A Provincia do Pará 25 de maio de 1947

Dom!ngo, 25 de maio de 1947 --------- - SOBRE o MONUlllENTO A CA TRO AL\"E - No Jul– aamento rtnat do valor du maquettes ao monumento a Castro Alvea, ~ no hall do Teatro MunJcipal, foi conferido o premio a Humberto Cozzo, lndubttavelmente. o niator estatuário do Braall. o malar pstcológtco e o malar penaador, aob e.a&& fei– ção plástica. NA.o se cllsalpa o prodigioso cerebro de Cozzo na elabora.ção complcza de alatem.u, na tentativa de um fim pre-estabelect– do. Cozzo deita girar a aua Imaginação e alçar o aeu eopfrlto, sempre tnqutito, no sentido de dar forma à Idéia, modelando-o, carinhosamente, com a proprla alma até à expread.o deoeJada, quul divina na aua realização final. Adaptando a cada ~ a SUA técnica propria, aerundo a emo– ção, o tnteresae e a natureza do BMW1to," Couo &e nos revela, tn– tlnltamen~, rtco, aob a triplice feição de criar, Interpretar e realizar. Aaalm, deu-noa n& eat&tua do Imortal PoCta uma figura sr•· eloaa e alada, romantica e aonhadora, de uma reallzaç&o plaa– tJca. tdeallasima, contrutandb com a nobre e aevera eloquep– cta do pedestal, em que, sub3tate, dominante e tmpr~vo, o aen– tlmento da Harmonia. O..te t&lentoao arttata noa fala, pot.,, toei& a cidade do Rlo. deade aa grandea decorações mura.Is do MfnllUrlo de Educaç&o até àa Praçaa e àa Pontea, llllrmando-se a aua erudlç&o naa mul- ~~~am.":.~ ! ~ r~ su: .,:~n~~ncepções e na estranha E. no •eu Studlo, nlo obstante a afmplicldade de anaco– n ta, aent.o-ae a grandeza de um Templo - tal o domlnlo da be– leza eterna que palpita na alma latente daa .uu eatatuaa, cuja dlapoolçlo tumuJtuàrfa noa 1UrJe as palavras de Barbler a Miguel Anseio: "'Ton aeul bonheur au monde Eat d'imprtmer au marbre une trrandeur profonde". Portanto, se naquele museu de nu.ravllhoaa eatatu'11a, no.s =t~~1;' ,;~~t,~·~=~::n;: =~ct:! 1;~~c~~d6:u,~ifl~~ em tace de º Te.ndrease", rrupo envolveLte e emotivo, 1d.ealll· olmo de paleologia, aem dü•llda, a mais perfeita daa aua3 alnte– ae . parece-nos ouvir " Chopin, parece•noe J~r • 1 Sm.maln" mas • nttmn.<11 nrlnctoalment.e Cozzo. Notas de um constante -le itor Entre o Acacio _·Çonselheiro e Pacheco Candido Motta FILHO (CopJT11M doe Dtutoe UIOCiad.oe) ' SÃO PAULO. Março - A edlçlo monumental da.a obras de Eça de Queiroz v'al proporc.lonando maJs umn le1- t ura do arando romancista por– turue.. COmo Eça de Queiroz , um eacrltor que não aaJ da mo- ~~ ~uJ~ :;a~e~=s:: ::· !~!ºe:tf:i:~x~ ~ ~~~~ confunde-se sempre com o da.s nosaa, recordaçõea e aa.udadea. R evtvemos certas paglnas de ..A Rellqula " ou "As cJdadea e u ge_rru .., como de algo que, efe– Uvamente, 18 i,3uaase na vida. E n1o hi dia qu•, diante de uma pa..llo.aem multo ensolarada e festiva ou diante de um aconte– clme.nt.o mundano ·da noua me– d.lanJa bwteu~sa. não noa venha à ment.e, vivas e terrivelmente humanas, 11uaa numeroaa.s e ex– preulvaa criaturaa. Como todoa oa artl&taa defini• Uvoa, Eç de Queiroz é sempre um renovador dos gn.Dde.s \e– mas da exilteoc1a. Nele nAo vale tó a paisagem niUcla e colorida ou a n1w-a humana bem deli– neada. Nele Ya1e pouco o roman– ce em ai. Mu t'I que vale é a rtq\lea de emu que noe J)l'o– µo.rdona, a cada. ln.1tant.e, como oe dentro d e artlsta podero– ao tJve$K, detiva.mente, um ,·elho penaador, endemonJado e terrhe1. Numa aldeola portugufaa ea– tl ge.mpre uma romunldade hu– mana, com os aseua problemu Cd:id:l3m~=~~r~~: lhJdu e carolnJ, nAo alo a6 por– tuauhu. mM !li.o prec5Cllço.s hu– m-.n.11.$ conheclda.s em todos 01 lugan.a onde a clvtllâçAo che- t~a~~~~t~:e:~ padres de Leria, oo Janota& do Clll, Martinho, oa literatos pro– vinciano,, oa elegante.a da.s reu– nlõu da mon..~o dos Mala.3. u tlauras que rodmm as ,·acUa– çO.. de Gonçalo Mende, Ra· mlru, do problemas que apare– cem. cond.lções humanH chcla.8 de mistério, muito embora, tan– tas vezes. chela.s de rtdlculo. Pua Eça de Queiroz a vida vlve umpre com 1ntet151dade, por dlvcna.a torma.s. Ela pode ter a poderosa energia dos an– tep ado., de Ramires e aentl• mento como a de M:U dexen– dente. O fato 1, que vive, com aeua problemas, auas anau.stlu, 8CWJ aonhoe e desesperançu. Depois de ler feito o acu lu– mlnoao puaelo pela ,1c1a. Eça de Queiroz re1Tess~. em pcnaamcn– to e na aaudade, à tngenuJda– de e à t-reacura da terra natal. Nem LA>ndru, nem Paris, ne.m a Ttrra Sa.nlo, nem Cuba, nem o J:Olo e oe Eatadoe Unldoe va– lem, com 1u113 dllerenças. waa rtquu.u, aua o.stenlaçAo de Po– derea. o ttue valem os caaals da.a aerru port~êsu. PRra a matorla de seua crill– coe e.Me retorno foi, de uma cer– ta forma, o recuo expllcave.1 de um e,plrlto, quando JA crepua– culavo. Em um..'