A Província do Pará 16 de novembro de 1947
Pãgfna 10 A PROVINCIA DO PARA' Um 6 NOTAS DE UM CONSTANTE LEITOR p~u1~~;;,~c2°s 5 curo So 6 re o h e ro iS mo Üuixotesco - lTIO nuc!& em uma cidade de Alemanha uma criança .,. 1a ter uma das vidas mala obocuru enlre lodu u vldu de que laD0I lniormaç<!ea mala completai: Pr!ederlch Hoelderlln. Na bela tdlçlo que "Mumod" DOO d& pua. - fraoc... d&..,.. poe– mu, rttllzada por Ouatave Roocl, vemoo o aeu ... ir.to &01 deUaoela ano1. D.se retrato, um desenho a ..cn,10n", contlrma tudo quanto pcuamoo lm&glnar Ingenuamente ,ue um poeta ••J• e. particular– mente o foi Frlederlch Hoelderlln. m triateza, e,paoto- penp!ca– cla e &lhe&mento DOO olhoo desae &doleocenle. Há tambem aquela YlrtUde em que Ernerson viu uma dl>tlDção da natur<z& do poeta a amabllldade. Diante desse mesmo reUato, um biografo dlrâ: "Um ar de terno &b&ndoDO, qualquer coá& de d..armado dl&Dle da vi~ como um IIOITllo de moça demon,lr&Ddo dllpoolção ao 10!rlmento · - dl,poolção II cumpriu. Squndo ele próprio, &UA reputação an um convento onde e.,tudU& tlcOU cara.eteri.zada em duaa pala· wu· .. perla068.DleZlte mela.ncóllco". Como o moço Bau!1elalre, o menino Hoelderlln detutava o 0016&1<>, Dio pod1& compreender que a:1lt1uem homena; tio maua como ae,a profeuores e patltea tio m11e1&vela como a1gun, de aeu, oolepa. A primeira c1ucoberta d.... ,oUtârlo 6 a Ub<rdade. • Aprencll com o rr-ode Jean-J&CQUOO os dlnltoo do homem". Na Or6cl&. .... exll&do eocoolra""" P~– • Jlnlre 01 cr•100. olnguem leve que auportar r. vida nr. IOlldâo • A Jll>erd&de nAo lhe •-u _,,u como 10lução formaUatlca da fld& em IOCled&de. Multo mala que 01 enc!clopedlatal, QU& tanto o .,lul!Umr.ram, ele vai perceber u raJsu protundu d& Ul>er~e - anleclpaçlo do pens&IXWllO filolóf!co de DOUO tempo. Eu n&o me•- mala tio ~te ao "homem l,ola<lo"· eacreve Jlotlderlln em uma carta a aea. 1rmlo. "Meu a.mor ~ para o gene:ro lwm&DO 6 verdade que nAo para o 1enero humano pervertl4o, ea– Cl'MO • 'preaufQOIO, como o encontnmoa tanta.a •e:zea no ~ d.e ...,_. uperlenclu, por mab ellrellal que aeJam. Amo, porem, a CUlpaolção crando e bela m,omo DO homem mala pervertido... Amo u 1 err.ç6ea tuturu. .. OI ,mn.. da emancipação, .-a upl– ~ 0 eaaea c!MeJos .U-IOIOI DO aentldo de !ormaMO o 1enero Jwm&no ..-p&lbar-&e-to, frutlf!c&rlo e trr.rlo trulol o,plendldoo•. Com a crença na Ul>erd&de e a convicção Intima de que 01 cresoo J)ClllUlr&m a h&nDOnla enlre eoplrlto e oaturua, Hoelderlln az– mou-x para a fldA e pva a poeaia. Sombrio e trt.ate, ele cr6 ape– llU na aleçla: • Sem a alecrl&, ,. beleza etana nAo quer acredltar -~ , oblcuro na nda d& Hoelderlln. ObocUr& 6 IU& r.rte, -..ra oua paulo, obocuru auu preocupaçõoa lntelectuala. En- -.,1o ele c1Jz u cobu com .impUcldade. DueJa que o homem B. PAULO - Pol ao cbe&&r a Madrid, menlnOte e J)rovln– clano, que Mlguel Cervan~ oo~u a lntelra.r""Se do mun· do em que la viver aquela co– lorida e movimentada E,panh• do Rena.sclmento. Imaglnoao e te.mivel, ele via um des!Llar humano que nunca tinha flm. sente chegando, gente s&lndtJ gente para Sevilha ou p: s.ra San Luca.s de B&rra..meda t . p.rtnclpalmente. t r a n s p ~ to e oce&!lO largo, para a Indla, em bu5ca de aventura e de rique– za. contam aeua blog:ra.fo .5 que ele ficava embevecido, comn d.1&nte ~ mn plano. ao \'er _,-, de cá para IA. ooldados. ::1~~~~~&.~~-- reiroa, mendigos. E, envergando um dia, a es :pa.da de !ldaJgo que lhe dera o po..1, começou a alargar o mundo de suas cmo· ç<!ea. De Madrid para Sevilha. de Sevilha para Madrid e de Madrid pera a llter&tura. A sua imaginação era dema– ,t.adamente fertU para conter tio 66, de princip1o, no mundn da realldo.de . Antes de experi– mentar a \1da, com seus hort· :aontea moved.lÇ,06, cxpertmen· ta va. a força de seu esplrtto t Candido MOITA FILHO (Pa.n. OI "Dlirlot I.UOda,do...) mentes que aAo eram maa de seu ~ulo. E a med1da que ia sofrendo, de pobreza em pobre, za, de trac&MO em !racasao, ta senUndo a ten1.vel 005t&lgta d01 exilados, que, no suceder dol aconteclme.oto.s, permanec1a tn– VUlneravel. como algo dUerente A erpertê.ncla de 5U& Ykh aventuretr&. ao tnvés de tnte– gri-lo na •~tura. separa-o de– la de!lnitJvament.e. O que ele diz; que.se que n1o tem aentido. Ao publlca.r o que e.screve aen– te que e voltam contra o qu~ escre\'e OI comag:ra.dos e vlto– rtosos. um