A Provincia do Pará de 02 de março de 1947

a, expor as ev01uçoe:, n13ronca11 alnrutares na sua 11ingularidade, eem J:)roceder à maneira das ciências naturais. No Brasil, Pedro Lessa, em interessante trabalho intitula– do "!:' 11, história uma ciên– cia?" opinava pela negativa, porque até então não fora pos– gjvP,l estabelecer leis históricas. O m~todo descritivo aplicado pelo hl,storiador permitia apenas colecionar e dispor os materiais e fatos em cuja observação e comparação hauriam suas 1n– duçÕP.s nas diversas ciências.Era. a, idéia sempre de novo repetida de que a existencia de uma di11- cipl111a como ciência est,, con– dicionada. à possib1lld11.de ou nlo da formulação de leis. Obstinaram-se e ainda ht1je ge ob&tJnam alguns historiado– res e nllturalistas em não re– conhecer G& história cara.ter ciênt1fico. faso, sem duvida., porque :>..# ctêactas natuaris go– Mvam 41 11111~ tradição firme, tinha,m um J:!'t'lposlto eom~m. apr~senta11)m•.,., tmpreuionan– tes pela eotsde1 11'\Utna de ma estrutura -, llavtam rMlizado :progressos &dlnlraYet11. ada. disso "°° o oam s -,ha - madu dtcwdM tl!5tór1cas ou nult.urata IElu dô muito mais jovens. Só no século 19 atingem a. uma altura inesperada e tm– prime>ll seu w.n&ter , Yl4& ciên– itllea • ,_ t,;,ooa Hn ~sição ao -..ou!" us\oertor ~irunan- Mm oa.:o•~ .ista. Oo,uo diz m11! e.em tcltel't, o Nnda- aieo-1n>• - " no·,,, llfflle ~ne– n., dM Urica.a ,,.. 'l'\t~ do 16c\ltn '.f ♦ o.,ttsut44 uu,es de t:ld~. 11.ioe ltllho• w rran– des "1:illona.dore, ttue lll,....tlga,– ?a"'! • '14a .ta cultura. El•• re– , e 1J1 't.111 ç11ildir lmpul~ da f1!0 <0!111 lde&ltata &leml • eg~ Wdvam "' ~rcela• i,rlnolpais • '141 ~ f.a euttura. _UGJ:D ton'MI • ,nndr. dMen– \70 '9\lnfO e.- .tloe'.as natu- rais brl t tieu ,i, ma ooncei- t:ia !-> !Uoloftcr,., tll<nbem o ~-rande I f0"1mmte daa ciên ..., 'lU~eu eu Nlturais ~,tdtiQt-. '°' rQ fos da f po• " .U tobre aeu carat.er . L'tm 4t prov!l,l," se elu eram ou n!-0 Yel'dadeiras ci6n– eia~. Essa, conceituação filosofica eia hiitória foi feita na Ale– ma.nha. WUhelm DilthttY, um elos maiores pe~aadores dos ul– timo11 tempoa, fundamtlntoll o -conceito filo,sofic» da história, <1U mP.lhor de todas a.11 ciências ,oeiais e culturais. I,.ançou as base11 de uma teoria do eonheet– mento histórico e, segundo ele proprio nos conta, foi decisiva– mente influenciado pelo grande movimento de estudeis históri– cos que preaenelou ~m Berlim, ,mo volta de 1850. Dllthey ' omtslderado o mais vivo e mais tinto representante do hlsto· ttetsmo. movimento huma\'illlta • ftlosonco que em opost9ão ao naturalismo busca na hlst.órl& ~. fundamento de WDA çoncepçlo ao munao. i:,ua "mwoauçao u pesad• 1,6bre o botlo da cam– J:I&. o homem da. última mezi– nha levantava-se e gritava. escf,ndalo de todos os pre- 1ente6: - Como é, não quer vir re– t1eber? O garçou, aéreo, encostado à coluna de pedra. oR olhos :pousado11 116bre aqueles cabllos louro$, wve um sobressalto como St! tives.,;e acordado de ~– pente. Pálido, aproximou-se do hom:em que reclamava. Deu de encontro a uma cadeira e quase derruba a bandeja que out:ro garçou sorridente e ma- liclOllo, carr va.. - Doze crureiros, gaguejou. O homem fez uma. cara de espanto: - Doze cruzeiros,! Como, do– ze cruzeiros ? - E, gritando, IJ'it1mdo. exageradamente: - O 11enhor está maluco t O rapaz estremeceu. Teve ,•ontade de fa.zer "pchiu". sen– tiu-se humilde. fra.co , diminuí– do. Não. Nlo o atormentava a certeza de que todos 0~ fre– gueses que ali se ·.encontravam riam-se, naquele momento, à sua. cuata. Não o perturbou a idéia de que tooas as pe556as, mentalmente. o estavam cha– mando de i.d!'