A Provincia do Pará de 20 De Maio de 1947

OITO PAGINAS PREÇO : Cr$ o;so ANO LXXI BELÉM-PARA - T~KÇA-FEIRA, 20 DE MAi.O DE 1947 AD TA MA ------------------------------- ·---------------- "CUIDAMOS APENAS DE FAZER OBSERVAR ATACAOO NA CAMAKA. . · ~. · ~ · . OGOVERNO PARAENSE NEW YORK, lll (AP) - Perguntando "Podemos con– tar com a Grá-Brett>nha ?", o ·'New York Da.ily Nei!l'B", em sua ed19!<> de hoje e de.pau d<, di:aer que Truma.n páteoe não esta.r se esforçando p,,.r,,. colocar os br1~n1coa ao lado dos Ê8ta.dos Unidos, attrma.: AS NORMAS DA CONSTITUIÇAO FEDERA.u" O del}\ttado J-oão Botelho-faz ~ ll&ll.lM: lbcecutivo do Fatrá '-ieas "Oorrem noticias de que o sentimento popular, na Grã– Bretanha. venha sendo mais fa.vórãvel à União Soviética. do que aos Estad,,s Unidos. A maioria dos britanlcos sabe que uma nova guerra é tne– vitãvel, hoje ou amemhã. po– rém. noo se mostra. 1ncl)nada a participar do conflitô··. AFIRMA O GAL. DUTRA REFERINDO-SE AO PCB Declarações do presidente da República às vesperas do seu encontro com Peron· e Berreta RIO, 19 1Meridional) - <Por Fulvio da Silveir!l Bastos. enviado ~special do "Diá;rio de Noticias'', vindo de Porto Alegre ao Rio de Ja– neiro. para entrevistar o presidente da República 1 • Inicialmente, perguntamos ao general Eurioo Dutra se. nos encon– tros com os presidentes Peron e Berret.a, tratarh S. Excia. de :issuntos f'Conomicos e financeiros que possam influir nos negocios entre 0 Brasil, a Argentina e o Uru– i:rnai. Respondeu-nos o Chefe do Go~ Yêrno Brasileiro: "A minha visi– ta a Uruguaiana tem, como prin– c;pal motivo, di!r cumprimento ao ato internacional referente à inau guração da ponte sobre o rio Qua– r!'lrí, mas, sem _dúvida, é-me es– . per-ialmente grntn visitar, uma vez mais, o Rio Grande do Sul, pa– ra entrai' em cont11eto mais diré– t.n <'Om o povo e com 05 grandes problemas do próspero Estado". O PARLAl\-IENTARISMO A seguir, abordamos S. Excia. sobre a política do Rio Grande do Sul. e pedimos .sua opinião a res– peito do parlamentarismo, que se pretende adotar no Estado su– lino. S. Excia. medita por alguns momentos e assim se expressa: - "'A minha atenção, presentemen– te. está voltada inteiramente pa– ra os problemas de ordem admi– nistrativa. Agora mesmo. tenho nas mãos os relatórios que deter– minei fossem feitos pelos Mini&té- 1 ios da Viaçã.o. Agricultura, Via– , ào e Educaçã<J, no tocante aos "problemas especif!cos d(l Rio G. 'do Sul. considerados do plano em <me se imponha a efetiva colabo- S(}LUÇÃO PARA- ração, por parte do governo fr– deral, para fl uxil!ar as necessida - des do Estado iaulino··. E quanto ao parlamentarism'.l, Excla. ? - insistimos. Que nos àiz? Responde~-nos o Presidente da RP.públlca: "Não tenho · desaten– ta essa questão, do pimto de vista do enquadramento das Constitui– ções Estaduais com a Constituição Federal. Tratarei, entretanto, des– se assunto, detalhadamente, por ocasião do di:sc, 1 1rso que pronun– ciarei em Porto Alegre, quando de meu regresso". FECHAi\'IEN'J'O DO Pf1B Solicitamos ao Chefe dn Govilr– no disses:se-nos algo a respeito da fechamento do Partido Comunis– ta. "Posso, adiantar que nenhuma arbitrariedade foi cometida aquf ~ nor; Estados, tendo sido . sere– na e equilibrada a.ação das auto– r idades, executando o acordão. Do que se trata -é de dar cumprimen– to ao julgado e fazer observar a s normas ·da Constituição, que não permitem o fun,.,1onam1mto de Par tido ou asi;ociação que venham rlestruir a democracia. Foi isso o que decidiram 0i,. constituintes de 1946. E' dever dos poderes cons– titucionais tornar realidade o pre– ceito da Carta. Magna, desde que o Poder .Judiciário entendeu que PROBI EMA e J!'C~ estav_a_ abrangido pela -' ~ ~pro1biçao espec1f1cada", . J.. Formulamo11 mais algum11s per- PECUARIA guntas ao geqeral Euricp Dutra J e s . Exc!a. lamentou que, atare– fado como se encontríl.V!