A Provincia do Pará de 23 de março de 1947

l!KHl!l=uao-...--u•= , mada de rec"n te em peso, per• de o valor real, compacto, par& adquirir uma aderencia non, maravilhosamente fluida. o as– ta-ee, gasta-se muito e na.o se percebe direiio quanto. Como Oll objetos se tornam baratos. Até o momento em que o di~ nhdro - quede o a to comeu. Mu esta parte não é de todo desagrada vel: penetramos em território estrangeiro de taxi. desllzamoa do onibus ao me– tro, que é um trenzinho malu– oo, gozadissin10. que se der;pe11- a P9l" baixo da terra e não di e9ntiança a ninguem. Feliz– mente todos os restaurantes e C&YA de diversão foram visi– tadDS nos onmeiros dias quan– do ha\·ia ânimo e bastante pro– djplidade. Sem contar os pas- 111eios de estilo: La Plata e sua ,tedral, Loujan. contendo uma pequena Vlritem preta, podero– aa, a quem. se atribuem todol'l os mllaares, mesmo or< compli– cados, sem ner..,"1.uma solução; a ht1'a, municipal de Palermo. O meu mrll.ta descobriu por fim que. no fundo :iempre fo1 louco Of'lo Rio. e agora ouer voltar, quer porque quer, pol . nem ao menos consegue expri– Zlllr decentemente um espa– nhol, Os o.rgentinos olhem. -pantado'l e peder;1 por favor ue ele falf! mesmo em portu- ,aés. tal\ez dê mais jeito. Ten– ta ainda algumas perguntas ,o– bre o mov_;nemo cultural do i,-nis; rô encontra rept'stnes. e estes nB.o conseguem explicar ,rande coisa. O povo adora bc.•t -11€:llern americanos. Inven– e1on!smos? mnguem &>be o que ~. provavelmente algums. idéia nue os brasileiros te fizeram. !~as conhecem Poi'tmari e 11e referem ~.empre a Mom,eirn Lo, b11to, que ora vive uot· lá. Cinemas enorn:es. como o l se póe só i'is oito e mele , tutir.. ~ feit-0 dentro úe uma. bo– ni.tit ordem e. enquanto o pa i de :famili0., n mulher e !!~ erl– ariças _jantam e se preparam. oi; cinen~1c.s - como o nr.>~~o .Pollterrn1a -· exibem, trailerc, ahorts e muotos ,iornai!l, até às onze homs. Ne~~e momento as luzes 36 :i.ceuàem •·deixando a de,scoherr.o as p11.redes e o tato, tão r.:oloridos e armados em fl.çú.car quanto os nossos! e a1 eomeça o filme de verdade. D1lerença de rotina como es~ l'il't, mínima, não i,,trai. enj6a. Come.-se, puxa! como :;e come. Em todo canto há pê~segos, a• meixas. <':m purpura e creme de :íe1te. Então os que y!ajam 1Se ;,,:--em. a, imaglnl'!r o Rio. con– r.a.ndo as horas: vontade de to– rnar banho de mar no Arpoa– iior, Yer ~ "me•.1" céu <de tal modo é exc!H8ivo o sennrnento o.e po~se aos elementos distan– tes). de bcbsr. rnfar o cheiro ca, casa da gente. a m11 tempo 1mp:-eciw e fundo, colea~1te. ~-º P'.t:·o, que se di~solve e .. . in• incrivel que se po:isa vol– tar do estrangeiro assim tão sem novidac:;;s, sem observa– çõ-es ou qualquer aspecto ori– cina.l. Sobre a natureza do po- 111e . uecer. brancas \'elas