A Provincia do Pará de 29 de março de 1947

rns furam as que vieram a enten– dimento com o Fomento dos Ser– viços Articu)ndos da Produção Vegetal. ' Nesse 1111:.erim. o dr. Calandrini propôs à Prefeitura de Belém, aproveitar quatrocentas mil mu– d11s, na sua quase totalidade de ucuubeira e patauazeiro, em ter– in:º dP. plantação definitiva, para •·evestir a. floresta em tôrno da cidadP, A referida prefeitura concor– -reria com vinte trabalhadores du– rante um- semestre, cabendo o mais aos Serviços Articulados. Como as prefeituras do inte– rior. a da r,apital menosprezou a iniciativa, e como o dr. Calan– drini. os seus sucessores no car– go _nlí-0 obtendo a cooperação dos poderei' públicos locais. e não lhes sendo eficiente a particular, totio esse imenso P.e dispendioso p lantel de olf'agfnosas, ficou inu– tilizadc,. Não fosse a. Incompreensão ou desidi:t dos próprios poderes pú– blicos, ho,1e estaríamos com uma P,roduçáo de ole:i,ginosas consti– tuindo uma das ma iores P. mais solida.s, das nossas fontes de ri– queza pública. e particular. Estariamas multiplicando por mais 4 ou 5 vezes, os 5 mil:hões rie t.onelada,s e 15 milhões de cru- zeiros d"' -exp,nrtação at.11si.l de oleagino~as, com maiores lucros, porque menor o custo da prodú– ção nas proximidades urbanas. ranhense esc;a,m para o tocan– tins paraense onde encontram o seu principal importante merca– do. E são os barcos-motores que trafegam dia e noite o Tocantins que levam as mercadorias pro– duzidas pela indústria nacional e estrangeira ·à cumieira do planal– to. Ainda a esta navegação o dia– mante e o cristal de rocha do opulento .vale concorreram para o esforço de guerra do Brasil no seu valioso auxilio às armas das de– mocracias. Enfim, à estrada 11• quida, do gra,nde rio criou e man– tém uma civilização de l'lJgumas centenas de mllhal'es de brasilei– ros. abandonados a s1 me15mos, vencendo obstáculos de toda sor– te. conhece·ndo o Govêrno atra– vés dos impostos ,e da policia, ca~ luniados não poucas veres de preguiçosos. li<Y• No entanto. o lirismo literário do Sol enamo1:ado do· silencioso Araguaia. muito lindo, ml'ljésto– so. muito fargo ma.s, infelizmente, pouco profundo - condição es– sencial para o desenvolvimento rápido da navegaçãp - tomou-se de lnjustificavel antipatia. ou des– peito, pelo Tocantins. Desde Cou– to de Magalhães tem o Govêrno se voltado para o Araguaia ten– tanto fazt'\-lo o rio de ligação rlo Sul com o Norte, pelo centro geo– gráfico do país. Ao Araguaia tem sido dispensado pelo poder pú– blico o pouco que o me~mo hií. dispensado ii. região Intermediá– ria dos dois sertões bras!lenses - - que admirou no seu arteiro de melancólicas sugestões, isto é. se os tivesse navegado, chegaria s, conclusões bem diferentes. E cer– tamente chamaria a atenção do Govêrno brasileiro para o apro– veitamento do ·esforço particular dos caboclos do vale tocantino– araguaiano, dando maior desen– volvlmento à navegação ai exis– tente e de cujo- ampllamento e melhori.a na.scerla. forçosamente o povoamento das margens do Ara.