A Provincia do Pará de 29 de março de 1947

Págl~a 8 APHOffltOIA DO PARA Sábado, 29 de Março de 1947 ,.,, larmantes, a enc n D fe a do COmer-CiariO Ner_n as 'ma~omha~' mar~joaras resIStem ao ngor do atu~l inverno t u b ereu 1 0 e Inundada também ª pa tagens de Soure • - Em Sto. Elia , o senador Ãlvaro Adolfo O SESC vai enfrentar o problem em moldes grandiosos - Criação ·- Séria ameaça aos pequeno lavradores on t ra a de um serviço especial de profilaxia - Declarações do tisiologista lVlanuel de Abreu RIO - O Serviço Social do CQmércio vai enfrentar o proble~ :ma da tuberculose em moldes grandio~Qf-1 - afirmou o profes– sor Manuel de Abreu, falando à · nossa :reportagem nôbre a Divi– . são de Profilaxia daquela enti– dade, que lhe foi confiada. · O tisiologista brasileiro, autor de 11m método radiográfico que tornou accessivel o uso do Raio :X ao maior númP-ro de doentes, ' não se limita apenas aos aspectos . cientif~os de sua especialidade, :mas nao r-e cansa d.e interessar– , ~e pelos aspectos práticos, e por : is_:io. mesmo humanos, com que ·hao de ser encn,rados os proces– :ios de luta contra o terrível fla– . gelo em nosso país. MUITA TUBERCULOSE E POUCO§ Rt~CURSOS desinteressadamente. ismcero e realista, o meu amigo mostrou– me as dificuldades incalculaveis que seria necessário vencer e nos separamos quase desanimados. Somente soma11 grandell, de ins– talação e manutenção, seriam ca– pazes de levar ,nante semelhante campanha. O SESC E A TUBERCULOSE --No dia seguinte - prosse– liUe o entrevistado - o. dr. João Daudt de Oliveira ma telefonou para transmitir a bôa e radiosa notícia de que havia encontrado a r.0Iu9ão para o meu plano. Se– ria criado no Serviço Social do Ç()mérqio, a. Divisão de Profilaxia, cuja direção me caberia e que en– frentaria o dramático problema de. tuberculose. O orçamento vo– tado à campanha atinglri,i, a qua- Tendo sido eleito no fim do tro milhões e oitocentos mil cru– ano passado, presidente da So- zeiros anuais. Assim, devemos ao ciedade Brasileira de Tuberculo- dr. João Daudt de Oliveira, em se, o professor Manuel de Abreu que se alia o esplemdor da. inte– pensou logo em realizar um movi- .ligência e a ternura do coração, n:iento de grande amplitude so-1 essa elevada iniciativa, que virá c1al co_n~r_:a aqu~la ~oléstia. Em c_ertamente contribuir . de. modo sua opmi_?.o, a situaçao do Brasil decisivo para o combatP. à tu- em relaçao a E~º"/ endemia se berculose. · apresenta das ~a.Is graves, prin- 1 clpal~ente devido à situação fi- EM DEFESA DO COMERCIARIO nanceira. -Muits. _tuberculos0 e poucos o sr. Manuel de Abreu acres– rec~rsos, eis a nossa equação. centou: Assim sen~o - diz o tisiologista -A nova Divisão do SESC só procur~1 meu pre_zado e emi- tem ·um intuito: amparar, curar, ne~tE: amigo, dr. ?oao Daudt de defender o comerciá,rio da mais Olrveira, para que ele me ajudasse grave doença social. Não exercerá a leventar os fundos 1_1ec~ssários a qualquer medida de fiscalização uma campanha no Distr~t? Pede- sanitária ou coercitiva. o oomer– ral, na qual todos participariam ciá.rio tuberculoso encontrará na Festival da tropa de escoteiras "Almirante Barros~" No próximo domingo, no Bosque P..odr!gues Ah es, a tropa de escoteiras ''Almirante Barroso", fará realizar um festival, cuja renda reverterá em beneficio daquele conjunto. instituiçí'ío os elementos de que precisa para vencer a adversida– de não somente de ordem técni– ca, como também de ordem mo– ral. Inspirada no sentimento de fraternidade humana a Divisão de Profilaxia se destina exculsi– vamente a combater a tuberculo– se numa grande classe (mais de 20% da nossli!, população), a qual contribui com o seu trabalho para a prosperidade geral do nosso país. DISPENSARJO DINAMICO Sôbre as instalações da Divisão de Profilaxia do SESC, diz o pro– fessor Abreu: ser11 