A Provincia do Pará 30 de Maio de 1947

p.r~:;;.t~smo a fisc.alizacáo. que ·1' d~~: ~;t: d; uN;-;;ré ;:;;;edÔ I r1n~~~.- Executado- .:ii:-ioiir"enç~ 1 DEPARTAMENTO ESTADUAL d~... p~tiçik>"'d~·Â1da 'pt;;_;;;;:;;=;;,;: forâ desses 'paises. E' um movi- ;xercicio na escola isolada da vila --Juiz de Direito da Segunda IJ priva.tiva do serviço de Eco- Pereira, inventariante. - Diga a parte contrária, den-1 DE SAUDB res, em que rolicita pagamento mento religioso e racista, dizia eu de Primavera, município de Ca- Vara da Comarca da Capital - ncmia Rural qo Ministério da· Esciv1o Maia: tro em três ~ias, sõbre a execução . de vencimentos) - A' D. D., para hoje a um egl.pcio, o qual enxer- panema, vago em virtude da no- Anexo o processo de naturalização Agricultura, se faz sentir efi- carta precatória vinda de Rio apresente.da . . Despachos informar. gava certa malicia no segundo ad- meação de Maria de Nazaré Le- de João de Sousa Meiréles - Ao tlPnte. Bmnco - Mandou proceder à -- No requerimento da SOoJ.e- d t jetivo, o que me apressei em con- mos para outro cargo. sr. Chefe de Expediente da s. o,. . t ·to I avaliaçã-o dade Geral de Exportação, Ltda: e 011 em EM PETIÇÕES testar. J?ois no "bervegung" dos --Aposentando Raimunda para as providências devidas. O defreto vigen e a respei , Escrivã· Sarmento: - "D. e A. Cômo requer". filhos de Maomet não existe a Eulina Tavares, no cargo de "pro- --Departamento Estadual de de 19 a3 dezembro de 1945, que Execução de sentença. A. - 2. 11 PRETORIA DO CIVEL - D Celma Maria de Almeida - mesma preocupação da defesa dos fessor de escola· isolada do 1nte- Saúde - Capeando petição n. revogou uns e revigorou outr_?~, Sabina da Costa. R. _ Virginto Pretõr, dr. Oscar da Cunha e O sr. Orion Loureiro, diretor (P;'iindo devolução de montepio) vínculos- de sangue que encontra- rior", padrão D, do Quadro Oni- 1.307, de Pedro Paulo Gonçalves perm,i~e ~elegação das atribui<ioes Paraense Cordeiro_ Mandou ofi- Melo. interino do DES, proferiu ontem, _ A' D. D., para cumprir o des- mos na "po11ssée" histórica dos co, percebendo nessa i;ituação o da Silva, com anexos (licença. flsca.izaaoras aos órgãos técni: ciar 80 Departamento Estadmil No requerimento da ç:ooperati- os seguintes despachos: pacho retro do exmo. sr. secretá- filhos de Israel ? Bem estudado provento de ·dois mil e oitocentos saúde) - Seja submetido à ins. rj 3 dos Estados, to q~ ~1 "t!i de Segurança Pública. va da Iadtí.st:ria Pecuária do Pa- EM l?ETIÇOES :rio geral. ·, Hitler não criou nem inovou nada. cruzeiros anuais. peção pela Junta Médica do Jlls., ca sempre, e es es n sp m __ Idem No requerimento de rá, Ltcia. - "D. e A. Como re- De João Pedro Lopes, pedindo --De Lucimar Brabo Bastos j Se há uma crise permanente, no --Concedendo à norma.lista tado. de autonomia, baS t ante para O Simão Rofé.& Cia - "N. A. con- quer". licença para venda de animais - (Pedindo pagamento) - A' D. mundo, no sentido da assistencia Juliêta de Sousa Santa Brigida, --Departamento Estadual de ~xercicio amp.o dict;s 6tl ªs fun- clusos" • Escrivão Leão: leiteiros - A' Sub-Secção de Hi. D., para informa:-. 