\ espécie de vol– te\ à lntancln, pt-la saudade; um recolhimento de um artl.sta, een.suol e exuberante, quando • viu Ulo aamente e.nvolvtdo ,etoa desencantos. Ma.a. quem medita, de novo, aobre todo o roteiro de Eça de Quelroa e aaalm aprecia a .ua obra no seu conjunto e t4m diante doo olhoa, deafUando, aeus quadros, aeua dra– ma, e aeu, peuona1en1, aen– te que ele viu a vida como ela lhe aparecia cheia de contrutéa e parado"°" de valore, nesatt– vos e po&JUv01, tudo vtvendo ao :1=.00 t: -~~'!° :ai~u; dllerença e a lndllerença, o pa– dre Soeiro e o padre Amaro, m .. fim no mumo homem, o ho– mem, muJtlplo que vivia em Dil– ma.sco, em Carl01 da Ma.ia, ern Jacinto. Aulm, a volta larga que se Y6 rio u mtnho de .Eça de QueJr~. nlo ae fa.z aó na.s " Cidades e "S 3en aa ··. ma.a ae faz a todo inatank!, uo enredo de todos aeua romance,, na pst– cologtn de suas a laluras Perde-te com taso uma noção de wn tratado pn eatabelecldo. Ohep-se mesmo à cunclu.são de que o homem nlo caminha no tempc, maa vt-.c multo mab do eapaço e.m que ae coloca. O! seus mo\1me.ntos não t~m rumo. EJeg iobvn. e descem como u bolhaa: de Mnchado de Alsis. A vida não 6 um caminhar mu uma gu– minnção. Na:.ce como uma pl.&n– ta. E se a plant_. J)ell.\8.sae como nn tmagtm de Spinosa. ela pen– u.rta lambem que estava camJ. nhando... Quando Eça de Queira~ e:;tA em Parta, envelhecendo e doen– te. ele ae aent.e com uma plan– ta que de fato nAo l'ndou. TU– do que \"lu aconteceu. aua5 gran– du emoç()ea:, suas ternuras. !Ua3 terrh·cls ma.Uclu e perve:- Ida.– de!, utava pre,o à terra por– que ele. efetivamente. nlo an– dara., mas germlnara: 1-eu e•• plrtto aublra alto como um n~· puxo e calra de nO\'O &e confun– dindo na unidade germlr.nl d:i natureu. Só lhe sobrara o c.;tranho e, 1u;r comctencla que dera o d na.1 de sua vt aucta. a s.ua c.a.pa.ct – dade de transformar a ,·ld.a em obra de arte... AI l que r ldla. para F,ça de q ueiroz_ o ce.ntro do m1'té:-lo humano. O home.m ~ um :ml– fflJ\l que ~e expresan. E', anta de tudo. um animal que 6C co– munlca com reu, ~melh:in:.a ~~! ~:~'~, n;n!r~~~:~· p°;~: v6m dei ln5urtc1lncla dCM:i co– munJcaçlo ou QC'I confUto de&Sa comunlcaçAo. ~ O& homens sou• beMem de aeu de Uno nlo ha– veria tra&édla alguma. Ma", co– mo os homens dificilmente ,11e conhecem e as11lm ~ aupcrfl– cialmente se comunicam. como os homens nl1o iabem comuni– car com fránqucu e ~m un1 medo ml5teri080 de dizc.r o que aente.m - surgem u grande., de.ditas. a desgraça de Amêlta ou u de Maria Eduarda. e Car– los da Mala., de Lulza e aeu ter– no marido. A vtdà germinando. toma cona– ctencla de ai mesma. mas n&o pode tomar conhecimento de aeu dcsttno, que é traçado, como nas tragédlu il'CIU, por dewes 1mplacave.ts à un1ca vitória que o homem conS<!(JUe ~ pela expru– atio, pela azo. capacidade de &e ruer entender, pelo seu esforço de 1alr um pouco de at me.amo. Por certo que t-Odn.1 CMU eva– aões custam grandes tormentos. j)Orque pro,ocam con1!1tos, Mà• ( A p R O V-4 N C I A D O P A R A ARTE E LITERATURA - P!glna' ---------------- A SENTENÇA Conto de Breno ACCIOL Y Sem poder llbortar-se daque– l:l visio t.entla•se amorillhado. Cansou-.:c de czfrpgar os olhos, Cle npertar H tcmJ)Ora.a, ma.s t.u– t'o contlnuan l•nerrecido como C:antes. Lá e.!ta a aquele ?'emorso 111. ,errumar-lhe !\ co?l5Cienc.ta. a -oubu -lhe o sono. chupando-lhe n face ttnte.s d~ torné.-la lh·tda. De.!ronte e.st.ava a cama, o guar• tia.roupa. t.res malas de couro c-r-ú. se alinhando de encontro à parede. Esta. \'r\ o lavatorto com n sua bacb df" louça. Elta n a Janela, onde tontas ,·ues ele ficava debruç.aao. Al.oda esia– ' a o relo1;lo, noudo ornamento riuebrado pela.s auu propr1a.s màos como ae CS63 brut.iUdacie impedl.s3e o temPo de marchar. Estava tUCo ls!o e maia uma. gana!a de cachaça. jogada no melo do quarto, vaalo.. Major Tiopompo nlo podi& éistingu1r nenhum deMes ob– Jetos. nem mesmo vi.slumbrar o gua.rda•roupa. Rvançar para o teto tabuas envernizadas. semi– aberto. enforc:l.