enrolad&& Pf!ndidH Como braços de eniorcados. . &l!'cido em Pernambuco, com oerui:r.a á i:>eira-mar i,e daí as suas intimidades com os ele– mentos, orinc1pa.lmente com a luta " as e11trelas , e dono de .sennmenr.011 .moeriorei.. Adelmar Tavares não podia deixar que passasse indiferentemente o que ia vendo e sentindo, surpreen– dendo e pondo em forma ma - teria! rima.do . Porque a :ma poesia, embora, mutta ,•ez t,ra– çada em versos brancos, tem rima, não pode passar sem mu– sica - el'ga. musica harmonío• ;,a que ,-em do coração <lireta– menu, p1n:a 1!€1' aproveitada. Andei há oouco nos sertões de C,oiâs e fiquei basbaque com o céu da noite. Que coisa para fazer bem e mal? Confesao que me lembrei do poeta de Reci– fe quando ele escreveu isto, em– bora. a pa1~agem d.a terra fo~– ~ bem outra . Um céu de e11r-re.lu que HL• t"eveJo 11.h1da . 8ob M; ponte~. o rw a iie e,5ttrar . Noite de lua. de saudade Ulnd . Drancas qU!' dão ·ontade de [chorar. Quer dizer : cem por cento .Adel- mar Ta.vare:, ,;e revela nesse~ ve,Eos de~prereneiosois. Tudo o ma111 qi;e a~!! agora saiu de ~un lfrica vem marca.do com n ln– ecmtundivel sinal do amór ao que e 1:imples. E sem n1111terio~. ~em aeoessidad,, de interpreta - a~õc~. Pouco::; poetas da atua - liciade b:::-asileira, em eYfden– r.la , que tenham marca tào fun– da a9;!m, pois, não ae deixou ele con;;aminar peia, cultura ou pelo meio em quf' 1•i,•e, conser– ,ando-m, !!e! aos quinze ano,, adoles.cenc,a de olhog e~cancs .. rados mas ,;em receios dr. mu ,i.do, porque este, como fi– cou dito, não teria a fol'ça pi-e., cisa para lhe modifiea,r nem .;~ sentimento.e, nem a condutll., nem 8, forma de encarar os 1m- petos: continuou a expressar " qu~ mmtia .~em se -preocupar com as vestes. Nada de meta– fisica. Nem de l'luper-reali1Smo, nem mais modermunente de e– xl11tenc1alismo. Atraves~ou P. Pl'Ol!segu.- a, ra.mmhada sem ze perturbar. Isento de qualquer contaminaçé.o. Serâ um bem? Não discuta• mos, o que resta a assinalar f\ que o poeta não perdeu a emo– ção, detendo-e. com energia ,;,, sobretudo. procurando fixar a– quilo que fere suave ou forte– mente á :ma vi~âo il1terior. Re– corda aquela iudividual1dadt que Charles Morgan registou em pa o;ínas de beleza: uni homem Qil" se foz, po!itico, embararou– f e na~ quei,ms e redr.mações o:l11. ,;__,;, con~cguindo alta11 glofil!,s. porém gostando de tranc:>..r-~e para escre·-er cartas 110 irmão 1rnü! moço. E relembrava. ü– n.l1a infi11!t,:, prn:> 1 ' em det:a– lhar as coi:.a~ q-.le vira relacio- prcponaeranao em co– moção 1ndivídual. Depois -dei• xava passar ct1a.s, esfriar e, en– tão. entra.ra em servtço de pen– tear. E penteava cuidadoso. Aliás este é o processo n.