F'nnCJ.SS,O de Que– vedo y Vlllega.s, um Ave.llane– da ou um Luiz Góngora . "Qullcole" parece aMlm, de· pol& de longamente amadure– cido em aeu cerebro, como o truto de um de3elltendlmento e nto como a nor tranquila .1.e uma compreec.são. A sua figura se desenha. toma vi~ a.sa :ume proporções eopantosu. porque !oi geradn num esprlto que abandonava o seu seculo, com. toi10g oo .. u., preJulw& e pre · ..,oo.ncelto, por uma 1.mpoaiç.Ao de &eU g!!n!O. A &penha doa ca<teloo ao- Ma5, quer em um, quer em outro, morre o herolamo deme• ceosârl<>. Gerv&ntes, que parti– cipou de grandes acootecimen– to6. ve naufragar. com ,-Je to– dos os herol.smos. Os homens por astutos que aeJam, por co– raJ0505 que ae mo.,tttJn. por desprendido, que se aflrmem, e5tão a acrvtço dO& aco.,tect– mentos. Lá se vai QulxOte pare o molnbo de vento, empolgado pela vi.são que !a.brtca seu JX> bre cerebro. Para Sancho, e, moinho ~ moinho. Dots mun· dos de certeza se confi!ta.m. E nesse oontlJto ~em à vida. Qutxote com sua loucura e San• eho com MU bom se.n.s..,. Onde pois o valor ! O que é a.final a verdade? manllc& oem retUll&dot pur. uma clvllluçlo deseneani&da de li moama. Por blO meemo Sidney Hool<. enfrenl&ndo de novo, como o fizera Pleka.nov, o problema do Mrol. lnAllte na lmpreclalo de Cazl;flo, pur. quem o berol, ll&lndo da lende e da mltolosta, 6 um animal hllt6rloo. E todos OI w=a postertoree nAo r.lcançaram au· cesso. o herot morrera entre os esooml!rol do mundo medie– val e a sua morte tot &ntmeia· da atrav6s doa wnpos DO ma– grloo lombo do Roelnante.. • Aquele dealuml:nmenl<> que se expr...ara nos olhos do Jo– vem de Miguel de Ce1'Yll'll<lll quando, pela prlmelrr. vu, cbe• gur. em Madrid, incmm1> de– pob que uma nova realidade peneirara em aua alma, pelu lerldu &dqulrldu em Lepanto. DaJ por dl&Dle era pred10 en– louquece:- os eonh&dorea e &ce.t• tar um sistema de vida. onde o tnuwues pudOl&e ter a 1ua ca.s& a.mimada e onde pudeue, como nr. apoatrofe de NletacM, cantar o galo do poeltlvllmo.. , CR1TICA .... , ......................... .... ------· ______ ........ -- ........ ____ ,... , ___ ~-=.:..:.~ -=--~ ~-•,aillfMD · 1 ■ ______ .. _...., .. ........c. • .,..... c. ....................... ..... ■---·--·--· ... .. ...___ a,., - - ........ - ..... , _________ .....,_ ,_ ,....._.. ..,,,,,arx-• .. ....._... ......., • ----·-·· ...... •-..-. .......... _..,, ____ .,...._.. .... .. .... __ .. ........ 11111 .......................... , ............ _ •rce. ...._, fllae - 11a11& .. -• • ·"-'• - ...... ..., ...,_ ,_., __ ,...__... ........ __ - · .. -- .............. ..._ ... -~------ ....... Mela·,-- .. -........ ,. r . VITORIA I I GIA Dorme o taco IOb a a. orn.1bada da--.••• o matlP! ~ e, no hill1o da brta, mo trfo da üuamana e ochllro1111nda~ A olfncla oquãíorlal que no ar N 'l'lll)Orla... E 6 de ,er na nlnt- em alUo em~ tia--. a llbelt& ambula real bolando na 6cua lia, .. ~ ~«:a'°J'a 'â.,~i!° ~~ ......... Burre, perianto 1111 pompa, bml a tonna ear4lta. A J)et' fun.ar o ambiente, onde o olhar • ncr-. · Alma da terra 'ffl'cle, a alft 'l'ltórl& rifla... Surse lmicUla, Ideal. - cuio omilllo de a.s. corpo bn.nco, a ondular, de allàda ~ Que um deua tornm n6r com a ~ clu m11lba1W! CARJ..08 M~ mal· !Ú..,.. u p&]&ff'U de Jldlpo: nlo nucer 6 o qua bf. de me– Jbc:w: mu uma na que YlYetD06. retomar tio depreua qUAllto poui· ftl r.o 1:up.r de onde nemoa e, atlD&l, o maior bem; o amor pua ,io , al..,-la purr.; ,. poa1r. pur. ele II exprime pelo ritmo; todu aa OQ1ru oon'9'lcç6ea de Eoel<1cllD, e IOdoo 01 &U>I de IU& l'ld&. lll'OM"tam ,. ,,,_ ollldeo. a mo,ma cl&raa, •· nlo oblt&Dte t Cllloclirr. ,. 1mprea&o qua rocebanoa do poeta • do homem. A 1oueuTr. de Hoelderlln, elDllcn n1o explique, Uuotrr, de modo llltranb<> - oonll'r.dlção. 1:11& loucura começa <Nando o poeta dolzr. d& 'viver e de as1r oontonna aeu, penaamentoo, i:1,m r. renuncia, a oontormaçf.O. - 1808, um mMlco clJz a Hoelderlln que 6le nlo tem mala qua lr6a &DOO cs. Tida. Ele viverá ainda qur.ae quarente ..,.,. De qua maneira. pormi? Morando na e&&& de um cazplnlelro, Hoe)derlln 6 cl&do como eaqullptnolOO. Tl'&te aquele1 que O vlaltam _, d&VOC&mc>to --· c-lllo. Voua Mqeetade, ,.,.. 