llaseadíl. no dispensái:io dinA– mico, em que a meâ.icina. em lu– gar de esperar pelo doente ou pelo ameaçado, movim1mta-Re na Desse modo serão conhecido11 to– direcíio das massa:; coletivas. do~ os doentes e todos os ameaça– dos. Aos primeiros serão forneci– dos assistêneia, tratamento. me– didas domiciliares. .Aos aegundos, a vacina protetora, além dos ele– mentos de profilaxia no lar I! no trabalho. EMINENTES COLABORADORES O sr. Manuel de Abreu já con– ta com colaboradores eminentes, que vão dirigir os vários departa– mentos da Divisão. O professor Arlindo de Assis, diretor técnico dt1, Fundação Ataulfo de Paiva, t.eró. sob sua orientação o serviço de vacinação pelo BCG, cujo pa– pel na profilaxia da tuberculose ,, de capital importância. Nos de– mais departamentos se dAstacam especialistas de notoria cultura 6 rxperiência, como os professorei: Alberto Renzo, Aloisio de Paula, Antonio Ibiapina., Reginaldo Fer– no.ndes, Bnmo de Morais e outros. - Como vt, o que vamos fa~ ·:3r, sob a inspiração do meu que– •·ido amigo, dr. João Daudt de .)l!veira, representa 11ma nova e promissora experiência, que é o combate à tuberculose por ·meio exclusivamente do dispensário dinâmico, baseado no exame ra– diológico coletivo. na vacinaoão de todos os analérgicos, no trata~ mento ambulatório e na ação do– miciliar. Não escondendo a sua satisfa– ção em falar da nova obra a que vai se dedicar, conclui o profes~ sor Manuel de Abreu: - Reafirmo o que disse no co– meço de nossa palestra: o Servi– ço Social do Comércio vai en– frentar o problema em moldes grandiosos. Precisamos da coope– ração do próprio comerciário, que encontrará, em nossa institu!ção, não restrições à 11ua vida, ao seu trabalho, mais o bom conselho, a ajuda de caráter técnico e a sin– cera amizade. Estou convencido de que a campanha contra a tu– berculose precisa dqs meios :ne– cessários e da espontânea sim– patia popular. Cerca de 50 mil reies teriam sido, se1iu:ndo declaraeões de f11.• ze,uieiros paraenses, SMl'ifieadas pela, aftosa, enquànto o mal das cadeira11 estaria. dizimando, len– tamente, centena11 de, ca.beea.s de gado oavalar. Agora, de aCor!io com informações ·collliclàs nesta capital e noticias eh.egada11 re.. cente1rum~ do interior do Estado, as enchentes, coI;ll.O resultado <tas cl).uvas torrenciais que ultima– mente têm deaabfl,do., eil~riam provocando uma · baJxa. · conside– ravel nos rebanhos lOcaIJzados na Ilha de Marajó. l!Jsta noticia, •11· ãs, foi divulga.da por este matu– tino em edião anterior e na qtial registramos não 11oi;nente os pre– juizos que 'l.rJ.rli.o a sofrer os cria– dores como taml>em a situação crítica que atnweuará o abaste– cimento d11 carne em nosso :j!:st!\(lo NEM A,$ "MAB,OMBAS" RESISTm.1. Maromb&s são denominadas as constrqç6es exe~utadas pelos fa– zendeiros afim de proteger. o ga– do no período de inverno rigo– roso. São amplos estrad.011 com uma. altura que varia. de q(Jaren– ta decímetros a- (lois metros, de acordo com Q local, menos :ou mais atingido pelos tempora.~. Entretanto. devido ao rigor do, a– tual 1nverl).o. cujas con11equen– cias estão superando as verifie11-– das no a1;10 de 1944, as marQm– bas eomaçam a ser ameae&du pelas aguas •e o ga.do ali :refurta– do está mereeendo euldados ma,io– res, inclusivé o de ser r~lhido por embarce.çlí,s afirn d, nlo J)t!