ão ,só dos poetas como dos escritores ~m sua quase totalidade. Adel– mar Tavares escapará • 1·egra i' O seu co!egii, Augusto dos An– jos talvez ~e constituil!Se exe– ção pois que primeiramente ru– minava d111s e semanas, pondo em ordem os versoi< na mente e. ao sentar-se, não havia mais em que mexer. Estava tudo ,::er– tinho, nem. uma virgula a ma1s ou a menos. Bem, não intere~M, saber qual o procesm des1,11, gente realiza"" !Ilia,, produç&>...s, o q11" interessa é •aber se t.ais produç6es mere– cem atenção. No caso deste (Continua n.a. oitava \'.lâgina) .Já. tive oportunidade dr ~it em trabalho ::llbre o assunto, ciêrca de vinte compendies d" 'história pátr 1 a. onde cada aut.-ir interpreta flsse movimento li– 'beral de modo diverso. e narra de maneira co1,tradit6ríec os epi– sódios ma.is not.veis da luta. O que sucedia C'Oln a analise <los movimentos ,~oletivos, onde. era notoria a parcialidade dos cro– nistas, que escreviam sob à ln– fluencia de suas simpatias par~ tidarias. acontecia no julgamen– to dos homens pelos seus con– temporâneos. Felipe Patroni foi mna -dessa~ personalidade.,. sujeitas ao Jul– gamento mais ,·ariado. dos seus cri•-ieos. .Apareceu o famoso patrióta no:1 ane.i$ J;)Oiitkos do Pará. em 1820, quando chegou a Belém. para. coligai- OI! t,araenses. em torno do movimeI).to eo~titu– clonitlista português, irrompido no Porto, nesse ano. Depois de uma intensa propaganda, onde JAQUES FLORES, c ronista saboroso Por BRUNO DE MENEZES ,Pua A PROVINCIA l)O PUA.', se fosse ampíamente dh'ul«a– da ii. apre~entaçáo que Abgfiar Biutos escreveu para ü "Pane– l::1. de Barro", de J11ques Fl.ôres, teríamos, em trn.ço ~ felizes, a. presença de um retrat,) psicoló– gico do autor e a s1mese estru– tural de .sua obra. E ' que o livro do 1101,r;o cor– msta. saboroi,o e pitorêsro. C'.Otn.O ele gabe r;er. encerra afinidade– des palpave!s com a sua perso– nalidade, e a expressão literá– ria empregada é de uma pro - priedade excepcional.. A crônica, em 1it.eratura,. é. um giinero e~pecialir.1,imo. a qul! nem todo eser1tor ~e a.ctapta, pe– lo estilo, pel.a idéia, pela forma de expôr, de narrar de dialogar, cb transmitir com ,·ivacidade lrônica ou emotiva, o fato que observou, o anedot:::.:·io que re– r,olheu, o ca.so que imi,,ginou, ou que a leitura insplrou. · Foi este o segrede de Hmnber– to de Campos, de Artur Azeve– do. de Paulo Barreto, no alinha– Yar as suas páginas tão conta– giantes ó.o i,úbllco aue lê eon, pral",er auant-o lhe isabe ao pe.la– dar. go~tosemente iJhe,zado às letras de facil assimilação Quem se identifica com ois vo– lunies que Jaque!' Fl6res hli d11- r'n ii publkklrtde, seja o "C:uia Pitlnga ·•. ver110~. seja. o ''Pa11e~ 1, ck J3e.rro". onee se e11contra. 1 ma série de crônicas, fantasias. el'~aioi, e outra!