1 e proteção de um sangue, espa- ocupante do cargo de "professor Saúde - Capeando ofício n. 438- çóe_s, por circun st ancias locais no- __ Casamento de Raimundo Ação executiva. A. - Adolfo g~ da Alimentação, __ De Fereira Gomes, Ferra- lhado pelas cinco parte~ da ter- de escola isolada do interior", pa- 891" do D. M. e petição n. 846 tori~mente con~ectdas. !l.o Bentes Monteiro e Margarida Dias Franco, R. - José Moreira da __De Ricardo Silva, pedindo gista, s. A. _ <Pedindo paga- ra, é essa de que os s~m1tas são os drão D, do Quadro 'Onico, lotado de Junillo de Sousa Braga, con~ E, pois, defeit? de dlr-eç e, de Sousa _ Em justificação. Silva - Determinou a expedição exame em produtos alimentícios mento de fornecimentos feitos à arautos. o fogo aqm aceso é o , na escola isolada da séde do mu- anexos (licença-saúde) - Ao D. sobretudo, de fiscalização, ele- N ~.1 i 'b n 431 do do competente mandado l I t·k 1 1 . í . d S 1· , 1· t . t diõs S. P.. m1mtos 1:;riad9res da mentalid~- I --to od º"Rec ºd oo_ "N. A , Sa- ___ ldem. Despejo A. _ Au• - A' Sub-Secção de Higiene da Colonia de Tomé-Açú) - Volte mes1:10 que avra no s i .ª mar- ; me pio e a mopo is, rm a .. de que pnmanamente a.legam nao mvos e -n a . . • . Alimentação. à c. E. T. A., para efeito de pa- roqumo. Nas reivindlcaçoe~ eg1- / de licença, a contar ~e 22 de mar- --Departamento de Educação . ti t d : ' t· 1 0 tlsfaca o escrivão o pedido aqui gusto Francisco da Silva. R. - -- De Alziro Santana Monte, g:,mento. pcias contra a~ remin1scencias do ço a 20 de abril ult1mos. e Cultura - Capeando oficio :n. exis.r _ornan ° impra icave f·ei·to;, Manuel Pereira da Costa e outro 1 · t t d b tâ i os nos d pa C d d W lfilda 48, do I. L. S., e .netin 11 o n. 1303, cooperativismo no Pará, e t:'1lvez, ""scr·i.,a"o T,ea·o· _ Designou O dia 3 de junho, en- requerendo licença para f.uncio-- --De A Panair do Brasil - pro e ora o n n e_ e e - -.- once en o a u ~ pE:lo mesmo erro de apreciação, ,, 1 .,~ •.,. 1 - 1 • •Mi•t Ric' e trante às 10 hortJs para a pe:!cia namento da farmácia São se- 1Pedindo pagamento) - A' D nan as mesmas faiscas que en- Freire, ocupante do cargo da elas- de Raul Augusto da S1lva, com em alguns outros Estados nven....r o e.e ~u ,, eu i , •. . , bastião, em Alenquer _ A' sub- D., para átende,. tram a incendiar os naciolistas se E, da carreira de "Atendente'\ anexo (licença-saúde) - Ao D. H bil ·t O ·e ele T ..ie<tõ Ric! _ Em auto de par- feitas as necessárms diligências. secção de Fiscalização de M"- ----------- marroquinos contra os franceses. do Quadro único, lotado no Cen- S. P .• ª 1 emo-1;os e m ess s : tÜhã ~ Escrivã Sarmento: dicina e Farm,.c4a " Anunciam-nos aqui fontes ára- tro de Saúde n. 2, tJessenta dias Depart m t de Ed........ a... mentos, e facil será alc:i,nçarmo., · d i to de Arrolamento de Jm1quim. Mari. " • · ltã d b ·1 e Cult ªo en ° - a organização e exercicio de co- --I em. No requer men , "' . -- De Mario Fernandes ne Obteve O primeiro bes bem informadas que o su o de.licença, a contar e 9 de a ri ura - apeando i:ietição n.. cperat!vas realizando com ahso- Salim Jereissati & Cia., Ltéla. - nho_ de V!J,scon~: 0 ,~ 0 '-' 0 b~mho - !•fodeiro_s, pedindo licença para .de Marrocos provavelmente irá último a 6 de junho vindouro. 1304, de Elma Da~ous Raiol, co~ luta segura.nça. as suas finalida- "N. A. Como requer. em termos". Vista ªrá' mteri"~rª?'· F, 'b l" mstalaçno de farmácia -A' Sub- lugar no concurso para' nronunciar-se em favor dos prin- --Contando, para efeito de an~xo (prorrogaçao de licença• des, com absoluto pr?ve!to para Escrivtãáo. Pedpes:A to 1 A t·- gante _e~ari:1 ~~ 1 .:~:· 11 ~~,"!