A Provincia do Pará de 25 de março de 1947

7 IDA SOCIAL . VIAGEM SEM PORTO Melancolicoi blues derramava tua 11tt,c,,a na: 11aranàa tJ.4. tua caJa à beim-mar. A. práia .~em jim e~tendia-;" dia1'Jte d-~ no,sot o:.1t.o~. h4vitr, o surdo ruido das ondo.• ma,tratando oi MChl!t.iôt cio longe, a tristeza da tarde que ia morrendo, e o estranho d,Psejo de etcrni;;a1· aquele minuto. A noite. o céu se encheria dl' estreias, passeariamo., de mãos d~ peia práia. silenciosos, adivinhando um irremediavel fim que se apr<Íl– :i:imava. Sentados 110 barco abandonado. velho barco, com ervas c."escendo no fundo, diante do mar que outrórci possuiu e venceu, ndo r,,ntcimos nas longas dagens que ~le havia feito, não imaginamos os r~lf,o~ que havia enírentadO✓ Provavelmente, numa noite igual a esta, t:m homem e u'a mulher, sentados aqui, onde estamos, saíram -;:-,;o mar n11ma inconciente procura de rumo.s desconhecidos, de ühas ::crcies e. abandonada~, de luga1·es mni_qos. Levavan; avenas a tris– t~M rio olhor dn /tomem. o de.~~10 dr. fuf]ir. a 11ontade da libertaçc'lõ. E autni vta;aram, irutad,011 ~lts lu'õ tta, eirtrelas. o "ento frio acart– ciandtJ ,eu ro11f-0s. · No l~e. o · hnmtm, 01.Julva angustiado para lon.(Jt. tJ!JfOl"Çatido~sf! varn ~seoMir o lugar p1.1ra ondr, sf! diri17iam. E ii mulher. com o braço caido para fora, sentia na mdo a caricia rro mar. Ela tinha os cabelo11 11.eqros e longos, aeus olhos eram trrt– quitt(J11 como dua11 rricinçu trcsquiKa.1, Na,dt1, a prt10oupava, 11,m o mi.8Urio ,t4 noite. n11m õ ,,ui;r l!tsermh.ecido. nem a.~ estrela& no céu, nem ex luitnhtL do .ftLrol qv.e itL se tti~taneiando cadn. t'f;!! ·mai.1. A prs11e1lç4 dri rompa11httrn. 11 tri1tt1aa qut: ~I,. lh1; l.r4nlmítia d.avam– lM um,, ab$oluttJ r.011,J111!l9a II a i:ert,i4 t!e que altcsni;ario: o fim Que ndi, imag(n11va. 1 · Voltou-ae ara; ela, ,or,i,i ltoeamMt.tt. , r.ecolMti o. oontade de um4 lftterrO(la.r,iM. .t mul1ul'f. 11orr1u também.. AdttJinhou. a per– gunta do homem e a,pert01l-lh~ a mão. .lh-no$. apara. oc.11,pt1,ndn " ba,.cv que /e1t cJ " '!XtrMrdinarin vicgem. Pflf"tence-n.o~. ctl?M t. ,io1ir11: t,:,m.bém esta 11.oitt. E o vento trtJ.,; a noM011 ouvido~ h.fatóriat ·que· .:iomtnfl! no3 compre•m.demo.~. HútóntU qwt outilu d-O ·incsr, .t~qtimt1u hfltórltu, comr,n,ta,3 na ,in– gu04em tto~ cUiue.~. •• n. 1101t-túi (l'Ult ,111 apodM'a de 11-0.5 Hm, o pr,- 8fflttrmcs. E' o r,intn qu,,: 110 tran,mits !lllfa pooata qut tid-0 ti– nhtlmo-: fõrçai< 1)0r11 co.i,itt1r. E.Yt11.d,0 df,; pwretoa. T11ruimo1 encon- 1 trad,o antu ,...,ta •noctnoia; º""' 1111ora noa 1)f!l'tence.? lt '1101 11em. r11- 1 f)lmtine1m~11,tl!. um pro/tmdn 4m-or 1111111 nat1,re1a, por Iodas a• cousa:,. tntri,t,a,'lto, O'l!H.mfw. Qtlt11tdc ~tr .flrr no 1meonlrn <!n .vol. ta t il j te,ru partido. A ·e..,ta,\ hnrtis Hrá.