\ produçõe~ nas– cidas do fole-lore regional, ou de ficções. não pode deixar de ~hegar à analise concludente. d• ser ele o escritor paraense mai!t. pooularizB.do pelos seu~ livro,; ~ uela fnquéncia nas colunas dr no~sas revistas e jornais. Es~r, popularidade. tod~vht, · · ~ -r,,,na un!eA.mente de ,_,,,, rir !vide.de publicit:'iria, de \'P.:Z que se sabe de muitos llteráto.<;. para le!!1brar só os do nosso meio. que, quanto mais apare– ~em na imprens1:o., ,nenos 1slio lidos. 0 pouulan~mo de Jaques F'lô– res prov"m <h natmulidarle, õo fllndo humorist!co de suas cró– nicas. do semido humano de r..lQ;Un~ df' l!CU~ trabalhot, d ()f seus estudos de tipos da rua, da sua habilidade- em tirar de fa– tos comum, e vulgares concei– tuações filosófica~. E este codimento que o colo– ca na simpatia do!!! leitores e o tem tornado um intelectual e um poeta de mir1to definido, já pelo espirito compreem;ivo e isento do "culturismo", de ~eus escritos, já ).lela influência (jlre– ta que 1Jxereem no i;enttmenta– lhn10 das cla.!!seF. que pouco apreciam. os ecrtt-0res sisudos e eruditos. Por que meus, senhores, o_uem melhor. entre nós, sabe contar uma história de !'aboclo. eom :t naturahdade. com a deliciosa. finura com que "i;eu" Jaques "debulha" os caws que anota na vida obscura de 11ossos ir– mãos rnarafoàras ' Da mesma forma, <1uem, com mai,i •;erve. do que "mestr@ Jaqu@s" conse– gue um efeito de planos e mei11-s tintas, ao pintar um quadro ro– ceiro. com a oportunidade ~ a w minologill, da linguagem dos típcs. o,_ue 1-f' e11contram diisp~r– .sos nas suais obns? E' nesse sabor que ~8tá a in– timidade de Jaques Fl&-es; com cs r:eus leit-Ores. nlo ~-oenas e1111P– mund<J liliputiirno d.oi: ; mnerfl– cialmente letrador;. ma~. igueJ– mem.e, no grande circulo dos l,n– telectuais que fogf>m MS bi~an– tinismos das citaeões em línguas vivas e mortas _. De mod.o que o "Panefa t:le Barro". volume original, qul! e~-– .se incr\vel e batalhador Adersen <>.ditou no Rio, C'om uma "np11 l'UgPstivR do nosso prezado .An– dnllno Cotta. .,ob o ponto de ·dsta argumenta~o. f o ,1vro cfo momento l!terário da Amazônia, embora o ~eu autor h11ja vei– <mfado, mooest:i.mente , em en– r-revjsta ao "O Estado do Pará.". que o "Panela" não tem 0\1,trll-S pr11tensões senão estar à df~p~– s!ção dos amigos em todas as livraria& deista cidade. "": dit" i,;to. um Jarro abraço P. bóa, fortuna, ao meu velho com– panheiro Jaque Flõres. t.~ári~te 1 -;;Í.~ntiflcos: •·:;;~õ-·,,.;i. ro de grande saber. o Barão de GtiaJará, que lhe traç-0u um perfil pouco Usongei– _,:o. regist.ra o fato. dizendo que tt,.rera. ef.et -ivamente. de Plltro– nl, por Jons;?O"- t.em1'os, - "es,ia a,:radavel impres11ão''. No ano de 1848, por· ocasião do Cirio de Nossa Senhora de Nazaré. a diretoria da festa da miJ.auosa 1'.}adroeira, solicitou a Ps,trÕni, uma poesia em home– nagem à Santa. para ser 'PU• Miéada num do:;. jornais de Be– lém. Patroni não se fez de rogado. E no dia do Cirio. o matutino "13 de Maio" estamnava no centro da pr!meir::. página. 