A Provincia do Pará 09 de novembro de 1947

I r .SEGUNDA SECÇÃO f ·I AJt1'E E LITERATURA BELE~ -PARA' - DOMINGO, 9 DE NOVEMBRO DE 1947 TRE::S TENDENCIAS E TMS DEPOIMENTOS "Novos quadros dirigentes prontos para Caminhos que nunca findam... - da emergirem massa do brasileirô" povo Poema de Bruno de MENEZES . Cinco perguntas respondidas por Caio Prado Júnior - Perspectivas políticas e sociais do Brasil nos próximos 5 anos Vllfflos pOr ess<.a caminhos do puaado, cnsaibrados dt luar e de poeala, "'z:a.quttt.. orp..ntada pua 01 "Dt!:101 A.Uod&doa"' por SAMUEL W A.INm seguindo, ""m esta lua, aa n0$SU remlnllCei\Cl&I, r,um romlntloo passeio pelu ruaa lltenclo,u, que despertam uudade• e doce., melancollaa. Domingo último, lnlctnn– do eate Inquérito, ficou Oli• berto Freyre, o socló!ogo li– beral. HoJe, a palavra Cl\tc a Calo Prado, o lmtorlM<>r mamata. E, na próxima &e– mana, Sobral Pinto, o Jura– ta católico, encenará ••ta série de depoimentos que ~– sam erguer um pouoo o veu que enoobre as perapectl.-aa sociais e polltlcu do Bra.sll neaaea próxlmos e cruet(l!a clnoo anos. o reporter, Umltandc,-,e a formular aa perguntas e di– vulgar u re,poataa, nada Dlals obJetln senão prorut• clonar ao leitor tTéa oplnl6ea, emanadas de três tendenctu dlatlntaa e preponderantes • no Brull de hoJe, que !te permitiu formar um lu~, próprio e auumir uma ati– tude Independente em face dos problemu naclanala. A4 penpectlTU da ~ brullelra serio tanto menos gravea, quanto mata bem ln– formado sobre ruas origem e ronsequenctas eatlver o povo. oa três depoentes dcat-e lnqu6rlto poaruem uma l:aae de ronheclmentos e reapon– aabWdadea que torna a iria critica da atual claaae diri– gente do pata a melhor con– tribuição que poderismo, oferecer para o eaclareclmen• to do povo. Porcaa podel'GIU atuam no manc!o contemporlneo no 1entlc!o de profundu tuna• form~ "Não 6 facll, nu poucas linhas de um depoimento, responder satisfatoriamente às perguntas propoetu. Elu encerram maUrta ampla, e abrangem praticamente to– daa aa quest6es pendente, com que se defronta a hu– manidade, porque embora reatrlta aparentemente an Braall, 6 no mundo que om última anf.llsl ae oolocam. Tentarei contudo reapondt– Jaa, oonendo embora o risco de uma eaquematlzação n– cesalva. PERGUNTA: - Qual.9 a, penpeotlvaa polltlcaa e IIO– ctata do Braall neasea próxi– mos clnoo anos? RESPOSTA: - Nlo é preci- so aer multo penplcaa pua observar que grande• e po• deroaaa forçaa atuam no mundo contemporlneo no aantldo de prolundaa tran! – formações eoonomlcaa o an– clals. Não empregarei aqui a expreuão ºsoctallrmo'' (que aerla cabl,el), pela grande dlveraencla de ln- terpretaqõea do termo. E di– rei almpleamente, resuml'ldo, que tau tranaformaç6ea sl– gnl!lcam a tranaterencla doo meios de produção e das fon– tes de r!que,:a e de domlnlo eoonomloo e IOClal, da pro– priedade Individual para a aproctaçlo oolelva, t.st, , é, para o oontrole da sociedade em comum, atravéa de Gtl1" órgãos próprloa - aeJa o Es· tado (naturalmente aob no– vas formas), aeJa de outTOs orgalllamoa, tudo dependen– do daa oondlções eapeclflr.as de cada pais. e da maior ou menor maturidade de sua.s lnstltulç6es economlcu e an– clala. Aquelaa grandes e podero– sas força.a a que me re:!