A Provincia do Pará de 22 de março de 1947

Na foto acima, vemos os médicos veterinários Jorii Lobato Eulhosa e Ellzlo ArauJo, quando prestavam declarações ao nosso representante. material colhido para determinar I Qo v ocrv 1 "'u ut: J.JC >:;""' .n. 111 uuu a doença verdadeira, e que nos grandes .~ulturas de trypanoso– prestaram palpitantes declara- ma equi , o germe causador do ções. mal. sitivos e dez suspeitos, sendo de notar que, em nenhum des11es es– tábulos, não se deixou de consta– tar um caso. que BC encon,;rava. .r-u1 ~ 1.11:,a.u, .u,,... meado Interventor o engenheiro Be– l!no Blttencourt que, nesta capital, pouco pôde fazer, visto o dinheiro poasuldo em ealxa ser em quantia Recebido na· Academia de Letras o sr. Edgar Proença NAO E' O MORMO -- A BRUCELOSE ATACA - lnfima para as dividas da velha em– PROSSEGUE A FISCALI- prêila. Voltou, então o 1<r, Bellno à O novo academico foi saudado pelo sr. De Campos Ribeiro - · Homenagem a C. Alves A Academia Paraense de Letras, -realizou, ontem, no Teatro da Paz. 11ma festa. de comemoração do cen– t.ená.rlo do nascimento de Castro Al– ..,e■, prestando, assim homenagem ao grande poeta. brasileiro. ·"-' nossa principal casa de espeta– cutos grande foi o numero de pesfióa~ oue compareceram para assistir à <ile– iante reunllo, pois que, de par com aquela aolenldade, o nosso Sllogeu realizou ainda a cerimônia da recep– c:ão do novo "Imortal" Edgar Proen– ça. eleito para ocupar a cadeira que pertenceu a Jullo Cesar Ribeiro de ao,isa e que até bem pouco tempo \'lu ao poeta Severino Silva. hoje embro corre~pondente da Academia o Rio de Janeiro, onde atualmente rn fixa.da . a sua residencla . As nossas principais autoridades e • ,nalorla dos lntelect11ais paraense3 nst!tulram a 11rande parte da seleto. lst&ncla que lotou as dependenclas Departamento dual de Saúde Esta- do luxuoso Teatro. valendo dizer tambem que não fol pequeno o nu– mero dP senhoras e senhorinhas de nossa sociedade quP ali comparece– ram, para nssltir à fma noite de arte promovidn pela Academia,. O JNICIO DA SESSiiO A's 21 horas, sob a direção do pre– sidente •do Silogeu paraense. dr. Acl– l!no de Leão. foi a sessão ln!c!ada com breves pe.iavras que pronuciou dizendo da finalidade da festa que se estava rea1:z<1ndo e, após raplda apreciação das iniciativas levadas a termo pela Academia, conferiu a pa– lavra ao ·'!mortal" Bruno de Mene– zes. escolhido para dissertar sôbre a personalidade de Castro Alves. Durante cêrca de uma hora o co– nhecido poeta, e jornalista se ocupou da fle;ura do criador de "Ne.vio Ne– greiro", . examinando-lhe a invulgar personalldade. dando-a como uma das mais vl::orosas no cenário da cul– tura brasileira A POSSE DO SR. EDGAR PRO– ENÇA Co1nO l'.!ontínuação do programa elaborado para a noite de arte, Ee- ( ()ontinuação da quinta página) .guiu-sP. a cerimônia de recepção do no1;0 ·•~m•..1r-;J'', -sr. Edgar Proença. tend_o nl::'.o r:--!·~.F 1 n1 :t.s.da uma comissão de·, - Ao D. S. P., para e-,:,,me r.cnpos>.o. <i01 rcad·•,nlcos Torlblo Lo– • parecer. pc,. L 1 1\,; 'T. ~;;, ,tr:;;. C.,1mes " De Cam- 10-801 - DenartamE'nto Esta- pos I?!";:,,'.;·r.,. Pº ' •' •" "•1t1uzl r no re– dua.l de Saúde i'~apeando pdição ~int, 0 ·: 0 nl1.,clr.'