1>s– tes comolicÍidos ""nos no anti– im """'•utl.ante d1t UniVer$idade de Coimbra: "Belém vn1 1H1ven.ta f' nove na f>,.sr,riture. do hel•mis:m(I; tambem. um em latitude nes . f'Utas ,:fo civilhmn. a para})ola não entra mas t-<em da curva a virtud.t r.10111 tudo em ;,:i 1"econeentra mqdesto pat-ríClt.ísmo • Po°i~ K~;:~~ã· é. ;á--Mitiíia~· 1::: Logo. o norte é· eleição. Um Jos{,, nlí.o f mais bispo! P'elh::ie não é vi~~-rio ! ... em Ana é mãe dP Maria ! .. . Em Nazaré onze estão". E por iti 11eguia, numa mistura de ,uncil comµreensió. E' sabido cme P11.t.roni morreu lf\UCO. (:' &ll !IUft!i ps,lal'l'M t' II!:~– t,os. negfa énoea. j~ de:rnon<-tr"• vam. pelo P-xemplo citado, :!r21.n– cn desequilibrio de idP.ias. No l!ntanto. ,i, '00e1<h1 aue el" deno– m1niou "Cirlo h Nazaré". teve 'ltS seus 1ouvl!.dores ,. ganhou r11ma.. E desse modó, tem sido ínc-en– sado e combatido, dentro e fóra " " ~eu tt'muo. o,1tra persoMliàe.de ~ujeit::i ao _tul1$amenfo ma.is contradió– ric, õ.os :!'f!US cGntem.po:r~n!lOS, foi srm ctuvid:,,. o conego Siqueira M.,ndf's. Quern se der ao cuidado dP !olhe!lr its pá~lnai;; do "Diárln do Comércio", qua11do ,.quele ~acerdote era decutado à As- 11emb!éfa. LeJislattva Pl"<1'l'lneial. pa,•mará diante d.a l"érl~ de in– ,-u1tn1i. pesadoi;. groFseiros. eon– tÚndentu. 'J.llll rliarlnmenre. ":-t.m. atir~d~s ao notavel came– tur,,e. Não se tratava apenas de urna campa.nha nolitiN1. tão do vo~– to e do temneramento do~ ho– :mm,; de todcs 01:: tempo~ . o que procuravam fa,zt>r na– quela. ,~pi,r,a os adve:rFá.rios de Manuel Josf de Sioueira Men– •ies. era diminuir-lhe iu1 vir– tude~ civical'. Negar-1b.e.s as oualida.des inoni~ com. ouf' se í!'l'lpôs ao · re!!]ileit('I • à admlra– ç5n doR teus pat-ricio~. Vai aqui um e,cemi:ilo da. su!l altivé11 e do modo com que IH)ll• l' a.va os golpes do~ seus oposlto– rff<. Na, se,;são de. '2'7 Óf' UO\'embro ,)1!' 1859. <ln A«sembléii;. I,:adsla– tiv1t nrovineia.l. <'Hscw·s11 va o er,– ne,zo - S!ouetr1t Mendett. ~pzi:t@aflo nor m11 deputado. cmanclo f•ulia refero1e.ia !I! no pre– sidente dit }:lrovmeia. e:i:elemon e grandf'. eonterrtneo dos Ro- 1tma1doe ! - Não preelllo senhor llt;pu– taa:o do 1\0.ler la, autorldatle }lar~- ,a mir1ha elefoáo: e l\et"I!• dite, oue se eu entendet1s~ que neee!!Sitava da intervencão da autoridade para come,ui-la, eu - , . m. nân me aprf'ft'.lnf,a.• rd flandldafo. mesmo poriruP rP– eonheQo e já t~nho cledarR1o. f!Ue repugna Colt' os brios c'fc,s 1Sametaen!!es. aceitar imposição ~e quem quer oue ~1!ja : No ann seguinrr tJ Parr.ido Conservador ,·encia ai. ele!c:;ô~/i. provincial~. O C'Onego Siqueira Mendes est-avtt eleito ! Era <>orno respondia. 