-rl, enoontram pela frente, na– turalmente, uma opoaltlo tambem multo forte ; opc,t– ção eata que ae f\lnda no, Interesses ligados à orden: vigente, em ooncepç6éa 11r.o• Jclgtcaa oonae"&doru e mais ou menoa oonlesaadu oorr.o tal, e, finalmente, na Iner– cia natural de tudo que exla· te. Em 6Jtlma an'1Jae, 6 ls.!o que ae passa no mundo oon– temporf.neo; e 6 taao que se enoontra na base de todoa os acontecimentos que ae de– senrolam aob noaaaa vtataa. Entre nóa, no BraaU, lncln– alve. M IIOSIU penp§Ctl1'U noa próxtmoa cinco afloa - ti a perwunta propoata - aio M • a1m o desenTolvlmento c!,ossa luta travada em toda psrte, e aqu1 tambem, entre uma ordem paaaada que ae mos– tra precl.rla e Incapaz de n a– tabelecer seu equtllbrlo per– dido, e uma nova ordom enjoa primeiros lineamento, pereebemoa multo bem, e que ae aflrina cada dia com mata segurança. Luta esaa que nem eempre ae encontra cla– ramente definida e caracte– rizada noa tato, (e dai a con– fualo aparente com que e,. tea multu vnea ae aprt1en– taml, maa que, no entrehn– to, C0211tltue a r930Jtantc fi– nal de todoa os complexo, movimentos aoclata que i,re– senclamoa no mundo de lj11Je. o que não PQNO Pn'Tff aio os pormenores daquele proceaao de tranatormaçto em maroha; nem o 1eu ri• tmo, o que de)'ende de tn<i– meros fatores, nem todos prevlllvela, e todoa elu ex– tremamente complexos. O maxlmo poulvel aerla c,1n – Jeotura1. Maa LNo daria nlo Poesia Francesa Modern.a CANÇAO LoysMASSON (Tradução de Mãrio Faustino) , (hn ,1 novIIIOU DO,..._.,) O póssa•o. como a groselha troglodita, Canta o passad:. curto e o futur01 O o•val"io chora aftovih do pessegueiro Co me urna porta ab11rla sobre o mundo . O pónara ov me,empmose, o p6ssaro de m11111m• [ psciose, A carriça •-1uo foi um velho imperador . . • Pelo• de crina n-, oda da floresta Co mo uma porta aberta sobre o mundo , O g a lo róseo e o toutinegra A p!ga ta garela no ninho, O vettl,~ do norte perst-au, o fria Como uma pprta aberta sqbre o mundo . A fanh, da lencla Não 6 esse pintassl 1 go Q ue t•ós a fogueiru 110 cabeço E nas a sas a ma rela, uma porta aberta aobre o mundo? T O~o:S o s pá5saros d a primavera Tecera m a primavere, fio por fio Todos us cantos empurram ~talas Para e sta porto aberlr.1 sobre o mundo . A I po:;sas, Paula, e eu te sigo, No regaio o c teus cabelos . O mr..rtim-pe$cador per~egue a lib61ulo Nesta parlo a bulo 1obre o mundo. A 1 ro•sas, Pau la, e eu te sigo, ~ Ire os d l'agófl (!Ue cerca m minha pótrla (onoc- pero :. e strelo: que \:lrilh'J sobre o m· ;r.do ~ be a espe 1an,a e ntre a ~ n uve ns do cropú!cula . para este breve depolmen• to, mas para extensas coru;t– derações e análises que não caberiam aqui. j 1 Se vamos por esse caminho, a nolenda será o t-ermo li• nal a que mais dia mef'lo:s dia cheraremos" 1 PERGUNTA: - Acha qu• o Brasil emergirá de &ua atual crise pollUca e soclal através uma solução vlole:t• ta ou pacifica? RESPOSTA : - Tu:lo á poaslvel, tanto a paz coma a vlolencla . Aquela contud~ é multo mais provavel, dactit a atual oonelação de força,,, no mundo e no BruU, lnr.!u– slve. A Juta somente ocJrre - a história nos enaina l".'