~do cuações. Se os ponteiros nlo estives– sem qucbr:t.doa, a pcndula pode– rio bater atncronicamente, em~ prestando ian &1.na I de ,ida aquele s.ilenclo d~ col.su monaa. Sun. Silencio ,1~ colas mortas, pol.s a resplraçAo do major n o– pompo mal aquecia o nartz. Era um:i respiração traqulssima, fria c-omo a de um i,elxe. lembrando a de uma J)eSSv& que morre de ,elhJce sem saber que está mor– rendo. Atingira o limite o 50- trtmento do major Tiopompo. Nlo era mal.! e.quele desespe– ro que lhe ra!a,•a os olhos de aangue, obrlga\'a-o a ent.reabrlr oe be1Ç03 para deixar escorrer um& baba que Jhe envenenava o peito. Não era mal., aquela ln– ouiet&çAo enlouquecendo-lhe oa ded01, aquele suor lav&ndo-lhe o roeto, colando a camba aos ca– belos do peito. Começava major Tiopompa a aotrer placidamente, aem.- ne– nhum reato que pude.ue denun– ctar a qonla do &eu coraçio. 61lenclo.so, mudo oomo uma pe– dra, apenu derreando•ae • me- ~~-~,..~ d .lr~ ~er~!:1~~ ma parallsla de aeu bnço - Já. gn<la para tr6'. cali~º~~~!:~v:a U:-,,3o de vela. A.a pernaa do ruaJor Tl<>eo– jo,ando as bot.as para a ffellte. aa esperas rotetando os UJolM como ae toe.sem eles flancoa de um ca'falo. - iJ::'1~'-11.:!'..tedod~=o"';'. aaora, aeu aotrfmento proota.o r d~t.' n~":~ n~ vive, nem ae a9rozima da mbr• t<I. Tal como se se qut.se ..,e de• tê-lo numa fronteira que dollnll• tUN esaes quatro C.!tados d'al– !!l"· apena., atingida por aque– liio que expcrlmentam o aabor do remorso. E era um remorso ~~~-: :1ªJ~ut~~':m1:.: mulher, da& 1Uhoa, a esquecer- :: =d~03á1~= ; ti\>~: tta.,e a causa daquelu tres~: au que desciam pela au::' t~ ta. Trea ruaaa que 1ur1tram na m~ tard~ enl qui, toda 15an; ~ d"o :t'pànema foi ll'rocuriir M~a, a morta, a deavtrat– nlzad& aos quatorze anos, a fé– tlda Mela.ola qc~ ainda e.atava de J)erll.M abertas como quando !ora encontrada, trea dia.a de– po.b, no caplnzaJ de Padre Bu• !hões. Melanta. de quem os olhos aer– \'lam de P&ato aos urubu.,, de quem o narlz era um fonnJguet– ro. entrando e ulndo tormlsaa ~ e 1 ª::t! ~rJJ:1~.~:1~~: o homem nlo pode deixar de Viver 8elllo em conflito.,. Por Luo. Eça de Queiroz, que tol esplrtto ma.15 luminoso da l l.naua porturueaa, que 10ube ex– pressar-se como n1nguem, que soube. como poucos, penetrar no terreno d&.S a tribuições alheias. fez; da faculdade de ex-presu.r o seu tema predileto. Porml pa• ra ele. expreanr nlo é aó falar, porque muttos do.s que nlo fa– lam ta.mbcm sabem se expre&Sar. A proprla conduta humana é uma forma de expreS&lo. A manelra de veatlr ~ uma forma de de!inJçt.o humana. T&mbem os gesto.s. a manetrt\ de olhar e de sorrir. Eça d Que.iro~ nlo ern só um ele(l'ante requintado. Ele era m!Jtto mala do que o "snob~. parque a maneira de se veatlr l p:i.;a eJe uma mane1ra que o homem tem de dt.flntr-se e de comunicar. Preocupa.se ele. com clegancla de Jaclnto. de Carlo1 da MaL, . de P'radtqu11 Mendes. W !e preocuoa tambem com a.s manelru de trajar de acua c-ontemporaneol'{, seja ele um Ramalho Ortt1Ao ou um Edua.r• d<J Prado. Note-se. por uemp!o, como ele ,.l"!tc. cm ~us romo.n– ca., os taciturnos e os hlpocrl– ,.~, Note•~e. cnmo hi uma CA. ta rorre:pondcncta entre os trajc.s do ,--elho H~ 'a. e a SU3 tevert– dad, ari.!tocrttlca ' 1 ·o.s ~uoi retra:.0.". O.!I traje., r.fo r~pre&entam u ~poca.s. mu rep:-u~n am u alma.". O. ho• meru &e: apresentam de confor• midade com a ~ua ,·o:aç:lo t,m– perament.al Por t,•o. o retrato <1? Con.selho Ac:icto ex1gc de• termtnndn:; t!nta.! como o do Con!elht'l:-o Pacheco E é af, ('Om cs!a, dun., figura, !morre• dolru. que ,·e:mo.s :ilnd:i mal! A!"'tz,alada a prtocupacAo de Eça de Quclroz ~lo mundo expr~– ~lonal. E.uo.s dua, cria urc, ~ cxpre~am 1dmlravclmcn:,- ~ m. Uma falando e outra não falan– ó . KJer\ccgard ouc rei do alanltl– cado da exprel!d.o um do, ar– g-llffiCntos de sun a.nsustta. d1z q;.ie o mal.1 s.eJrUro dos muttamos nto ;. o do silencio, mu ü '11. p3rollc" Ntnguem " revelou t"'nto qu:a.nto o conselheiro P11- checo. Não precLsou dizer uma palavra pera. !Cr o que foi. Seu d:J!nclo era. de faLO. fecundo. criador ma.ravUhO!O do seu imenso succaso. Na lronJa de Eça de Queiro~ nAo ha 11a o de,eJo de apresentar uma cartcatun., mu lmpottncla de um u plrtto diante de uma reaUda.de desnor– teante. Enquanto o pe.naamento proclama a virtude da tntellg~n– cla na vida doa homens. No cuo. homens do Bro.111, homena de Utnl\ aoclcda.dc htbrlda, mestiça. cheia de mlzes a.mcrlndJu e . ~~•• • n6Q apeDM euro• (Para oe " Dll.r1 o4 A!l80ClAdO. > br01 moroJdos, dt braços mor,il· dos como ae aqJt: le amor somen– te pudesse aer e.