11 critJca e ao .i~1lgamento daquele~. cu,ios concP!",o,.. sóbrp n~ homen,., de sua épocl!. nã0 iem Q solide;, na ,'trtude, nem ~, •~onstilnda da !é. . . Os conclaves 1 õ~ C'omo II bre.~ileire.. Em gran– df parte fonnada dP efomem.cs priinitl,·o~ em :s:ua cultura. uma importancie. todl'I c>~pecial qup só agora vai ,endn e~tuclac!11 ~ob C"r!tl)no ~odnlogico ou pa– ra-socinlog:ico. E e era natural q11e toma~~e a.qui o caráter par– ticularmemP brasileiro que to– mou. Poi~ tornou-H' o me!n dP exprcssifo, moral e ~ocialmentt'! aprovado pela n11~•R i;-pnte - pelo Oowrno. pela Tçrr_il'I. plêllt Opinião Pública. pelo Belo ~e– xo. pPla Imprensa - de ..- .. ~ dos Reis /\Aagos c::.. na do tempo da llitad.ura, Q.U.f' não _pôt'r 1:Jfkt• r,ut- U~•adl\. uois .n..tin e-ra •tm ,.,,nt('I- "" }t;°.1.tal. ma~ e,1i,:res,a--"'a os conta dr, vlg:\.rio do Dltallor " ~eus (1ltadorlzlnhos', Romeu lVfARIZ ,oa Academia Pai-eense de Letrai, Nào mal!! ôS oeduinos do cle- f'r'zi. N'ão mai" 01> reí11 ~uia1os du estrel11.s. com a!'; SW'! 8 c11rn. vanas de camelos ,; dromed:trios. rompendo leguas, t,ra vé~ M ,i - :relais a.rdente~ a.fricP.nn~. rumo de Belém. Já fóra. dos hcrí: r.on – te11 ".Sfumado11 . Não mail\ ! Ao.ueles sonhadores. ouP :; F f C()t)duzia a tão longas dist-anci11~, Junto a uma rn11.ngedora, oue erR um bP.rço: _iunto n um menino, que seria um Soberano: junto a um mortal que se divinizarl11. e rPdimlria oi; hornen,::: aqUPla1; r-rês fümra11 solenes. perdidas nit amplidão <ie areiai~ infin<l.01S, v11 - gando, ora dentro do liil<"n<"!o mortal de um mundo de~:1.blt1i– do, ora açoit!lda11 pelo~ \ ento~– furiosos e gemebun,fo~. da!<! tem– PE!stades inconi;equente, : a1.1ur- 12.1 três figurai, caminhando pr1 • ra um De5tlno, simbollwnun P desespero d!! mnr, Dúxida. a ,_ 1·an<la d~ hurmmtrl ade .. . VlviAm numa Anr.iedade, cer– eadas do ,•acuo de uma hors in– definida. insatisfeitas. mnura– du. il orocnra do GRANDE OB– JETIVO ~ TR~IS R-EIS MAGOS ! Treis interrogações. trei~ i)1- CQ.ll1lit-as, treis s,mbolos. Balta– zar, Belehlor. Gasuar, seri!lm 11s– tt111 os i:eur. nomer. Arsim o~ ba– r.tsmr A hi.storia. n•sim "~ focou ns tempos. trazendo-oii; ao11 n('l,;– sos din.s. naquela. mistica. suave, 'J_Ue o i::ristianlsmo derramou ne– lo unlvergo, nA ~!'Pa.ção dp uma Fé pelo. 1,nc-11 cto~ htro\s e snn– tos (l Yf\·.-ãr~. Te.riam :m1o elps o~ -primeiro~ 1! auteritícc:o. crur.e.do ~ da11 pre~a • .,õe1 que o em:e:i;inho da :rnange• <loira de Belém mais tnrdP !e- 111"'3.ria, 4!'nt balsRmic~.s pafavr?~ e obra.s. de redei1ção do homem. ,Tá naquell'" éra, dent,ro de im:; mentalidade apoucada., os ho– men~ .narece pr! "va.do , quando if'! busca,vam. na permuta de ra,:o– res e benesses, atribulam-se 'l'e– compensM Isto na vida t,errenii Ne ,•id11, l'.Spirltual. quando se invocava a divindade. em rogos • preces. a divindade pagá <los bezerro~ de ouro. <:.omo a {livin– dade rP!igiosn r;ub ,iet.iv ~. "'ram justas e lic! t.as as proml'lssu f' ofer<>ndas. As~!m .as grac;a11 dos Deuse11 ernm pagas em votos, <'Ompensadas em presentes, que ,eram rlquesas foeompub1veis. Nt>s~a ,,i~áo. nef.