<o - quando a.s forças ant.a.go- nlca.s se equlllbram, ou pelo menos se Julgam equlllhra– da.s. Do contrário. o ,nal; fraco a.caba sempre fazendo concessões. E' o que s, dá em nossos dias. Não nos ilu– damos com manlfeatações e demonstrações de força fkti• cla, por mais retumbantes que sejam. Entre ela.s e uma força efetiva, vai a diferen– ça que há entre "paradas Tlll • utares" e oombates venudel– ros. A reação utá fraci, e sabe dl&ao multo bem. A or– dem que defende enoontra– se desconjuntada, suaa b&ae. profundamente abaladas. E em face delaa, o aacenao d,u forças revolucionárias (r"°o– luclontl.rlaa no sentido :ioclal e polltloo, nlo da vlo1encla) <I vigoroso e sanha terrenn to– dos oa dias . Preferir'- port.,ao fazer oonceS1õea, e o d11Sec– v0Jv!mento do proceaao ae fad., em conaequencla, p11et– tlcament.,, . · Está claro que taao 6 uma reaultante de multas fortu contradlt6rtaa, porque nJo faltam aqu6laa que ,e r~u– sam a tala conceuõea; e •• conseguirem dominar, estas não ae farto, ou ae farão In– completamente. Pen,o, con , tudo, que serão neutrallea– das; mu laao não é uma rer– teza matem,tloa, lmpo,3lvel neaae tel'feno de prevL,õ,. soolala. leve a reação para o empre– go da força bruta. Infe\la– mente existem alguns slnt~– m~ de tentativas desst1. na– tureza. E é evidente q•ie se vamos por esse caminho, a vlolencla será fatalmente o. termo !lnal a que mals dia menos d.la chegaremos. ~!tl5 não sou pessimista, e acre• dito que, se não fosse por outro motivo, o simples bom senso ba.starâ para neutc<11l· tar essas tentatJvas desesye– radas e de antemão conde– nadas ao fracasso, com seu cortejo de desgraças e sofri• mentos para o nosso pais. 1s teremos então assegurado. a paz social e o progresso p.1· clfloo para o mundo do fu. turo. ..Os quadros· dirigentes d" Brasil estão praticamente sem renovação há 17 anos'' PERGUNTA: - Acredita que fóra dos seus atuais ~l'<'· dros dirigente,;, possúl o Bra· sU re,;ervas para a tormR~io de novos quadros mals :a• pazes e mais crladore,;? RESPOSTA: - Essa ptr– gunta é mais concreta e pre- cisa que as anteriores. E. portaao mais facll a re."])Os• ta . Os quadros dirigentes ~e Bra.sU e,;tão pratlcamem e sem renovação séria ctesde 1930, apesar de todo progn-s• so e todas tramlormações do pais nestes últimos 17 llnoa . O que se Incorporou a •le~ depois daquela data nfl~ é mata do que a legião dos con– formistas e dos pretenden– tes aos beneflcloa que o D<>· der público dispensa . Longos anos de um regime hermético, em que a aeiP.cão de quadros se fazia quase unicamente pelo crivo de fa– vores pessoals e de lnterc..sts mais ou menos escusos, deu nesse aglomerado caôt1rc que constltúl no momen~ a caracterlstlca dos quadros Cll– rlgentes do país, cujo rspi– rlto dominante não é m 1 lito diverso daquele que a revo– lução de 1930 pensou de,;trulr para sempre . Nessas condições, a reno– vação é necessária, e acredi– to passivei, porque o pais, ccontlaAa n.