• dentadas. Mc– laola, a de vestido arregaçado até a cintura. sem poder ,·cr o ela.rio d0& archl•te.5, nem escu– tar que c-hamav.m pelo ~e11 r:-• ..•.::, i;;ocuraY~. 1 • ~u c·o,1-0 c•.1e hi ttea d.las não e. a vlEt.o. Foram cs urub~ que dera.m & pltna. Se não fo.s&e.m o.s seus revoos em direção ao caphual. fausto featlm ac carniça, nln– ;uem t,rta swpdtado e nada te– ria alert&do a ru ~lostde.de de to– doa. E entA.o foi qua,e toda a ci– dade acende.nd' l tochns de sebo Porque no invc..-no o dln é cur– to. A. me:ia lé-gt:a podia-se nr i.:.~bÚ5 re'roando. agourentos, aterrissando ce!eres em dU'eçilo ao cap1nza.l. garhnndo em segui– óa o espaço, nutridos de criança, digerindo ent,n.:.ilias podrea. Se o Po\"O não csminhassc de– pressa nada m31.3 encontn•nR. &enlo uma carcas.sa de O!.S0.s, uma ca,·elra, re~tos. Major TioPompo foi um11 d1.s t.e.ste:munhu. SuspeltA,·am de Duino, o ,acrist.lo . Encontrn• ram no bauzinho de fla.ndres de Melanla dou bHhete.s, todos eles de amor. Para que melnor acusação se ali estaYa a letrli de Da\'inO ju– n.ndo amor ardente, paixão de levi.•lo ao .sui:idio se Melanla não o aceita.sse J)Or marido ? Para que melho1 testemunho &e o anel de Davino esuva numa caixinha de prata, na gaveta de Mela.nla ? se foi encontrado um décimo terceiro bilhete de Davino. suplicando a Melanla que pensa&Se bem, que não lhe rompeue o cor.itlo com aquela recua& ? Para que mals pro– ''114 ? A.lalm mesmo foram arrolados quatro homens que, de re1reuo às auu tuendas, por varlu ve• zes virt.m Davino trilhando o capin.zal, Juatament.e onde Me• l&nla era carne pOdre. Uma desaa.s qU&tro tut.ernu~ nhu foi o maJcr nopompo que ne&Jl peataneJou. l'ol loto con– tando tudo, respondendo dMem– b&raçado, conunte, fell<, àa peraUntu do Julil de Direito. Naquela noite uma aa.rrata. de Vinho do Porto ferveu-lhe o aanaue. Dormiu sonhando mu– lheres nuu, dinheiro eatulando, sa.coa de 10 arrobu, como Pre– feito demltlndo oa lnlmlg03, fa– U.ndo o diabo. Um KJ"ande ! Acordou ainda mals dlapoato. Durante eels meses podia-se ver t~~ d;'ºf;~1:' e.ª~;= ~ "ruNO", torcep'do u pontas do bigode, arn.ncando do J lete branco o "cebollo .. IW'fCavi U horas effl alg • mOS e.rãbieo,. Ma., em Junho um& trovoa– da d-u. .l!: a tdl'a, eatun1- cada, virou lama. uma ana. que eooéJrnsava doa m~, l•mbla u ruu conio uma - gu.a enorme. Uma llnáU& q • nlo tlv- tamaloho, de um pl}mo de eapessura, tranafor– manélo toda Santana d~ Jp_ane– m,. num atoleiro. Pingos sroí· 10& vua.ndo t.elhu que, há melo akuJo, aervlam de chap6u. A chuva e a lams aprl1lonando a cidade. Durante uma semana., cada casa era u.ma prls.lo . Na Pazenda, major Tlopompo começava. a aentlr uma trl.ateza amortecer-lhe OLl nervos, torna• lo lerdo, moroao. .>J ,uaa per– nas nlo estavam inchadas nem Inflamadas u euas mlos, maa, ao andar, maJo~ Ttopornpo ten• tia-as chumbadas. Mesmo ao &e• aurar a ua de uma xlcara 01 de.doa ardiam como ae, e.m cada. um del&, um panarlclo estl– ,•e55e nucendo. E velo uma ln– sonha que lhe tirava o apetite, proetava•o durante todo o dia na cade.lra de lona. Nem a chuva, nem a lama ti• nham culpa nat1uela. triste». Longe de aua Fa.zenda a tro• 'foada fazia estrago,. A.penas molhada., aa auu ter– ru ,e J)erd1am de vista, enrat– zà.ndo-se na11 louceira.a de mi• ~~b:1':íeª1!_<J=~~-~d~°!eí:; ~~on~t~~:.;~t;~: b~ moa. Qual a rado daquole aolrl• mento ? Qual o motivo q'(ie o forçava a ae di«tanclar do1 fl– lh01, da m.ulhu, aW mesmo do retrato que o C1Ptlho da gaja lhe podia oferecer 1 Aquela deprea– d o anlqullou-o p&ra 1ttnpre quando se viu forçado a tie• par num& cadeira. e enlutar o eapdho. AgOJ"a. sim. Podia paa– aar delronte dele. olhar. can– sar-se de ficar olhando-o ~r– que, entlo. sem nenhuma ~ e,tava eaipretec!do nn.que.le pe. daço de pono. li: major TloJ>Ompo senuu 01 , lab108 t~ abrirem, ficarem, por um lnatante. adocica.doe. Terr1- ,·et en1ano 1 Nl o de.morou aquele re.morao a recrudeKer, :l atn ve.s&ar, de CreJ.'