~t; Sec;:ão de Fiscaliza~ão de Medi- • dpios que nutrem a estrutura da aposentadoria ou disponibilidade, saude) - Ao D. S. P•• 0 produtor e consumidor. Inven no e n no gol> 1 , , :i. T B _ cina e Farmácia. -; medico do Instituto Liga. Favorece o sultão os nacio- a Antônio Joaquim Marques, ocu~ 1 --Departamento de Ed~ E t não fô a ssim O Pará nho da Silva e sua mulher - Em ,,orge. Embargado - M1 ton ar --De !-,faria a'õ Concei"a·o · • , • n_alistas de Marrocos, na agita- pante do cargo da cla11se F, da I e-Cultura-. Capeando petl"..:o r:quan ·º r • • t h ho~a da Si!Vfl. - "P!03SÍ"':l-Ee, no ~ " d C 1 t ti ' d 1· 20 d F i .,... con'.muara a oferecer ao país 0 e auJto 01 dze 0 paDr J} Dª·rR~ITO DA 3 ª dia 2 de junho p. às 10 ho~as". Ferreira dos Santos, de Acelino OS omerc1ar1os çao que ';_les desenvo vem con ra carreira _de "Inves gador', o. .:. , e .ranc sco Tomé da ~ 80 mundo, 0 curiosissimo fe:1 - . .il. . = '- ,..·. · de Leão Rodrigues, de Judith u ocupaçao do país por tropas Quadro un1co, o tempo de onze I eh~ Morais, com anexo (licen~ meno de cooperativas deficits,- VARA - Juiz, dr. Sadí Monce- Eliezer Levf. de Alfredo José sa- francesus. As cartas com que jo- anos, dois meses e sete dias de!saude) - Ao D. S. P., para fazer rias, e mais que isso, deficitárias, ne<2To Duarte. . " .,. EXPEDIE1'.'Tj~.Pi~ 4 fl DE MAIO !ame, de 11/Lacedo & eia (2) de sr~~~;f~le~~n~f~~8J°i~i~~n~i;te~ ~ gam os egipcios contra os brita~ serviço prestado ao It,tado, no o ato de conformidade com o qfll apesar dos seus compromissos e o Nomeand_? Henrique No,ue;·ª Adri:'1'.o N~n:s cto 3 santos é de primeiro lugar no concurso para ti- nices s~o as !llesmas do naipe período de 11 de agôsto d.e 1919 a pede o s1·. Diretor do D. E. e.. sen custeio pagos pelo poder pú- de Mar;alhaes, inventariante ª? 8 JUIZO D:TI D::R:2:ITO DA 1.ª Eucl!<lia_R1be110., re1ne. km.'.o para siologo do Instituto dos comerciários marroqumo,_ hoJe, e certi;mente do 8 de novembro de 1930. , ., Departl!-mento Estadual '1f blico, através de taxas sôbre o I bens !icados por falec_i1!1ento "e VAR.'\ -- Juiz, d:-. Inacio de Sou- au,ovaç" ', 1 ,.(,.',.:..;~ cn , ~.~ ...Tu- ao qual concorreram candidatos de· naipe algenano amanha. A Eu- DESPACHOS DO SECRETARIO oegurança Publica, -- Capeo.ndà consumo. Francirra Nogueira Leitao. ca Moita. ç:lo - n 8 acôrdo com a in!or- vários Estados do nordeste. ropa branca está confusa e caó- GERAL petição n. 1312, de Izidro Martb:\11 __ No rcqu&lmento da So• No rcquerim?: :1.to de A. Mar- maçilo da s. s. E. s., am:ovado. o sr. José Clementina Junior, que t!ca. Além disto, politicamente O sr. Armando Correia, Secre- de I'.'reitas. (pedido de exoneraçlt ciedade Geral de Exportadio, q~'.e5 & Cis,. - "N. A. Co:'.lclusos". o~volr-•e à P•·efeitura· ......ri fez recentemente, 11 ª Cr,pltal Fede- fraca E' preciso tirar partido da tário Geral do Estado proferiu os - Gurupá) - Ao D S P ,, .,,, · ã S t , - = ~ · sv.cu t.• ral, o curso de especialização em Tu- ..· . . D t • ' .. Ltda. - "D. A. Como requer . li,scnv, atmen o: crnal de BeTém berculose. patrocinado pelo Minlsté- debilidade, P:lo menos m~menta- segumtes _d~spachos. -- epar ~mento Estadual de Reconciliado o casal Paulo Magalhães E;;civão T...obafo: Da~..guitc _Eti'.:~:o,. R~querente •__ De J;sé · de Sousa Bastos rio da Educacão e saúde tendo lo• nea, do contmente que nao sou- Em pet1çoes Segurança Pu'blica - Capeandl, Inventá!'io de Vítor Mnnu~I l\~e- :;; Jouo 1;cl:Dc :.an.u.g~. Reque: (2), pedindo rcctituição de impor- grado o segundo lui;ar n; clase1f!ca- be unir-se para sustentar o seu Leonor Dias da Silva - Ca- petição_ n. 48, de Alípio Castro RIO, 29 (M.) - Reconc1llaram-se leio de Magalhães -- Ao calcu,o. ,eh.