A Provincia do Pará de 26 de março de 1947

Página 10 A PROVINCIA Do PARA Quarta-feira, 26 de Março de 1947 ------- ------------------------------------------------------------ se·s ras a inter ara er A enente • Lobato, qu de Cup rox1mas e , açu Os repórteres de A PROVINCIA DO PARA seguern porto por ponto o itinerário do fugitivo Chorando convulsamente, confessa o assassino: "Apezar de tudo, amava Beatriz,; - Não subia ainda que a amante morrera - A versão dada ao crime pelo antigo administrador do Presidio São José conforme divulgamos amplamente. teve seu fim tra'!ko. abatida pelas balas de u m ,•;,volver, a in!el!z l'l.,, . triz Colares, co-autora do estrangu– lamento rle I.aabel Tejada " da ten– tativa de morte do mot orist a Frari– clico Sant,os:, fatos esses O<'orrldos e2n 1942. Abateu-a um se11 anHmte "m um momento de alucinBçáo. 1'oi seu assassino o ex-administra– dor do Presidio São Jos<?. Begundo– tilnente rl'!ormudo da Força Poltcinl Miguel Corrén Lobnto, m!llta"r qu~ possue ottma folha do, eerviço e, até bem pouco tempo, exemplar chefe de !am1lla. o qual, após perpr<!Iar o crime. evadl11-se toma.no ' rnmo ignoro.do , numa fuga espetacular. que c:ausou sensacão na cidade. AS PRIMElRâS PROVIDENCIAS Ao ter conheciment o da tragédia rio rua An gelo Custodio. n. 88, a Po– licia tomou imecllatas providencias, no sentido de capturar o tenente Lo– ba to e a Ialsa colegial Maril' Dolores de Barros, companne!ra da vitima ., unte.a testemunha do crime. Mar!~ Dolores anteontem loco.11?.adi. pelos delegados Evandro do Carmo e ,Jorge Corrêa, comparar.eu , na manhã de ontem à Central dfl Policia, onde prestou depoimento na DelPgacla Es– pecial de Segurança Pública a qual está 1,feto o caso. Quanto ao tenente Lobato, S!lbla– •• a n~s que na :rua Arcipreste Ma– n uel T odoro, P-squlna. da avenida Pr ld• ,te Pe,rnambuco, havia sal- 1 auto de praça 10-81 do qual l \ de manaira espetac,1Ia.r em <lo local do crime. confor- 'ª" mos ontem. Urgentes provi– foram tonrnclas pelas autor!– .•mdo o de-legado G1!5on MP.– apalhado pela cl<tade cêrca u,vestigadores da Delegacia d~ ções 1' Capturas, afim de 1.· rem. , .:v1ço na tarde de on- n·. r ll:.ntronc:'lmento, da Es- Reportagem de 08'\VALDO MENDES e MOACIR CALANDRINI 1.paa de !·'erro de Bragança. o in– vestigador José Albino, quando, cêr– ca de 13 horas, passou pelo local o carro de praça 9-64, gulado pelo mo– torista João Macl~l de AmuJo. con– du:1:indo no assento traze!ro, um pas- 11ageiro que foi reconheeldo pelo re– :ferido policial com sendo o ex-admi– nistrador do Presidio .~enente Loba– to, a quem conhecia de vistn . Sensacional fla1rrante colhido na tarde de ontem. numa cl?.te1rs '1~~ 1w,tas dP ('upua,;ú, onde foi eneontrado o tenente Miguel Loõato. 1111e aparece com os repórteres de A 'PROVINCIA DO PARA•, o comissário Eutróp lo ele Sousa, úe Benevides, habitantes da vizinhança que haviam segnldo a caraTana dos "Diários Associados" e alguns dos caboclos que acon,panllavam o homlclda de B eatrii Colares. Ignorando a tragédi:,i que ocorr~r~. . momentos antes, sem supôr que dei- I pr!etarios, ouviu ---... _,. ft ......... ~·- _ .__.__,..,.,. ... -++............. n c!o,e do ·teteiido um dos empre)':a-1 esta belP.cimento, o OUTRI\S PISTAS 1 me de pessô9_ pronunciado pelo tP- ; s.rim dP rom ele irat~r d" um certo ' _,""-, ,, ente Lobato no t ransporte "São J negocio. l .eu..:.. .- "'•i..t:n -v~n," e:, unte.a. d3t.~ _para. a sua , ' "ONDE ESTA' ESSA ":\IULSER?" para ,.i:o Os reporteres dos "Diarios Associados" aconselhararn--me • a V 1 r e n t r e g a r - 1n e _____ " ____ Afirma o assassino de Beatriz Colares a tes de ser tomado seu depoimento pelo delegado Momentos após ter dado entrada , i":w r, :;rr,:Jwlo pode ri« •:, t n ~!do "vl• ria. Central de Policia o tenente MI- 1 t'ldr , se, em lug" r cl a ter tentado, guel Lobato, assasslIJ.o de Beatriz fugir, viesse e::itregar-se as a11tor!d • Oolarea, a reportagem de A PROVIN- cleíl. logo apó~ o crime CIA DO PARA' ali eeteve procurando ouvir novas dec)a~a9óf's do <1r!mlnoso, antes de ser tomado i;ei; clepolmen– to. No gablnet~ da Delegaeta <1.,. or– dem Pol!tlca e Soc!al. encontravar.1- se, além do Chefe de Policia, ,sr. Gued8$ da Costo., os delegado.