A Provincia do Pará de 20 de março de 1947

A PROV:f!~CIA no . ARA Quinta-Feira, 20 de Março de 1947 ':!rov,~~~~~~,!~!~ 1 0COMUNI MO E Fundado cm 1876 (DE UM OBSERVADOR SOCIAL) 1 ·--. 1 CASTRO A l.Á VES sl1 eis I POETA o E AMoR Diretor:- JOAO CALMON Redação Administração e Ofici– rté!S, "m sMe própria : TTàvessa Campos Sales 100/104 -- Belem, Endf'r~!:r tel 0 gr:ifiM: f:>rovan - O comuniEmo, como confessam os seus maisa vançados e autori– zados ·teóricos, alimentou-se sem– pre da cultura burguesa, pois não foi passive! criar-se uma cultura antagonica a ela. Toda a argu– mentação m2rxi~ta se prevalece de uma cultura que vem desde Demor.rito e todo esse capital de sabedoria onde êle fomenta o forma de !)Pressão. E o comu– nismo, na sua realidade prática, não passa de ·UJlla terrivel opres– são, de um regresso às formas primitivas lia vida, uma renun– cia a tudo que até agora se con– seguiu pela dignidade do ho– mem, dentro dos i'.lteresses da rncieêlaàe. Assis CHATEAUBRIAND J • José Lins do REGO T P-lefo1ie: 24-22 Venda a•mlsri. CrS :l.f/) Atra– zac'~,_ C·-; 1 iv1 - I' ssin~.t~:ras: Ano c:·:s 1!!.~ f:f): s~me~tre. C;-S 73.CJ n sr::-er~nt°' 'J.nt< :' r,orri~r r;·:u nc Rto e e:r:1 G P f!P,'.J " · 8flr~:~ ~~~ rlP Tm ... ,.....?;.~-i ~,!r.1!~'"',-.,'1 •• fC"_,-T',A, ,·· Édi .. ff:-,~ ',cj~,n. s,- 1 '1 - 0 0?_ Rfr, ~ R"a C::!· ':) r1 ~ 1 --.:!l :7'?0 Z O S F~11!0 0""'""1'';:1':~ F;'?-P A§ '--" ...... ..... ·-····!--. - - -,- fr?:-; 1 ~~ ~ i..., ... 0,n_ ... :,.._13,,~t?r reCf"'."''h~.– f"\:1a ,, r-rc~: s-:, ~-e' a oefa Malor.i.<.t (1:)"" r~:~~1---:--:-•'"'t'."'~ r~·•a ::n~-es. é g, i?1- t'!fi~J_ ~ ....... ::1 e~,. · 1:.-).~.::a e-::onomia. tr~r;-- ".it='::1. i""!21 ci':r:,-s c'l!l~ reC~it.~.<; F':t2.d1· .... ~... r:2.:-:-a 0nf~.-e~ta1" n vulto r1c~ r:-0"~.....- ...... '; h~-:f,,0" C~.n B-:.t.~~~o. tcdo~ r::-J--.;t:-... 11:,...s ~ s-2.·tF,:'··-:t: r~·r.i-_ ,....,., -·,:; r---. .._--., Ul~l f•_:t,:irc q!.':e c!1::~3, n'!.ElC3.. nZ.o ron?~_r:-'"!if.~. R p ~ccz.ri: :C~de das fi•~?-clC,-\S púb'hao.. ".01::l F..S min– r-•-~.-·-:s e,r:-c-~2.-·'.:"5es qua.ze totn.1- l'!"r~~~ dest!~~a"i2.s r-.. o p:~ó!)rio ~us– t~:o c'o serv!."o oúblico c•n ci<ia– r:.r.:-3 e vEl','3. C.; n30:.1r.n~ c1'.3nsidn.– de r-0~:1lac5.o:i:-l, e:r:ars2., nu.m t:::•rit~,io V'3,:ti-~i:r.0,. che.,,a _a rrn1°~itc•i~ c'.·ra de a::lmiravd au– ~.2,cia admi~1i3trat.iva o co·"1.eti– mc:--ito d'> r .nvo 1:ervi"" r'<i r,bai;– tef'imento dá:=:;-~a e.~ Be!S::n, q,-~ vai sendo ei:ecutado com os mai.orés .:ac,.if!cio~ fingnceiros do E,tado pois e r.àbido ser a in– quietacão que h1. cêrca de um F,no Ee observa no zetor das fi– n anças estadu:c-Js a c,onreql!ên– cb lóo-ir,a <k v:llt'.l~o ar!iantamen– to fr.1to para RJ mencionadas obra2, pelos cofr2.s do Estado. por conta do emnrér.t.im, :> federal, dP- . trinta milnóe:; de ~ruzeiros, .1á h á muito cel~br2,dc ma,s do qual, f',té ar:or:'l.. -~ô rsxlstem vae-as no– thias te1egrl.