< r,1·inloneira da im'itrlabllidadt. da prifa4g11m. Nt1,da li01ttf-..arilo 114,ro ti (l/1 voHs que ouvtres. ntula t.e dir6, a alegria d.OI hom.ns . 11.,~ ~cebl!,.á& e, trtiteza que te rodeia. Mtn'luui hf.lltória~ irllo s~ apt1g1Jndo, 2)01tco a ,x,uco, de tun. m.emôrir.. Tudo se tornará vago ,. depois a~nas uma tombra subsi3tirá. . Mas. se quiaeases. terlamos feito a grande 1i!ogem, uma vúz,gtm i '"'- retorno e nm J)Orto,. - M. ! ANIVER8AR108 va, ~ do sr. Edgar Nery da 1 .· .i/ 'Nlf R Aílfüt r1~t1n'ts ~e,JfPJ, ONJ H LI EM TECNICOLOR'. w-;z IGHAfl ~'S~fA Mane McO,mald • BiU Johnson NAO PERCAM! O ESPETACULO QUE DES– LUMBROU ·A BROAD\VAY! SONJA HENIE dansa sobre o gelo o •'Tico-Tico" no Fubá! l':'\t ~TJMERO SF.Nt(AClONAI. JULIO ALf'REDO : · ~cor~ re. n& da.ta, de hoje, o tercetro aruversàrio do garoto Julio Al– fredo, & alegria de seus 1,vós, sr. A1fr6do Cunbà e ,sua eap&a, sr&. Aurnra '10< SL>ntos cunha.. Sfl•Ja. --------------------- ------- -------------- suas relações de amizade. F<oi Deixou de tomar parte nas so- ()UÇAl\i'.1 A •. _11; 11\enitora ue Julio Alfredo, ara. Ma.::-la do ,Carmo Pereira. jun– tJ!.mente com seu e11po80. ar. Ma.– no p,.reirs. Merecerá as de suu relaçóe$ de amizad1e, d&– ee11 e zuaranA,s. MARI~A - Está. f'.m 11 tu, . hoje. o lar cio sr.• Tosé Hosana d" ~n.seea. comandant~ de :noaa Marinha. Merce.nte, e de .r,ua N– ~'ª· sra. uonidia Esperante l"onsec~. pois a.niversarla a 1nt.e– re!Mn•.e Marfü!a, filhinha do .,._. sal. R.egoslja.dos pelo !eltz evento, es pai, de Mariléa. recepcionarão, AM1:LIA MARIA - Aniversaria 1 na data de hoje, a garôta. Amé- paranin!ada peio · sr. Eduardo lenidades · de domingo passado. lia Maria. filhini\;,, do sr. Este~ Batista. da Si!Ye.. alto funcionário em yirtude do rescente faleci- t~n$ Mareira 8oarc1. e ~ua espô- da Snapp. melho do seu gl'llitor "RADIO TUPI" !!a, sra. Carmencita Santos Soares. NASCIMENTOS DtJLOl!: MARIA - O lar do sr. Leão Alva.rez de Castro. e sua espósa. sra. Maria Leopoldina de Miranda Castro. encontra-se em !estas com o nascimento do pri– mogeruto do casal, qu~ na pis oo- ~l recebert o nome de Dulce Maria, ocorrido na me.drugadâ do dia 21. na Mllternldade âo Hos.: pttal D. LuiiJ I. Tanto a recem-nasoida, que 1 sobrl~h& dn nosso contra.de Pau– lo Miranda., como & parturiente. estilo passando bem. VIAJANTES &e,ue, hoje, pelo "Ida. Oar• inen ", com deatino à etd&de de Bre u. " ar. Eva.ldn Teixeira. que "'11 ce u tun~s de coletor 'federal. Por ~He motivo os seus amiJos e Cl)le,aa, preparar-lhe-AQ · um' condigno bota-tora. · · P.ALlIDIMBNT06 8ra,. MWLlTINA BARBOSA DE LIMA - Ne