.o j:,rnallsta e rea- trologo, o 'l_Ue :ú! f ,·1to sob ~alorosa n. 766, de João Fontes Filho. rom salva ele p:,,Jmas de ,odos os presen– anexo, contagi>1:.1 ele t.cmpo de l'E'r- tes. viço) - Ao D. S. P. . para se Levado ~ tribuna, proferiu o sr. onunciar sobr~ <> pPdido . Ed1;ar Proenca sub3tancioso discusn. Iniciando suas declarações, dis– se-nos o sr. Boulhosa que o gado atacado não é o bovino, mas sim o cavalar, fazendo ressaltar, mes– mo, -que o gado bovino é refratá– rio ao terrível mal denominado. de lnormo. Quanto à doença que ataca o gado cavalar, declarou : -Da análise do material co– lhido, podemos diagnosticar, até o presente momento, ser o "mal de cadeira" a doença que está debe– lando o gado cavalar do Marajó. Prosseguimos, entretanto, nos nos– sos trabalhos de análise e, será possível, que tambem o mormo se– ja uma das doenças que a.taca o gado. Entretanto, até o presente momento, só podemos assegurar ser o "mal de cadeira" a doença dizimadora. GRANDE MORTANDADE Continuando em suas declara– ções, disse-nos o sr. Boulhosa : - O "mal de cadeira" está pro– duzindo grande mortandade no Marajó, principalmente na rf'gião do município de Soure, onde qua– se todas as fazendas estão atingi– das, tendo sido a de nome "Ma– tinada" a primeira onde se notou o mal e onde colhemos o material com que procedemos às análises. A doença que conhecemos pele no– me de "mal de cadeira" - pros– SP,guiu - é uma doença parasitá– ria, produzindo grande mortanda– de, como está acontecendo na "Matinada.", onde mais de· me– tade dn gado cavalar já pereceu. PERIGA A POPULAÇ.li.O 445-812 Departamento do durante o q ua.l focallzon Pm pro– r viço Públi~Cl ( .,!ln"anr!o nfiríos longade analise o , elita de Julio 0e- ., D E i;:; ·p sar Ribeiro de Sousa, n quem per- - O mormo - continuou o.nos- 1'1 - 438 e 458. "º · '· ' · ·· t.enceu a poltrona. para a qual ha- so entrevistado - é uma doença com a.nexo. pedindo 11.utori 7 ,.çãn) via sido eleito ,:, que nuquela oca- infecto-contagiosa comum aos - Volte este expedient.e no D, E• slão ,:,stav" na ni,sma sendo empos-1 equicleos - cavalos, éguas, asnos, . P .. para, pelo seu chef". !nfor- sacto. o norn _academlco. ao ~:icer- etc. _ podendo contagiar O ho-· n r a naturPza dos materiai~ ad- rar a sua oraçao, 1·ecebcu numerosas ã t qu1ridos às fi,.mns desta praça. palmas da assistência e as tellclta- ! !1.em, 0 que 1:1 ';, acon .ece com O 'iM PETIÇÕES : ,;;ões de seus -,o!egas de Academia. mal de cadeira . llS _ Aurora Alcidia Peri>ira ~P tr-ndo-o seguido na tribuna o sr. De Quando esse terrivel mal ate.ca nura. fcontaJ?em de tPmoo de Campos Ribeiro. designad0 pelos seus o homem. o ·atinge mortalmente pares para s~udar <> membro recem- em poucas horas, daí o interesse rvlço) - Ao i;r · Aroiii,;'-t.a. pare. ºmpo~sado. P, a espectativa com que prossegui- C'tm1prir o despa cho S 1 "ll'!l • o PoJ-;TA DE CAMPOS RIBEIRO remos os nossos t,rabalhos. pois. 38 - Amérk'l P1,,·dr!l 1 \font.Piro S/1.úDA o NOVO COLEGA além de já ser grande o peril,!o fp11dido de cert.idi\~, - Er.trPgue- Ocnpanclo a tr!buna erguido num medtante recibn. r'os o.n gnlos ctn polco c:o Teatro, nara O gado cavalar, em caso de '.l9 _ Luiz Mesm·ita (com anexo. o ai,tor de "Brazte~ ne . Portui,;al", ser mormo. maior será, pois até ticrlido de nomer-tcão) _ Chami>-se 0m e!oauente, palavras. produz a a população estará. em perigo. s. G . . 