8&Dtld&dt AI- Senhor Br.rlo, etc. Mulllpl!c&-IO em re- :=au=a~1U;~~~ que Cervantes estava condlclo– nr.do à sua 6poca, à.s exlgenclas de aeu tempo, à.a ~ulnaçõe~ deMe Reoas:lmeoto fabuloao concentrado de energia bum.a. na. Era ele ~m. como o rel P-ellpe, como Carlos V ou como D . João na Austrta, um homem encantado pelo e,,plritc de aventura. E li ae fol, com aua eapad& toleda.na, rumo ao MediterrA.neo, com os soldados do t11ho de Carlos V, a comba• ter os tnfle.Js ! '1arengoo, de !ld&l10• ~n– lOI e topetudoo de aventurelro6 deacobridorea, de crente, e !a· naticos. - tudo aquilo que er,1 a. ~ med!avel, cavnlhet· re5C& e amorosa, ttcara para tzás da .. n.,lbWdade de Cer· va.ntes. Este er& um antecipa dor do bom.em modc.mo , era. a consclenci.& do homem conacl– ente de !eu deaUno pe860al, dea· se homem que não ae confor– ma mais com a aparencl& das coLsas, qu-e tem a ob,esdo do realldade, da. tem firme, da– quilo que 6 porque ~. Se Cervantes nào t.rouxesae em sua alma a vita~dade d~ seu tt-mpo, nlo !06Se, como fot. como d1r1..a Dllthey, ""uma con· filft'nci& histórica" e nascesse por entre a.1, contradições de DOSS0l5 dlu, acabaria por es· crever alorlsma.s como Predc· rico Nietzsche e a grtta.1·. com todos os pulmões. contra o es• pirite dominante. Quando li, pela prlmelrr. vez. •o crepul– culo dos deU5eS" ttve, por va• riu vezes, o meu esplnto YOI· tado para o .. Qu.lxote• de Cer ,-ante,, prtnclpalmenle n,.quetc e3pltulo que N~tzsche Intitulou: - ..Como o mundo-v~de r.!• dusiu--ae &ttnal a um& tabula ... E ~ at que ele tala no canto de gr.lo do poelt.lvlmlo, da mor– te dai a pe.re.ncia.s. no a trofta · mento do humano, na ausencta da embrtagub d1onWaca.•• li EURI o· 1 C E" -- pua ldoo mundo. Nlo queria aer Hoelderlln, !!c&Ddo fu– rlolo quando pN>DunolaftlD seu nome. "Nlo lenho mala nome. dlllr. ......., eu me chamo xn,Jualmeno. Sim, VOII& Maa.. tade, 6 'fdo qua o d-J&II. Nada me aeoolec«â, m:.retanto". QU&ndo r.1- pem llle padla, eompunb& veraoo rimado&. O aenhOr quer vonoa fllU)ll'ee? 8c>1Jre que uauoto? Ordene, meu aenborl" Um Jovem 141o1n40r velo -llle que •ll;Jperlon" h&l'lr. lldo reeditado• que _.,._ pre-ando uma. antololla de eeu, ver101, tendo Hoelderlln' _.udo com uma revennc!a: "Vóa IOla multo bem"!1"do- ,.– nbor Walbun,er. lllloU multo crato a V"!4A Santidade ... 8e lhe pequnte•am a Idade, re,pondla eorrlndo: Deuaaete anoa . os qua o vla!tarr.m durante r. Joucurr. uh&rr.m-no orcuJbolO • wnldo ao lado d&QUelaa - de euaerr.d& hwnlld&de. Na pr,lprlr. JoÍu:urr. que , &enl!Velmeme mala 'fU!pr e br.n&1 do que r. a6de. Hoel~lln foi um balnem oblcuro, dltlcll de cleNler, Soliloquio · derramado ( __ _... ... , .. _, pormenorea ln'flllnll a olbo 116, mu conTltm antM de ,u– do menclon&r a bonutidade r1&oro1& do obaenador: u onaturu, amplladu e 'VIM&& aob lus tone, de nenhum mo– do ae deturparam; u eon– clu.a6ea nueeram de tatoe Ir• NCU.d.nla. r - a pr1nclpal "1rlud1, nponh=odo NU amllo, ran. num onde nlo pnolA• 11101 utltloar oplnlõet. A - orltlõ&, decW,a, dog– ml.tlca, pouca tmportlncla 11,a b cobalu que lhe ch,– p.m b 1anu; tem prerul• ta ele 1nv11U1ar, arroja-te a d1Nenaç6N lnQportunu, fal– llflca um texto com cltaq6es tnnrldtcaa. Naturalmente nlo 1lo todo, oa crltlcoa; aludo ao, que procedem u– llm. lfem tempre, Julfo, o com• ponamento ltflano rtfela • Jrreepona bUldade ou mau– ela: enxeraaremoa nele tal– nz deflclencla de m6todo. :lm vez de ae considerar um Uno. medi-lo. pesi-lo, toma• 11 de ordlnArtc uma parte dele. abf.ndonando pMsagen1 nociva, ,. afüma~ões aprto, rlatlcas . Desse modo um~– tóllco provar, que tambem ,ou católlco: outros alinha• rio prlnclploe morala, quert– rlO obrigar-me a eecorar, me neles. Pregam-nos r6tu- 1Ct, matrtculam-nos ., torça numa ou noutra eacola: 111u– mam padroeiros exóticos, os figurinos que dizem adotar- 11101. Como ee tl•eeaemoa a pretfM6ea de avlzlnhar-noe deua ,ente grande . l!:ntlm, no, atribuem u suaa tdélaa. aa auaa preferenclaa, oa eeua 6dloa. Per;unto a mim mesmo lê A primeirii ediçfo de "Eurídice" foi de 16.00C exempl11res Superou toda, u eapeota– Uvu o ex!to alcançaclO pelo Gmmo romance de Jollê Llna de Reto - "Eurtdlce" - atestado por um exccpelon.i mot1mento de livraria, que ' em poucoa dlu J' alcan~,u mllbares de exemplares ven– didos, fltr.ndo a prtmeltà edlçlo pratlcamente eacota– da. "l!:urtdlce", allú, mere– ceu forte repercu.saão de orl– \ka e a sua escolha como 11 1t. no do mb" foi uma conflt– maçio do 1eu alto ntor 11- terirlo. Entre u etpres36es com que foi recebido o a– no, destacaremo. t.qul ~ palavru de Lucla Mlgu,I Po• reira, autora de "A Vld4 de Oonçahu Diuº: 11 Crflo ,1.1~. em "Eurldlce", José Llns do Rego, sem nada perder du 111u qu&lldades de narrador. rttllzou o eatudo peloológlco mw profundo de sua obra. • tambem pela primeira vu abandonou o ambiente IIOr• deatlno sem prtJudlCAr o lm. peto criador. A3 pereolla.