· recer. ·Como exemplo. podemoi= eitlµ' a. imensa m.aromba. d• fazenda do sr. Eribaldo CalaMrini, no mu– nicípio de ltaguari, na. bacia, do Am~Jãs Grande, TAMBEM AS RESIDENCIAS Não somente os caml)Qs mas tambem as sédes ou capitais doa. Convidando-nos pRra. esse fP.stival, esteve na redação d<" A PROVINCIA DO PARA,', uma comissão de escotei– ras, constltu!da das seguintes jovens: H!lárla Belem CoRta, Maria Gonçal– ves da Cruz, Cel!a Brandão, Nair B,atlsta Dantas e Lourdes Queiroz Holanda. sobre~tij!dâ~ir~:Iiri~ 10 ª str~,~fi 1;: SESSÃO CONJUNTA HOJE DOCONGRESSO esquina da rua Santa Luzia e <Continuação d1. primeira página, pode concordar com o ato "arbi– avenida Calogeras, com 360 me- trario do aovei:no" e confia que o troa quadrados, onde se fazem mais belas e interessantes cor- Ministério d~ ~terior devolva A· nes!e momento as devidas ac;lap-1 rentes do pensamento econô- guirre aos paraiuaios, "como um tafo.es: roentge~nfotografia si 5t e- mico inglês é a liberal" mas imperativo da ,;..,...ria honra do L~AM: "O CRUZEJ,RO" matica, vacinaçao pelo BCG, ser- 1 ' ,,..y.. viço de ação domiciliar, estatisti- achava que o ~arlamentar que Brasil". ca e direção geral. A profilaxia o antecedera fora muito longe, DEFESA DO CHANCELER porque "o que vemos é que to- Indo ã tribuna, o udenista be.- . da a vida econômica, toda a biano Luiz Viar,~ disse <1ue <1ue- munieipiçis sofrem a coraequencia das en<1hente11. No munic(pio de Ita~ari a eas11, de dois pavi– menws. pertencentes ao sr. Ge– miniano Mau,iis, estA desapl\Tecen– do sob as aguas que conti– nuam 11ubindo .assustadoramente. Ali, estão sendo tomadas provi– dencítts' urgentes, no sentido de serém. salvl!.s as vaoas e be~erros, no que estão 11endo emprega.dttt'I aan.ou . FAZENDEIROS PRE.JUDIO>.DOS Entre os nomes dos fazendeiros prejudicados pela.í'l enchentes fí– !{Ura do sr. senador Alvaro Adolfo, que, se encontra, a,tualniente, ~m Marajó, em sua, fazenda, denomi– nada Santo Elias, no município de Chaves, cujos campos, estão quasi totalmente alagados. Deze– nas de re•s morreram já. em con– seqll.fneia dit inundação, naque– la fazenda . Outros fazendQi.l'o1=1, çujo gado está. sendQ sacrificado são os se– guintes : ;Rodolfo Bastos, familia siàn Pias, Nest-Or Bost.os, fetnilia Pamplorta, fam!Ua. Bulhosa, Ar· mando e Fernando Te~eira. Du– !)a Ma.u&s, deputlldo ,J. Viana, Sua!I titzendaa estJo $ituadas nos mu– nicipiol'I de,Arariuna, Chaves, Mu– .anã. e Ita ari. 08 OAM'.J'O.S DE SOURE Vá.riu fazendas do município de SQure e11tão tambem sob ame– aça, pois as aguas com.eça.m a in-· vadir os campos de pasto das fa– zendas daquela· regllo. OS PgQUENOS·CRIADORES O. fazendeiros m.eno8 abMtados enfrentam,·neste momento, a pos– sibilidade de perder todas as re– zes que pos.suem, pois, !!-lf, sem maromba.s ou qualquer outro me– todo facilmente praticavel p11,ra a salv11,ção do sado, os resultados serio desantrosos. PARANINFO... soru de Oanto Orfeônico M.aria de Al'aujo Pigueiredo. Antusa da Ooata Arantes, e, especialmente, ao proftl6SQr catedratlco dr. Val– ·demar Ribeiro. que, espontanea– mente, prutou relevantes servi– ço,. Dt-se ciência e cumpra-se. Diretori11, <lo I11i1tituto de Bdu– r.a.dn dn Pan. 2.1§ ..... fflkJ'ftn ""' Será transf rido hoje p r Força Polir.ial do Esta o t n da to Decretada a prisão preventiva do matador de Beatriz Colares - O despacho do juiz Conforme noticiamos, o de- , "que, nesse momento alucina– legado de Segurança. Política. do pela ofensa que ,sofrerar. e Socir-J requereu, ontem, ao o indiciado retirou da cinta o juiz de Direito da Quinta Va- seu revolver, detonando-o va– ra. a prisão preventiva do te- rias vezes sem entretanto t er nente Miguel Corrê~. Lobato. a intenção de mata -la'' de– assassino de Beatriz Afonso clarações essas que são corro– Colares. boradas pelas demais provas De posse do requflrimento dos autos; feito por aquela autoridade, o sr. Abdias Arruda, titular da. buiu-o ao segundo pretor Er– Quinta Vara Criminal, distri– nani Mindelo Garcia para de– cidir sôbre o pedido, tendo on– tem mesmo esse magistrado exarado o seu despacho, decre– tando a. prisão preventiva do indiciado na forma do que es– tabelece o art. 312 do Código de Proce:,so Penal. A INTEGRA. DO D~§PA– CHO O despacho proferido pelo pretor Ernani Garcia, decre– tando a prisã.o preventiva do matador df' Beatriz