0 neti,..ionário em dia e saudac:ão :,o seu no•.•o colega Ed:;ar " Proeilça, em torno de quem teceu elo- hm:a desimpedidos. gloso~ comentarlos abordando fatos 1 - Erúpri.-,p dt> Transuortes que o Plewram no c,on celto dos clr– r o,·iag Brai;IJ. ~ . A . 1 com r-tne- culos culturais não só do Pará como xo. Pairamento (lP 1Jass~.s:em • - no~ de onr.ros Este.dos. onde o seu A . D . F .. par;i dizer s1bre n pe- nome figura rui ~'" terlP de renoma– dklo. dos 'tes.trolo~os e rcmancistas de fl- 764 - Paulinfl Melo Garda naTi:~1~~;~~~d~. sr. De Campos Rl– fcom anexo, pt>rlir:lo r\e matri::ula) beiro disse da satisfação que expe– - Sobre o UP.r1Vio lnfo 1 •mp '> :;r • rimcntavam naque!P. momento todos <i1retor do Colégio ]j:stadual "Pais os membros dr, Ac:cdP>11!a Paraense de d.- Carvalho". Letras vendo integrado no seu cor- Não possue débitos... (Continuação da t.• página) naquele país: ''Esses fatos sur– preendentes mostram apenr,s uma parte do que a Argentina está fa– zendo para controlar a sua eco– nomia . livre da interferência es– trangeira". Em seguida, o sr. Elizio de Ara– újo, prestoú-nos palpitantes de– clarações sobre a luta do Serviço contra a brucelose, terrível mal que está atacando o gado bovino da capital. ZAÇAO _________ Capital Federal, afim de conseguir que lhe fossem entregues 01 3 mi– - A brucelóse - disse-nos o sr. Araújo - além de provocar o aborto nas vacas, concorrendo pa– ra a diminuição do gado bovino, ataca tambem o homem, produ- Finalizando suas declarações, disse-nos o sr. Arau,io que o Ser– viço prosseguirá a fiscalização ri– gorosa nas vacarias da cidade e mesmo no gado que entra e sai, pois que diversas rezes que deve– diam seguir para o Triângulo Mi– neiro o foram impedidas, per es– tarem atacadas desse terrivel mal. ELEITOS ONTEM, AFINAL, OS MEMBROS... (Continuarão da primeira páglnal dor Joio Augusto Neiva, deputado do Brasil, os rs. Hermes Lima. Horacio Lafer e Campos Verga!. de do ex-reitor da Universidade que foi, durante onze anos por aquele Estado e chefe da redação -dos Anais da Casa. Esse voto foi requerido por motivo da passa– gem do primeiro centenário de ACUSADO O INTERVENTOR seu nasciment-0, explicou o sr. NO PIAUÍ Dantas Junior. Passando à or- Convocada outra reunião para dem do dia , o presidente anun– vinte .. minutos após, f~ a mesma clou que a mesma constava da iniciada às quinze horas, pedindo eleição dos restantes lnem– a palavra, pela ordem, o sr. An- bros da mesa. Pediu a pa– tonio Correia, da UDN do Pia.llf, lavra o sr. Café Filho, que levan– que criticou asperamente o sr. tou a questão de ordem :r;io senti– Teodoro Sobral, interventor de do de se saber quais as provi– seu Estado, principalmente pelas dência dadas pela mesa, para as– violencias pratlcadás contra o seguir a representação propor– eleitorado e também por malbara- cional dos partidos, na composi– tar os dinheiros públtcos. Asseve- ção da Comissão Executiva. Re– rou falar em nome de seu Par- feriu-se ao que. a respeito. pre– t.ido, ao formular o requerimento ceitua a Constituição. que manda em que solicita, ao ministro da assegurar, . sempre que possivel, a Justiça, informações sõbre quais representação proporcional