlcanns. P ó s t m duvida a "ldoneldad•" da ~ ttstcmunhas que comparece– ram perante a c!mtssão an n:'l ,·am perante a comissão de in– vestigação balcànlc!:1- e decl,– rou que as acusaçoes da cc.,– .nlssào à Bulgarla, Albanla e !ugoslavla não toram prova– clas. E finalizou aflrma!1do que ~ delegação polonesa nao acei– tará tal alegação como fatos provados, MELHORA A SR .4 DUTRA da AMEA(.A o COMUNISMO A INGLATERRA "Há 40 comunistas na Câmara dor Comuns" bôa visinhançi Sumner WELLES (EX-SOB•SE:CRETARIO D~ ESTADO DOS ESTADOS UNlDOS) (Oopyrt1bt CS.01 "Oltrl<?' AJ:;ocl&dot) NOVA IORQUE, via rli.dlo - A Lei do Açúcnr de 1948 é uma cópia dls!o.rçada da ortglnal Lei Jones·Co!. lnga.n de 1934 uma das mais llbcrais e construtivas peçao de le11lalação déstu últJmos tempa&. A nova lei deoconsldera os tnteréases do consumidor americano Reflete o lnterêsse doi wl· ueiros. concedendo aos produtores domésLtcoa subvencionado& uma r,.arttclpaçlo nute me.reado maior que o total por Oles produzido :m~~i~~r:~ ~°ml~1~e:~o;· ~~~~u!e~d~~º~ªos"CE!1&~:: úi:,~d~ P:r~e~ !erva parn Cubo. uma. contribuição que será menor de met'ldc do \Ol~ib~~rn~:~i 1 ~~a~~cee=~\~ ~n1~dr'~:;~uft~:â. A rros- per1dadc do povo cubano depende do. garantia de manut.<ibçAo de um preço razoâvel para o seu açúcar e uma participação equitativa ~~c~:~c:;~ú~~re~~B~~b~::1~~1J!~e 1 t~~~!g~~~r:~ª~s~~~~~~j~~:. t:; Cuba poderia tirar vanta(lem da nossa sttuaçlo exigindo p:-cços exorbitantes. Contudo, vendeu-nos a sua sa!ra. de 1947 a um preQO multo ma.Is baixo do que poderia obter cm outrcs mercados Cuba t.rntou·nos na.o apenas com justiça, mas deveras gencroaament~. A novo. lei do açúcar é uma pobre paga à nmlzade e copcraçã.o ~~ Cubl. E reaaente-sc atngularmcntc de falta de visão. Cuba é um c:os nossos maiores mercados n:> exterior. Um golpe na econornta ~!~~t~~o~';ºd~o:~~s ~gr,~~~ d~f~ 1 ~ t:!~n~~~d~sr:ºe~:rg!, 6 ~rl~! Inúmeras mercadorias manufaturada.a. "&e ~ g:re~f6~cd~~~ ªcg~:ta~:~~: o~u~ r\~e~u~ai:t~~:c;s~~ nega. um tratamento Justo e equitativo 6.os c~dadáos dos EJtados Untdoa, no seu com&-cio naveençâo ou tndústrla, e assim notlrtcar o Secretário (da Agrlculfornl. o Secrctârlo terá autorldnde para tm· pedir ou cn.ncelnr qua.lquer aumento na quota exigida pelo com,um 1 ciomtsUco !ornectda por tal pais segundo 08ta Jet . .. " Ao leitor caauol poderá parecer que éstc pari1gra!o visa as,.egu· rar um tratamento JusLo aos nossos compatrlót~ em pa(ses e:itranM &oiros. Mas. na realfdode, é um lmmoraJ diapositivo que visa llnica- ~~~e ieº~v~ngº~j~n~5~ri~~:'"c~t~/::~1~~~c;~~t1!u1~;e:ed~ :e~· tos corporações omerlca.nas, o Departamento de Estado está em ~~~~~~ l: !