íio. Nada sieni– ficou, tamWm, a testa franzida e os elhos aeml-eerrados do patrão fitando-o rancorosa– mente. O que lhe fazia sentir um aperto na. garganta, uma .-.stnmha. eort.1oção, era. o sor– riso, multo leve, quase imper– etpf;tve!. d11, criatura de cabe– los k,:g0,1 que havia, agora, a! aat.do 11. taça vasia do sor– vete e ..:endia um cigarro. ~ l"Mdõe-me, balbuciou. Sã.o W. • trezentos. Qui.t •xi,licar que ha.via con– fu-ndid<I a oontlt com a do casal que ..nan. na mêsa a.o lado, ma.~ Tl"'•1fl riisu,. Yicou isllencio– go. r.,;; '" :.:1r;-:; h'd-,c::i~. <~!'lrolando ttitow ele nervoso o pano que tinha. rui g ~oi;. Por sue. vez. l'l h()mem, vendo o sucesso que es~va. obtendo com sua. atitu– de, oonttnuou, sempre em voz alta: - Pensei que a laranjada tj– Vil!elle ,ubido de preço. Ou se– riam os pasteis ? - E, sorrin– (\o, maldoso e cfnlco: enfim a vida e:ostá cara, ~rfs81ma mes– mo. E' justo que cada um se defenda da melhor maneira pog,,lvel. Estendeu uma. cédula ao gar– ~on. E, 11m tanto decepcionado com o resultado, 110is o rapaz parecia não ter tomado em consideração suas palavras, a,crescentou, terrivel: - Guarde o trõco. Com uma gorrêta dessas não hé. mais neceuidade do senhor prete~– der meter a mão rio meu bõlso. Desapareceu a humildade. O rapa.z esqueceu os cabelos lou– ros, o ll()rrlso dõce, e os· olhos em cu.ta cõr, afinal de conta,s, nem re:parAra ainda. Reagiu. Atirou l'l trõco sõbre a mêsa: - Não prec~ de esmolas. Guarde-as para seus filhos quanag estív~epi necessitados. aparecera, tão assustado como se fosse êle o autor da desor– dem, parecendo não possuir vocação alguma para dar voz de prisão a quem quer que fôsse. - Primeiro, meia hora de espera para ser servido. Em seguida, outra mela hora para poder pagar a despesa. E de– pois ainda sômos ofendidos, ofendidos por um canalna des– sa espécie. - Apontava o gar– çon ensanguentado e ensaiava um novo avanço sôbre êle, inu– tilizado pelas mãos fortes do proprietário do bar que o se– gurava pelos braços e ia ten– tando levá-lo para a porta. No meio dos colegas de tra– balho, sujando de sangue o· pano de limpar as mesas, o rapaz sente que vai desapare– cer, de tanta vergonha. Não lançará um olhar àquela que contlnúa impassivel, com o ci– garro nos lábios, longe de toda a confusão, imperturbavel es– pectadora. Não ousará fitá-la, não tentará, neste instante, admirar aqueles cabelos louros e foge ao desejo que sente, de vez em quando, de acariciá– los. Entretanto, pensa, com uma inconciente alegria, ela é a culpada de tudo. Por ela lu– tei, por sua causa fui profun– damente ofendido, por ela en– frentei o perigo, por ela fui vitima de um traiçoeiro ataque. Vai sendo levado para o la– vatório sem perceber que