– gua,ia r. consequentemente utili– zação objetiva de Borôcam. o qual, até agora tem sido apenas um motivo lirico para à litera– tura turlstica, na região. Reduzida a contribuição do imposto sobre a renda WASHINGTON, 28 <R.) A Câmara dos Repres1mtantes aprovou o. projeto de lei apoia– do pelo Partido ;Republicano, que faz uma redução de qua.sl 4 biliões de dólares neste ano. Se a lei fôr aprovada p1üo Se– nado e promulgada por Tru– man, t,wá efeito retroativo a oartir de primeiro de janeiro desti- ano. Pelo projeto de lei aprovado pela Câmara. haverá uma rPdução de 30 por cento no impcsto do:5 rontl·ibuintes que tenham re11da inferior a 25 milhões de dólares, e a re– d uçào de 20 por cento 'para quase todns os demo,is contri- oei ..:r.o - J.-1'!' a.cvJ:uu 1..,vu1 u 1,1~.a. ..-•.,~.. da. S/S F: M. F., como requer. - De Raimundo , Guimarães Teles, pedindo renovii,ção cte li– cença para o funcionamento da farmácia Barbosa - De aeôrdo com o parecer da SIS F. M. F., eomo requer. - De Fernando Pinto Coêlho, pedindo renovação de licença para o funcionamento da farmá– cia N. S. do Perpetuo Socorro, em Abaetetuba .:... De acôrclo com o parecer <ta S/S. F. MI F. como requer. •- De Dughal Chagas Ramos, pedindo renovàção de licença para 6 funcionamento da far– mâela Oruz Vermelha, no Mos– queiro - De ,acôrdo com o pare– cer- da SIS l". M. F., como re– quer - De A. Vidigal, pedinqo reno– va,ção de licença para o funcio– namento de escrttórió de repre– sentação de produtos farme.ceu– ticoi; - De acôrdo com o pare– cer da SIS F. M F.. como re- quer. - De Izal)na Neves RÕnigia, pedindo renovação de licença do salão de belez9. "A Mulhf!r Mo– derna" - De acôrdo com o pa– recer ela S iS F M . F., como re- ra efetivar os trat::idc:is de paz •~om a ItáHa, R.umânia, Bulgá– ria, Hungria e Finlândia. Ellis Smith, que foi secretá– rio parlamentar da Junta c:io Comércio, declarou que à Ale– manha estavam sendo pedidas grandes reparações, mas que a Grã-Bretanha em vez de rece~ ber reparações da Itália, esta– va fazendo-lhe concessões a fim de que entregasse repara– ções à Albânia, Etiópia, Grécia, e Iugoslávia. Controle dos 4 poderes sobre o Rulu NAO ACEITARA' A RUSSJA A UNIDADE ECONOMICA DA ALF.MANHA MOSCOU, 28 (R) - A.ndrey Vy– shinsky. adjunto do minh;tro de exterior sovietico, declarou no "meetiug" especial de coordena– ção dos-quatro grandes na manhã de hoje, que a delegação sovietica nl!,o aceitaria a unidade economica da Alemanha, a não ser que hsse estnbelecido um controle dos qua– tro poderes sobre o Ruhr . E-sta foi a prilneira vez riue 0 re -· presentante russo mencionou o d.i- quer. 1·eito da Russia de tomar parte no EM OF'ICIOS controle qaqnela região industrial 144 - .. De SAMS. nimeter.do Ida Alema nha. laudos médicos dl'! Cel!na Pereira O comitf de coordenação está. da 8Hva !! José Maria Lobato -1 e11ca:regaao de f~zer um bal~nço . · . . da süuaç!l.o depois que os mmis- Encl'lmml1e-se o pnmr.n·o ao D tros estudarem os relatarias dos E . C. e o segundo ao chefe d'.l Conselhos de Controle de · Berlim, Prnsseguirão ~J S entendi– mentos do P.S.D. com o governador paulista s. PAULO, 28 (Meridional) - Para debater a situação com a cri– se surgida em virtude da demissão em massa de prefeitos municipais, realizou-se uma sessão conjunta da C'.lmissão Executiva estadual do P. S. D .. e das bancadas federal e estadual do partido, sqb a presl– dencia do sr. Silvio de Campos. Abr.,nclo os trabalhos, o sr. Síl– vio de Campos fez uma demons– tração detalhaàl:t da situação mos- 1 trando-se favoravel é conciliação com o governo, pois que o mesmo não tem nem a intenção de rom– per