A Provincia do Pará de 28 de março de 1947

~ ..J'etra,,· 28 de Março de H?47 , . -~a·· ~3 . ~ .. - """' • nao queria que o a sse !''-•falou • .1 CARTAZ DO 1 To·da ew ''onda'' não pélssa de uma DIA calunia, reafirma o técnico do Clube do FALEMOS DE ATLETISMO NILO FltANCO l51m, c ~1emos de atletismo, ·um pouco. Quando a .F. P. D . vive dias promissores, fase de intensas stivida– des que nos ·dão a esperança de um futuro melhor, não é demais a gente falar em cousas, como o atletismo, que até bem pouco tempo pareciam empíricas, de um mundo tão distante. Esporte· base, por excelência, o atletismo, apesar disso, vive em abandono tótal, completo, absoluto. Mesmo os nossos grandes elubes, aqueles cl,e maiores, de mais largas possibilidades dêle se descuram, relegando-o a um desprezo que nada; justiiica. E' ver_dade que já houve utn teII1po em que gente bem intencio– nada,- "de supel'ior espirita de compreensão e patrlotismo, se dava aó praz_er das práticas atleticas. · E tivemos, então, aqui, os nos,ios saltadores, de vara ou sem ela, os nossos corredores de fundo e . de barreiras, nossos lançadores de peso. de disco, de dardo. Eram poµcos. Um Rubilar, o mestre sempre lembrado, um Evan– Wº Almeida, um Santiago .Massana, um Valdemar Almeida, um Jai- me Bordalo. . Pouca gente, mas cheia de devotamento, de dedicação apaixo– ·aada. Hoje, apenas, as corridas, uma vez por ano, na Volta da Cidade, movimentam alguns rapazes de bôa vonta<'t. Algun_s rapazes e êsse exemplo de tenacidade que não quer capotar para a velhice, resis– ;indo-lhe, impavidamente aos mil tentáculos aniquiladores, o Domé- ·.·nico Amoscato. Mais nada. Os novos administradores fêpêdenses, entretanto, aí esj;Ao dis– ~ ,tos a movimentar todos os vat'ios setores, desportivos, com esçala \Centuada pelo esporte base. E' possível, assim, que algo se po58a fazer, agora, nesse sentido, lsto é, em prol do atletismo. o ex-presidente Galdino Araujo, aliás, ha pouco tempo tornou , públroo que, dias antes de <leixar ·aquelas funções fizera uma enco– menda ·'de aparelhamento para atletismo a uma das casas produto– Tas do sul, encomenda que tivera, depois, de sustai;, face aos acon-. tecim.entos superyenientes. · Não será demais, agora, .apelar ao presidente :Rrazão e Silva no .sentido de restabelecê-la, ou fazer uma nova. O atletismo precisa ser movimentado e, para êle, sobretudo, se qe,,e atrair a juventude de no~s casas de ensino, chamando,as âs competições, organizando certames colegiais. Quem sabe se isso não seria. uma revelação .•• A REPORTAGEM DOS "ASSOCJAD~ " BRÉCHA O MUTISMO DO "COACH" DO GREMIO AZULINO. . - Dimas Teles ficou em São Luiz! .. Quando, de bordo do "Coman– dante Rlpper", logo que o navio atracou no cáis do porto, às pri– meiras horas de anteontem, al– guem grito.u essa informação. foi um oh ! de decepção por toda aquela multidão que, em terra. aguardava o popular técnico . do Remo. Eras associados azues que; em número bem avultado, que– riam prestar a Dimas Teles o tes– temunho de sua simpatia· e de sua gratidão pelo muito que .a êle deve o Leão Azul, proporcionan– do-lhe, ao seu desembarque, ver– dadeira, consagração. Dimas Teles, ·porém, ficára em Sio LU:iz. Era verdade o informe que de bordo deram e a multidão toda se dispersou, fazendo mn. e uma conjJ!cturas. · FICARA' EM SAO LUIZ, NO : MOTO E começaram, então, os boatos. uma verdadeira onda de boatos. Os que se presumem sempre bem informados la-pçavam as últimas: - Dimas não voltará. mais a Belém. · - O Moto Clube está sem téc– nico, pois que dispensou. Salvador Perini. Dimas vai fie-ar lá. o Aboud of,e:ceGeu-lhe um contra.