A Provincia do Pará de 28 de março de 1947

gueireao ArauJo, og OaJ,11u B, de Serra e Antonio ?i[, elos s,i.ntO!I. SAIU - Marina. Plnh~ro da Silva. TOTAL - Entradas, 8 - Sal- das, 1. · Indigentes : Entradas, 9 - Saiàaa, ~. PAVILHÃO INPANTJL • Entradas, 3 - Saldas, e. MATERNIDADE :Pensionistas : Entradas - Não J;,.ouv~. Saídas - Luci,la BóU~ eon-&& e Silvia Parente Vidal. Indigentes : Sem alteração. ORDBM TEROBIRA Pensiooistas : ªflol~-, .&.VV" VCllo.L.l.~.lUU .L'-'lUOJl U ,n,.1·1·1- fll,nQ, paraense, branco, com 2 me– ses e 11 diaB; à traves.sa Rui Bar– bosa, 7'4, Eduardo de Albuquer– que Gomes, paraense, branco, com 2 me,;es e 19 dias; à avenida Al– r.Jpdo Caeela, 1558, Manuel Pes– wa de AJ'aujo, pa.raense, pardo, com 1' horas de nascido; à. ave– nida Dr. Freitas 1925, MarIene I;opes de Lima, paraense, branca, com 2 meses; no Hospital da San– ta Cl!,sa, Catarina. Rosa Pires, ma– ,anbense, pa.rda, solteira, domesti– c.., com 65 anos; e no Hospital da C11,ridade, ·Francisco Marques dos santos, pernambucano pardo, viu– vo, lavrador, com 57 ·anos . Total, 11 obito5, .sendo 4 de cri– anças e 7 de adultos. ·Entraram - Ma.ria 4Uiutt& Go– mes Vieira e Antonio Men:aês l"ür- tado. . · OUÇAM A : Saldas - Não houve. 1 Indigentes: .._,..,.._....,...___ '_'~~-~I_O_TUP..," l Quadro se?)l alteração. l ,,_ ' .. ,. .. . Bar da Condor Jol.o de Barroa ofeneerá, pela manhã de domingo, aos usiduos frequentado,- 4o "ltflClaato encantado", uma feita dansante, que se prolon,m aU à. noKe, a<i som do Jazz "Mar• telo de Ouro". A'• peaôaa presentes serio aervida1 bebidas rela.das, frios e delicioeos pratos n,ioaals . Domlnp, pois. todos à delieioe& "terr&Ne" do B11,r da Condor, à beira, do Gumi. .1\: 1a. Eecçao. _..;;_ ,:,1:1·=~-~~'J~~-;t_tr. ~-'t-~~~~U~'kl ;.~~Jic;Y.'"'•--: ~ JJ,.~LJ :!~dlf ;;::: 1 • ias. GUARANt POPULAR IRI S A's 20 hora.a A's 20 horas A'.• 20 horas . 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P A RK I N GT ON " com WALTER PIDGEON Tecnicolor, com SONNY TUFTS, VERONICA LAK EDDIE BRAKEN e MARJORIE R:EYNOLUS. Erian Donlevy e Veronica Lake -------------- ----- - ---- -----------'------- - --~----------- ------- ------------------ CAPITULO XXXVIII abóbada, p:.~:m junto ao tú- mulo de onde me tirQstes. Ha– via uma abertura pela qual me fizeram pas~ar e por onde tam– '1em passou o guarda depo~s de •mim. Estava semi-morta e não fiz nenhuma resistência. Ele me apoiou de pé, contra o cubículo. Uma das cadeias com as quais me seguravam os pu– nhos passaram-me em torno do pescoço. O seguildo guarda susteve-me de fóra , contra a prisão, enquanto o outro saia livremente. Assim que este 1 O NOSSO FOLHETIM A ESFI GE VERMELH A ROMANCE HISTóRICO DE ALEXANDRE DUMAS l1 édito na língua i,ortuguesa - Direitos de tradução e reprodução assegur.aMs a A PROV:tNCIA 'DO PMA em t?do o Estado - Copyrirht France-Preisse «aiu. 2 homens que eu divisara dos pedreiros cobriu-me ás sentidos a porta . de meu tú– nas trevas puzeram-se a traba- mãos de gesso e o outro poe mulo estava murada. Dentro, lhar. Eram dois pedreiros. Fe- uma enorme pedra em cima.. eu sepultada em vida. A sen– éhavam a abertura e foi então Estava eu presa como numa te}.lça do Parlamento tinha sido que verdadeiramente voltei a ratoeira. Gritava. Urrava. Me- posta em execução. mim. Lancei um grito horrivel cti num golpe de vista o novo 1 t . t 1 Durante pito dias estive co- e qu z a irar-me con ra e es. suplício no qual ia aer .::0nde- Estava presa pelo pescoço. Ti- nada. Como ninguem pudesse mo louca furiosa. Nos quatro ve por um instante a idéia de entrar em minha enxovia e eu primeiros rolava-me em meu e:,trangular-me e puxri com me encontrasse pr~sa ao .lado túmulo soltando gritos deses- t d · h f o perados. Durante esses qua.tro ,o as as mm as orças. s oposto à grade, iria morrer de anéis da cadeia penetraram- fome. com as mãos agarradas dias nãó comi nada, queria me a carne, mas não dispondo à parede. Implorei misericor- morrer de fome, acreditava