com o P .S.D. nem de preju– dicar o partido. Por outro lado, o sr Plínio Cavalcanti de Albuquer– que afirmou que a bancada !ede– tR.l ·era pelo rompimento imedia– to , Entretanto, saiu vitorioso o ponto de vista do sr . Novelly Ju– nior, opinando pelo prosseguimen– to dos entendimentos. Regressará De Gaulle à politica da França --Temlstooles Alvares ·ae .1uauJu - Capeando otlclo n. 34310769 do De- partlitmento de Finf!,nças - Em face da in!omação, aguarde oportunida- de. . --Edmar Dias - Capeando petl– cio n . 3405 do mesmo. 2559 de R. Oli– veira & Cia., Filial, e o!!cLo n. 197I 0629 do' Serviço de Cadaatro Rural., com anexos - O recurso !oi Interpos– to !ora do prazo legal, conforme res- 11&lta em seu parecer o Chefe do S. C. R .. Entrando mesmo no mé~lto da queatão evidencia-se que o caao re– 'clamado já foi decidido por despa– cho de 7 de agosto último, pelo sr. dr. Otavio Melra, Interventor - Fe– dere.! do Estado; Assim, nada há a deferir. --Ade.Jglza Pinheiro de Ol!velre. - Capeando o!iclq n. 48710583, do Departamflnto de Educação e Cul– tura, com anexos - Concedo a li– cença pedida, nos termos de. lei. --Te .ela.no Pinto Fuá3 - Indefiro o pedido por falta de apolo legal. --Abel Nunes de Figueiredo - Ca– peando oficio n. 12l0780 da Facul– dade de Odontologia do. Pará - CI- P.nte. Arquive-se. . . --Antonla. Vlrgollno Reimão - Capeando of!cio n. 59510763 do Depar– tamento de Educação e Cultura, com anexos - Como requer. A' S. G. para _providenciar sôbre o expediente. --Augusto Gonçalves de Carva– lho '- Capeando oficio n. 21810784 dn Serviço de Cadastro Ruria.l, com anexos - Em face das informações dos srs. Prefeito ,1e Marabá e Co– letor Estadual e atendendo o pare– cer favoravel do gr, Chefe do SMVl– ço do Cadastro Rural, defiro o pedido obrigando-se o requerente às clau– ~ula.s ·estabelecldas para concessão da licença. --José Pinheiro - Capeando ofl.. r.io n. 218 1 0784 do Serviço de Cadas– tro Rural, com anexos - Em face das Informações dos ·srs. Prefeito e Coletor Estadual de Almeirim e aten– ,· 0,ic·,., o parecer f».vorevel do Chefe do S. C R., de!!ro o pedido, obrl– b.J.,nóo-se o requerente a. c11mpr!r as ~"a=~éUt,d~u.Li~ "F;~1~re-;-Lobo. com. anexos (Licença-repouso) - Concedo a licença-repouso solicitada a. contar de 30 de janeiro. --Departamento de Educaçáo • Cultura - Capeando oflclo SIN d& P. M. de Curuçá- e petição n. 682 de Ildefonso Peres Gomes, com anexos (Llcença~saúde) - · Como pede. A' s. O., para fazer o ato, o qual dev ser a conta~ e.e 8-2. --Departamento do Serviço Pú• bl!co - Capeando oficio. n. 21110417 do· D. F. e petição n. 445 de L11lz Marta do Couto, com anexos (Pedi– do de efetividade) - Em face da lnformaç.ão do D. S. P .. em não ter amparo legal a pretensão do postu• lante, Indefiro o pedido. . -.-Departamento do Serviço Pu– blico - capeando petição 11. 581' da Maria José P\nto de Almeida, com anexo (Pedido de nomeação) .-:- Ern face do parecer do D. S. P., es,a pre- judicado o pedido. . . , --Departamento do Serviço PU• bl!co ~ Capeando petição n. 723 de Oscar .N·. Lauzid e outros, com ane– xos (Criação de cargo) - li c-r\açáo de cargo não previsto Pro lei orça• menwrla acarreta despesas ao erárlG público. Assim. aguardem os postu• lantes melhor oportunld~de para o aproveitamento do funclonarlo apon• tado. Inquérito sobre a im– prensa hritânica LONDRES. 