– to vantajoso. E assim por diante. _ ATE' QUE ONTEM. . • Ontem, porém, a A PROVJN– CIA DO PARA' trouxe a infor– mação definitiva: - Dimas Teles viris. de São Luiz para Belém, por via aérea. Ê acrescentava. este jornal - a viagem do técnico se faria. por toda esta semana, possivelmente, até, ontem, Jnesmo. · CONFIRMADO O "FURO" · De fato. connrmando o "furo" sensacional do matutino "asso– ciado", às 11 horas, pouco mais ou menos, um avião da Pana.ir descia no aeroporto <1.e . Val-de– Cans, traf.E!rido em seu bõjo o hoje mais do que nunca famoro téc– nico. . Pouca gente no aeroporto. DÓ mundo esportivo paraense, ape– nas uma figura: - ·. Francisco Vasques. Ainda assim, Vasques ·não estava lá. como esportista, mas como · homem de comércio, pois fõra receber dois ,"viajtmtes" de produtos que vende a Casa White. Vasques foi, assim,, o primeiro esportista da terra a abraçar Di– mas Teles. RUMO A CIDADE Uma telefonema amiga partiu, rápida. do aeroporto para a reda- ~o dos "8.680ciados" avisa.neto aga([o pai:a a <;f?,p.çentl'1!!,t~ de seus chegada de Dimas. E, mais rã.pi - jogadores. Nada, ainda. do ainda, um . carro vôou com destino a Val~de-Cans, levando EM REUNIAO COM OS DIRE- a reportagem de A PROVINCIA TORES 00 REMO 00 PARA'. Quando ali chegamos, porém, Em caminho, um -outro amigo já. Dimas Teles se havia feito de informou: rumo a Belém, viajando no car– ro de Francisco Vasques. Havia– mos passado. sem , dúvida, por êles, mas, tamanha era a veloci– dade em que iamos que não nos !!,percebemos disso. · Fizemos. aSl!im, meia volta e toca, de novo, para a; ciMde. NA CASA WHITE Somente Francisco Vasques po– deria d;u-nos a . pista desejada, indicando o rumo que Dimas Te.– les tomâra. Fomos, por isso, a Casa White Mas, tudo que Vasques podia in– forma.r era que o técnico mara– nhense se mosfu:'ava reserva.do , macambúzio, calado, não queren– do falar na.da, e, mais, que, ao chegar o carro à esquina do Cen– tral Hotel, Dimas pedira a Vas– ques o obsequio de levar, no au– tomov~l, sua bagagem até ao Ro– tisserie Sulsse, enquanto êle ,sal– tava àquela esquina, para pro– curar os diretores do Remo. Mais nada. - Dimas Teles apanhou. ainda há. pouco, um. carro com os díre- . tores do Remo. Vão reunir para ouví-Io. Mas, onde ? Onde seria essa reunião ? Na séde não era, na concentr.ação também não. No escritório de algum dos diretores, certamente. Mas, de qual dêles ? Aí é que estava ó difícil. ATE' QUi ENFIM, DIMAS TELES! Eram, .iá, treze horas. O estômago reclamava. que ainda não havíamos parado um só insta.nte, à procura de Dimas. - "EU NAO FUI BUSCAR DIMAS TELES!", - foi o que Fraa• cisco Vasques exclamou à reportagem, log-o à nossa, prim.irlra ·:,er– gunta.. Francisco Vasques fôra, de fato, ao aeroporto, a. Inte~ comerciais. receber dois amigos. l\fas. foi, ainda assim, o primei– ro esportista paraense a abrat;:ar o técnico azulino à hora em cm . êle, ontem, desceu do avião, em Val-de-Cans . - De novo até ao Rotisserie !. do hotel e pedimos ao garçon dois\ do jogo, instantes antes ·d~_ ru• - foi a ordem que demos ao guaranás. · - marmos para o campo; os )o«ft- chauffeur, dispostos a uma pe- · : l dores souberam que iriam jog&r quena refeição . e a guardar, ali, UMA GRANDE CALÚNIA, TUDO j pela mesma quota ·dos jogos di, o ti:cnico azulino, se êle ainda lá - ISSO . · contrato: - seis mil Cl'l.lzei'r:os. 1 não estivesse. E não estava, mes- ' Felizmente, ganhamos a revan• mo, Mas, dez minutos não· eram, Procura~os abordar o assunto che. Se houvessemas