manhã. de .ontem. falee u a. sra. Mlllltlna '.Bar\lol\11, dfl u-. lnn1 do .,r. Berttno Bar– boll& dit Lim&, ~n1enheiro tio De· Obr PúbUeas do , !CINEMA :o RETRATO DORIA GRAV M OVIMENTO HOSPITALAR ------1 D. LUIZ I ·Entraram - Adelma Almeida, Manoel Lourenço Loureiro, F'ét– nando II. Tlnney. Manoel Bento Mig 1eís e Tafer Chifn. Rairam - John Ward. Willlam Smith, John Lonon. Thomas Vlin– tt1,kes e Veci Guerras. Total - Entradas, 5; ffRldas, 5. Adaptar para a tela uma no~cla da intensidade de 3entimentos ~ de t4o profuncl,tJ• conflitos psicológicos, como "O Retrato de Dorian Gray", 111m chooai· a grande ma,~a de "fans" e. principalmente, os ten3otes do "Ila/1'.• Oftice" e 1wta tarefa ctas mais c!~liéadas e rli– ,'iceis. Albert Lewin não poderia. portanto, ser cem por cento fiel ~o autor da obra. estando, como esteve, obriqado a jazer concessões ao publico e ao organismo de censura hollyu,uodense. Daí as maiores críticas que recaem sôbre ó filme por ê,e adaptado e dirigido, criti- cas es.,as que 8e limitam exclusit•am,..,,ife às falhas do adaptador, por SANTA CASA :ião ter trazidc, para a fe,la toda a rude~a te maldar!e que as palat'TltS PENSIO'P'JidST~J I ln de O•car Wilde rftei:ca1 ª" t anspare A d'f ' d d . . Entl•31•am ·- - .. e .ro . e arm o, , . • . : 1 ,. ,cr.r. 1. 1c1tt a e_ em e:r,pr!mzr, D-,i:i:lte Re;s Dt~vico e João B:uoo- pela.nttmica e pelos dsalogos, toda a gmnd(!;ia da luta interior vivida I sa da Sl!Ya. velo perr.ona~em central .contribui;;,_a,inda mais, _pam afastar o adap- 1 f.air::nn _ Sebastiã~ dos Santos tador do ongznal. E surgiu, de tu.do isso, a necessidade de uni narrador M r- 1:tins e Ma",'.l. Lino alva Sousa. que, nu:.•mo com a classe de Luiz Jatouá, quebra um pouco O de.,,m- T r,~al -- Entradas. 3: saldas, 2. tJo/vimento natural da película. Mas, apesar dt todas essas Jalha3 de adapla.,ão, esse "Retrato ce Dorian Gray", da Metro Goldw_y,:. Mayer, é mn espetáculo dcs melho, es que o cinema nos ttw1 dado. ,1/bert Le:i;;n chamado c1 dirigir o seu próprio •·icreen-;:i!ay" procu1ou ,·ealizar um trabalho à alt!ira do valor da novela. JE conuçni:t grande efeitos, para o criie INDIGENTES Entrndas - 12; saldas, 9. PAVILUAO INFANTIL En!rad,\a, ?: :;:.,idas, !l. muit.o contribuiu também, a fotografia, 1,erdadeirame11te primorosa. l\JATERNIDADJl'! A cêna do assassínio de BMtl é marcante e (iastaria, por si só, para J:>ENSI?NISTAS consagrar qualquer trabalho de '·camera ·•. .Ma.~ há inúmeras outras Entrnr?.u1 :- :t,;urld,r.~ Veiga_ PJ• ., e p • i t d D . mentel. Maria Marque5 da Silva, "~ x re,suo, como o c~c:o~ ro. na casa e onan entre n mesmo e :i:oi::md:1 Santos dii Ril,;a, Mary 1 S:bul Vane, a céna iniczal aa carruagem e deienas de outros esplen-1,Jncoo B~nrharin. R.izci" Gulme.