> nlo dizer novidade ne– nhuma repet1n'1o que por trú da lnstltulçlo eonalderAvel que o futelx>l tornou-se em noliO paL-; .se condenam e se f\cumulam. ~~1c~~·1;;~:s ~~~t~1:8d~ homem brastlelro. em busca da &UbllmaçJ.o. F.l!sa sublimação es– tava outrora apenas nn oportu• nidade para feitos heroicos ou nçõea admlrnvcb que o Exer– cito. a Marinha e u Revola– ç6es mais ou meno.! patrtotlca., abriam llOS b::-a.,Uelros brancos e. prtnctpalmente. mest.lços ou de cór, mala tra~bordan~ de e– nei gl~ animais ou de lmpul– tos lrraciono.lA. 0es.,u energ1aA e desses Impulso.,, a.lguru eram de sentido iadtsta. outros ma.so – qulatas Una exlblclonl.stu. ou– tros nuctslatu. O que, honea– t&men t.e reconhecido - pois talJ elemeol.03 se encontn,m à. ralz de alrumu das mais belu expre.ssões de b::-&\·ura. de htroll• ir.o e de valor ali hoje praUca– da..s pelos homeru de qualaque.r cõr, condlçlo ou cultura - nlo Importa em d9Conheee.r•se a grandeza ou a be.leza deuu fel– tos sob forma du subllmaçõea que nllnglra.m. Isto qua.ndo essa.s enerelu e euea impulso.!, em vez de uelm se subltnw-em ou de ae aatl.ta – urem com os e.aportes ou os QUL1e esportea rural., dos dla.l de te.ata, ou dos dlu oomuru. do– mtnanteA no Bruil patriarcal– ªª cavalh&d.u. as corr1daa a• trM de bol.9, as eaçAdas. aa pea 4 ca.s.. aa noite.a tntetru de anmba ou de dançn. extenuante, As lnr– gaa camlnhad pelos aertõea • a caça aos lndlo• (Aº Amtlla Pontt.s Vtdm) lado a lado, a cabeça. numa re– petição de marte.lada.s como se compridos pngc•; estivessem &e:n do bntfdos. Doloroso ! Rorrt- ''ehi"•e a pon:o de httar pela "1t1lh•r cb.a.mitr os filhos. E no ,, ....~...s hvar aquela nodoR, desabafando tudo ! Desabafan– do se.m omltlr nenhum detalhe. para que todos ficassem aaben– do como o seu pecado era ne– gro. Depois, ca!r de joelhos diante da mulh"':", pedir-lhe per– c!io, enxugando as lágrlma.! em &ua sala. Des!ulecer. Pedir a morte ! Po"m major 'l lopoirpo .~ctava aern forças, fraco de.mais pa– ra J)Odu soltar ar. i;rito. A..'"l.!C.j de c:ilr tentou aga:'Tar "" ,,.. - rcs do. cama. 1 ombou pesado como um to.rdl'), f1Cf'•1do .... :T"" • ti" a noite catendJc!o no c-híto, lembrado um homem que hou• ves.sc recebido t:m tiro nas cos– tu:. Acordou tarde. Sol alto. E lre– mfndo fol o seu es:forço para conseguir arr~~W'-se até à me– aa, ficar derreado na cade.ira, ns pernas para. ,1m lado, o., bra– ço.s par:i. outro. Nnquele dia n a,·lno iria ser Julgado. As 2 da tn::-dc, o Juiz de Di– reito eomeçs.rb, " sortear 05 Ju– rados. Tresandando a suor fica– ria o salão do .=uri, mesmo que fosse do tamanho de uma pra– ça. Quem deixa~la de ver o aacrls• tl o na cade.Jra de r6u, de ouvir o promotor revf"rberando numa catllinarta. ae I m Santana do Ipanema nlo c•xJstla outra dl– ,·erslo a não fl.Cr um circo, de ano em a.no ? Se 60mente na ,•~spero. de Nah.l a. cidade toma– va um ar tão ft!tivo ? Um jurl de um criminoso da– quela eapocie era a melhor d.1- versAo daquell\ gente. Major Ttopompo, por sua 11- vre e espontan~,1. vontade. fica• ria o resto da. vida eatendido &O• bre a mesa. Mas aquele remor– ao que lhe emaarecera oa om– br01, atinara-lhe oa ded01, tl– ura. deaapareeet de se\l.11 olhos aquela f._ de tman - obrtga– va..o a deixar '> quarto. Dona Ingracis, vendo•o tio p•lld o. lnd asou: - s.tu doente, homem. Por– que não vala à dda.de ? Pede a Seu Coriolano um puraante 1 Nio se sent11. butante tort.e para deaembuchar aquela hlsto– :ia à sua mulher. Nem tão pou– co aos tllhO&. Certamente o amaldiçoariam, cuspiriam de no Jõ. El'perou que boux.es.sem o ca– valo para e. ,canchar.se na sele. e partir numa deaabrlda louéa. De ventu abertas, o cavalo le• ,·antava um poeirAo, auando, cuUg&do pelas e,poraa, pelo chicote dando lapada., nu duas ancu. De: crtnas ao vento vencia atanu,., pulava cercu., delxando revoltas aa aguas do riacho. Talvez. um u tordeco " não vep– ceue aquela dlstlncla. em me• noa tempo. Que mli.quina de carne era -1:que}e cavalo '1 A&ora marte– lando o calçamento de pedia, voando de rua ncima, Cem metro, mw, a Prefei– tura Conde A reallr.avam as sess6e.s de Jurf, cat.ava compac• ta, gente ae equlllbrando no pei– toril de Janelaa, trepada em cal• xõf:a ~J:1~ 1 ªcie r~u o sacrlstAo absorto, indlfer~nte a tudo aqui• lo, de cabeça cafda como se de- 5eJB.S8e dormir. Quando o Jutz lhe pereuntou onde estava o KU advogado, u ttnha alguma tleclaração a fa– zer, Davlno llmltou•se a abrlr 01 olho,. Nem uma palavra em aua defeH. Nem um · gesto que pudesse amainar a repuffla do, Jure.doa. Comum era o réu abrir a booa., calr num