~e pen5a.men– to. foi porventura. C.U<" :a.011rle~ maqos tio <Yiente, primeirn~ comparsas da historia de Jesus, no Sonho admir11vel do Me.~~ias esperado, apetrecharam sua,s ,:,a– ravanas, <". guiados dos astros lnaram. ao Deus Menino. M p e– (lrar!a~ dos ~eu;; te~ouros a mir- 1·a. M essencia& dP perfume~ ine– briantei;. nardos f\ er!'l,V01<. li~ e1-- 11eciarif!~ r:u-aF, o cordelrn de li aquecedora. "agradM.. p:na 11 Divindade. dádivu prrcins , 11. . ra um Poder que a :;t1 r 1•,,no,1 acha\·a. c11paz e cheio df' amor:- ade cPlest-ial. no <llstribu!r ta - vores em recompensa de tanto ~acrificio e àe tanto camlnhnr. .'.l!Iilenios ::i.nte~ .. o!. F~raós po– tentado.~. Cresos do :<l'll I rmpo. coni;truiam túmulos p11rr1 ,, I"l.'– POUlio futuró de seus corpo~ mu– rnific:ndo~. nnnulos ()Ue •'ram fant.astkn~ e1;crinior-, Ja7.ldf'I• de r!onesas in<'ornensur~ -.,ei.r;. a ll d,.– ,nsítada/; romo lribur,c• ::>.ç, Q 'E vieS!'I' .lU ~t.nr COlllRS ('()!Ti f) mor– to f?mineme . Os R eis Magos. desF m rnentalidadP. misto ;ir dommio de 1Jrn Eme. ~ubj.,1 irn 'Jl'.5pir! – ru~J: misk, de utllittu-1smo hu– mano, o~ Reis Ma1:w~ b!l:>licM. no oe,·orrer do~ ~fK•11lo•. ,.r,..,..,eram multiollcarf'!m-i;e. poroaram o~ mundri~ fi'oram tú.do. pelr ,•idíl à fora !o'oram o~ famo~os Cruzados da "dade media. aqueles que. ex– o!orando a Fé. rum11Yam 8. con– qu!s:raF, em i err,,.s dist.anr.es, contagiados de cubiçr;, a ~e 11m– pararern no grande Motivo. que era a, defesa do cri.st.iani~nw pr– riclitante. no roldão de mil re– ligiões diversa, P firmadas no consenso uúblicc, 'mi\·er1>nl Foram 1"udo Multip]icar~.m– l<e, che~a.ram l'\OS llC!SSOS dia~. nii.o ém "ºl'lt-:u, dP eamelof " in– dumenl itd!'~ de m11gos, ma~ em. tndo& os Fmr11Jos. em rodo~ º" tran~porte1,, eob todas as canar,. rra.vefitído~. j:>. a,orR- com o ',-;e1, r érdacteiro nome. na p,:pre~sti.n miiiP f'_-..ren~a f> frc1mda ; RETS MAGICOS . Talveir. r':'is famoches, tei,; ele uma. grande r.onfrarla, unlit.i– queim:a: pa ra. todos os gostá~. pa– rn 1od~:, ai' emprPlt,11,dnr., pare., r.odo..s l'l..- plat.,;:'¼~ Siío de eirrn : peritos. adestrados ceeamote11do– re$. fjllP, rom.nendo ni edl'dAs. furando i· mapamundi, 11.çar11- barcariim lodo!\ os 1,etorf'~ d:; vi– da publica, --- social. adininis– trat1va, comercial, tudo, tudo . . Foram colaboradnres !'X.imiol ela politica: habeis lransforms.– dores de si~temi,s. criadores de ideologias. falsif.icadorr.