par– os motivos de ordem administra- tidária, quanto à composição das tiva que determinaram a vinda, comissões permanentes. O sr. ao Rio, do interventor daquele Barreto Pinto sustentou que a Estado, com elevada ajuda de Comissão Executiva, ísto é. a custa e às yésperas de transmi- mesa, não era comissão perma– tir o cargo ao governador eleito. nente e lembrou que isso fôra O presidente Samuel Duarte as- aprovado pela Câmara, ao vo– s!nalou que O sr. correia, embo-. tar a resolução ~~ inicio dos tra– ra falando pela ordem não apre- balhos. O sr. V1e1ra de Melo, do sents,ra qualqµer que;tão de or- ' PSD d~ Bahia, interpelou, então, dem e dirigiu uma -pêlo aos re- o presidente, sôbre a maneira presentantes. no sentido de cum- porque pod!ria ser assegurada a prirem religiosa e espontanea- representaçao dos partidos na mente o regimento interno. Acres- Comissão Executiva, uma vez que centou que dito apêlo se justüi- os seus membros são escolhidos cava, no inicio do novo legisla- at.ravés de eleição. Solucionando tive, de vez que preferia a coope- a ·questão de ordem. o presidente ração espontânea de todos, pois declarou que, realmente, fôra ser-lhe-ia sumamente desagrada- aprovada, pela Câmara, a reso– vel ver-se na contingencia de ter lução que exclue a Comissão que cassar a palavra. a algum Executiva do critério de rigorosa orador. Isso -é até mesmo - !ri- apresentação proporcional, esta– sou - no interesse do próprio belecido pela Constituição. Lem– legislativo. A requerimento unâni- brou que, a rigor, tal critério só me da bancada bahiana, sem dis- poderia ser obedecido na compo– tinçã1"i cte partidos, foi aprovado, 1 sição das conússões técnicas, em seguimento, um voto de sau- cujos membros não são eleitos, da.de ,~ admiração pelo comenda- mas indicados pelos partidos. lhões de cruzeiros concedidos à Pa - rá Elétrica, por força · do decreto-lei n. 9.452. E lá se encontra à espera de que seja cumprido o que dita esse decreto ... Falando ao reporter da PROVIN- CIA DO PARA', declarou o sr. Mil– ton de . Araujo Pinto, secretário da emprêsa, respondendo pela interven– torla q.ue, em caso ae não ser conse– guido ·esse auxilio, o colapso total vl– rà, por força, não tão cedo como se anuncia, mas será inevlts.vel. O PORQUE DA SITUAÇÃO Continuando em sua entrevista a este jornal,· declarou o sr. Milton Pinto que, desde o 1tno de 1932, a Pará Elétrica só tem "deficits", em todos os seus serviços. Concorre para Isso a alta assustadora dos preços, de todos os materiais, sem exceção, bem como o aumento de 1alàrios de seus funcionários, embora continue sempre a Companhia a cobrar as níeà– mas taxas por seus servlçoij. Por ou– tro lado, continuou o nosso entre– vistado.de ano a ano vêm diminuindo os poucos e,uxlllos que o govêrno con– cede, chegando ao ponto de, há cêr– ca de três meses. aguardar que seja cumprido um decreto-lei justamente o que concederá o suficiente para evlter que o colapso total venha tão cedo. PREÇOS ANTIGOS E ATUAIS Falando-nos sôbre os preços anti– gos e atuais. pelos qus.ls slo forne– cidas as materlas primas à Compa– nhia <.!e Eletricidade, declarou o nosso entrevistado: --Embora o preço da matéria prima. tenha subido a Companhia continuou durante muttos anos, co– brando em todos os seus serviços, os