- , dzdos momentos da ')eltcu!a. , ri'ír-s Silvn. Nadlr .'{n Silva Mar- Qnanto ao des,~mpenho, apesar da segurança com que Jiurd Ilat- 'in~. MarinetP. dP Snu~n PP.reira, Marh de Nazaré- Est.f.:vão Lobão, Ma,.i::i cto Carmo Trindade Santos . " Sape,nira Mar1arlüa Maga- ' lhil.!o~. Jield i11tr rpret.a o Dorian Grav, 1·enàemos maiores homenagens a Georqe Sand'?'l·s. pelo magnifico Lord Henrv. O seu cinismo, a sua lJoemia e a tremenda ítz.tluência que o ·nobre inglês exercia sôbre Dorian Grav sdo vl1li:ias por George Sanders com tanta natrira/ida– rte e ex:;resstio, q11.tf diríamos e.~tar o me.,mo t•tvendo u ~eu próprio caráter, em .âtuccdo yró9ria e l'<J''( . 1fwl Jiatfield. PRfri-a auspictorn 110 ;;écran·•, encarna wn Do- 1 ian Gray q1La.te compl11to. Perdl!-se em algumas ct!nas. mas estú magnifico nos momentos culminantes. A frieza, a perversidade e os oomvl,•xns rio P"Tl<ma.(Jern de Oscar Wilde são trnlados com fi– dl'li<fade. O ass1usinio do pinf<>r, especialmente no instante qur: 11rocedr: à sua decistio de lermtuar com a 1iida du amigo, f igura oitre s1ms graltde., momentos. Ao · ludo elo aslro, ainda A1,::/ t'li.t Lansbury. nma Sthr;l Vanr, stmpállca e aàornvel; Dvnna Reed. o GladJ;s, também seoura e convincente, e de:?cnas de coadju1,ar.•es de grande cta.ç.,e, como Peter Lawford e Jtu11,11ond Walburn . JJire<:áo dii Albert Lcwin, firme e bem co1tdu::ida. lllti~ica de fundo de HerbMt Storizart, valiosa i: brilltar,te. Toda a equipe f.écni• ca, oude ponltlham 03 nomes dt' Douglas Shearer e Ceãric Gtbbons. mag11i/ica. Merecem aincla o~ 1ws.sos aplausos o autor elo 1·etrato cu;o nome n«o ··,to.~ recordamos, e o executante do "Preludio'', d~ Choptu, . que nüo i:onsta da aprese11ta1,:du. "O Retrufo de Dortan Gray··. producâo 1945, de. Pandro S. Berma,1. -µara u Jlfotl'tJ Gvldwyn lt{(J,Jler, está. entre os fd.rnes da cla.~se e é v 111tJlhur filme exiúido 11e.•ta temporada em Helbn . - JO AM '------~---' f..;pJram - ;>;uleille de Monteiro do.:., ~antu~. G11ion~s.r Santos Ne.. ve:,. Alirn Maria Gr1;1el. Franc!s– rn Ribeiro, GuiCID3!' ChaVP,S Bra– ~11. Mari:1 Trninno M,,,:;qutta. Ma– r,u da Co~ta Pa:.-:. ,lull'ltn. Alves da Sllvll. Jl.fnrla <h G1aça Llma e Cl~a 01: <•('ir~, d <1 ~-1otíl.. Tctal -- F.:ltractn~. 10; ~a!das. 10. !NJ)JGENTER Entr 1 .;.r.' ,e <.-, ;: ; r:aki~,. ?. OJtDF.M TER~ETl;,\ PENSIONISTAS F.t>trar. m • ·- Vin!pt~ Banhos. IvJ:arinr, B,mtes Ollvcim, Cr!!use. OJlv,,ira. Marln S:mLor, r:" Almflda r Abelardo Riheii'o d" Andrade, Saiu - Toskio Kat:.wka, · INDIGENTES St-m alternt,:úo . HUSPITAJ. DO r~s'i'ITUTO . DOS J\1AR!TIMOS Quadro sem alteração.

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