pranto de !azer dó. Davtno mW ~ugerta Uq1 brqn– u q~ na cadel':'a houve.s&e ~– t&do, um ornamento entre aque– las paredea bolorentas. Nem uma Palavra, nenhuma con~a- ~~nd~~~~o6°es º~;!r oue~r,t vlo lla. nos autos. Apesar do ca"lalo correr mua- ~pe~~'jf ~J!c;,i; ~~=- t pronunciado. começava o Juis a let a sentença, clta.odo a.rt1aoe • parigrlllos do Código Penal. • De pi, Davtno escutava a ~– tecça de trinta Anoa, sem aptt'• ceber-ae de nada, como 5t o que ouvl.Ne t0&se wna declara• ção de um Premi~ q~ a )!lunlbl• palidade acaba'fa <fe lhe écM– ceder. - Trinta a.noa lrlaou o Juts. Ne... Instante major Tloi>Olll· ~ej:1:aurr:;:é1:'~'::~ª:~·eprt Interditava a pl.s.v.gem. Ao• be:T06 m!ljor Tlopompo &e acuaou 1 Oonaegulra l"h~ga.r ao saJ.Ao. E defronte do Juti pediu que a. sentença foue para ele, Para ele que havla amado Melanla, ,seduzindo-a ap,?Sa.r dos seus 5fp,– se.nt.a anoa, arTVl•!lado•lhe o pm– coço no momento em que o amor era orgu mo. Entio, Dsvtno se enfureceu. Libertou-se daquela lndilerença e protestou. Prot .em.ou como quem se v~ roubado. Protutou Impondo respel:o à lógica. Pu ve.r que Mela.nla n&o &e iria en– tre1ar a um velho como major Tlopompo C- e apontou para o }'eito arfante de velho). um ve- 1ho careca que, de amor, nada sabia. Ent.regou•se. alm, a e1e. Davlno, que sempre a amara, que daria a vldn para obter aq_ue le a.mor. E a todoa convenceu alegando que, rc bauzinho de flandre., de Mrlanla, f('.mm en– contrados bUhetes que ele lhe e.screvera. Nova::nent.e ferlu o peito do velho com o dedo aflr• mando : E.ase velho enlouqueceu 1 A.quilo não podia continuar. Era um deareapttto à JU&tlça. O Juiz reclamou ~ lenclo. E fe:2, um ge,to a dote Mlc!ada. de Polt• ela. lmedlata.me.nte oe aoldadoa torcernm os br:.ços do maJor Tiopampo carr~l{Rndo-o pu a fo– u . ao., empurr6C's. Major Tiopompo nlo rests\Ju 1 ln1~vel 10b;rv1ver 6.qu.e.la tn– )ustlça 1 Por& Davino qut e.ntouc;,uecera por n1o poder • mar Melanla. Dt.vlno - que ae conv~çt!a acr o senhor do Melania quan– do, na verdade, apenaa em àõ• nho., ele a poa:rulro.. E numa \arde, quando lodoe da fa.11enda colhiam esplaas nr– dea para canglca de SLt Joio, major TfopomJ"O selou o cavalo. E fol-&e prla g.irgnnta. de doll morroa ~ara nunca mais volt.ar, Retrato a Ülen J o::é Guilherme ME :DE5 • (Paro A PROVINCIA DO r::i,n Ainda ae1J1a era nolt~ e na noite sew; c;1.belos ,·oa,•am para lor.~e. E nn tomo um arco que atira flechas e as flechas voanGo, meT'G"'lflhanc!o na nott.e e o arco se.mpre rc eudo e Oeci:a3 \'.?lorcs var11ndo o véu da nólí.e, PC:nêtrando profunda.mente. E longas mtmage.ns eram expedidas. b.'Uftdas. madrtgat,, elqlu. Soavam alto, ,tfbra·:o...TJt o llr, as catarat .s do espaço, e g:lra\'am. Embalavam a ruma descuidado e entoavam distantes tembnçu, C de au.Jm 1ti;ercutir se f.t.ziam tristes. Ha, 1 1a a melancolia tntant0 1 : mt.1<'dia.! erqueddn.s, dias pe.rdldos e senl!dos SU!J)lro.s. Ma.1 o vento Imóvel, passando poderoso, a tela desmant-e.la. Os Pont.c1M3 da empulhet.a galopavam desenfreia.dos contl'a a tela e o tempo. A -nArlnura.tla rompe perfumado de maresia e amor. America Como ela , e -II - Miamt, antes de mats nada, é umn cidade alegre. Com uma populnçAo penmmente de cercà de 250.000 pes.son.s, o turismo. entretanto, doara-lhe o nW1'ie• ro de habltanti-s, tra.naformnn– do-11, de pequeua cidade, nessa babel movlment.ada, onde o mals diflcll ~ encontrar-a, uma pes– soa na.,cida e.m Miami! Considerada a nova Riviera. pela sua posição seosratlca, é o lugar eacolhldo por todoa \que- Regina PESCE (P&ra A PROVINCIA DO P~,!tA') les que Podem du -se ao conlor– to de umas finas, tugindo a01 r1gores do lnve.rno norti!ta E. nEssa tpoca, Mtaml Beach abre os portais clegantea de seus tu– >.:OSoS hote.ls , que ae entneJram ao longo du , ratas, à margem da.a a ven1du: e l sombra du alamedas. MiamJ Beach, aliás, é quut que intelrament.e for• mada de hotels, que se seguem sem inte.rrupçlo e ae o Rio pos– su1sse a metade doa bon., ho– te.13 que há na chamada ·•orea– ter Miami", re:olverta aeu pro- O · Cdpitão da Guarda Imperial Ernesto CRUZ (Puo A PROTINOIA DO PAM') O deMmbargador José Ma– rlanl chegou a Belém, numa hora agitada de sua vida partidária. Lutavam ardoro- tt~~~~urJ~e~~~I: ra: ramurús e Filantrópicos. No primeiro estavam arre– gimentados os restauradores, 3.8111m chamados por preten– derem a volta do duque de Bragança ao trono do Bra– sil; no segundo alistavam-se oa nativistas mais exaltados da época, sob a chefia do padre Batista Campos. Os restauradores combatiam o presidente Machado de Oli– veira, aspirando o seu afas– tamento da Provlncla. Eata– vam por l.s5o rejubilados com a chegada do desembargador, que vinha da Cõrte para o govêmo do Pará. Os Filan– trópicos eram contrários A tranalerêncla do poder. E como Marlanl estava no porto, mal alojado, aem aA– ller o que !azer, ante a !