– gen, carlocaa - noto.druno.,– ie a figura do velho folião Campo& - s.\o autentica, e ... u. f.lJl&m-se para eempré ~---~!!!~. o, auceaaós em que se en\lól– nm slo leRltlmoa dramaa, 1tltenaoe e bumano-s. poderia aar de outra forma, ae n&o Ntlo cerloa. Devem eatar. N&o aomot nunca, 6 poutnl, Inteiramente obje– Uvoe: reprodus1mo-noe ten– tando ocupar-n01 de outra peuoa. Monte Brito, podm, ld.entlflca-ae lanto com u mlnbu hlat.6rtu qut noe di a lmpreaalo eaqulalta de 1&\r de 11 mesmo, anallaar, cam• pan.r, aceitando cuoo e ln– dh1duoe como 11t&o no ro– mance, bem ou mal n&o co– mo ele aouo deaeJu,e ,e- 101. Nada trunca, nada en– xerta . lle nlo me enaano, , ra- 20avel lmputarmoe laao a uma concordAncla de Julsol. Como admltlmo-s certo n1'1- mero de noções e aprecia– mos de Igual Jeito a socieda– de. não lhe terá sido multo dl!lcll expllr,11r e com,ntr.r sem receber choques, sem fe– r1.r-ae em nenhuma aresta . Aliás, excluindo essa ana– logia de conceitos, alcançn– temos uma Interpretação verdadeira? A3 minhas nar– rativas. confe..emoe, são chJnfrtns, mas foram cons– truldaa na terra, aa minhas mãos blaonhu protenderam canr alicerces. Não ter& !no contrlbuldo i,ara que Monte Brito me olhuae com alm– patla? Se eu consegul&se uma obra-prima lunta d'O realld4de, feita com pedaços de aonho, nlo lhe torceria Monte Brito o narlJ? Foi, preaumo, a afinidade que lhe excitou a persplc4':la e o le– vou a deacobrlr noa meu, es– critos o mUerlal nece&aArto ao seu trabalho . Iaao e o ,!o– nheclmento perfeito da re– gião estudada por mim, d~ nOIS04 Ili.bitoa. da no,aa eco– nomia, du noaaaa tradições, da noua llngua . Vlatu t. dlatlncla, ....... colaaa se mostram àa •••e• desprovldU de lnteresae; buacamos selecionar mlnQ– clu, agrupA-laa - e os lel– toru recebem delas um re– flexo pi.lido e frio. Certaa obaervaçõea perturbam a ro– tina, lesam modelos cona:1- gradoa . Se exibirmos, por exemplo, desavenças famllta– ru, pala a brigar com tllhos, arUpl~r-ae•áo como se res– nlasaemoa em sacrilégio. Ndo Investigam se as dl!eór– dtas existem: preferem n: .. gA-laa, reputar-no-s lnlmlllos por nos arrucarmos a deu.– catar os seua padr6es velho,. Monte Brito e eu perc~re– moa o aertão do Nordeste -· e nio tem03 convenlenclt\ em cantar 16aa ª°" mandant,s de lã . Teve o bom g03to de não me oferecer amabilidades Ir• rltantes, comuiu na literatu– ra nacional. A' mingua de sub.!tlncla, ~ frequente r~. cbcarem-ae artigos com ~d– JetlY03 . E Jà al,uém se lem– brou de ornando um cavn– lhelro va.stamente lmprea:so é dl.!cutldo clog14r-lhe u gr.i– vatas . Veja só, um hom2m trata de poesia e desee II usar recursos de natureza lndu– mentãrla . Longe dluo Mon– te Brito desdenhou aÜÍ a mi– nha alntue, que, afinal, f super!~ à roupa . MuHos ~~~ê!. ~ do Allyrlo . E abraços oarn vocf . (a) Grac'"":"º Ra~s Sa<:uclfu..., naa Agua, acltad&s do mar. Soldo.do na linha da frente, viu na. aotreguldão da be.talha, os guerreiros turcos ~ perto. E acabou por lnt.ernAr– ee, ferido, num boaplt.al de M&selna. oomo berol de U– panto. E eMe herolsmo prosse-– gue, qUAndo ~ conduzido, pelos &dvemrlos da cristandade, • prisão em~- Em Argel, o contorno da vida. ae de &en.ha dl!erentemente e prtnclpalmente de sua Espanha a?entureJra e bravia., começa a oonbec:u então o mblúlo das r.Jma.s eoUtirlas, germln&Ddo al– tenclos&&. EstA ele nas mesma.a oonclfções dos rr-ndes aDIU'– llr.doo eapo.nhób, InAclo de Loyola ou Ire! Joio da Orwl. Toda a sua vida obedece, dai por diante, a um .ritmo diferen· te . A aventura !õra para ele uma amarga desventura. Ele 6 de aeu &éculo, de &UA atron– tooa oompeUção ootldlana. Mas a ferida que o atJngtra na,g glo· r1aa de Lepanto, fõra como o ponto de penotração de geotl· E ae Quixote camlnba ao lado de aeu eecudelro Sancho upln– tualmento amboa e&mJnluun em sentidos opostos. Um~ um pu• aado perdido, umr. pobI'e alu– clnAção em mareh&, um& filo· sona que &e deamoraila. uma crença que ae apaga. O outro. ao contrf.rk >, 6 a !1.