& "ª'· 14) t"erá• c•Jmo os nl'S80J ;,asso, repercutem dllcret&menle c os nc!I03 coraçõea pulA:lm no metmo ritmo, cm~clouad<Al pelas recordaçõe, redl~ITU, ao Ir/nos. ptlos ,ubúrblo,,, poeticamente enluaradOI, por '™" niesmoa Jardins, em que os ldllloe 18 renovam , .. Andemos JJts ;:iol& u stm. minha Lua Amoroaa, tGda tata noite de eac•Jas llmpldas, d~ Urloa e camélia.a dlluldoa no espato, • num loni:v e lento caminhar, pôr onde c.rs amamos em ldadu ren1Cltaa, e<.m a mtcrna eaplrltualldade de nci,;oa brcvea enoontroa. . • C:amitihtmr_.!) urudOb, comi, duas rombraa pe1egrlnaa, qi:, se arharam num só destino, como ae cm tomo a nós dota tudo !Oae rendncla, pam q~• ms entend0>8tmos e noa &muNmOI, nimvados desse luar que ti a comunhÃo de no.u almu. l'allnll11emcs uds dota as Estradas amotlvu de noaaa qulm6ra, es~u•.:.!aus do mundo sem 1'\vermoa rara a Vl4&, 'apenas, '1lc :,ossa,; mloa, materialmente unldaa, nossos olhos embcbld01 neaae supremo bt&ae, sem q •10 o perfume daa flõrea caataa noe perturlle. Sisamos, Al.sente, por eoaea cam1nboo do paaaclo, onde :a ne:n sequer plangem 1'1olões bolm1oa, encht ndu a amplidão allente de modlnhu me!dic6ucu. •• Cam\nhrls que nunca findam em noaaa memória, porque P61.a lua, que ~ tú, dá-lhu a unção do Sonho, e net- vamos por elea trana!lgurad01 de poealal. . . REPORTAGEM O CONGRESSO EA CRISE O primeiro debate, na sessão inaugural - A11 teaea e o rumoro11 caso dos anais - O capitulo do mistério - O Memorial de AfM ou a crise afinal - A retiradu dos dez e os dez à porta - O fbn e o "chow" Carlos CASTELO BRANCO A augea!Aõ que - ooorr, Inicialmente 110 bll.onço deaae II Oonsrqk1 BraaU•lr11 da s,. crltores, reuntdo em Mlnu, d altui·lo em relação ao Oon,ru· 80 da Slo Paulo, o l)rlrnelrO. quo, al6m da ter ateio o primei· ~- ~~ai~~ ~t1catet': ª•batea e u d~. O Con• - de 8lo Paulo foi aobre– tudo um ato de coragem. t>at a lhten.ldade e & -repereuaao dele. Em ~ - ....... .. OI t.emM polfU- .. .,brepuBe, ;r:, ~';'d:,i::.td-::n::::: torea, tivemos mala aoentuad&· mente uma reunflo de clMJe. O ndmero de tesea e recorn~· ~~& d~;:'~ f1tl~!e d~ do • e vkm """'Idamente 'M •ol!M oom dllarlmlnae6ea de naturea pri!Jca, eata-.. a pi• que de afópr o oon,Nlio, ali· nal aacudldo pela crlae que tardava, a bendlta crlle que ,·e10 &aliar o• espfrlt.oa e torni• IOf - - A crlae qus pa.re • ela nlo •Ir mala, qua 11 ~u lentamente no Intimo du oona· ~r~ 0 °.!:ta "u~":r2~ Ji LIBZRDADl!l li dlflcUldadN -.4mJcu que um NCl'Jt.ór llllltn &Nlltlluw ..t6o .. boa doa llfO"'-M de cultura. qw - , IOCllall- 1açlo du rlqu- ........ teaN por wna l&lda. paolllaa r,ar& a crtae mundial. Di ea,aa– toao, na vmledl, a6 ,..,._ depc,la de paeU!cadOo Ol~ toa. a tremenda dlacrle&o do , Mlllon 0aml)OI, qu 11 a aplaudlt palaffU aa-= nada lia~ ª-r&do. a.rrad.o a ...ao lll&UlllrllL o Oon,reuo l'HbrlU•N no dl6 squlnte para u plenirlu 4 &I reunlõea de oomlle6ea. Depota da clwnada doa dllopdoa pen :S~wr!r!