úta dos partidos politlcos, os Ca– ràmufús resolveram prote-, gêr, armados, o seu desem– barque. Tomou-se, desse mo– do, grave, a ~tuação ria ca– pital. O coronel ll'facllado de 011· v~lra apiuentemerite dlspOi– ~ a cumprir as ordens da Reg6ncla, determinou A CA· ma!'a Mun!Clpal que de.,se poase ao aeu substituto. Tudo I_)ló paaaava. no entanto, de 1t\lra ta'rça. O& restauradoreo 11,l\tilam que o presidente ee- f. a de braços dados çgfn ti.ta Campog. Que a Jiii· o arrebentaria no momen– to propfclo. E dl11>uzeram-5e a rêagir. Es))elllaram-se pela oldade. e.lCOlhendo os pontoa eâtra~lcqs para a., eventuâ– lidadta. O negociante JQa• ; µ, Afo_pgo Jales, es'tabélê– o à nla da Cadela, hi onaelhelro Joio Al!rei1 , márttlnha em aua caaa, u·. ji'upo de correllglonil.rlos e,_r– madoa, Incumbidos de prote– ger o desembarque de M'a– rlanl, Machado de Ollvelra, ooube do !ato. Mandou Inti– mar o negociante a entregar a., armu. Jales negou-se a cumprir a.s ordel18 e entrou •!ii conflito com 88 torws do govêmo. Toda a rua dos Mercadores, da Praia, tra– voua do Pelourinho, de São Mateus e doa Passlnhoa, en– chernm-se de nttradore.s. Era esse o pretexto anal.o– samente esperado pelos Fl– lantróplcos para enlrentar os Caramurús, numa luta decisiva, afim d• afastar a possibilidade da muda:iça de govêrno. Desse modo, teve o delegado da regência de re– troceder para a Cõrte, con– tinuando Me.chado de Oli– veira na pnsldencla da Pro– vlncla, apoiado peloa corre– llgtonárlos do padre Batis– ta Campo.,. Pouco tempo du– rou essa a mlzad, entre os dois homens públicos. Desavleram•se ambo!, por motivos de lnteresaes polltl– cos, e sem l)lal.s aquela tor– riàram-se Inimigos lrrecon– clllaveJs. No "PubljJ:ador Amazoni– e,ase" e no ':J)'êSlJl;l&Carador'', Ji>ma!9 da dlteçio de Batia– ta Campos e do advogado ,tntónlo Fellclano da Cunha, trocavam os dÔls rancorosos adversários, oa mala pesadoe triaultoa. Libelos tremendos contra a dignidade de cada qual doa cont.en ~ ,vinham à luz da publicidade para .. udlo da população. Porém Macha.do de OlJvel– ra não consegula venler o padre, apesar de todo o pres– tigio que lhe dava a autori– dade suprema de presldénte da provtncla. du~~~e'p 1 r~![g1:,;'•~~;di; ao silencio, à derrota ? Depol.s de uma noite de cogttações, o coronel Macha– do de Oliveira mandou chá- ~~~i81::'io~~• ~o~~=n~l/t comandante da., armas. Precisava dlacutlr com o seu auxlllar. assunto de ex– cepcional gravidade. Quando o comandante das armas chegou à aua presença, Ma– chado não perdeu tempo êtn ro<ielos: - Coronel Seára pr!nGS,– P.lou ele, mandei chama-lb )!"ara deliberarmos sõbre uma resolução que tenciono t,o– mar, no Interesse da estabili– dade do meu govêrn,o. - Há alguma couaa de grave, presidente ? - Sim, de multo grave 1 E Machado sento\1-sé à C!qccelra da mesa onde c01- tljmllva. despachar o expt– dlente do govêrno. Depois de ' breve silencio conUnuou: - Coronel, o ae~or nio IJnora o que tem feito o Jiã"· <lf'e Batl&ta campo.,, para Jie lncompntlblllzar com o 111110 o u autoridades eclesl~– cas deat.a terra. Tudo tem sido aJ)..rpvl cio para nie ler\!-, dMtilm • té. Pol.s bem, achei aiiora melo de ILJ:&bar ~ vez o decantac!o prutlgto d padre. E chegandoaH mala para P.erto db seu li\terlÕ!:Utor, o P,realdente de'-l\0U tra~ar,• c,,r, cl&ramente, aa auaa in– tenções: - Eat.a luta entre realal!,- 17-dores e nãttv!Jtas, preclii. ~r explorada com lntellgen– cla. Há rumores de que o du– que de Bragança pretende regreS&&r ao Braall para u– surpar o trono do filho, p nosso amado Imperador D. Pedro II. - PreaJdente, perdõe-lJle a a lranqueza-.retorqulu 81,'á· ra,-mas não acredito em aemelhan~ boatos! ... - O aenhor não a.credlta? Po'\.s saiba que é da Cõrte que nos chega a noticia sen– sacional, e que nào podemos pôr em duvida a palavra da Regência ! Seára nlo replicou. Seria