\fic?.s . . jogo de su1s contradições, é es– forço exclusivo da burguesia. Quem rn as obras de Mar-X e Engels. quem analisa toda a cri– tica marxist_a à economia políti– ca, mb::! que está se movimentan– do cem um material• eminente– mente t.m·guês. Mas, o comum&– mo não se aproveitou somente de tudo 1~so, como também, com al– voroço, dá:; consequências políti– cas desst:!, cultura, uma vez que se utilizou para as suas campanhas, da liberdade de. pen~amento, que é, fora de dúvida, uma das mag– na~ conquista da burguesia. A partir do Rena::;cimento, não se su::;tentou outra coisa senão que o progresso da humanidade· só se1·ia possível pela livre críti– ca. E foi, co::n esse critério que as nações, organizada& constitucio– nalmente, consa3ra:am as decla– rações de dil eito do homem e do cidadão. A partir do século dezenove, como con:;er,_uência dessas con– quistas, ao lado da concagração do sufrár;,o popular e do direito de todo cidadão participar do po– der, multiplicaram-se as esco– las prilnárias, profissionais e de cultura superior. Intensificou-se o combate ao analfabetismo, b– slstiu-se no empenho de se socia– lizar, o m:.is po:;sivel, a cultura. Esforçou-:.e, por fim. por iiber– tar o povo da ignoracia em que se achava. Esse foi o empenho da Revo– luç~o Americana. E a preocupa– ção de todas as figurás de realce na Revol11ção Francesa, foi de acabar com todos os privilégios, acabando também com o privilé• ,gio do saber. Pois o ,:omunismo que só se tem beneficiado dessa liberdade, volta-se agre3sivamente contra ela, porque sabe, antes de tudo, que o re!gime da liberdade de pen– samento, em:.oncipa o individuo, arma-o e o predispõe contra tod:i, Entre muitos exemplos dessá atitude reacionária eztá o q.,e vem acontecendt, com o Pen Clube, m·ganização universal do pensamento livre, sem cor poli~ tica e que visa, pela cultura, a aproximaçi:o das inteligências. Pois nunca foi permitida pelo govêmo W'9iético a in::talacão de um centro do _Pen Club3 •ná Rus– sia, porque o Pen 'c1t,be se bate pela liberdade de pensamento. Em agosto de 1846, o Partido Comunista c_ensu:cou publicamen– te o pre:identc da União dos es– critores, :tfokolai Jikonov e o es– critor Zashinko por estarem de– ror!entando e envenenando a consciência d::. mocidade, não sustentando a plataforma do po– derio soviético. Tikhonov foi tam– bém eliminado pdo mesmo mo– tivo, bem como· o poeta Kamatov que lençara um ap2lo e todos os e~critores russos, qÚe falam · na ideologia ativa e agressiva do comunisrr.o. A,liás, todas as o~ganizações in– telectuais que se organizam .fora dos Soviets sã-0 suspeitas. Tudo aquilo que possa, de qualquer for– ma. ferir o rlgido enquadramen– to da ditadura. mdo aquilo que possa, de leve, pertu:bar a niti– dez da linha jn.~ta, deve ser re– ;K:ido. Retrata assim, o poder mar– :~1sta do mundo, cm pleno secufo vinte. o tel1ebroco quadro da reação de outra~ épocas da his– tór'ia. Em nome da libertação d.o proletariado, e;n nome <:ia Juta contra o capital, erguem-se- como nas épocas mais ignominiosas da história. as mesmas formas de opressão. Com ela se nega o direito do . espírito e :,e sustenta a mais aviltante subordinação da inteligência aos interesses de dominadores e aos tresvarios de um sistema que faz da máquina uma verdadeira instituição hu– mana e do homem uma simples peça de u ·a máquina. RIO, 17 - 0& "Diári.os A.s.soéiaã.os ,;- do Rio ofereceram mn almoço, no salão de festas do "Jockey Club, ao sr. tVilliam M. Co– drigton, antigo sub-~ecretá.