ca– minha. Nem o satisfaz um pou– co a solidariedade que os com– panheiros lhe estão oferecendo, nem vê que a confusão está co– meçando a ter o seu fim com os pedidos de desculpa do ge– gente. Nem adivinha que, logo mais, o patrão o chamará ao escritório, fará contas com êle e numdá-lo-á embora. Isto, êle somente compreende quando ouve, como se fôsse muito lon– ge, a voz de dois colegas con– versando a seu respeito, multo baixo, atrás de si: - Capaz do Luciano ser des– pedido. - Ora, se não, dizia o outro. Era a realidade, fatal e ter– r!vel, trágica e triste. Despedi– do ? Não, não é possível, não podem mandá-lo embora. Que lría fazer. para onde iria, como conseguiria viver depois ? Os companheiro!! não percebem que está chorando, pois suas lágrimas se misturam com a água que está levando ao rosto. A calma voltou ao bar. O ca– sal veio terminar seu chocola– te, o povo desapaceu da portl!,. o guarda-civil conformou-se com uma cédula que o geren~e lhe passou às escondidB,S, evi– tando. assim, envolver o nome do estabelecimento rium escàn– dalo que os jornais explorariam horrivelmente. O rapaz continúa se lava,ndo. A cabeça baixa, vê perfeita– mente as pernas do patrão aproximándo-se, o passo pesa– do, esmagador, de quem nã.o perdõa. Sente u'a mão pesa.da sõbre seu ombro e ouve o so- (Continúa na sexta 1>iainal - -·--..., VU ..,_1,,;n1~\.I.V~. U~.&.\.,a,yv,o V- Romantismo encaravam-no co– mo um complexo cultural, o que me parecera, desde o pri– meiro momento, a conceituação mais exata. Dessa forma,, aos dois crlticos sul-americanos po– demos ajuntar ainda, além de estudos esparsos mais ou me– nos da mesma .época, de André Rousseaux na França e de An– dré Maurõls nos Estados Uni– dos (sem falar, por exemplo. nos estudos de Roger Picard e outros), os nomes de todos aqueles colaboradore11 de "For– mes et Couleurs", dos quais eu citarei os de Jacques de Lacretelle, Rolland de René– ville, Claude Roger-Marx e Jules :Sertaut. Em favor das minha,s conclu– ~ões e das de Enrique de Gan– dia, dizia, por exemplo, Jacques de Laeretelle: le mot est d'hler seulement, mais son príncipe est de tous les temi,s et 11e re- no". (cit. por Fidelino de Fi– gueiredo - "Estudos de litera– tura", 3.ª !lérie - pf. 18). Foi justamente esse pantlelis– mo, de resto evidente, que es– capou a Enr!que de Oandla. o Romant,!smo seria., quando me– nos, um fenômeno de "toda la raza", para, usar as palavras de Menéndez y Pelayo, e 1Sl!O ae quise11semot1 restringi-lo a mc,s– quinhos limites nacionais, o que não me parece vtivel. Uma conceituação rigorosa e exata do Romanti11mo e de suas mani!esta9ões sempre se me afigurou indispensável à com– preensão não somente da lite– ratura brasileira, como de to– dos os aspectos de nossa vida individual e coletiva.. ~con– tram-se viaiveil! e indisfarça– veis traços romAnticos nos re– presentantes de· todM as noi;– sas escolas literárias t.inelusivé, AConttnua na ,exta pdgiuq :flora e -da fauna amazônicas envolve e isola o casarão aeachapado do Museu, dos seus laboratórios e da Bi– bllotéca. Ali vivi esquecidas manhãs e nessa perspectiva de arvo– res centenárias ou meninas - crescendo numa ronda impulsiva e alegre - tudo obedecia a verdade da luz à modulação caseira do dia, ~o segredo de cada celula. Omnia e e 1 u l a et celula Quando contemplei o aqui– zeiro estrangulando uma ja– rina, emudeci di95nte daque– les destinos. Assim, vagamente atentei para o que era classificado e rotulado, em latim. Em fa– ce da luz senti-me anti-ci– entifico, e Machado Coelho d11sistiu de m, explicar a bo– tanica e de me apresentar aos entomologos e etnologos Sombrq vigilante . R. M A RIZ (DA ACADEMIA P.