preços "!gorantes desde 1905 a quan– do do ·inicio de seus serviços. Binão vejamos: de 1905 a 1944, cobrou a Patá Elétrica 1 cruzeiro pelo quilo– watt, desse ano para cá. passou a cobrar de acôrdo com o preço do com bustlvel; em 1905, para se Ir ao Ver– o-Peso ao Sousa, gastava-se 600 rela, ou seja, 60 centavos, depois passou para 20, e, atualmente, o mesmo tra– jeto se faz por !10, enquanto isso, de 1934 a 1945, o preço da lenha entre– gue na Usina era de CrS 5,50, o me– tro quadrado e, hoje, é de 28,00; por último. gastamos 982 contos em com– bustlvel, para, dez anos depois, Isto é, em 1945, dispendermos 9 .592. QUINZE ANOS DE "DEFICITS" --E' um logro pensar, como mul– ta gente pensa - prosseguiu o In– terventor Interino - que a Com– panhia tem obtido "superavit,;" com– pensadores, quando nem mesmo sem serem compensadores, obtem. Há cêr– ca de quinze llnos. vem a Pará Elé– trica, se arrastando com "deficits" gigantescos anuais e, se pediu Inter– venção, é porque não aguentava mais. Em seguida passa às mãos do re– porter um quadro com os seus "de– ficits", do qual tiramos os seguin– tes dados, que nos mostram os pre– Ju!zos doa ultimas anos: 1942 .. .. Cr$ 2 :056.131,60 1943 .. ., .• •. " 2.715.224,90 1944 .. ., •• .. 903.1565,40 1945 " 1.833.315,50 1946 " L 137. 610,80 Jan. dr 1947 . . . • " 277. 726,40 cujas contas de energia sao pagas depois do dia 15 de cada mês, sem direito, portanto, aos 20 por cento de abatimento que lhe concedemos in– tegralmente. Lutamos, tambem, com um desperdlclo enorme de energia que não nos é paga, pois 40 por cen– to da população usa "gato", o que já se tornou um vicio tlo natural como o de fumar ... O "CASO" DOS AUTOMATICOS Já por duas vezes, foram instala– dos telefones automatlcos em Be– lém, mas, até agora, ainda não teve a nOSl!a população, o gosto de usa– !Ol!. Porque ? Perguntam todos. Quem o responde é o sr. Milton Pinto: -O próprio funcionamento dos te– lefones da capital tem sido protela– no devido, em grande parte e quase que aó, à corrente elétrica.. Seriam necessé.rlas 72 horas de corrente cer– ta, continua, para dar a primeira carga, na Companhia Telefonlca, e os "automatlcos" então poderiam funcionar. Esse é mais um prejul– so que r.ausa a eltuação calamitosa da nossa velha Companhia de Ele– tricidade. A USINA DF. ELETRICIDADE Passando a falar sôbre a Usina de Eletricidade, declara-noo: --A nossa usina. possue 9 caldei– ras, sendo 3 a oleo, 5 a lenha e uma em adaptação para funcionar a oleo, Quando novas, tinham essas caldei– ras, a capacidade de produzir 7. 200 quilowatts, cada. Hoje, produz cada uma 4.500. Note-se, entretanto - prosseguiu - que não se acham to– das em funcionamento, além da que está em adaptação, 2 mais estão em vias de parallzação, achando-se unia outra encostada. Podemos-nos orgu– lhar, entretanto, de poBSulr a maior caldeira da. América Latina no gê• nero, que é a de numero 1. --As caldeiras estão velhas. des– gastadas e cansadlsslmas. O conserto que se queria fazer numa delas ,é quasi lmpo88lvel, visto terem sido construida, umas juntas das outras. em contraste com o grande espaço que sobra ao lado do cdl!lclo da. Usi– na. Por falar nisso - continuou - Be– lém.. talvez, seja 11, unlca cidade do Brasil que não pode se orgulhar de 11m edlfle!o da Usina da Luz, por– que nem mPsmo o· barracão onde foi construido est~ em condições, l!sbu– ra cado e mal construido como se acha, Após forneceu um quadro com as Indicações de cavalos-vapor por ho– ra que sAo autlcelntes a cada cp.1- delra. N. 1 - 16.000; n . 