° ~m,~~ bilt,ados wa o -lo • que Iriam ldent111car e 1'W .. JtandQ no- - 411a por 111M1 er,;:,~~= duta v,a - fonia O IIOOllllllCllie .. Tal 6, multo aurnarlamer,– te, a &l&uaçio do mw,do, E o Brasil Tive neaae mundo e lhe aofreri u oonttngenclu Aqui t.ambem o aacenso de– mocritlco ("democracia") no bom sentido de um povo que conqulata seu lugar ao sol. e Já não se conforma em submeter-se eoonomlca, pol:– ttca e aoclalmente a mlnàrlaa prlvllegiadaa, o ascenso de• mocráilco é •enalvel, e nào vejo como i>,.nar-lhe o Ge– sehvolvln\ento. E' poaslvel, diante dessa fatalidade, que o desespero GOMUCOMO UJSSlL\ml maestlo e compoaltor na po't'Oaçlo do rfrulo FWpl. em &toçambtqu~, • conalderado o melboJ' esecu&ant• conhecido •• Umbll&. eaerltor !oi grande e ocupou du· rante dlu oesuJdoa a atençlo a,, d,lversu oomlssõea de eatu· do, a tal po11to que a certa rJ· tura a ameaça do t.edlo - d... tedlo que costuma a&altar a romancistu e poet.u:, a escrito· rea , a almp1.. jornallJtaa quan• Vamos, pc,rtm, de.....,. AI• suma ooi&a ICOl)teceu antes do tedto. B ainda n1o oompleta11101 gequer a primeira augest&o. Ainda nlo dlasemoa que uma enorme aenpçlo de liberdade, eo oontdl'lo CIO que M aera 1"1 8lo t'aulo, noa dominou dHde o prll)\elro dia, Quando o IO· Vert)&dor Nllt.óll 0un- na qualldlde de membro da dele· gaci<, ,ntnelra. inatalou qa ln· bolbos. •Eatamoa no ~ da l<aalldade. Bem lndlltu - l.bendo ena terra llYra S-,• eenirlo de vouoa debates e da· llber&QÕII". ~ o t.rabalho. o Ntudo • deliete du taaea. O Pl'IIMlrt :',::'..:!m fo:'" da d":~rrc,•n= ESTUDO MUSICA CHOPE Cauby CRUZ E:JU "MO<,AMBIQUE" (1) de Junho do ano paaaado cm diante p·Jbll.!l.r do um e.tudo sobre a múatca Chope, cujo a u– tor, Jil:gb Tratty, ~ doa mal• profundoa conhecedores deaaea negr?B ela M rlca Meridional 12). Até o ultimo númtM dtssa revlllta, que tenho em màoa, foram 11prHenlad01 trfs compositores: Catlnl, Oomucomo e Baflll Don. lJcu.s, admiro particularmente Oomucomo. Huah Tra– cey considera-e ~ melnor executante de tlmblla conhecido. Talvel aeJr. Mlnda o mais poeta doa três . c1.ru. . qu• é Baüll llcv11 ,, mais melancólico . Provavelmen– te por ··a ~or.te< :il'D,.ntos tràglcoa na vida doméstica, decisivos no s!u c1tJl0 i;oétleo" O terceiro. Catlnl, tem tambem seua momonw• de verdadtlra lmplração. n., volt.. de Lisboa. onde foi com sut. orquestra tocar, nos comen11,1açõca óu. Centenârloa, em l!jolO, compôs um "Msaho" l~l no ,u:Vl~ que o trazta 1, ~olta: Fixemo• melodJ.aa nn at par, as timbltas no melo do mar. Enquanto paasA.vamos Pf)r terra1 estranhai . E ~aro. aqutla Deues.l13ne a melhor ballarina, sua pre • dUe;.l: Ela ,eio 1:irranloando l>eues•l•ane, fllhll do Nh11balndlnl .Para u,imar •~ tlmbllas. Muh.,o ccnilderam ., múslct. Chape sempre alegre, embora e:eja tnu!tü ,·Et.cs t1e1ttnada n descrever as mais µrc!•:nda.s nngruittaJ. 11· contudo b:1.nante significativo o que ce.ntam os dan• çar!no..: 86° ~~- Q~·; -~,ó. i,,;; ~~;. i,õd~' ;.i; _.'