melhor delXar o presldonle ·concluir com calma o aeu pensamento. - Po!JI bem, coronel Sea– ra, o meu plano é este: esta– mos à& vesperas de co:nemo– rar mais um aniversário da nossa lndependencla po!IU– ca. Farei realizar feataa clvl– cu em toda a cidade. Festas ruidosas que despertem o en– tualaamo popular, revigoran– do o senUmento patriótico do l)OYO. - .Multo bem. prealde111- ljacha.do de Ollvetfá, a & léftta,I é magnltJca ! - Sim, maa ainda temo. couaa multo melhor. E o prealdente, na llllllll► tiva de uma 'fltorla fdldll. nante sõbre o aeu ~e Adversário polftlco, revcloú (C~•• ~ ..... bltmA de acomodaQ6el pua ,. vtstt.o.nte1 • O lnterewmte f a dU..,._ de prcç.:,.s que 1f.t verifica, con– forme n esta~. pols no Tato 6 J)OS!ivel pa~ r-sc. em cstol boteis, uma diária de & dolarw, que no tn,,erno 1110 se con~- 110 por me.nos r1" 30, ou 3& 1 LA estã.. mesmo, o ··Ma.rtinkaue·• - o COpacabana Pa lace da praia - que cobra dlirta de ., d611:- 1 e.a, para se ter o prazer de an– ves.sa.r seu portlo de cohmatll descançar naa !'U.U enm11111 laa envldraçadaa... r:• precl.lo aallenlar - " Ili, stene 6 abaolut& e noo llal4III • mais luxo, como - ~ tunldade de comtalar, o ~ de ainda tem a •tllf...., -• e.ncontrar oa copoa~ana pará agua e aparelhos :l lados com WDA fala li: "Isto foi t'ltorlllladO rua aerurança". d!...,~.-;:.:.,.. balnearto da Pldrlcla: li'- -., bem. uma grande afluencla de Úloçaa e rapa,ies de out,oo lllt.a· doa, que v6m trab&Dw' ali dilo rante o inverno, quando •bila que o movtmento é rrande, • emprcg011 ae encontram com f&• cllldode, e as coraetu do - trtbwdas renen:.aament,. COII• versando com •• emprep..du que nos t.erVl&m no rutaurante e naa confeltarlu que, aenl– mente, frequentav&rn0a. A1Jffll• :~:. ~~ :t: e~':: tamente no fim da H\a~ 1' um belo dia começ&'IIOO • P· ceber deaped.lda,: UDIR vollll'l'a para Mtchl1an, outra t:l:!~~~1~;.. ~:. r;r;_,.w;.. aa, no Canadi. . I! &Jpmu &1048 se davam ao luxo de dn– canÇ&J' una d.la.a ru,. prata, como veranlstu atrasa.doa, antes de votlar para aeu, W'et 1.•• M&3 tudo I.Uo f lndlce de - gresao. E Miami eet• cracenclo , ertiginoaa.me.ntr, a.credltaru•o– se que dentro de poucoa ■D aua populaçlo ,~trap&Ne o ac lhio. Traçada a nsu& a NII~ =mJe\fn"ea='q~ dJ um avllo, mala rarece um cran• de tabuleiro de xodru. Part!Jl– do de uma cert,1 avfJ'dda, t3Cl:la u: out.ru aecue-n1 a muma dtre– çlo, o mesmo acontecendo U ruas, que alo perpendlcu U a venJdu. E, como é u,acl• • numeraçio. em Ye& de nomea. o estranaetro pode movlaw:itar•• facilmente, aem racelo de ptt• der-ae. Buta ,!ue ulba ori1t11• t.ar -se, palJI, u nume.raçõe.:, par– tem para Norte e 11111. !late • Oeote daquela aTmlda e daqll rua prloclpel. ., - lllfllBla orlcnlaç4o, a.16 - 111D Jecote faria ln.-.J& - eacolares 1 o cenlro comercial 6 multo ,rande mu, par cãua do tu• rjamo, um dOI BWI c:aroo doe llltad01 Unicl<JI. Dlf-le do DONO cootuJne, em Miami. opmo provaYelm.,.., em mui• tu outras cld- da Almr1ca. r~·~-::..:n=.: caaa num diferente dJ& da - mana: e oe •drulll,onl" - •• - onde ae encoaln dllde • ~t:éd~ à·= -;..oo::; hora da nolla. lfo malQI' _. llelecfmento CS.. ...,., • lll.laml, o NRecl ooao•. Uflallllt a grata -- da uma patrtcla lttYIDdD num balc6ea I oarto.:a, mlalllDb& mesmo para o - la Jher brallllelra, aH .-6 Ili dâ anoa. Atralda ~ dal111:1bra– mento norte•amer1cam, detu.1'a o Braall decidia.& a lllfttntar • e.Ventura. Gostou. elDPflCOll· N, cuou com um cubano, amb1en• tou-ae. E hoje "1ve •Udolta na nova Pitrla, lll,ta aoo NIII Ili– bitoo e ao oeu Idioma, fal&ado J•. pela falta de ~tca. - ponlJIUb que MIOU aoo ,_ ouvldoo como o ,_ tnsJlo de– ve aoar aos OUYldol de um ■--­ rleano. Em Miami. ~ilú, -· ae a todo tmt .a"lte pea10&1 fa• Jando eopanhol, pola • Pllnde ~.~e:n'tr~~c:r:.i~ mentt cuba, e f'm varlal n.u de com6rclo pc,c:e encontrar• wna emprep<la falando - nhol. Multu "'º u -– turtatlcaa. a OO"IT!dar o amei- cano para um ~ à W– ,.. da rwnba, tentando-o - cartuea Ylatoooa, onde Ra– t llndamenlG •-&ada - tecnlcolor. I! r IDlln&mlllo realmente srande, boJe - • a'lllo encurtou. - Dllill, • pequena clllt&brta -- • cidada 111am1.-. ............ vwtante--·– -- • lellaa ---- ~-~-·---– -~ ao ..z,.-,:-... ~ - -wrt 911, llilll»e • e U -. to1a1a...,ia • - - f&ntacl& lllllln_ t ,._ -- terra-- • t

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