- I,~aLa Edite d- Car1_;poil t11ncia que lhe foi descontada pa- çCto geral. éxerce atualmente as f!ln• ascendente de cultura e civiliza- peando ofício n. 1338-02231, do Magalhães, com a11exo (reactsãô __ Idem, idem, de Manuel Go- ~antiag<? - De hnou o cJ!a 1~ r\e ra pag·amento da trnnsoorte a ções de chefe do se_rvlQo de Clmi- ção, conduzindo os povos de indi- Departamento de Educação e Cul- de contrato) - Diante das 1nf0l"• mes de Amorim - Mandou que o . 1 _··1:ho, Vi J.O horas, pa_r~ a au-, !nteres~e do rervi('o _ Âo chefe ca TiS!ologtca do De;,artamento Es· ces mais baixos de desenvolvi- tura com anexos - Como pede mações prestadas é impossív o escritor Paulo Magalhães e sua es– posa, a artista Heloisa Helena. Como se sabe, o casal estava se desquitando. Entretanto, por intor– m6dio de seu advo~ado, Miguel Tlm– poni, deram entrada a nova petlr,!io, desistindo da ação. Segundo informa o "Diário da Noite", a reconc1!1açll.o teria sido provocada pela !!lhinha do casal, de nome Gloria e que conta cinco anos de Idade. escrivão forneça certidões ao cLncill; de mstru_"~º e _JU·gar,,en. de Expediente. para informar. i!~~ª:ia~:/aúde da Paraíba, seu Ea- ~ente ao progresso a que êle atin- a coiitar do,dia 4°do corrente més atender. Dê-se ciência ao reque,o Juizo. to, feitas as clll!gên::ias ncces- EM: OFICICS Nessa caoital, o médico paraibano gm. Pagam os europeus o castigo e e âno. Ao D. S. P.. rente. -- No requerimento de Giu- rárhs.. _ Do DEO, pedindo inspeção de possue 1rni.ãos, que são o sr. Luiz o tributo de não terem sabido ser --Ana Maria de Albuquerque --Departamento Estadual de sepina Ester Fales! - "N. A. Escnvao Odon: saúde em Lucí Cardoso :óomrn-, Clementina de Oliveira, deoutado es- bons europeus. Os mouros querem Barrêto e outros - Capeando ofi- Segurança Pública - Capeandb eonclusos". 1 Inventirio de O:.>.dla José R.'ls- rrues, Julieta Seabra Lustosa I tafualspeto JSD, lf1fª1do db! Olt" agora a sua libertação total do cio n. 2266-3967, 2616-6990, do De-1 carta de Constância Coêlho das -- Casament-0 de Jaime •Je f>Y - Mandon proc:,der ao balan- !\faria de Nazaré Figueira, Gla~ ~~ r:ecr~f[; 1~ ~er~i'~~ Est';,,dg~ 0 de~ ocidente, depoi~ •do ocidente os partamento de Finanças, 2230~ Neves (pedido de colocação) - Ao Lima e Maria Emllla :Marques ço na carn co'Ucrcial. zilda Eraga \Vanderlev e Neusa raldo Pinho de ouvelra sub-geren• ter armado dos mstrumentos mor- 6446, 2684-7296, 449~814, do D. S. D. S. P., para dizer se há vaga - Em justificação. (Continua na quinta página) Correia Silva - Ao SAMS. te ela Loteria do Estado.' ____ tfferos da sua civilização. P., parecer n. 88-0936, da Consul- (Continúa na oitava pagina)• RIO - Maio - Introdução à dos, pelas proprias mães, na boca, historia da Puericultura no Brasil, j como !)S passarinhos. Os_ tup~– pxof. José.Martinho da Rocha, ! guarams costumavam dar as cri– Rio de Janeiro, 1947. anças, por ocasião do desmame, Relatam as primeiras noticias água com mel de abelhas. Os je– dos descobridores do Brasil que suitas, mais tarde, valeram-se de "os nossos indios carregavam seus sua cultura e à custa dos poucos filhos em