2 - 8.000; n. 3 - 6.000; n. 4 - ILOOO: e as outras cin– co re11tantes: 3.500. num total de 57 .500. NOVA USINA --Para a melhoria d~ energia elétrica, somente a construção de uma nova Usina, que deveria não mais se servir de caldeiras, mas sim de geradores "Diesel". o ma.Is Indi– cado no caso. Para Isso a nossa capi– tal, seria suficiente uma. Usina "Die– sel Elétrica". com capacidade para 15.000 quilowatts. O emprego de ge– radores diminuiria o preço do qui– lowatt. Tendo em vista - continuou - que o govêrno nos concederá, for– çosamente auxlllo monetá:!o e que as caldeiras da Usina não traba!ll~.– tão por muito tempo. foi que fize– mos uma proposta a uma. companhia norte-americana, no sentido de com- l!U c;o1.a1 aa empresa. Temos que con– seguir dinheiro, em qualquer quan– tidade, seja como fõr e com que fôr contanto que consigamos. Entretan~ to, um auxlllo do govêrno, nunca deve ser inferior a 15 mllhõPS de cruzeiros, pois com menos, nada de bom pare. mantermos o fornecimento de luz, poderemos fazer. 1.200 EMPREGADOS --A Fará Elétrica - prosseguiu - emprega atualmente cêrca de l .200 homens entre funcionários' ·d~ escritório , trafego, oficinas, usina, etc., o que é uma quantidade 1nflma de funcionários para os .aeue servi– ços. Dos 600 homens que trabalhavam nos serviços de reparos de trilhos, somente restam 45, que se aesdobram em consertar os milhares de quilo– metros, da. rede de bondes da capi– tal. Quem mais se ressente, entre– tanto, é a oficina <le reparos de bon– des. onde, antigamente, empregava– se mais do quadruplo de pessoas que boje ali servem. Daí, os bondes fica– rem ali retido~ mes~s e meses, à es– pera de serem concertados. NAo ad– mira., porém, que nlnguem queira trabalhar, pois não compensa o or– denado que pagamos pelo serviço e noras de trabalho, mas, mais não po– demos pagar. Só quem tem amor à Companhia quem desde o principio de sua vld~ all trabalha, /! que continua a faze– lo. A rend.a da Companhia nem si– quer chega para pagar os ordena– dos... O SERVIÇO DE TRAFEGO --Dos 102 bondes que contavam nossa capital para 3eu senlço de transporte, estão reduzidos a 30 e até mesmo muito menos. r.omo terça– feira P. p., quando sumeute circula– ram 10, assim mesmo Qm deploravel estado dP. conierva,çl!o. · En.tretanto, nunca mais de 40 de– ve ser o numero de bondes em cir• culaç!io, pois M~e •' o maxlmo per– mlt!do pela. energh elétrica. Os restantes desses 102 - prosse– guiu em suas declarações o nosso entrevistados - acham-se retidos nas nf!clnas da r.ompanhia, sendo de es– perar que, dentro de breves dla.s. vol– tE;m a clr~ular malF alguns, Inclusi– ve um "balanga.nden·• r,o~n ·•truck'' novo, l'eforma <esta que t odos os ou• tros estão sofr.,ndo. FALTA (,ENTE --As nossAs oficinas Boo <>s mala e;omplet"s no génf'ro, pos;;ulnrio ma– quinas qu" nehumR mitra possue. e, atol em fundição, que Já prestou lnes– tlmavels serviço~ fli:ternos. Entretan– to, i,omo J~ frie:ei, lutamor, com fal– ta di, g"nte, <>brlganõn " narn.l1.a1ação das me.quina~ e o completo despreso pelos bondes que p1·cclsam de repa– res. Embora venha de há tnuit,o essA. situação, os bonct-~s. no ano d.e 1945, deram uma renda. de 3. 