&ura que ea:– mlnlls para o futuro, ooullant, na. realidade objetiva, no air. • biente plaullvel do plo, pAO, queijo, queijo. Era Mllm. r.llàs, a r.lma de cervaotu, dlvldlde, uma &gula de dU'll.5 cabeça.s. olhando para um l&dp • olhando pua outro. Camlnliando Juntoa • por em· prol~ dlterenteo. Quixote e eervanles temb6m .. fundiam . Nelea utava. de fato r. humanl– dade mudando de pele, delnn– do uma .. lação por outra, o medieval!limo orante, pelo mo– dernl&mo deacrenle, a !ld&lgul, despropoeltada pelo burgub oe0&&to e criterioso. Um pode cr.vr.lpr de lá pua cá DO ve– la.me de sua.s Joucuru; o ou~ poderia 10vernr.r, aem mela aq~la, r. Dh& cl& B&n.krtr.. Era &Sllm <&mbém Gerv&n· tea, úma.ndo Qullote em cava, lelro da trJ.ste figura e o !a· r.endo aeompanb&r do rutondt– e&eudelro. Com eles e11tramoa nwn mundo que perdeu o .se.n • so daa an.ll& ções. onde o herol por IMo meamo, se torna mor• t.almente nclfculo. Colocou Cervantes o problema ~9:"ºi) d= ~=~ 1n1':'. me, um an!mal extranho de !lalonomla Indefinida, nem car– ne, ntm peixe, um rela.xa.mcn· to do centauro mllologloo. E' tle um homem que vive no rmmdo da. lua e que por viver ne&e mundo, é um pobre dia• tx,, que tranaformou o tonha • dor em um pot,re louco . o aeu e&CUde!ro, que é o outro lado de .sua alma ~ o bom-senso co– milio, & oon!lança no mundo vl.slYel, a desoon,tlaoça das 001 6U tnvlslve.15. o bom Sancho. pted0&0 e &en.slvel, advertido e med.rolO, aquele que Unamun· do denomina, "o camal San· cho, e Slmóo Pedro de nuestro Cabellero • . A reoon.strução do herol por Oarlylo lol uma tentativa ro- METEMPSICOSE (Contlna~ da t.a paflna) 11ne e aatlafeltos, d.lacutlndo a polltlca sideral com toda a liberdade. Achou o Diabo multo camarada e, botando o dedo nas chama.,, viu que o fogo era de brincadeira. Ora, lsao não se fa,: . E' ou nio é uma peça que o lle– nhor nos pregou? Porlsso é que eu acho que nóa, os ln– satlafeltos, devemo-n03 rau– nlr e pedir licença à ,ra. Secretirla Oeral para com– parecer perante o Senhor e fazf-lo ver aa nossas reivin– dicações . Do contd,rlo (oa mais conhecldoe santoa aqui do Primeiro Céu estão ~e acordo) varnoa à greve. Não recebemos nem transmiti 10s a mala simples daa orações e decidiremo, oportunamente se compareceremos ou não as reuniões da A..embléla 1Je– ral. .que, como vocês sabem, !Mim a gente, não pode ter "quorum". - De acordo. Luls? per– guntou Ambrósio . E' o GUe se tem a fazer . Quanto a mim, proponho que não nos dirijamos à sra . Secret.ârla o eral. Tenho a Impressão de que ela, clumentn de seu po– der. boicota-nos slstemat!: •- mente .._. petições, Acho iue nos devem0$ reun1r. amanhã, todo• oa daqui. para falar– moa com oa elementos do Terceiro. do Quarto e do Quinto Céu. que são os mala acea.slvel.8, Reuntdos. vamc.s diretamente a Deus e faz•– moa o maior barulho poaslvcl para que ele n03 atendn. Se – não, "parede". LuL,, Ambr6"lo e Sebastl:io confabularam durante mais ai.uns minutos e salram, cada um por seu lado. cabtl– lando com os clrcun.stantes. 08 anjinhos. cuJo principal papel era o de eSl)lões da ar:i. secrctirla Geral, não des– confiaram . De modo que. no dia se(llllnte, quando os mi– lhões de santos apareceram, cad11 um na respectiva nu– vem, todos com a mesma cMa de aprovação unlnlnte, Ji era t:ude demais. O sr. Deus estr.va preocu. pado. Os eaplrltos do 'T,al obtinham maioria cada vez mala pronunciada em Sirius, o mundo mata Importante, onde, hã multo tempo, o Partido do Bem mantinha a liderança. Uma Ideologia nova e Inaceitável que o Pllr• tido do Mal adotira estava atraindo todo o eleitorado, nlo mali compacto, do P .B. Fol por esse motivo que o sr . Deus chamou a sra. Ge– cret4rla Oeral e convooou, ~n1'!": en~n4i,4:, e'": presidente,; do Quinto e do Sexto C~u, para reeo~r~lh sobre as providencias que deveriam ser tomadas. Reunida a eon!erencla, mal o presidente do Quinto Céu começou a ler o seu par~er sobre a queatlo de Blrlua, um barulho atordoante pene– trou pelas Janelas da, nu– vens, ferindo os ouvidos do Creador, o qual, dlrlglndo-ee à sra. Secretária Oeral per– guntou-lhe •do que ee trata– va. Esta, atõnlta, assomou à Janela mala próx!ma. - Uma multidão ae apro– xima, explicou. São os San– toe. - Como? perguntou o 1:!c– nhor. Uma multidão de San– tos? E a senhora, só vem ter conhecimento dla8o agora? Veja se toma a.s providen– cias cablvela