~ de ~ta~ P.leitcrab. ciue (>J"RiT.:. i1n:1 pr·1nor (Contlnúa na oitava ppáglna) ~em baiana. e ar .. um pouco e csµoelragem perniunbucans ou de malandragem r.arioca. Com F,s~... ~ re~.duos é que 1J Joot-bal7. br1nilelro afastvU-~f'. do bem or– denado original bl'ltànico pn r tomar-•e " dan.~a cheta. d11 ~11r– presaE il-racíon!l.i~ e d l' vr,ria~r5é,; díoní~iar·as 011e I!. A darua d1m– .'md?. bainnam.,nrf' no? um J.,eo. nidP.s . "' Pllr um Domi11go1S. c::om umn impassibilidade que ral,·ez a0us"' ,uire,•Lô<'S ou influênc1al!> ameríndias sobre sul! personali– dadP ou sua iorma i,f. o. MM de q11alguer modo, aansa. S!l blimand.o tanto do que 1m1!s nrimitívo. mais _íovem , mais elPment.ar. em 11ona r-ul• run,. !'rn natura; que o /ont• bali. no Brasil, ao engr1mde• eer-~e cm in~titukão nac onal. t>ngranrieeessP: 1ambem o n egro, () descendente de negro. o m1J – lat-n, o eafuso, o me~riço, E n– •r" os meios mais rece11t , - l~.to é. dos ultimes Vinte ou trln• ta ano!'! - de ascen~lo 90t1al do negro 011 do mulato ,;11 dn ca!uso no Brasil. nenhum .:– cede. em imoonân.cia, ao Joot– lm/1. Este aspecto dr. desen\·ol\•i:.. mento do toot -ball n11 Bra 11 , !ixe-o M:?rio filho com uma penctrn ào urna nbjl'.tivld•de, umo :::egurança. um.a mlnúc;la, 11m lnxo de pormenores xl;nUi• critil·os. que tm·n an1 ~e11 ~n~a ot;ni, de imr,orUi.nc1a pa,rR l'l e .. :.:mio ~ociologlco e p~i('olosico dri. asNw~ o do negrô e d" mu .. la1.o n11 ~o,:-1ed1Ide brasileira. O cro!1i:<t11 esportIVo, j á tào ad• niit -A.dn pele, pod e.r de <>voe•~l o om que tem \'indo nào ~ô jo- 01< dràmaticos -- o doi; bra • Jeiros com os uruR"ua!o , l)Or exemplo - comn os come 0$ do~ <'~porte~ no Rio de Janei• ro, apres:enra -~e nestP. ~eu no– w, rrabalho. mais prinrimn lfn q ue ;mn(',; dRQuela. ~ociolorla do·, e~pone~ P'H"n a quai eou do-~ que desejariam ver Mario F ilho :sP encam!nl:lar cad ves mau;. atrav(>~ de estudoa maSlt demorados e mais profundos do "'~•unu, Escritor a g1J ,;- plastico. Mar10 Filho e tam.hem pesquisador int,eligeme ~· pachorrento para. quem a J1ístoria do Joot-ball em nosso .PR1c< parece Já não ter mistéii o neuhnm. Xem a hil'• ,órm nem a a r,ualirlade. Da.f r, interesse da~ pagíniu, em q~ .rnmm ,;,rn.• ()b,erva~es, e ""115 l',~tucios :,obre o negro o tcw,t. bali, E " e~te livro de .Mano 'P'ilhõ w ,1 rl.oi; . m11's ü1•iginal!i P. ma 1 ~,1n:('•t.ivos e~criwi; ultimamente ~or brasileiro. Ultimamente w. •-RlH'"· Pln qualquer época. rp1e iá qm1.se nào mi' espanto com o 1·igor e a orlginalldada d€ -.alPntr, dP tp1alque1' (\01 doiit Hod:·1g1te•. filhos do ,,eJ.ho a~ l'io P. a·mãos de Rob~rto - o plntor admilavel que um tiro ô.!' mulher matou tão jovem - ll as paginas a que jumo llf0• ra este pi•efácio inutil, com re,r• ,i,w:r;r(, !"n,an to. tant.a.s forans as ,u;1<>•;tô~,'- f()nei;. e novas co,ia. que me surpl'eendera.m.

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