perdido, te- a.inda, decorridos e um carro pa~ Bahia, mas Dimas fugia : · ria sido um duplo desastre: para. rou à porta do hotel, a deixar um - Ainda é c~do pa:ra falar ao o clube e, ai, quem sabe?, talvez passageiro. Era Dimas Teles. Fo- público. Tenho que decidir pri- o técnico fosse acusado 'come mos-lhe._ao encontro. Dimas es- · meiro a situação dentro do Clube culpado pelo revez . .. tendeu-nos a mão, cordialmente do Remo. o tiµie havia se empregado' t. P d A REPORTAGEM À CATA e pediu licença para: ir até lá em - Mas, você já esteve com o~ fundo. nos quatro ,jogos dispulja• O a i . san u~ protesta com . 00 TI:CNICO f~r~~~~!~ de roupa. Esperamo- 1~:~~~·es remistas, - obtempe- ~~~ 5 :.re;;~~:~~t~~~• i~.u~ví~; . , . • ~ ' Batemos, em seguida, céleres, Dimas não demorou muito. Es• - Sim. já estive com vanos o quínto jogo já em negoclaçõee. ; aos estabelecimentoi7,s dos vários ·t · " t · tava cansado, também, e preci- dêles, expondo tudo o que se pas- Meu intui o era resguaruar o l• diretores do Remo. odos, porém, f ' · 1 d 1 b d um novo combáte szva almoçar. sou. A palavra o 1cm. o cu e, me e . , · , estavam ausentes. Haviam saido · · ó · t d á · • Sentamo-nos, Di·mas, 0 tenente entretanto, .,; mais ·a, e ser . às carreiras, . depois de chamados h · · d · zumer·o, fi·gura queri·da dos ci·r- dada. E. por isso, ac o que am a P dr pelo telefone, - era o que os em- 1 Culo·s despor·t1·vos, o· confrade Ge- não devo· fa ar. e O pregados nos informavam. ·raldo Palmeira -e .a reportagem. Argumentamos com o r.scân- Voltamos ao nosso automovel e d I f t d 0 ,u_t_nt> assªp_- •saya,1, S'8W!O nontt •ma.ndamos rodar para ao Roti·s- No almóço, Dimas não falou a o ·que -se armou, mos ran o a • . d - "bl' a O to jogo só tinha e seu o·_nome. l serie. Era hora de ,almoço, úimas quase nada. A ·fom:e era geral e o repercussao • pu ica que. o c s que o que iamas enfrentllt1' era um Depois do vasto not1ciário que lo d t~ l talvez estivesse lá. Mas, nada. A t&nente Zumero um an_fitrião cor- ttvera. pondo em jogo a sua verdadeiro "scratch". Os maiores ito d últ· novo aspecto a ques ao p-rovoca bagagem ..J·á. lá estava, deixad_a dialissimo. reputação, o seu conceito.- ·a.. respe emos em nossas 1- . • , - Mas. tudo isso foi uma grau- jogadores bahianos iam vestir & 11\ªS edições, estribados em infor- · , por Francisco Vasques. Mas, D1- Depois do almoço cada qual pro- · camisa do São Cristovão, par& rnes de pessôa autorizada da F. , • d f , • d l b 1 • 1 mas ainda nã.o aparecera. curou o rumo de sues quPfazeres de calúnia!, .- . exc19:.mou, :11um tentar quebrar a invencfbUiditde _P,,'. D., toma, agora, nova feição, r 1 s p 1 . o o 1 e 1 o o e u e a V 1 - a z u . Tocou o carro, então, para a diários. o reporter, porém. ficou. assomo de rnd1 gnaçao. Dimas do Remo. ·o "caso" Manuel Pedro. séde do Remo. Nada, também. Fo- Queria.mos arrancar qualquer cou-1·Teles. ' l Foi quando explodiu 11, calúnia, De inicio', salientava-se que ·a ,, . I h . d. CBD · . b ,., . . , mos. depois, até à· Tito Franco, sa do técnico. - - H EM ~or,que os _bahianos ,s.ent~ram_ qu_e 'razão estava do lado do Palsan- Prometemos evar ao COD ec1mento a a 1~0 _SefV8DC18, por I ao chalet que o Remo . tem alu- Chamamos Dimas para o bar SEMPRE ,,.,_l''U~..,.':~. OM .. - · - dú, na pretensão de avocar, a si parte da Federacão ParaPns:P ,l.,, n4'"1ftn't'fn.c- ..:ln~ ....... ~~ ~----:-L-- l o. contrato. que o centro-médio • energia, no ' ' ' ' caso Manuel ERA UM "SCRATCH" - o São Cri.;;tovão. - .conti•

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