lmedlatamenle. Atarantada, a sra. Secre– tária Oeral, que dude que a..umlra o posto nunca U• nha ou~ldo do Senhor pa,a– vraa como eaau, correu à. porta . A' sua vi.ta , o ruido da multidão aumentou . .., nuvens, cada uma dlrl11lda por seu proprletArlo, buzina– vam a..uatadoramente , NA porta, a ara. secretá– ria levou as mãos ª°" OUvl– doa. Os berros recrudeaceram: - Queremos Deus I Quere– mo• Deuel Queremos Deus! A sra. SecretArla grito•• qualquer coisa com todas as aw,s força, maa nlo foi ou– vida. Os Santos continua– vam, surdoa: - Queremog Deus I Que– remos Deus! Aproveitando uma pauaa, a v02 da Secret!rla feo:-se ,,u– vlr: - Maa não vfem que la..o é contra o regulamento? Por que n&o se dirigiram a mim? O que desejam? Não podem trAtar éomlgo? A turba não deu atenção: - N!ol Queremos Oeua! Queremoa Deua1 lrrltr.da com tantr. deacon– slderação, a Secretária deu a.. costas e bateu t. porta, violenta. - E então, perguntou o Senhor. que resolveram? - Só querem falar :~,1- vosco. - Comigo, então não se conhecem? Eaperem l! que Jâ lhes ensino. Pela primeira v-2. de&d,, n Crlaçio, dà qual tanto Já se arrépendera, o PrUldento ar Todóa ot Mund03 passeou de um lt.do para o outro, as mãos atrás dàa coatr.s. A lon– ~a barba estremecendo, Ira– da. - A n\lm, a mim, ao uu Croador l A mim, que lhes concedi o C6u? Eu, o Etemo, • ~ - ~ l!ll!,a,,fw,tl, ~n suportnr IJSo? Devo ser Jn•– to . E ó de Juailqa que eu os casllgue. Maa a mlnh__!l gr1111- de Bondade vai dar-lhes mais uma oportunidade. O Senhor parou por alguns momentos, meditando e ta– lou à Secretária: - Benhora, prepare o ne– ceas!rlo, convoque os G_óros e diga aos ara. Santos que Já vou lã. Pouco depole Coo aantos Já demonstravam lmpaclenclal, as trombetas soaram, os an– Joa cantaram, .._. portas abriram-ao e o Senhor apa• reoeu, solene, em toda a aua Olórla e MaJeatade. Oa Santos, que poucoa Jã haviam visto a Sua Face, tremeram diante de toda aquela aanta Ira . Lula, porém, que desejava, a todo trame, voltar à sua rua, reaauacltr.do, para ea– pantar oa vizinhos e oouµar aa manchete, doa vesperti– nos, adJantou-se e ousou f~– lar: - Senhor, Senhor, per– doai-nos, mas o V0880 Céu, para o qual tanto trabalha– mo, em vida. não noa satis– faz . I!!' desejo de nós todoe, oa Santos da Terra. voltr.r para lã. Nlo sabemo, o que pen,am sobre 1.. 0 os re,pel– t.âvela habitante., dos dois mais altoa circulas , Mu eles são poucos, Senhor. Nós re– presentamos a maioria . E es– ta maioria, a "una voce", quer voltr.r a sofrer na Ter– ra, de bom grado, de prere– rencta a aborrecer-se neatA celeate monotonia , O Senhor penaou um mo– mento . Vendo-o hesitante, o presidente do Sexto C6u aproxlmou-ee o dl..e-lho ao divino ouvido: - Senhor, os homen.o são eet1'1pldoa, maa, multas vozu, t.Am Idéia, louca, que noa !)<)• dem servtr, a nós, os mais c-1- clarecldoa. Há uma crença nr. Terra que fala na volta da& almas dos mortoe a no– voa corpoa. JA ouvistes falar na Metempslcoae? - Como não? Quem 6 q111 o senhor pensa que eu AOu? Apesar de tudo, não deln de ser ótima a sua Idéia. Então as nuven, 11e en• cheram de água, pintaram– .se de cinzento escuro e o •le• nhor, J6. sorrindo. voltou-te para os mllharea de Sanl<i$· - E' s6 Isso o que dese– Jals? (li' voz do s enhor, rro– vões começaram a ribombar e .._. criancinhas, lá em ba!– xo, estremeceram1. - Só. respondeu A vo,: quase sumida de Lula . Satlafaço-voa plena– mente . E, a um l!.ceno do Todo Po– deroao, os mllhõea de S&ntoa desapareceram . Em baixo, na Terra, aob 11 maior das tempeatades. mt.. J~ ~ ~ ~"' c,c olho•. ••oantadaa, ao verem fllhoi 1~ 0 mrrad01 aaltarem de seus venhes. A primeira tentatln. de J oaé Llna do Rego no terrt– no do romance palcológlco, aliás bem conduzida de um modo geral, foi realizada cm "Pureza". Maa: nesae ilv10. multo bem conatruldo, por si– nal, o romancista n~ aban– donava u palaagena do nor– deste - centrlo natural daa sua, hlatórlu mala caracte– rlstlcaa. O escritor, a, per– sonagens e o ambiente de– senvolviam-se em perfeita Identidade, obedeciam a mla– terloaos laços comum, vw– vam oa mumos objetivos hu– manos e literirlos. Posterior– mente em "Agua-Mie" o romancista paraibano deÍxa– rla o sertão, os engenhQ.S, oa canavlala e deacerla para o sul. Nas salina.e de Gabo Frio, portanto ainda num ambiente rural, ele fixou o enredo de "Agua-Mie", en• redo que comp~endla a hlt– tórla de três famllla4 de con– dições sociais diferentes, em– bora para nenhuma dela, a realidade da terra valesse o mesmo que oa engenhos de açucar valiam para os coro– néis, os cabras e oa canga– ceiros de ''Banguê", "Usina", "Menino de engenho" ou ºFogo Morto" . Por fim, em "Eurldlce", Joaé LIM do Rego desloca-se ainda mais. Est.