tipóias de pano de al- conhecimentos i11edicos da época godão, e assim trabalhavam com utilizavam sangrias e purgat.ivcs, a um menino ou menina ao colo, de fim de combater certas praticas modo que apenas as perninhas perigosas dos curandeiros indig– lhe apareciam". Lery referiu que nas e dos feiticeiros africanos. "a mãe fica de resguardo, um A fundação do primeiro asilo dia ou dois : em seguida pendura para crianças, no Brasil, denomi– o filho ao pescoço, por uma cinta nado "Roda dos expostos", data de algodão, e vai tratar da horta, do ano de 1738. Na sua primeira como de costume". Gabriel Soa- "Fala do Trono", em 1823, D. Pe– res em seu ''Roteiro", aludiu ao dro I se admirava do fato de que cor,tume das mulheres tupinam- somente mil crianças tivessem po– bás de trazerem sempre ás costas dido sobreviver às doze mil ~té os proprics filhos. então recolhidas a essa institui- Neste interessante volume o ção de caridade. professor José Martinho da Rocha, José Bonifácio de Andrada, em relembra esses interess::mtes cos- sua celebre Representação · à As– tumes para informar que já os sembléla Constituinte, em 1622, foi indios cuidavam da higiene de e primeiro a reclamar medidas de Eeus filhos. Piso alude ao hábito proteção das escravas, durante o dos selvagens de conservarem as periodo de graviC:ez e amamenta– crinnç:is nuas, ao ar livre, dando- ção, a fim de poupá-las a serviço8 lhes banhos frios, como processo violentos e trabalhos que as afas– de enrijamento. Lavada a criança ti:.ssem por longas horas da convi– logo que nascida, costumava o pai vencia dos filhos menores. Vários ·esfregá-la. com oleos vegetais, e outros nomes estão ligados à his– pintá-la de preto cu de vermelho, toria da Puericultura brasileira. com tintas de genipapo ou urucú, · Dentre eles o autor assinala os talvez com intuitos profilaticos, de Francisco de Melo Franco, José l'.Jntra os espiritcs maus, ou do- Correia Picanço, Joaquim da Ro– ~.:ças, capazes de penetrarem pe- cha Mazarem, Francisco Julio Xa– ~ pele, ou cavidades naturais. vier, Maria Jm,eph!na Mathilde (,-andavo registou que os bebês Durocher. indígenas eram nutridos, durante A fundação da Pediatria Cien– longo tempo, ao seio materno. No titica, em nosso país, deve-se, po– Ma~·unhã::,, os lactantes recebiam rém a Carlos Arthur Moncorvo de grãos ~ milho assado mastiga- Figueiredo que, em 1882, propôs ao Governo a criação da catedra da VIDA ME'DICA especialidade, em nossa Faculda-1 c1e tneda cm vista a frequencia exagerada das molestias que viti- 1 mavam infancia e sua crescida Je- L I VR os talidade. O primeiro professor ti- 1 V te a elas, devemos a raridade dos deve procurar adquirir, afim de introduzir, logo depois, no Brasil, 1 acidentes infecciosos graves, em que possa exercer conscientemen- realizando aqui as primeiras de– i odontologia. Na camara pulpar e te a profissão. Cabe-lhe, ainda, monstrações práticas, na enfer• 1 no canal radicular de dentes des- além da finalidade principal, pa- maria e na clínica privada do Pro• S pulpados, não há praticamente pel saliente sob o ponto de vista fessor Brandão Filho. Tive oca• tular, no Rio de Janeiro, foi Ba- , rata Ribeiru, que mais tarde, veio a ser o prefeito da cidade e mi– nistro do Supremo Tribunal Fe- deral. ' Leonidio RIBEIRO defesa organica que só é encontra- social: - a educação do paciente, sião de dar um curso para alguns da no periánice, onde