– rio adjunto do Foreing óffi– ce e presidente ão trnnco fer– roviarzo . que . interltr,a Per– nambuco, Alaaôas, Paraíba r Rio Grande do Nor:e, a Great Westcrn of Bra?il Railway. saudou o home.n(i,']éado, nu– ma a!ocuçdo de in tJ'.)roviso,. o sr. -As,is Chatecubrind. o r,:ia! dis~e mai3 ou menos as :::::guintes pa!avraRs Reunimos-nos hoje er.1 torno de uma perno:;:ialidade atraente do Império Britânico, dessas oue durante a 1Etima guerra se de~ – tacaram pela afirmação das qtw.– lidades típicas do carater ingles. O Império e a metrópole euro– péia podem apresentar tons es– curos no seu quadro político e economico. Essas colorações rnm– brias serão momentaneas_ li: tende– rão a dissipar-se enquanto :is !or– ças do Impérío puderem alinhar pro-coris11les da envf.rgadura des– se velho amigo - de qua~ti t.ri: l– ta ::i,nos de Brasil - . que é o ~:. William Codrington, o ferrovifa;io tão nosso conhecido e ti.o iden– tificado com cs p"·oblemas de t,:ans– porte do nordeste b::asíleiro. cindive!s para construi~ qualquer empresa, inclusive um imptrio. E continuemos a encara-la3 com otimismo. A experiencia nos en– sina que :pifo correm risco de de– slntegraçifo social ou política os povos que sabem trabalhar. c,m disciplina. tenacidade e valor, dentro da armadu:ra de uma for– te e .vigilallte opinião pú!Jlica. Os demagogos cost'.lmam dé!so:•icntar as masrns, ensinando-lhes · que a sua felicidade ~sti em repartir, quando ela resicie em produ::ir mais para ·1iverem todo3 com pa– qrõ2s mais elevado:; de• existen– cia_ _Temos aq:i.i no Brasil ainda 'pouco a dividir, se bem que já exista alguma coisa. O importan– te e se:;:uro é criar novas riquezas, para dividi-las, fazendo as cia-:– ses mais ricas. em lu~ar de dis– tribuir o que j'.Í é de tantos r-o– br.es. Foi o que fez o Império Bri– tânico. Ele enriqueceu e conside– rou..~e uma ·secção do corpo da hm:1anid2de, óentro de uma or– dem politica em que o esforço tx– pansivo não pertut:1 o ritimo de ascensão c'as nnç5es. m,;:?1::i:; pre– p2radas para o .. :,clf govern– m8nt", a con::;uL;ta-lo, desde que -;')~tej::im para t cil a,pta.•; \'o.:co In1p6rio Bríttnico, cons– truido, conforme dizeis, numa hor'1 de c:istra,;ão, age em toda n pa!·to con1 um pen~a:nento edu– Equivocam-se os quo pe:;,am, que 1 . .::ativo, hva:nclo ?is zonas primiti– o Império Britânico perd&u 2 vas do planeta tanto o progresso maior parte da sua cap2cidade •materhl como Ci culto da liber– de inicbtiva nos pro'.;:il~:nns c:1:i dad.e. Cois um IIr.!)6rio universal politica mundial. O êmbi~o l'ri- em perpectuo "deve:1ir" evoluindo tânico é grande de:nais para ser pe.r"L as formas mais adiant:1das ocuuado por um povo extra-eu- de emancipaçlo J;olítica e econo– ropéu, ainda bisonho no t':',-~o das mica. E outra n:i.6 é a extraordi– questões que interessam i't wcie- n :i.rh constituiç:fo que oferece o dade internacional. Não é o I:n- Império Brit:lnico 2.os nativos das périó Britânico que se acha tolhi- quatro partes do r;lobo, no proces– do de renunciar o papel que lhe so