â agora num ambiente urbano, longe da provlncla, na capital do pais, Está praticamente aozlnho em face daa ruas peraona– gens, e de sl mesmo como um eecrltor consciente dos pró– prl<U recursos . Não tem u,aL, em tomo de si as palaagen.o famlilarea da provlncla na– tal, que a mem.órla transpu– nha para oa romancee . Cons– cientemente, cria uma nova paisagem, que está diante de eeus olhos, e nela lntrodw: outras criatura, que a Ima– ginação lhe revelou. Antes de tudo, porém, convim acentuarmos que "Eurtdlce" não é propriamente um ro– mance do Rio de Janeiro, lato é, não é um livro ou uma hletórla vivendo apenas em função do ambiente carloe:t. Que 6 um romance urba– no, da cidade, eatã fora de qualquer dúvida . Maa h(,. certas ldentlflcaçõea que nlo ae proceasam apenu p,,la vontade do romanclata, mu que nascem espontaneas, que trazem um alnal lnconfuadl– vel de sua origem . ''Eurldl– ce", por exemplo, não t,,_. a marca deaaa ldentlflraçã.-0 profunda, reveladora de al– guem que 1entlu o Rio Je Janeiro em toda sua verdade palaaglstlca, humana, palco– lógica, como no ca.oo d• qm Lima Barreto, de um M. A. de Almeida ou de um MAr– quu Rebelo, por exeniI,,!o. Embora algumu person0gens e,Jam tipicamente carlocaa, como o velho Campos, nllis uma das flguraa mala viva. e perfelt&a de todo o livro. o romance não pode Rl•1da aaalm aer chamado de ro– mance carioca. Entretanto, o que ae pude• ria tomar por um defeito, por uma falha do eaorltor, é ao contrArlo uma rarzio de grandeza humana e llter.1.– rla . O drama de J1'lllo eatA fora de qualquer cenário, ultra– pa.saa-os a todos, coloca-te numa categoria pura e slan– pleamente humana, portan– to unlveraal e o romancl,tr, José Llna do Rego 1em Mdl4 perder du auaa caracterllll– caa essenciais, sem rene!ju o seu pa..ado. aa suaa r:il– zu, o seu lnatlntlvlamo, pro– Jeta-se ap9nas como um nu– tentlco crtador. E alndê. co– mo puro criador, José r,11,s do Rego não fugiu ao tlCU de5tlno de romanclata . "Jl:u– rldlee" é um romance Urlco. sendo tambem, como nUr– mou a art.. Lúcia Miguel Pe– reira, "o utudo pslcol~IC<, mala profundo de sua obra". Eite &eiUDdO all)ectu do -- ,t, e!!lk. ~~ • que molhar o caracterlz~ t ,, re&ponanvel pelo aeu alargtl– mento hwnano, pela IUII Wilson IDUSADA vlolaçio de qualaq1Mr tron– t.elru lmpoet&a n- OQ J:&• quele aentldo. Btcrtto na pri– meira peuoa, 10b • tomia de con!laio, "hrtdlct", em– bora o autor utllbe a ptlco– lo(la Tertlcal, numa 1011cla– rem profunda da alma de Jallo - o Plll'IOD&lmll CIIM N eon1- - ainda &Nlm IIU de acordo oom llqUeia obNr• vaçlO de otto Maria oar– peaux ao prefaciar 'TOio Morto": "1086 Llna do ~. podm, 6 um "conteur" nato; contar hlatórlu é a 111& pro– fluio". Quer lato dlser, portanto, no caao de ''hrldlce", que o romancista do nordeste, dos canaviais e dos eqenhot, embora fazendo Jl(llcolOfla, continuou fiel a li mOIDIO como homem e como eacfl.. tor. Ainda eetamoe diante do grande contac,lor de hla– tórlu, e ele eati presente no drama de J(tllo, na derradol– ra aventura sentimental de dona Olegirla, naa migou e con!ldenctaa do velho Albe– rlco de Campos. Em suma. eetá pre.ente em todu u personagens do romance - na.e 1UU trlsteaa, alegrlaa, mla~rlaa e paixões. A tranlformaçio do cenl.– rlo nlo o afetou. Que lm– portf.ncla pode ter o tato de estar ele agora falando de uma pensão do Catete e nlo de um engenho do nord<4i? R s (ConUnallf&e <la h. --) bane: Nooa& llenbora, b&YI& la– ,r1mu DO& olhos dela. Pelo amor ~~de º'to.::'.:.. ~dl~~ t.oc1u ..... oolau ldlot&s <lllt lutam clfa &!>Óf dia, IOde aqua– la !& laldo.de. Era d-ç&d&.,.., 130 Olla•a queNndO tear atm• pro o que err. clfnJIO e -1& tullo ao oontrarto. QuJaera aabtl' ru,r que, como l!I'& como ela, por ~~~.:te::.-=~:. a s1 mesmo, • alt eataY& ela, tremendo, oa 01h01 humldoe com lâgrlmu a aalr de dentro dele,, e sua ta.c4 11ontada e ele ato• da Mtan r. rir por tr.U&& CII toda • raiva e oompaldo e do– aapoolamento que h&vtr. em NU coraç&o, o eetavr. • rir de todu u C01sü palitle&t dO mundo U oo!MI pelai quab ao ~ choram. •• c&et 0111Al'l&do1 l)e– lOII oe cr.