àquela de nó corredio. não pu- di. Um dos pedreiros, ~em me que teria :forças para tanto. d - f t Foi a sêde que me venceu. No e senao puxar para ren e responder. levantou a pedra - com todas as forças. Esperava com um aivião. Fiz um esforço quinto dia minha garganta queimava. Bebi algumas gotas que esse esforço bastasse. Meu violento. Arranquei do inters- d'agua: era meu consentimen- i:üpro arf!lva. meus olhos 11ia.m ticio minhas mãos meio esma- to à vida. côr de sangue. O guarda afrou- gada e 1a· tombar ao chão es- imu a cadeia. Precipitei-me em gotadas pelo duplo esforço que Depois, dizia que nisso. tudo direGão da abertura mas os pe- havia feito para estrangular- havia um erro que seria certa– c'.leiros já haviam tidc tempo me e para impedir aos pedrei- mente reparado. Era impossi– dc, tapá-la em seus trê;s qu.i.1- ros de fecharem A abertura. vel que aob o reina.do cio filho tc•:c. Passei as mãos através da Nesse lapso de tempo a obra de Henrique IV, enquanto a ab.ertura l:'nsaiando de.sfaze.,r 1 , ten.ebrosa e fatalª.e havia con- viuva de Henrique IV enfeixas– aqu~la mMsa a~nsla tr~sca. pm suzµad.o, ~uando .recobrei os se todo poder, era impossiv~l, dizia que punissem a mim cJ11.e Ser-me-1t. ditie:11 t1:l':et -vo~ quizera salvar Henrique IV, de que dot.e tne1a.ncolí:.. m~ pe– mais cruelmentE' que o .facino- netrou o primeiro :·;;.te. ,t, 'iOl ra que o havia assassinado, que. através < e meu (!:·e,o;l. me pois seu suplício durara uma u,vadiu o sepulcl'0- Ihteri.d.-lha hora e Deus sabia quantas ho- os braços. Ensaiei de 1.1ni,,r,.i·,tf.. ras, quantos dias, quantos a.nó! lo e de comprlmt-;c, c:ontr~ men duraria o meu. coraç&o. Ai cii, mirn, ,:.~-: ;ne Quando me resolvi. a vi.ver, , escapava \.ii':' fugltlvo t+mc f,,s pedi palha para deitar-mo sõ- ! rsperanças e.e qu~ p&r.'f('..a. s~1· bre ela, mas a superiora res:- ' o ~rnholo ' pondeu-me que o julgament.c, ! .1.1unmt.e ç.., q11&tro pdmetro1 mencionava que eü ter.ia <;em.o I t'U-.0$ e. uma parttt ck çu:.•.1to. alimento pão e .aglla e que u I m1nque: o.s dfat FÕbr:e (1 i-' ti.rr; – o Parlamento quizesse que eu ; de corr u~ ped.aço <-.:•. ;,tdm. tivesse palha para leito ·t1cz1a. 1 qul'I Ris ,~nan,,as_ me f' L ,f, n 1 ,-.. consignado na senten\;U. Re--: ~lurn r:~.- ,m:rtJ1s. .:0uc:cr~. '. .: · i ,:,. cusaram-me assim <~ qu,. '{ & : -,a. M,., cuandn "ri \l QLUnt,- ln. dá aos mais vis animais, em 1 ,;e1'fl<J •~.1-,~gar, .~ •·,.n,7' "·'Y· 1 -.i• feixe de palha j ro1.1.• m e. Para. QUe 1.,1~l"',1t • '-" 1 \.e( t Esperei que ouando cÍ!..:gas- oa fii.4 que i.a .. ~vu,? .;:, cn,(! sem as noites duras de !nvet-· 1 eu -in•~~ or ~e~°!' a , F.i~_,. :·• i~ no morreria de frio. Tin.lu1 ou- 1 eoQ. l.le< :et ~l ele, G· 1 ª Ir.f! • f'~ .,f,• id di ,, . .. ,· . Iria.tu V O z_r que· <J .,110 f: <lmP, "n ,.ft..,. · . . . . .. · ·'t•.., morte assás doce. Varl.as ve2:es •"i . ... .,,.,e, <ltt ,lU, . &,i.,,. ~-lL::t..,- d . tP · · i , 1 do fobre a 1 1>na !ria, .dH' r,er . man _ o primeiro nvern?,_ _F.- l de. 1~ar~. r,po.ia.r-!Yle. n,r-i.;, ·-•"·"' dorm~ci ou ante~ desfalec1 s,i- · umR par-- ' ll ,im!c'a 1 1-. _ ' ~ - r.umbmdo ao rigor do frio. ,--v - 0 - · ' • m n ·· \ t" Despertava gelada. enrodilha- t.ime,uta ;:c,me~ou & gast,~r-tw. da paralizada mas des•-ierta- Ao di.bo d e (i.0!~ e.i;r,.s. t· :., !l•·· va ' ' . ,. ra~gav;a ,.ülllo papel mc.,,1a: ,11-;. · Depois. c::tl.1 e?r !'1>rta:pos. R "l"· Vi renascer a primavera. Vl •r.ei o ú rr.lmc momento i,a.1,, · reaparecer as flores. Vi rever- d!r ,mtra, rn11,1, a i;uper!r decerem as árvores. As rloéf's priüõeu-me •flH' •J ; , ~ brisas penetraram a té .mim ;~ m1,ncl nr.ia1: J, qili> e1:. • ·eu lhes 'ê.Xpuz meu rosto ba- ag ua ,:nmo aJ.ime~·: nhado de lagrimas. O invPrno dl:.h,. q 1h.' 1w• c:1essf•n parecia ter extinguido em mim ta, que • t.tnha a font e do pranto. as fagrimló',s 1 '-" agua mu, mi"ls a volta ram com a prim:a;_era, ! ;; isto é, com a vida.

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