ÁRAENSE l'E LETRAS> EU VOU ANDANDO ••• VOU SOZINHO, SOZINHO, SEM MAIS NINGUEM, SEM MAIS NINGUEM ME ACOMPANHANDO . . SIM, ESTA' BEM ... PLACO, PLACO, PLACO, PLACO .•• BATE O SALTO DE MEU SAPATO PELO CAMINHO, O MEU CAMINHO. POR ONDE VOU- HOMEM PACATO, A CONSCIENCIA A DIZER-ME: SIM, ESTA' BEM . . , E EU CONTINUO - PLACO, PLACO, PLACO ••• MARCHO SOZINHO 1 NÃO! A SOMBRA AMIGA ME ACOMPANHA, DEVAGARINHO, CAUTELOSA, EM VERDADEIU UNÇÃO. E SE A LUZ BATE DE TRA'S, BA Te DE FRENTE ELA SE DUPLICA, GUARDANDO A RETAGUARDA . SOMBRA SILENCIOSA, AMIGA., FICA EM PROJEÇÃO DÊ SENTIDO, VIGILANT, , NA MADRUGADA PARDA, DE UM INSTANTE SILENTE, Em QUE ELA ME SEGUE INSEPARAVEL., ELA.. SOMENTE, -A ALMA QUE ME O DIGA, - ELA; SOMENTE ASSIM, MACIA, IMPERTURBAVEL, A MINHA SOMBRA, A MINHA SOMBRA AMIGA. • • .. • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • ,. li •• COMO ,EU A QUERO E AMO, À MINHA SOMBRA . AO MEU LADO, ANDARA' SEMPRE A l!SCUTAllt OS BATECUNS DO CORAÇÃO, SEMPRE A OUVIR O SEU PULSAR, O SEU PULSAR . .. ATE' À HORA ETERNA, EM QUE EU DORMtR. . , No seu regaço, em sua doce a1fombrct. xmaao por · um 1;ecn1cu aic– mão, o sr. Erich Rost, hoje livreiro em Paris. A biblioté– ca e o museu fixam assim uma. das mais remotas civi– lizações do continente sul– americano, como :foi àquela de Marajó. São onze mil obras, algumas rarissimas, em va.rios idiomas, sôbre a nossa bota.nica, 1:oologia, geo– logia, etnologia e história. A Navigationi f't Viag-gi de Ramusio, data da Veneza de 1554; DP-scJ'iption or Suri– man upon The Continent of Guiana in America, por 04'– orge Warren, vem de Lon– dres de 1667. Curt Nimuen– dajú, o extraordinário ale– mão que os nossos indios ba– tizaram e amaram, deixou entre varios manuscritos inéditos os Mapas etno-his– tórico do Brasil e o Mapa da Distribuição dos Indios 110s Rios Uapés, lçana e, Aya1'Í, Apesar de Machado Coelho lho excelente etnologo, ele mesmo, a organização <lo Museu Goeldi nã.n existe. Num mostruário onde po– diam caber umas cinquenta flexas, arcos, igaçabe,s e o mundo dos brinquedos que encantaram as crianças in– dianas, empilham-se 500 des– ses objetos. Não se pode ob– servar o simples detalhe de uma urna funerária que nossos índios esculpiram com a mesma darldade es– piritual, senão maior, que os fenícios e os cartagineses das Guerras Punicas. Caixotes contendo varios seculos de nossa etnografia, atravan– cam o chão das salas, êmpo– eirados tristes como vestu– tos esquifes. Pensei no mu– seu daquela outra extrema civilização nossa; o de Ipi– ranga, em São Paulo, que é um anexo da sua Universi– dade, para cada geração t1ue chega. Mas conclui que o Museu ·Goeldi encerra ainda assim um luminoso ensina– mento: o da nossa inconscl– encla política. Um dia parti, e de el'lcala em escala, cheguei a Santa– rém, Manaus, São Paulo de Olivença e Tabatinga, já sô– bre o Solimões, depois, Ben– jamin Constant, às fronte!