033 .154,70, que diminuiu sen<il'e!mente ano pas• sado. e mais dlmln11irá este ano. Quanto ao numero de passageiros tre.nsportados, esu, dlmlnue, tam– bem. acusando o ~.no passado, a ci– fra de 13.918.450. RELATóRIO ,\ O MINISTRO DA VIAÇiiO Ultimando suas cleclarações, dlsse– nos: - ·--0 ~ngenheiro Bel!no Bitten• court. le._.o,, consigo para o Rio de Janeiro. 0 ~!R tório afim de ser apresei: • ministro da Viação e Qbra·; .. . no qual esclarece 785 - Deusali,,fl dos AníoH J\tai- po de int~lectua!s mais um ih, stre dP ./pedido dP- eft>tividarl.-) - Diga membro ')Ue. coa1 o seu nome, vl– b D . B. p .. sol',P ,., opdi<J.o. nha ,·ecomcndar mais ainda aquele ll88 _ Dalila zafe:-.\p ~ Rodrigues Silor,e,;. I''> cp·,oitrio c?o p:msamentc> ----------------------------------------------~------ -------- --~------- ------·-·-• , _ circun::. ·ente toda a angus- t.tosa sL,· " Companhia de Ele- br~siJei ~·o. pa.t 7 ✓raf' que o sr. DP Cam.– <pedido de vag'1' - ~ C Fl.' nro- pos Rioelro nro''Prl11 debe.1,,0 ,· e l .,sor diretor rlo D. F.. C para ,..·,•nues apJ·rnsc, r:a rn1~,a e5slstên· Informar se há v.-aP-'l ll" grupn es- eia que er.chh o TP.atro da Pay,. ar "José Bo!'.ifách" p rlizer Nl'~lF\? OS l)E CANTO E DECLA- 1 o tempo de rer,·iço flllP ::i. ,.,__ MAÇõE~ · •erente conta no magistério do No& Intervalos que se fizeram e ao f,tdo. fl:1allzar a cerimónh foram declama- 789 _ Hildebrandina B~i.J.deír'1 das algumas poeslao por varias se- d Sousa < com anexo. DPdido de ~~~;n~:s ~i~lr~~s~~º';~~~reos q~:, ernan1ento de lTIPl1Cires) - In- co.nto. .:, que t;;ualmeute mereceu dos f , me o diretor do Instituto Lau- ass!stcr..tcs m-clongados aplausos. t Sodrê se hA. alguma vaga 11esse o o n. ACILINO DF. LEÃO EN- abeleclmento dP enstr>o. CERRA AS COMEMORAÇÕES 790 M · :r II R d i d A's 24 h ora.,. com a palavra o pre- - aria 'U a · O r gnPs e s!dente da AcadN<lla, ~,r. Aclllno dP A melda <internamenh de menor\ Leão, é ence!Taclei a festa rle arte. Não havendo mais v1>,;:n5 110 tendo eS$~ c:tnlco e 1a telcct un.l dl- Qrfanato "Antonio Lemni, ", 1 -•rlgido P. 1·odos palavras de carinho e i\18.rde a peticionária melhor agradecimento. AVENTURAS . , DE TANCREDO ~STOU IMltGltJANDO UMA "" 8RINCA!'EIRA PA2A UOiJli •.. IYJ •· --"----~-!"líA-<:,"o-1°l APl.A 1 1 ! . .. 1 tricidade e 0 :·enta varias sUgestões pontos es.sc. :; e~ <1ne já lhe falei. En...– t:-e as sugestõt:-'> figura a mudança do serviço de bondes, pelo de . oni– bus cm "tro!ey bus·•. desde que a Prefeitura se comprometa a melho– rn.r o calceteamento de nossas rue-s. apresentando mesmo. como prova. o 'ato de os onlhus que atualment• funcionam. só se servirem das rua• , onde circulam bondes para melhoP i andarem nos trilhos. NiiO I::' VANTAGE:\1 Pao,sando " falar sôbre a compra da Pará Elétrica, por último, de– clarou: --Não acho vantagem nenhuma na compra dessa Companhia pelo go– vêrno, multo ao rontrário. Entretan– to. como o rr.ové':"!lo tral)alha pelo hem r:J.o público e ,. e3 1 e. sim. obt"erá 1 vantaqem nesrn ,compra, esto~ de 1ar.ô,·Oo

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