Colares, es- tá concebido nos seguintes t er– Considerando qne o art. 312 do Código de Processo Penal determina a otr igatoriedade da medida ora requerida. visto Q caso em apreciação não .sie en - quadrar nas condições p revis– tas no art. 19, alineas 1, 2. e 3, decreto a prisão preventiva do acusado Nilguel Corrêa Loba– to, expedindo-r.e contra ele e com afl cautelas legair: 0 com– petente mandado de prisão, ú~– vendo imediatamente 1er re– colhido ao quartel d a Força ça Policial do Estado, conso– ante o disposto n o art. 295, alí– nea V, do Código de Processo Penal. mos: - "Vistos ~te. o aca au Devolvam--1;e os autos. com nrgencia . l:'.O sr. dr. delegado, puro coJ.1 ~ -, 1 :· : -~ jil:lgencia~ úciais aos quais se devrra junta.r 0 P- .. ,_ ;.1d10. tão logo dêrn e,, ,,1,!:.:,,10,:i entrada neste Juizb. com a competente d•munda do representante do Ministério P ú blico. Be!ém. 23!1M7 - <a) Emanl Garcia. segun:do p retor das va– ra.-" criminals. SERA' HO.m TRANSFERliOO A transferencia do tenente M.iguel <Corri:::a Lobato para o ouarte1 d8 For,:;g Policial do Estado, terá iugar às 9 horas de hoje, devendo o mesmo ,c;er condmlido da ,,erk da f'nlicia Civil, para aquela corporaçüo Dor um o::'.iics.l de .iustk3. da :repartiçüo crmüD::-iL qwi e;cí- ::·:.i.'.'J,:i_ri:::irl es p olLl ,, "<);npetentc m::indndo do 1· n o O sr. dr. João Fernandes, de– legado Especial de Segurança Politica e Social, em sua re- 1 presentaçã.o de fls.. aprer.ia a I t • i<· pr~va colhida no inquérito po- pe s a or \~}, li!i licial prestes a ser conclmdo, jLJ l '.!.: • IS sôbre a responsabilidade do te- . , • • nente reformado Miguel cor- O Laboratorm focal, entretanto, Julgou-o em rêa Lobato, como autor do:-; fe- dº - d . a' • r~ , ¼ • ,:o rimentos que causaram a mor- COll IÇOeS e ser íCO!illSUH]h .. 1.õ. RL.~.ortzan-u te de Beatriz Colare~. _termi- sua venda ao público - Intervem nando por pedir a pnsao pre- . ventiva do indiciado, com fun- o governador damento nos arts. 311 e 312 do , Código de Processo Penal. em Pelo vapor "Pachitea", entrado 4.536 quilos, que foram· no mer.mJ virtude de ter pratir.ado o de- em nosso porto no dia, 17 ú).timo, dia despachadas pela Alfande• lito previsto no art. 121 do Có- procedente de Nova Iorque, rece- ga. digo Penal. beu do Canadá a firma comercial Acontece, porem, que. .,xa.m!- Isto posto, desta praça. "Importadora e Er- nando o produto. o Laboratorio Considerando que ao indicia- portadora, Ltda.'' 100 caixas de Nacional de Analises considei·ou do SP- a.tribue à pr2.tlca do cri- bacalhau com o peso liquido de n partida. inteirament., imprefi• me previsto no art. 121 do Có- --------·------ tavel e por isso impedin a sua, digo Penal, punido com pena rntrega 2.0 consumo público, fa- de reclusão superior a 10 anos, f 1 :,1mcto a seguir remerna elo hud<? e que a materialidade do deli- Cunha entre as orças! ÓJ exame para o Rio de Ja:nei– to está provada pelos autos de comunistas chinesas ro, afim de ser submetido à de- exame cadavérico e de levan- ci:: '.o superio·~- tamento do cada.ver; Discordando, entretanto, do seu Considerando que de sua au- 1 NAN 11 QtUIN,hi 28 l:&l - Tro 1 pas n 1 a- c'-n~encre federal, o Laboratorio t · t d · di · e ona s as c nesas consegu ram n- , . . oria, por par e o ln ciado, troduzlr profunda cunha entre os j de Anallscs do Est~do cons1deri:u fornecem os presentes ii.utos dois exércitos comunistas que ave.n- era bom estado o bacalhau receh1- indicios suficientes, pois, ele çam na região ocidental da prov!n- , do pela "Importadora e E;:110;-– confessou espontaneamentl!, ela de Shantung - informam des- tarlora Ltda.'' e, por consegu:nte, perante a a.utoridade policial, 1 pachos hoJe recebidos, 1 julgou-o em condições dB ser >ã- 1 rln:1irirln nÇi.lA. nnn111nr.fin nçi.r~. r•n•-:-

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