- . ras do Perú e da Colombia. Regressando a Belém, en– contrei a mascara beetovia– na de Frederico Barata, mãos às costas, divagando contra o vento, ao longo do Guajará. Sentiu-se felle, por– que aquela era a terra sua. O grande jornalista carioca chegava do Rio para acref;– centar mais um elo á cadeia dos "Dia.rios associados", A PROVINCIA DO PARA'. En– contrei-o de braço dado à Machado Coelho, ambos co– nhecedores apaixonados da ceramica do índio. Desdtt • . dfa segutnte me despedi de Frederico Bara– ta, que levantava os· braços para o trabalho. falon sem se mover e sem nos olhar de frente. num tom que que era meia afirmativa e me– ia pertrunta.: - Esperam que ela venha? Antes. que domlnassemos i, sobressalto, inclinou-se pesa– damente e dlsl'f': - Está morrendo. Olhou para a:; proprias mãos abertas a meio. crispatla15, balo• !as como de afogado. e muitos pensaram que ele a tivesse as– sas~inado, assim, cerrando 01 dedos em torno do fragil pes– coço. Poderíamos vê-111? per• guntamos suspensos da. res• posta. - Sim, sim. Decerto. Ele oscilou pesadamente, pa.• ra a direita e para a esquer– da. mas o seu hálito quente cheirava, apena~ a fumo. Pensávamos já em Chande. agonizante, numa enxerga, em qua.rto rniseravel de allrllm im– pressionante bairro susPfij.to, e o que nos movia a. vê-la, era. 11ma curiosidade malsã e não piedade ou ei;tlma. A saida, o vento passou bramindo here• s!as. O homem pareceu de re– pente acordar e perguntou es• pantado: · - Por que vão comigo ? Que querem ? Que têm vocês com a :tninha Chanda ? Entreolhamo-110s estupefato/ll, - Suicidou-11e. - soprou ele - e a palavra veio gelada e sol• ta, dt: ta,J modo que no primei• ro momento não a compreende• mo:;. Afastou-lile quiu::e {!Orrendo. Quando recuperamoi;; o equlli• brio e pen~amos em 11eguf-lo, ela tinha virado sa.be De11s que es– quina, naquele emaranhado de ruas estreitas. Vaga vergonha. nos mol'deu a alma é o frio vento nos mordia as faces . Dias depois, notamos que tt homem rondava o bar á noite, e seu grande~ vulto maciço nos dava calafrios. Quando nos vi,a. escapava rapidamente num trote pesado. Mas, voltava sem• pre, fascinado. o que se perce• bia pelos seu~ modos, assim co• mo esse determinismo com que se volta para o nõrte um pon• telro de bussola. E então dis• corríamos animadamente sobre a atração que leva os culpados aos locais onde viveu ou mor• reu a sua vitima. Encontrava• mos abismos no" seus olhos empapuçados. entrevistos em rápidos vislumbres, de passa• gem. Gostavamos nessa época. dfl dar nomes romanticos e desco– nhecidos. O ga.rçon. por exem• plo, que nã.o er sombrio. oo• rém empertigado como um 'co– larinho auto, passou a se oha• mar Ivan. o Terrivel. Vinha pa– ra nós como se nào enxergasse o caminho. carregando o mun– do n0 bandeja, .sem ~e dignar olhar para os lados. Tinha es• sa rnarcha. indiferente, qual• quer coisa de lmplacavel. ~es– mo assim todo te~o. teve qu• , • (Continua na sexta. página).,

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