28 <ft.l - O primeiro ministro Attlee anunciou ontem. no Parlamento, o estabelecimento duma. comissão real de Inquérito sobre o contrõle. admlnlstre,ção e p~osperida• de da imprensa britânica, com a fl• nal!dade de nrorriover a. Uvre expres• são da~ opiniões. atra\·és da impren• sa. bem como a maior veracldadit posslve.1 no~ serviços noticlo8os. PARIS, 28 (AP) -Diversos jor– n:::.is de Paris dizem que 'l discu.r– su que o general De Gaulle pro– nunr.iará em Brineval, Norman– dia, no dia 30 do mês corrente, :po– derá ser o sinal para o seu regres– so às atividades politicas. A Ala Esquerda declara que De Gaulle sempre deixou bem claro que re– gres~aria à política. caso as difi– euldades €conomicas, financeiras, Rodais e dlplomaticas ameaçassem n França. -:-:=:-:--:---- - - --------------- -------------- ----·-- ----- - ------------ ---- LISBOA, mnrço -- Ao arru- sas antigas que ain<ia náo iria Coimbra tc:do P d01_.1t,01•: Mal u~n s A outm~ estudos púbHcos do Reino, êle nos quedamos ainda a sus- ms torres dos mostdro,,. e o ;:; 0 1l. 1 :malbrgau,ns_lha•rosbeqmue atmraatadma ~e em me!~ dos seus estudo,; de Dl• I estudimte. podr de Jr para o pn- 1 114. U :~ D f ~ DE i' Y-~ fl M· , ¾ mas, no dizer ingenuo de 111n an~ pirar: . d b t Arobuaxn 1 _d 11 o 0 n 1 ºcº,n.t,-ai·mt ,ºrenzjeantoº.ºu :,iln. 10 dso ~ ,., --· reito e já vira premiada a memó- melro ano. põe o pé na e.staçao, i • ;)>, \. V ~ IN, t':ll.l tigo escritor, resplandeci,; ainda '·e o que mais me es ara a ,, ~ n <11;1tra vez veio parar na m\nll;, r\a que .sôbre as tradições univ~r- l logo o de~carrcg::;.dor, ao pedir- L • d Al 'd BRAGA entre todas a.s de Espanha, como e dá. dõres desiguais, pas."a pelas naves desertas. atra• mão aquele que o meu amigo Hi- sitári,.,s de Coimbra apresentara l lhe a senha dii, bngagem, n trata UlZ .e 111el a · a estrela de al"ª· entre as mais he lembrar-se os sincerais ves.<a os cla.,u,t~ ·.r; onde jfá a~ ervas pollto Raposo escreveu, Quando ao Jogos Flora.is de Salamanca. [ de ser.Tio•· doutor u:::opyriJht. doe "Dlirios Associado!" , ad~uirldo p~i. n/ suc11rnn.1 ~m Usbó~.) ~~trelas. de Coimbra, que me mata". ruins adormeceram, <e no ,1ardim amboi: eramas estudantes. onde a Infanta Isabel cnt.rep;ou E ntó 1,,, cnnra que quando n Aos qun se deixaram tomar do Gost.osa morte, pela qual em sem f!ôres. cobert0 ~r: folhas. Bachiu·el em Leis e Mestre em a Antonio Sardinha a ametista senhor rei Dom Pedro V. de ma- Nãc procura afalcl'ar o gosto do l gum modo os belos livros de Gio- seu enéanto. Coimbra. é a revela.: sonho a vida se renova e Ee pro- põe-se a semear a melancolia que Artes P. l,etras, que são, uma.~ - quf' galardava a melhor poesia Ji- guada memória.. chegou cm visita público com as preocupações plas- vanni Verga. ··Nedda. vita ·del ção de Portugal. Aí se aprende longa! (, rosa dr todo o :mn. espairecimento e rega ·o da alma., rica e dera. a Alberto de MonsR.• 1 a Coimbra, ao passar pela Cal- ticas e ritrnic:ll:;, q::e D'Annunzlo camp!, novelle rustica1;1e". que são como a límpida claridade do cru, As ações mais simples, as mais Partiram as andorinhas. Calou• ,, as outre.. s, •'"tnirançd, e descan- raio r.ravo de ouro do mai.