~!c~~1r ni~oE~ia~6:e 0 ~e1d~~~cle do esperado aument.o do esse dtsposttlvo coloca nas mãos dos !unctonárlos do Devo.rta· menta de Estado o poder de prejudicar a economia nacional da Re– publlc& de Cuba •e eo,aa reivindicações não torem sattatelt... l<opre- • senta um retõrno àquele, deaacrec11tadoa &l&temu poUtlcOI do ne– fasto passado. quando oa Estados Unidos &e empenhavt.m pel~ fõrça ou pela coerção em fazer at.ender as extef!ncias partlcularu d01 aea !Jlho• a pabe• mais fracos dêste Heml& ftrlo E' uma vlolaçlo du, ele. ado• principio, da doutrina. Dra110. A queat.ão que encobre foi trut– da à superllclc com tõda clareza numa recente adver!Ancla do • '1'118 Wahlngton Polt ", a.o dizer que tal alelJlo na lei do açúcar ,ra M• volta à aplicação da palltlca " Blg SUck" para o• noaao• vlzmboa contW,':~i:~Ôs chocante foi a reviJlação que velo a lume no Senado • respeito da Jcl a.o ser anunciado pelo senador Mllllklna que" , De– partamento de Estado tomara a Iniciativa da Inclusão d6ue Plw;r&· !o no projeto". O único ponru,nor alentador em tudo wo 6 qu• m6- me.ros funcionários do Deoartamento prlnctpalmcnte responsàvei.. fo• ramNdo~:t~ot.A3e~~~:tl~~~ie o qual a ·tentativa do senador Cha-.es de ellmlnar essa secçio !oi derrctoda por dota votos. outros noUveta baluarte., da. palitice. de boa vizinhança. como oa aenadorea Vandeo• bcrg, Connolly, Pcpper e Fulbrlght, ralharam, lníel,tzmente, em fuer ~~~s~t~: 1':;~ ~~~: ~e~~ir3~ ,~Ter~~;i~~gos d~S: ~: cem métodos honestos e Just.os para a aolutáo de tõdas as controv• slas que aurJam entre as repúbltcas americanas. Tõdas os camadas da. aplnlào cm Cuba encaram a lei com:, uma violação à aoberanla do pais. A crescente lndlgnaçào papular rr,tnando com rapidez a JegftJma amtzade que vinha se aolldlflcando entre oa dolg p:lfses nos Wtimos anca. Um leal de!ens<;r da c0upaa– c;ào entre Cuba e os Eat.ados Unidos o progressista estadlata cena• dor Martinez seanz. declarou que a Ltl do Açticar é mais ofo,.a&Ya à dignidade nacional da república do que a Emenda Platt. Em vista da crescentemente l)er[io:ia sltuaçã':> mundtal que OGlt' frontamos, a ROJidRrlednde heml&!trJca. 6 mais do que nunc& - ela! à nossa segurança e à dos nosoos vizinhos. Contudo, um d1S111>11- ~\~~- c~~~º~~s~~fr:v=tt~:~s.º ~:sefdt~:n~i:o!~ Amh:1 adotado mesmo na véspera da Conferenc~ do Rio de Janelto. e os Mintatros do Exterior americanos flrmuam um act4'do IOllra dereaa hemlaférlca. E:ate ó um momento em que a opln!Ao pübllca. .....icaaa 41111 sem duvida se fazer enl.Jr. Deve haver uma exlgenola ~ ela parte do tcdos os cidadãos q1:e acreditam que a f'alllllll dl, ._ Vizinhança ~ ...enc!al ao n= bem estar e ao reua-~ to dos Nações Unida•. para quo ceua oenadoru o rtPN14DIUIIII Wto tem pela eliminação dê..., Ignominioso di!posltlvo a IAS dO A do 1948 no lnlcJo da proxlma leaio do eonar..., """
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