ince:;:a1:te de suc1 evolução cabe, no rumo da política das na- historica. Fessa geração está ções. São essas que sofreriam ru~ lol;ge de assi-stir à desinteGração de golpe no seu poder d i coar- de voic:so Imp6rio Britânico, por– denação, para a segurança da que ele ni:io ê mais um império paz, se porventura lhes viesse a cclonial. de colonias de planta– faltar um 1!ixo onde gravitar, do ção, m:,.is um eistema de nações prestigio da Grã Bretânh3" e seu independentes, ou em vesperas de sistema de democracias unidas, llbertarem-ce, na plenitude de no sentido de defesa da ordem seus sentim:cntos de responsabili– mundial. dades para com a mi::si:o cio Rei– no Unido mi defesa da· ordem SI, num problem:t crucial, dos mais angustiosos da ca1Jital pa– raense, es!:e t,-;_ste fenôméno acontece, mais dolorosa a,inda é B. prespectiv.a ·que se desenha di~'lte da absoluta. necessidade de novos cometimentos. de realiza– ções inadi!tv,;iii; para oue tenha– mos a nossa economia baseada não unicamente nos fluxos e re– fluxos <la i -1dústria extr>1-tiva, mas no con_juní-o dos elementos Róli– dos, da ai;rlcult.urn, da pecuária, da indústria. das vias de comu– nicação ia,:eis e rápidas, do de- e o Com um regime de Estudos es– facelados, a que comunidades pri– marias, pollticamt!nte falando, c!a Asia · pretendem rec".uzir o Império, estaríamos comlenaclos nós mesmos a. impotenda e a entre as nagões. - Foi o deGtfüo ben~fico o que colocou, durante mais ele uma centuria. este continente ameri– cano sob a influencia do poder moral e naval_ britâni.co . Hoje, quando se trata de reajustar a política mundial e vemos outros elementos, ambiclo~os ·por parti– ciparem no €QUilibrio dessa po– lítica, é que compreendemos a garantia de segurança da sobe– rania do nosso hemisfério, que foi ~ €J o vosso n;ival.ismo. As rea- COSTA REGO senvolvimento ("-. ensino técni- l'tIO _ Março. co, de condições normais de vida, Vejo que lhe eausou ,.rande emo- 'iS populaçues rurais: um conjun- ção, ,Jc:,aqutm, a untcença des~"' Juiz. to enfim cte P.!ementos que aqui de Londres, condenando <> Rr. Julian t .sc:1sseam e cnnstituem ~ gr.>,n-·· Ha.rnbley a etneo Ubras de multa. por deza. a "it11Jidade de nutras uni• ha.ver belJado a pessoa elo sexo te- ., .d · f d I mlnino qu" ia ao seu lado no vo- '-'~- es üe era as. ! lante do ~,rtomoveL As e1<ce't,isticas do QUP. o Pará Eaiser. fasc,n d'anvmr, dizia Ros- importa para a !':'la própna a.lie tBnd, A. Jusr.loa inglêea não asse- .,,,,"19'... '1'-et"d'll1.~ ~1... JCaitl'\ Qn,c: -fa~t:i"nA ri.o paz, pot exemplo. em sinal d,; recon- uma. segura anarquia. O maior cil!ação, foi criado p~la IgreJa, onde fiador da paz mundial air.da são aliás o beijo se emprega em várias o Reino Unido e o grupo de po– circunstancias do cerimonial, só não vos que em torno dele formam a sendo aceito o de Judas, Fora da Igreja, existiu O beijo feudal, este, primeira llnha, dos Estados aman– Joaqulm, dado na boca - sim, na tes da paz. A ordem atlântica, que boca - pelo senhor vassalo. No sé- , funcionou no século parnado e culo XVI, exe;tamente quando o na primeira década deste, quem ~,'.! 511 m~~U:';?º~º:'°:,:,ve~~ ª,. 