• bel.o I ça?a, um ..po:Jre lln e_stcndeu a pusera cm moda. nem se dPixou, A. histórh e a pi1'.ltura da Sicília, 0 brilho t-erno do ~oi. a doçura vulgares~ e até as d6res mais pun- se a á gua na fonte. r,rnrnad11. de bO da vida, Hipo!it.n Raposo eu- soneto. E de tão segura e dl~- mao a P€üll' esmola. dizendo a s- ~air na dor universal, de que fala I sua ilha nats.l. E' a mesma pe- do luar, podem dispor fl. alma gentes, as mais amargas, surgem chol'ar; e as bicas sào corno olhos tretevn-~e 11. compor essas pág!- ereta erudição dera de prova. t lq1: FA.ure, ou na dôr-rnútimeato dos netrante e ~óbria. observação a parn, receber- 0 presente magni!l- sempre ali, envoltas na tépida cegos, olhoô azues, sem !llma e nas pin·a que 110 recolhimento do que o cerimonioso Julio Dantas se ! - Pelo amor ele Deus. uma es- poetas, mesma analise viva, a me~ma co da vida_ caricia da saudade. sem idade. ninguem sabe onde ~ÍitardecP.r os r:;.1,pa:>:es da sua cria- encantou e enternrceu de mrte \ mola. senhor doutor ' o asprcto !ísicn de Hipolito R,a- energia nas descriçõE!s, e tudo isto Mensageira de Atenas e de Ro- estão postos ... çào · ,iess.cm ri, enc.ontrar nela,s as a prefaciar com entusiasmo o li- \ Ora pouco depois desse livro poso expressa brm O ~eu caráter numa nobre. doce e sabia lingua. Em Coimbra. 0 ar e st remece ma, todo~ os dias em Coimbra Toda." as coisas murmuram uma. confoh.içõei; dil, sau<iade. vro do moço escritm·. 1 bemedictíno. Hipolito Rapo,o• es- literário E' alto, vigoroso, forte Leopardl, que oela .pureza e com voluptosa ternura. E' um reverdece o mirto e o loiro e por ~·erdade que os homen~ ail'.d!l. não o doce e Psquecido Feliciano i c:·eveu um volume de contos. ~a- como as rochas. Nascido nas ter-. proftmdidacle da ~ua obra fa.?. afa go, Dir-se-ia sonora ª vibra- entre eles. desabrocha a sossega- sabem entender. P. s6. .Guida e de Castilho, evocando um dia, já rmhoso e amavel._ e;11_ que repio- ras fartas dll. Beira. é 1.1.i,il!a só- pensar em Platão, jn!gavri mais çáo da luz, como se O sol, ao des- da flôr do ideal grego e latino . fina, a .Sombni. última freirinl-:a "elllo. os 01·tei·ro.º poe'ti·co• da Lap.~ duziu a vld_a ordmana dos_ ~_.,,us brio e austero, __como um pa~tor difícil escrever em prosa do que fiar O seu novelo de oiro, fos~e Tudo na Universidade de Coim- de vago~ nlhos ~zne~. se,n : a.lm :i. e Por isso me agrada recordar .~ffora o que ele contou e de que n,neira, 0 livro foi esc,:lto e o viveu seu autor . · ,.lã. lembrei que eramas então 1J.ois escolare11 na muito no– bre e antiga Universidade de 00imbra. Como o estudo da jurisprudênc1a nos parecesse peco e senil, logo ali assentamos de iluminar a rnargem do~ códigos com a J1rn " o perfume à nossa !'oda entornado com grande des– f'f)J"dicio . ' " " .-, f uma abelha zumbi.nào estontea- b f ·t d d .., 'f' d dos Esteios, que todos 05 anos E~ campos nnma. prosa 1:1agm 1ca- montês. E por Isso ~oube com ordenar exce:cntes versos. E gos- ra parece ei o para pren er e sem i aue. como % go. ·mhos os realizavam no primeiro de Mnlo, me11te portuguesa, sobna e clara. tanta verdade trasladar ao papel tava então de dizer que a poesia da à roda elo coração de uma seduzir a inteligencia e, a imagi- tanque~ a sonhar. ao i.riste placi• recorda a conversa que tiviu:a . Ele foi ai o cantor da sua µro- as modalidades dei1!e povo sim- era u'a mulher ricamente vestida flôr I nação: a serena austeridade da do de uma musica anti;·a. .sente a com um banqueiro, quando vinha vmc'.