ó; .;,;~. imiói .. ..... ... E aq111, uma 'l'tz mata, cantam oa dançarino, o QIII Jltu vai no coraçllo a, ouvirem a mdslca da ttmblla: Acaba, Mlnll parte-ao, o eoraçiol E' ar Oomucomo, maestro e oompoaltor na povoação do r~g.i,o Flllpe B:in11uza, ui.e gr&nde oonaelho: Para lucardrs bem UmbU,, i preobo aollhar com ela . Aqutle que compõe aa mata dõce1 me!odlaa: Não qu<rcl> ouvir a non m61lca q11e me nlo c1o eoraçloT O que chora a desaraÇll alheia: Que mugua a d. minha Cauane, o mlalc!rlo Por l'JiJe ffl(h·rem fodos os teu, fllbo1, ae:ndo t6 ainda Jovem . Arors ia ni o concebes e ficas com a hennça dos teua fllbos [mortoo . E mais adlantr easa. !oucura que ele aerue: H:i n1ulbur, ilo Jouc.u que t.J.ram ,rio do celeiro, 'lenltem-no [para fuu Ylnho! T1.lo ~ara elo se re<urr.e na m<io!ca da tlmblla: AndRI p!lra • pé de nóo e f1<çamos a música para o Ano NOTol A mu,k~ da Tlmhlla 6 tão e:cpress!va que fa1 ohoru. E 03 m..~"~~rc:s.. ~"a'A~~~• que guenelam enquanto ele compõe De 4uc,n r. môslca que fa2 chorar? t..w u11l>ica ela Umblla de Callnl C~Ltando t d:a.nç.ando. S.\OLI !LOVA é um homem Infeliz. Maestro da povoação ae Ma-.,,:,a, s1a"- mtlatca tem revela o péso de uma gr:i.ndr. tra– gé:l!a e dt náo menor e,cperlencla. Ou quartu mo,1tmento do "Msaho" que ele compôs em 19H, e que é cot.s!derad,.. por Hugh Tracey ..o exemplo clâsslco de uma elc~u., Choi>•·•, destaco oa seguintes versos: :\ndam a pr~ un do meu fllbo na i1ua. Andam i. procura do meu filho na árua. .._ ftllie, Ili • mlao, {:hln,...,.NMI -.e eolaa ie potlerá (nbst.ltnlrf Vou ~I:,~ ;U:.t t';:!:,J ,i'I 0 11e 0119...,. 00!1140 o mt11 fll,bo (Ule morreu, Os doidos nrrldo• dos brancos andam a !atar, Allia as mulherec e a< engana. E' pobre, nada J)OU(ie de seu. porém, pouco pede: que e, deixem tocar. Maa 111 0 aban – _dor.a: r m o~ &eus amJgos? Terei de deixar a tlmblla quando Mr trabalhar na maehamba, Em t1aç.;s rápida&, aqui, um pouoo da lb-lca doa Cho Justamcnt.e <lenorninartos pelo padre Andr6 Fernandes r s, meados do século XVI) e por Hugh Traeey de· 0 ,_ . ,.em tun1das , · ~lh~ n. or- 1 1 - Mõçamb111ue - Documentário trlmeeva! _ Imprensa Naclonàl de Moçambique - Leuren~ Marque■. 2l - o origina) lngJ!a traz o tltlllo: "Theae fgrtuqate Peo– ptc·• Odltad11 em Londres. ll - o ··Msaho·· é mna eomposlçlo ml!fleal destinada ao canto, so!: acompanhamento de grande, orquutru de \4\!9, • p}!II..QJ~ & 4-QQ, . •01 NO?ltorea da BruU t6m cranda s,,.rte na oonquJata dea· 111 1aranUu a lll&jor JJUl,!cl· paçlo lhH eata -.'44 p&ra O futuro, r"' aprJmo~amento del&I. •Oornpeta-1.M,, 80bntwle, llffl sr. ande ~ball!o. que delOf d•· pende mata da que da qu&1quer outra lfttluetlÇIA, o da ornnl· ,ar • taclartcer a optnJ&o pd· bU.,., pua que li& aeJa em verdada o !ator nwdmo da Ili• ~ daa ~ demoeri· t.lu~ -~• verdadelto reat,M de llberu.oae a oplnl!o pdbllca 6 a fonte doa ~u o d• dali· ~ L•n1u"o 11:t:..,ri:.neJ ~1180 ...... °"...r.!!°· A colllUlt.a dltota ~;,a.o~ qua a . lnln~f..~~== t. maru!eataçlo permanenta da rontade popular•. OPJUMmRO DD ATZ Dedota d...., pa1a.,,... que abriram petpectlvu ao Oón• C• °&J~o o d~~: preoldel'lte da ABDE de Mlnll, i~a'f'~ ~= IOS atavio Pilho, o ar. Andr6 ~~ .. ~ -:..