existe cir- dando-lhe ciência do valor do apa- dentistas no Rio que puderam culação sanguinea e linfática, relho dentário, no triplice aspecto iniciar, desde então, a prática da além de desprovidos de defesa or- -biolOgico, fisiológico e estét!co ", anestesia geral, pelo gás hilarian– ganica, são verdadeiros tubos de Muito interessante e bem doeu- te, em seus próprios gabinetes cultura. E' corrente, neste tipo de mentado é o capitulo do volume I particulares. Um di;? nossos me– cirurgia, os profissionais confia- que trata da anestesia, escrito pe- lhores anesteziadores. o dr. Maria rem demasiado na antissepia, em lo odontologista Antônio Rothier, de Almeida, iniciou comigo, por detrimento da assepsia. Não te- em cujas páginas estão descritas essa época, seu tirocfnio na espe– mos justicativa para tal exceção, as várias técnicas utilizadas em cialidade cm que se fez mestre. porquanto os inconvenientes e pe- cirurgia acompanhadas de rela- O prôblema da anestesia foi, en– rigos da associação de germes são ção completa dos recursos te- tãn., posto cm destaque e hoje. fe– por demais sabidos, para serem rapêuticos utilizados na prevenção llzmente, esté. defin1tivamente re– esquecidos. A presença de ger- e tratamento dos acidentes. solvido, em nosso meio, de tal me estranho, em meio infeccio- No comêço da vida clinica, deli- sorte que já contamos com um nado, seja por simbiose ou por quei-me .à cirurgia e fixei-me, por punhado de técnicos que rcaUzam concorrência vital, aumenta de algum tempo, no estudo dos pro- qualquer anestesia geral, com ex. muito a virulência dos existentes, blemas de anestesia geral, alar- traordinária perícia e segura;.1ça, no referido meio, havendo ainda mado com os acidentes mortais facilitando aos nossos cirur,,.iues a considerar o acréscimo de ou- 4ue tinha observado no Rio de a prática das mais arriscadas e tros elementos agressores, o que Janeiro. Cheguei mesmo a orga- demoradas intervenções, sem ore– também importa em aumento da 11izar uma estatística dos casos de ceio de acidentes ou das ccnse– tarefa organica d3 defesa, pro- morte, ocorridos com os nossos quências do choque operatorio. A Policlinica do Rio de Janeiro está muito ligacia à historia da ta à fumlação da verdadeira Pe– Pedintria no Brasil. Passaram por diatria Cientifica no Brasil. essa Instituição grandes figuras da Patologia da polpa dentária, 0linica infantil, como Fernandes Jayme Filgueiras e Cláudio Mello, Figueira, Clemente Ferreira, Luiz 2.ª edição, Rio, 1947. Barbosa, Olinto de Oliveira e Edu- Cresce cada dia de importan- ardo Meireles. eia a colaboração entre o médico No exercício da cátedra da espe- e o odontólogo, desde que se re– cialidade de nossa Faculdade e na conheceu o papel predominante Chefia dos Serviços de Pediatria de certas afecções dentárias na da Policlín:ca está hoje o profes- etio-patogenia de crescido número sor Martinho da Rocha que ago- de doenças gerais das mais gra– ra nos apresenta esta pequena e ves. . interessante monografia, onde re- Dai o interêsse com que foi re– memora o obscuro período colo- cebida, há três anos, a publica– n!al, tran.;corrido desde o desco- ção do l1•1ro de dois conhecidos brlmento do Brasil, em 1500, atra-1 especialistas, os drs. Jayme F!l– vés do empirismo dos índios, até guelras e Cláudio Mello, sôbre a 1693, quando se tcmou a primeira I patologia da polpa dentária, pul– providencia