~ Jm•.o Fernandes, Carlo.! Oullherme Carva– lho, da Ordem Pol!tica e Social e r.e– gundo delegado. r~spectlvam~nte e o u Jos~ Luiz Coelhn. da. Inopstor!(l. de Policia Maritima '! AérP-'1. - Eu pe·~.1sava Jn'!.tanif-!nt-. nts~o quando cs reporteres "los ·•Diár\01 Assoclados" me encontrara1n. Conver– saran1 comtg0 -?.. ar.:or.l.&eU1ando•tne & que viesse entregar-me, reforçaram meu c'"esejo. afirmou o r;rimlnoso. se1n nen.hum :\ reação nc!lmpanhei-ns ao encontro das autoridades. Facil me seria evl!ar a dll!gencta s~ Mslm quisesse- Pi;DlA ALGUMA COUSA PM!/\ J CO:.tr:R i " ESTOU MUITO CA!\('AOO J SEI ~UE VOU FALAR MUITO AINDA" O a_,i:: ... Ji;s1no rl~ J\p7j t.r• ~ i;ol::,res. . o autor do eri.me qu" est!\ repet• à.quP.la hora.. aparen r.s.va ,>,soluta cutlndo em 'todo O F.stadf'I. pP.dla. calma. falando tranquiia1nent~. sem naquelt1 ln~tant.,, ao sr. Guedes da deixar perceber o cinismo -comm:1 de Coata, provJdencta 8ee qualqu<>r ""' '• ,:,ertos r?rimlnosos. P~rguino11-lh~ o sa para e.eu alimento, no que Jo!, reporter Be dP.~P..1o'Va fazN a!g1m 1 <i• Imediatamente, atendido pelo cl1efe l'.!~c!araç<"IP> À. i11111re11s$ . t.mnsmit.,~ de Policia. qualquer Mntirn ~ntri seu a<> púbilrC>. o ar. Guedes da Costl\ determinou, Não. A1wra, não . Estou muit~ alnda a um comi•sllrto mancJ.ns•e à cançac.\o e sei q tte te11ho <lr. f&l:>1' residenci:. do t.enl'nte Lobato, bm,<,ar m1•ito ainda hoje. a roupa de que o criminoso estava Ac, saber qu" perten~lam,,s necessitando, pois encontrava-se bM-1 "DLirlos A~sociaclos", o tenente MI• t~nte molhado da chuva apanhada guel Loba.to dlssP.-no~; no caminho. - Fui multo bem IratJ.do por (lçt• companheiros neus, que for n, l"t EU PENSAVA EM: :ME ENTREGAR meu encontro e me acompnitharr- , a.té- ,, m o1nento f!m qu~ m f" ~n ~·("'.- 0 Chefe de Policia. em dado mo- guei às autoridades. Q,,eria µ~t•ir-J!1e, 1 m.ento, disse ao autor do crime. qu., agom, un f:nor se é que alndc' me• Htodas aR necessidade:1 que ~gorrt o.~- re;;o f~.vores. FalP.: con1 () dr. C~"'rn.1- 1 do Mora.is. clign-lhe que "'" pror•,:re a::1m de vêr e~ :1lgn1na -cou~a ~.inda Maria Dolores se poderá fazer. submetida a exame no S.M.L . A' tarde dl" ontem, no gabinete de flXarnes do Serviço Medieo Legal. Maria Dolores Barros, a amiga lnti• ma de Beatriz Colares, que o. acom– panheva. na oe~sião da tragedla pas– :<ional. fol examinRda pelo dr. Al– 'l)i!ln Figueiredo, legj~ta da Pnlici:l CivU. OUÇAMA O inquérito policial A's 22 horat, rt~ ontem tp.v,. ln1clo o Inquérito pollcial. afim d" ap11- rar o ass:,ssinato de Beatriz Cola• rP.• pn;,etrarlo pol' Mig,1.,1 Corrê& Lobato, !ato Qcorrldo no dia 24 ul• timo. Perante o delegado .João Fernan• 1.1.cn ., "erlindo c:-in1n escrtvíl o 'l $r. íl:c!gH Almeldi, ":'::tlln. 1,esnonde1, • t ... M~r,a Dojore:; Ba1·ro1 Ptnco. que s,:, eucontrava com Beatriz no mo• i,erguntas do lnql<érlto, prtmelramen• men,o do crime. "RADIO TUP1" Já. às pl'imeirao, noras da .mallhJ. do ho!c. o t.eneute Mlgu1>l Corrê:i LÓ· lhe tudo, e de 30 anos F, que t<'l 'lbatn rP.spnode11 ao lnqué~itn, que e• coudena.dl\ , consegni.u dimtuutr '"'" nrolon,iou até áa três hora& dll. m!I• pena para 4 e finalmente obtlve eua. nhâ. liberdade condicional. Em se,mlda, tornou ::, perguntar O tenen~e Lobato fez "o relato d9 por sua esposa. e !!lhos. demonstr1tn- snas relaçoe., "r,om BPatriz e do cri– do intereH,. pela" ,. 0 ~t., d" toc1os, ao me que pra.t,c,'Tl"<. contessanflo-se o -..--- _ ..._._ ~- ......_ aut or do assassinato. O tenente Lo-

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