0 ~~e~~~ a verte_bra era esse galhardo oon- ra vivermos· independentes den– tro da ó:bita atlântica. Povos turbulentos, refratarias ac;s prindpios de conviv_encia pa– cífica, às soluções normal$ da paz, recem-2.dmitidos à categoria d~ rotenc!as, i:om iniciativa na dirr?ção do planeta, nos permitem, com as suas atitudes, hoje, com– -:ar.2.r o que é viver nq, zona de i:!fluencia, elo vosso "zéa power,, ~ acord,u assu3tado, dentro da cortina ce íf:rro c:u~ c!es lançam cnt::e os seus vizinhos, o resto do rr_undo . Nê_o sei ~e ~--~ diferenças siio sub~ümciafo: entre as duas órbitas; mas que ~'.s·u,na exi.ste, 2-credito, cc!r.o ar,~i:;;os dos búl– r:-;aroJ. dos g-rcgo3. dos rumai~os e c'os irnm:zcs reco:ü:ecem co~l– c;o. RIO, 17 - A vída de Castro tro Alves era bem desta ter– Alves esteve sempre sobre duas ra, ele bem que gostava das paixões violentas, entre a mu- tàrdes mornas, para ouvir "um lher que lhe consumia os senti- triste chorar de araponga", e dos e a liberda1e que lhe ilumi- quando falava da noite, a noi– nava a alma. te estava nos cabelos pretos Desde que o amor . lhe to- de Maria. cava o coração. em fogo, o poe- E assim nunca houve gran– ta não se continha, não se dei- de poeta, que fosse tão notur– xava timid9 a fugir do in- no quanto Castro Alves. Não cendio carnal. Nunca houve foi um poeta de angustia, des– homem mais senhor de sí na tes que sofrem do mal de vi– luta pela amada. Tudo lhe da- ,.,er. Nada disso. o romantica va, num arrebatamento de Castro Alves só queria mesmo quem n~o economizava vida os jai;dins de Capulêto, as se– ou talento. E c;iuando a mor- renatas ao luar, a::; doces Ma– te lhe roca o rosto como pas- rion, as pálidas amantes: saro !at1di~o, ele s_e :;bre nes- \"Oh! deixa-me aquecer teus ta compassiva cunfissaa deque- pés divinos le que não se· conforma: . "Morrer ... quando este mundo Ao doido afago dos meus la.- é um paraisa, bios :mornQi'i" A ausencia quase total que en• E a alma um cisne de doura- E foi assim ~.té o fim, aman- das ... plumas: do atrás do amor, a procura da amante é um de suas hebréas, de suas atri- 1.ago v,irgem. . . zes, de suas caboclas. c:i!.1tramos em voss::i ::-·ente para ::,,. ca~àcidade dl! alntraçéo •.e daí R Não! o seio penuria dos stoc::s de r:,.etafísica da Grã l3ret:lnha, tão rrrande ·quanto os dt> cci.rvão) consentiu que 1rtodelasseiJ empiricamente um· tipo humano a~:,àz ·peculiar, ent~e o gror,landês, comedor de oleo de baleia, e o romano que a última coisa que rncrificava era a s~:a gravic'adc. Sendo f Jrtes, c:imp~camente fortes, onipotent~- 111ente fortes, e:n dados n1omen. t'.}s da historia do século passa– to e da alv0rada d~ste, criastes po-ICo a pouco, no planeta, uma ordem. de co!