para a proteção dos I pites, peric.imentites e infecções enjeitados, no Rio de Janeiro, e, focais. Foi tal o êxito alcançado finalmente, a fundação do primei- pelo volume que, em seis meses, mo asilo para crianças, em 1738, se exgotou a sua primeira edição, mais de dois séculos depois. aparecndo, agora, atualizado pe- xxx los autores e com inumeras 1lus- o livro acompanhado de curio- trações que muito valorizam o tex– sas ilustrações, é documento inte- to da segunda edição. ressante e oportuno para o conhe- E' de louvar o cuidado com que cimento da evolução dos recursos os dois consagrados odontologis– de proteção e assistência. à ln- tas brasileiros insistem nas van– fância, em nosso país, nesta ex- tagens de se estabelecer maior ri– cur.são da tipóia ao berço, e dea- gor de assepsia, nos trabalhos da rnpecialidade, pois essa é a razão principal do completo êxito de qualquer intervenção cirurgica. "O argumento de que a bôca é melo séptico - explicam os au– tores - e, porisso, dispensaria maiores cuidados de assepsia, é completamente destituído de ra– zão, à luz da ciência. Raciocinan– do desta maneira, a cirurgia pra– ticada pelos protologistas, gineco– logistas e obstetras, deveria tam– bém dispensar quaisquer cuidados de assepsia, pois as intervenções destas especialidades são pratica– das em regiões tanto ou mais sép– ticas do que a cavidade bucal, o que positivamente é absurdo. In– cidem ainda em outro êrro os que persistem em pensar desta manei– ra, porque na cirurgia de canais, por exemplo é perfeitamente pos– sivel isolar, pelo dique de borra– cha e pelos curativos selados, o meio bucal dos canais redlculares, incomparavelmente menos sépti– cos. Estes meios são, realmente; bem diferentes, por isso que as suas situações anátoma-histo-fi– siológicas são diversas. No meio bucal. as defesas organicas sãó muito desenvolVidas e, tão somen- traindo ou impossibilitando o do• melhores cirurgiões, apurando que m!nio da infecção". a mortalidade em consequência de O livro revela a experiencia cli- acidentes por anestesia, durante XXX nica e a competência técnica dos o ato operatorio, atingia a um O livro dos odontologistas Jay– .autores, constituindo, porisso, uma por duzentos. As causas desse me Filgueiras e Cláudio Mello não lição prática do maior interêsse atrazo de .noi;sa técnica cirurgica interessa, pois, sõmente a seus co– para os que se iniciam no exercício eram a falta de a-nestesistas pro- legas de profissão, mas tamb~m da especialidade, pois o dentista fissionais e o abuso do clorofor- aos clínicos e cirurgiões porque preci$a "ter sempre presente na mio e do cloretila,, ç.tlja toxide2 reune em suas quatrocentas pá– consciência a noção da responsa- exagerada acarretava os maiores. ginas, escritas em estilo simples e bilidade que lhe cabe, na manu- perigos para a vida dos doentes. didático,• conhecimentos út~ e tenção da saúde e, em circuns- Conheci em Paris, em 1926, no imprescindiveis ao tratamento de: tancias especiais, na preservação serviço de meu mestre e amigo certas doenças gerais, cuja causa da vida do próximo. Para isso, é professor Desmarest, o novo mé- pode estar diretamente ligada a necessário cultura. nível cle.-ado 1 . todo de anestesia geral pelo pro- lesões de órgãoa Jocalizadoa na de conhecimentos que cada um toxido de azoto, cuja técnica pude cavidade bucal.

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