ª• ou melhor, talvez, da sua ples, rude e genero1:o. e a prosa uma mulher nua, que Ar ! bem entendo O soluço do Via Latina; a )Jaz claustral dos agonia das pedras e flS vai• arnan- r.ertn wz rfo abaixo de Sam.a aldeia. O que viu e conta traz o "A Bô11. Gente" não é um livro precisa de ser mais perfeJta para namorado za 1.1 no for.moso con- Gerais; o silencio · cliafano da ão ·e acariclancio ... Comba para Coimhn• . e O barco !ó:eu cal'lnho e até a sua ternura. escl'ito. ~ um livro sentido. As parecer formo,a. to, que hayh ele ser 110 mui 1 cto Biblioteca. onde o ar é do oiro; No "Livro de Horas•· de Hi- passou por aqueia estreita. ,alta e ·. Um sua_ve encanto sednt!menta_l paisage11i; evocad11,s teem perfu- A prova de Hipolito Rapo~o é es;;elho de a!llor leai, quando na a Capela. ninhe suava de ora- palito f:. .9.po ~o. ,;si.:1ta-~e (• oficio 1 \~1 Mmp1e acompanhnn o as per l d' , ,. ,; . . ~ 1- 0 , 0 , a'ade de c •t 1 lhe ções,· a cc!lcentração amorosa do de No~sa Senhora da Dór-Sa.u- pP-dregosa garganta a que _ia cha- .. " -,~ _ , . ·. _ me e rumores, Que pal'tt mim esta como uma esp en 10a moça. saml:. c..ô,:J~ " > .e a, e.a Jardim, quando a sombr·.ª e a mam a Livraria do Mondego. ,o~a.p. ·n" das suas na,_raçoes, tra• é a. expressão mais perfeita do cheia de fôrça e de vida. tem .a acudiu à memória a "fermosa ri- " dade. . . . , çaan~ "m rasgos vigoroso~. no talento deste escritor. E' nas desr mesma altiva e rustica frescur:i. beyrn" elo Mond~go, Logo a pena luz se enleiam no beijo da tarde, Suas let.ra! :- foram cinzeladas Era pela~ !ena" do Natal. Ti- mesmo temnn que, animadas com I õ 1 d t d E'. porem, um livro d 8 ouro e estremeceu na mão do Poeta, e a imponencia da Sala dos Cape- devotamente. para Que por todn o nha choviao. E como . 9 · r,orrente l1',t<'11.• •o calo1· .de h11manidade, vi- cr ç es que e e exce e O os quan- los, a Torre. sent!n.ela vigilante 'l d f lt 1 t - tos se entregam à tarde de es- azul como um missal !lumi112.do parou, e n!'Io quis contiHuar a es- semprf' i .ca~scm memnra o:; I)~ Eran, o~ 0 nos n11·nguado.~ P.!ll asse grossa c .tumu uar_ ª· con ª v 0 m e palp1·tam. · F i A , 11 - b · 1· li l das horas do estudo· a Porta--::;,er- de1·1•ar:e1·i·o.·, acpecto·• d~ g·aia ,,, ' ~ - 1 · ~ crever.· Tão intensaml'lnte inter- por re nge co. e que eu ECO cre,·er na so eroa mgua a 1e a, ~ · · · • v ,, ~ n • heleza. E as almas andavam en- 0 vate do ·'Amor e Me ª:1col_ia•·, A linguagem quP falam tem preta e evoca. as fe!r;ões da ter- posso esquecer ainda oue virn para ~ó na branda linguagem ma- rea , larga,. fanca. acolhedora, harmoniosa alma d::,.Queles ú:;:i- volt.as tªn1 t 0 J. m.A,l 0 ncolia e esque- alp:uem reparou que O 1.\-~ont1ego por vez<"s o t1·aço lnconfnndlvel. • a confn s ~ 1, 1 · t ,;empre ~·a 1 1·ida com a~ fitas cubi- 1110, "scoia1·es. <1ue sob as bença·o~ " " - " ra. que at.~ ª" pedra~ ~ poeira, cem anos esse QUP. >igora me cern ..s a,, co, o se a erra 1" • "' - - , ~ ciment.n OJlS cois1is i,~piritmüs, e st avll. e st uda n cto alto. Outro, da fr!\se falada ,;urpreendida di- e O ar. toda a poesia ctà natureza j prendeu de Coimbra Ü\'Csse tomado ai; fei- 1 çadas das pastas dos Quinta- da QuimP.ra quiseram fazer da qu,i podia parer.er loucura dese- ma~s. poetA, volveu-lhe que O ,rio retamente por' uma observação cães da mulhu amada: ''o dia· nistAs... vida um sonho eterno de beleza, . 