~a3 evoluindo cm bu:ca C:o p )lo ela lei. Procurastes njustsr a força à lei, tanto na órb.1ta interna qc;anto na órbita extz:·,-ia. Ao r,o:i.::·r_rio dos ale– mães, c;:ie l:a:am pe'.a Europ:,., trandormada p:::la sua insania; outra vez, em jungle. a caçar a lei como una fera, por eles acu– ada, vos out1·os brit~nicas procu– rastes ser ns don1adores da for– ça, projetando-vos nas vos:as Ilhas e pelo mundo como cam– peões dela, Não tendo só o molde da democracia, posst,is, outrossim, a s1:a subst~ncia e o s~u espirita, po:tque o valor dcs~e ,zgime num povo rn ilustra e se mede pela ·sua. continuié:ade. Os conservadorns, batidos• nu• ma eli,ição, entrarraram o poder ao3 liberais ou aoi; socialistas,.na– turalmente, porque a lei demo– cratica e a do numero e a lei não há_ contrariá-la. A Grã 13retânl1a congelará tudo, até o nosso -cru– zeiro, transformado em libra. blo– queadá, menos a lei, que é a coi– sa viva por excelenci.a daquele ta– bernáculo. Suas crises são fenome– nos transitorios num pais que tem para :,.limentar-lhe a força mate– rial e moral, estes dos eombustl– veis: o pão negro do subsolo, ,, nos corações, o fogo sagrado da liberdade. Quero boiar à tona das espu- E quando ele dizia que o mas". campo era o ninho do poeta e o homeqi que não temia o que Deus falava às campinM amor, e daí a sua poesia toda em flor; ele de::;ejava que ao :::em vida. interior, temia a mor- seu lado, na floresta triste, es– te, mas para dela falar como tivesse uma Consuelo de cabe– de um vampiro. Aquela tristee.a los soltos, a rescender a per– pungente cíe um Leopardi não fume como um pé de roseira. é a sua musa. A morte não da- E a sentir que a morte ron– ria à sua poesia a grandeza que dava-lhe o destino, o poeta se vem do mistério. Castro Alves queixa em desabafo .tocante: não queria morl'er porque es- "Oh! eu quero viver, beber te "mundo é um paraisa", por- perfumes q_ue existem as ?-.faria, as Con-, Na flor silvestre, que embal– suelo, as Esther, . as Eugenia. sarna os ares; A morte nãa lhe fecundou a I Ver minha alma adejar pelo alma como em Rainer '.Maria · infinito, Rithe, dando-lhe parentesco Qual branca ~ela na amplidão com os anjos. O homem Cas- dos mares", --· ·--·-···--·- DIVISÃO DE RECEITA OE PEDIENTE E o O diretor da. Divisão de Receita do Estado, proferiu ontem. os se– guintas despaqhos ; EM :PETIÇõE'S N. 973, de Tacitél & Cia. ,.,~a. - Ao chefe do servk:() no Cáis do PtJrto, para designar um. fun– cton!rio, afim de assistir e ates, tar neste e na :;ta, via do mani• festo, M medições totais, parciais e o corte. -1174, do dr. Amlntas de Le– mos - Sendo multipla a. inci– dêneia do impoato, e:rolareço o requerente se ao embarque do oiJjeto em questão envolve nova operação de venda. - 956, de Ant..onio Raimundo B&rrOII - A' scretaria para as devidas a:notaç6n e, dar conhe– cimento às secções. - 959. de Lima, Irmão - & Cia. - 967, 951. de Oscar Santos & Cia. Ltda. -- Ao chefe Oo servi– ço no Cáis do Porto para des1g• nar um funcionã.rio afim de as– sistir e· atestar, neste '! na 2a. via do manifesto, a smediçóes to- tais, parciais e o Cl)rte. · - 848, 847, 33r,_ 780, d~ BrMil Extrativa Li;mitada - A' 2a. see– çáo para os devidos fins . - 883, de Pacha & Mutran Ltda. - A' 2a. secção para extra– ção do talão do serviço extraor– dinário e depois arquivar. ~- 798, de Afonso Costa & Cia. - A' 2a. secção· para extração do talão do serviço extraordinário e depois arquivar. EM COMWICAÇõES - De Feliciano Oyairu,. da Si!-. - va - A' la. secção par11. os de• vidos fins; tendo em vista 11- nota

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