•lloe fltllldoa a aerem chlooler.doa, tropeq1ndo, u _.. Umldu tendo arra– zadoa tnumámenl& pelai pea• _, ,ord&I e cruela, gordu par dentro, -. e oe pu– aarlllhoo mortoo r. belrr. d& lr&de, • u lncompremtõea, por toda & pule O eterno conflllO, a cnieldade ao coll&a que fa– zem do homem uma oo1le rnr.11- na, um vll&o creacklo • a rat•a ell&va lr&Nfórmando IU& l'lla da e IA,r!ID&I eata..m aur1ln– do em eeua olbol. EIM doll na aa1a Ylllla, de,nudoa, Jumo. em ,ua IOlldlo e d-Ju,tettlelW), lnnão • lrm&, aml>Ot anl\f.n<lo pela meoma limpei& • deeenola da vida, ambot de&eJando par– tllh&r de •erd&de com o, úUtro, e, contudo. ambol & parte, &tu• tado e 16. ouviu a moça abal&r um ..,. (UI)() t anti.o tudo começou A (li• rar, e ele eatava chorando, cho~ rando honula • 1lncerr.mente, feito uma crta.nça, e escondeu o ra.to nos braOOI. e aeu peito i-••· e ele etta.. pensando que nlO queria mala v1.. r: 11 fotM do4\ltle 1111<>, preteri& ee• lar morto, Nlo repr.rou quanto tempo chorou, e ,ubftemente peroebeu que rlAo Olla .a m&la chorando ou rtndo, e que a a.ala ett&\'I multo túenci... QUe oolae m&IJ ,·e1101111oa&. Temia levantar a cr.~ e Olhar para a prot•i.o. ra. Era deaa,rldlnl. - Ben, A voi calma. 10Mõa.&da, ,o. :\,: •• of'i!rJ=Ue~•· --- Etrueu a ea~•- OI olhol d., la es1&vam - e ~ r011<> pareclr. ma11 blllhanl& • bolo do~• nunc&. V~ ~.rt:r i.::urue OS Olllól. - Tenho. EdxlilOU I hWnlda& dot Olhei e u.oou o nar!S. Qlanta mil• daoM na tens. Olmo 11140 era ---.. -Qu•niot liQOI Y001 &iem, - Ben. -Dei. Ãlllr& CII can&flall Jllo .. dulam ao ftllto Úl)IIQ .. N111o, o eonlllll "ªfi Uno n&o utcde Cll oll!OI laa 1111&1 terru, D Ol&>l9'0 torlno CarntlrD da n&o d-na a poUala - • b&lldldo AntmlD llhlllo, Mu ainda Ullm D ._. clst& 1086 Lllll do .. ftl contar a 1ua blll6dl,, • 1111 !remoe 01111-Jo mais- WI. RloNrf.&blà61tada ... dlllCla de 11111& ..211111 •· rural, doa _.. podee 101 e doa cabral ~ doa, de cancacelrCII ,_ • fanitlCOI AnsuJnl,rtoa, lfll aeri. a hlatórta de am ba– mem da cidade que nlo • -11sou IUll&lmtllte, de - 11omem que carnp, CIOllllllD kldoeoa~••– lnflncla deocr&vad&, Na .. rdade, o CG1111Pl– lncettu010 de J61lo PIia Ir• mi laldora, que o -pa– nha na lnflncla - YW– dadelra mie, ' o que -– • delermlna todo o NIIIID- ce. A primeira pane dD rDw mance pre,ara a Nlandl. Ullm como Dldora pnperà "Ellrldlce". "Bmldlce" • o crime do eRUdante l61lo aio ul.ltlrlam N nlo tlT– alatldO antll a pobn llldo– ra, que morma de parto, ba OOIIIO O deNJar& O pr6prlo Llnl do RelO , am drama lrmlo. lhltnt&lllo. • a - (ee■tlaaMU.0 .... A D A -caae•ciae---• •• Qumd.lNr. - !fio"'· -J:aeupalf - ll!to l al!r.late. - Vocl 'IQOI& - aqal f = ~=U:::·ou lnalat n6a 1rm1oa o duaa lnlll& ..;. v.:- t..~-:-= outru cldldll f llr& dllllorttallte, lalaDd0-1111 oomo • ele 1- -~ f~•• lllllUldO .,. -.1&. - Para oadtJ. - Nlo Ili. !fota 'l'adr, • .. ehO. -oftl!lo---.• VH, - o 't01ho OODIIDatef Mllllo. A lln& te mt11 - ~!:li. l)ltlllnlal'-II, ... , ela onde 111.1..., CIIIM 1a: .., ria moatnr-11 adullo, - UIIM medo. a:la foi 1\jl IIO ~ ., ve.tu com o oaaoo, o •• bola&. eomeooa a • cuaco. ~ :::ri: ..:cbo&. Ylrfo::& embora, Ele ficou multo - - nlo podia - - ... ,.. lhe d!Nr. J:la 1part0u O... do C&MOO, ooloooU O .,.. aorrlndo. lf..,. ma., <11!1 - do Mlnnho, prumb'D illa o ftl rir depois Cba!W I a,ola .. E re-10 1ent1r-ee ~ allill<loDMt ~~ :,1:.,. ~lrl&-1 ' - Voc6 JA pode Ir, 11111. ,: ~1.:.,teva..::...i.,~lt~ esteva elf, ~ ... J&lldo _,.. r. t'"r a olhar pua 11a. ~ -~~~~~i:...~o:=. nllou •~ a Poria. ~ doente do aolldlo e YOI- 6 !Un de o~la uma UI- - -Meu,, Mllt '11'11111. -Adeul,.8111. li logo depola ala - - rmdo amarsurado pelot - J)OI da IICOla I a ....... aubtUtuta ate.a ~ ao W– dlm. 1e11uJGdo-o - OI Olld. Nlo queria pe111&r • - ai• IIUll!a, mu 11111& que Mlaft • letltlndo mul1<> trllll • ~• • mia V011M18 e dttOOllllr 4"' ela ee&ava olllanlo pa,a ele, - aou. Se eu lllldar ~ tahes &panclle Dllll _, t Olcll:. Cotcorr.n I OI OUU'OI t <.alves C11efU9 o __ da Ytr otumdooarpll!IMIOdaOI• dade, Bem, dt ipla)4aS -– ra, nlncuem ........ dt -· ~~.n~~q: do e chorado. Cerrou todo o ~ Otlol trDbOI da -- l'aclfle, I ·?:.,~":.. ~..! .!1: ';'! =j~ tltio&lm6.I •,:.s;: uuma conJ J Então tll OOJm90II a CIIOrll ·-·
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