1 id lrt iaeando o poema d!l sua pri- e.sperta. >'e.e· levado';, critica. não se precisa e toma côr e sentido. ·Ltvro de Hora~" ll1e chamou , N_._ l h ' d . • 1a1· a r:uem unm v [< serena, con- . - •·• Só Ramalho Ortigão tira . - que te meus olhos não viam ia- ""' cre o que omem a.,gum, e P. amor . -·.aP.,·,·arl ii. UJ.P.nit'Lc.ão e ao culto mavera e _que se ll5: 5 lm f_osse c_omo n .. õe nela a nota amarga de Fla- . . - ªª t seu autor e e bem esse nome. que 11 ,a 1· 0 se a•eva 11 ta•:am a cousa' q·uª de gosto e reflexão possa fi- Talvez nem todos penetrem o !d j ti h to 1 paisagem uma 1mpressao a~s1rn d . · ··t · 1 · , ~ ·• • ~ • ')P, 1011~.,: dfls tP.moesta- e~ ava. ª se. n am vis ivra- ii10, nem a golpeante ironia do - . . . . ~ 1 recorda evotas P. espni uais ei- lhes de~"~ gosto" car insensível ao prestigio dessas sentido deste litTo; e vejam p,•blica e fio tumu11.n rias mais mal empregadas. ,•isonho F.ça: A.pen~,s mansamen- tao ,fe rd adeu·a e du,:adoi:·ad, e du-1 tura.s, 0 que melhor cabia às Pá• 1 ~= ·· · velhas construções· que apP.~ar de é tão õlmples e fresco , límpido e pai,ti'i•·.~ i;; m11 prmr·, Foi entã'.o que o nosso bom te entremostra it f11.re pacifica e ~~ra ~::un~~:-senao po e com ginas em que ficou todo O amôr . Por e st e pais fora vão repe. j corrigidas, modifica-das ou P..m- calmo con~o a água brotando da ~sv;rn pap;fw. Hip,, ,1stilho, gue na ele o poP.ta r•11P. bonache-irona .do rldfculo. · e todo o sol da nos8a mocidade. tmdo ~ q1.1e1xa saudos.a quantos pliadas uma vez ou outra, for- rocha. 0 ou e~te ide!'ll ,d, ,v,~ roisas cfü:ia, :i.j1mto1.1. ua- Ao descobrir um contraste co- Esse livro Tem squela~ clal'as Sugestivo e original , elP. é, ~n- por . all a nd aram ª P:e nd er os mam um conjunto haimonioso, Dizia Santo Agostinho que as seJarecidQ e dl'· 1uele t.ão seu e-.srner!ldo falar. que mico soFia mas. como Sehe!ey, qualidades que Rusckln recomen- tre uma i·lqueza de frage fs me- sentidos na terna melodia da pat- onde se abriga, no perpetuo es- palavras s~.o vasos preciosos e ex• 'bih adP har- ::::oimbra tinln capelo e borla em diz : a vida é séria. dava. cç,mo essenciais aos pinto- marias e de tranquila ironia,. a sagem I plendor da mocidade, o mais quisitos. Hipolito Rapo,;·J soube • ·dinada a amenidades. Apar de todo, artista sincer,., Ires, e que devem aplicar-se tam- última :tolhn. da h!stóril'l dl'Í Unl- E a magua de Bemandim • • abundante e precioso tesouro de encher c'.le :i,C,r·es 4l8RO fflllOil • Bem o ~entiu Hipolitn R~. pr.sl\ Hipo!ito Raposo nz P, sec- bém em 1i_teratura: sinceridade, . versldade de Coimb:·a. d } J.Uele mal de todos os que bebemos na energia e de alegria ·e5plrltual. maravilha e o seu livro fica ri l·;~ j e assin1 chamo:1 aü s::.u livro t 'i.rio ..:le r..:.:':1l~i.::rrl~ ').S~o:..:i. Z::-~ 1 er~e~.-g~ca. nreto. ~ i teir.1Jo en-·.. que eln era ti:=,,o ~ó aiada ~ornbra dús chopos o dôce \l'ai o Siiencio desLendó, Jento co1no un1 ra1no de. l'osa brancas ;( ·, i ··C0imb1a Dour.ora". Que em i creve o que .sente e como sei:ne. l ~A Bôa Gente·• lembra de al-1 notâvel e principal no meio dos filtro, da poesia de5tes sities. Oom e l:>1•and-O, Morrem a.s Ave-Marias I numa capela abandonada.

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0