~t~ o ~.i/: ael II aeri cio tom rfllltar o ~~Yla~~':. ~~d~ VOS eotendla-se O fundo DO :eu tema. o dllcurao era vuto, o :~~-~Z- aon&llC.ia entre o q\18 e1u !X• prtmJam e o que augerla 101 J>TeMnta a !t,úra cio autor, a, ldétu e eaWo tio d(TUlpdoa neat.ea 1lltlrnm 17 anoa, oomo que tr-r.n.fJguravam o ambiente, Ji ae ai alterado pelo deaanan· Jo da Uwnlnaçlo 1Utr1ea e oa IUlncboa do alio lala,ite qua iik> oe oonae,u1u llncN,nlJar, O eapanto suou o pri meiro d e- ~tede~Oo~, .::. i.in.co: ::: =r"...,;..ª ~":ite~UII:. venlentt a uma publlc.oçlo em :r:'ªC: t~ 4: Aud•. lllo, 11 dlvldl& e II au=. O autor deb&U& vlltvelmente oom o orador Co de vea em quando um aobrepufava o ou- :-~ ~~m;:::.i:., o radar dabaU& oom a auem• bl& • aobretudo procuravl' ae apolu nela oonlla o proprto autor. A auembl6la, pc,rm, Ji esl&va enlle,ua ao Mil próprio deb&U, &O dab&U lntarlor da mem6rla e da Jmacem e ao oullo, à luta de !acç6es qua 1oao ae utabeleceu, muda m.ota Vl· alvel O debate, porém, dlsaino, mala uma vez, era puramente Interior. E Jl a1ora. p- 1 boro do MJ>anto. conreuemo, que nada hl.vla da u pantoao que IIIWll OODII'.- 4t Cullllra eepcjorluta J!U• os acritona JOVIIII e Ol da Pft)Ylncll, l)eM mtrlOI, Ha1'1a a n,a taperar.f6 de que um, Idéia ontd1ta uma au1ea1Ao de ...,mbrar, UDI& freMfttninam.tllle llluda llll' - e!, -- IO lllrlr" moa a ln~, Qut M .,,,... va ~o uilnada por Mallllll Barid a, Jorp -. Trt,t tAo 4~ um cie-... Entretanto, o - ~-– pro l'ld& Ul)flJl!lr! e a reslmqta wna t.., Ob :.i,: propondo aa oolMI mala ,._. ~dH: =:'· i:. •~-c!IJ!' couba re14tar uma lndlcaç&o°"'.;! comen4&ndo a ~ !li l100III ooJ~h~~- ~ta &p• ~OI,~~-"= tu. Aprovai·•• e oonl...., que duepàlonado. :r; dur&f)te 1161 dtu f"1 1-0 o 0oncr-. Nu oomllaOea , =~~~~ ooopw,t1,.. de eaotltorN - o publl°'3:" de auaa obra,, 11111 =~ apoJo 41 ~J:~ª a: provlncla, clll...-0 cio 11~. i clproeldade do tntc~ tural, lnatruç&o prJ""'1a o pt.6rla, Jl:0 de U"9'1 i.i&- 001, ra da éonv.,,_ Internacional aõbre dlrett.oa~ • tora.ta, oonlornando o Uma doe dtreltoo autorata, • • AlJWDU 10..m rejeitada,: •o eocrti:~ ~t.a.sr ~~;., · : =- foram r•J•ltadu ta– sca do poeta lell!Uo "'-IIJO, Eram tantu 1 "l!õbro IOft.oe tamWm II cu.eut.a•. Prlmelr11 ~ ~Mu~ 1 ~J/ ~~ -1& braallelra•, "NoUO IA• Iro deve aer oomJco• o pc,et,a 1d a,lta, vai ao mlcroione - naa de YIMI - Ji me preJWllcaram 111111- taa. mu eaà aeora n1n,u1111 me toma. Jo• LIN cio Retio 11 - • e, na l1nloa lnteneqclo 'i Urla no Cona:reaso, pediu a • cllllllo da !Me - anai,, Barlo de Itararé. enlnlanjl, prop6o um aubat.llUU,o. .._. 80 '-tro deve conunuer • aer lcomlco•. -~.!' pequeno debate foi 1'1]1- ....,,...., pelo - 01118 n-, quo p,oD6a ,.,. .,. .– crltore, mata ve1boe ali reual 0 doa ••udauem ealaialaatut– menta• oa -,11,er., m.i, i voa, o - era 11111 n ç&o, mu, da trlbUna. e Ir • ~-n:::"°ete'ir=~ 'l:,~! - oo -,tloru lll&la •ellMlf pa.ra • 1ntu1lutJu KudatlO, O OASO DOIS ANAUI ln IIIO o Oo-- dW'&lllt os prlllMJIOI dlaa Mal felam111" ie ãa. tot aponaa IIIO Dota ,. conttetmente• conaerutr1111 • b&· lar a ealmarta O prlmelro f'JI (C•UaU •• pa1. Hl

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