\, às ves- dida urstê · a ~:::~~ d_e__ ~:1:~~:"ª:.~ª ?-~~:·--~~? lUO, 19 (M) - P.residida pelo & . &lmµel-• m Ull;,e, l'fõlmil1'"'í!etMfe a Câmara, à hora, habitua.!. . :t-l:êtif.icaram a ata. Ôs srs. Negreiros Falcão e J:oão ~- .::;::t,t, A seguir, o presidente declârou qjle a ~ . ~~ d& ~- %}]: ~i~!;,raa de!:sc;~~ do c8J1~~:r1o da mor;re de Elo~ fli;es ~.ã~. morto, os srs. Altamirando Ro- quer.imento, ~ndo que o P.o®r, quifáo, Abela'l'do Mota e Jurandir Legislà:tiri'\lr :dãxi ~Jn o d~~ito Pres, rendo homenagens à memó- de clf{{gtr ·as A'ssemfflê'-as dos ~-· -_::;:::::::::::::::::::::;::]::;• ria do grande idea!isa e paladino tados. dá. nossa Independência, cuja vida o sr. Paulo Sarazato declaroL1 é um conforto para quantos con- ser incabiv'é! a dis·cussão acêrca, fiam na liberdade e na constância de um assunto já votàdo· e apro- :=: ❖ ~: :: ~ 1 ~~ /:::::. ···· • ' da luta. · vado. EXFi:DIENTE O sr. José Maria Crispim vo- N a hora do expediente, o pre- tou contra o pronunciamento da sidente anunciou um requerimen- Oom1ssão de J ustiça, dizendo que to tendente a aumentar, de três tal pronunciamento não chega– membros, a comissão que vai exa- ria a. ter efeito prático. minar as vantagens da existên- O sr. Sousa Costa declarou ter ela ou niío da Fundação Brasil assinado o requerimento, afim de Central; outro, do sr. Café Filho, saber a opl.J1ião da Conüsi:ão e que solicitando informaçôes,a o Poder não pensou causasse tal n,avor Executivo, sôbrt> as atividades da pedir-se 'um parecer da referida Comis/tio Central de Preços e in- Comissão de Justiça, daga da venda, nas cantina:, mi- o sr. Hermes Lima declara-se litare-'l, de gêneros alimenticios, a contrário ao requerimento, porque preços' módicos. acha que o parecer da Comissão Indo à tribuna, esse mesmo não terá valor normativo para parlamentar indaga se pode di- as Assembléias Estaduais e é de rigir · à Mesa um pedido de pu- opinião que somente o Supremo 1 blicação das despesas da guerra. Tribunal poderá decdir, afinal, · - h sôbre o assunto, porque falta à para que ª Naçao con eça, espe_- corru·ssa-o de Justi"a autoridade cifiaadamente, quanto o Brasil " DE PASSAGEM PARA os .ESTADOS UNIDOS -Rumo aos Estado., TJnldos, passou sabado por Belém, no gastou. ou se deve pedir a con- legal para decidir a contro.vérsia. avião da carr'elra cta Pan Amerlcan Airways, a sra. Annie Me Crimmon. esnnsa do major Me Crimmon, diretor ·vocação do ministr!) da Fazenda, Terminou por dizer que é seu de– superintendente da ela. Carris, Luz e Força do Rio de Janeiro. Na fntogr;cfia, tiraaa em Val-de•Cllons, vemos a para prestar esclarecimentos em ver de. consciência -dar sua opi– senhora Me Crimmon a0 lado do jornalista Assis Chateau brland, diretor dos ·'.Diários Associado~". que,. passageiro sessão secreta. o presidente de- nião. do mesmo avião, seguiu para aquela nação amiga em vi-agem de negocio~ ,, de noss08 companh'.'iros cios jornais clara que, em virtude · do_cará~ AFLITIVA A SITUAÇÃO "assoc1',dos" cio Pará. <Foto de Carlos Pinto, para. APROVINCIA DO PARA) ter secreto das -informaçoes, a DO PARA o sr.. Mesa dará os oportunos esclare- Os r. Joã-0 Botelho. em expli- ciment-0s ao regue.rente. cação pessoal, disse que o regi- . ENSINO -PRIMARIO me democr~tico permite o . livre . debate dai, idéias. Passou a refe- Passando-se à ordem . do _dia. rir-se à situação do Pará. di:.ien– foram aprovados os :proJetos. n. do que é aflitiva a calamidade 2~-A. estabelecenc\o epoca espe- que atingiu o povo pa,raense. ao cm! para os . exames da Escola I qual tudo falta desde os alimen– Nava~, no corrente ano; n. 95, tos até O tra'nsporte. Sôbre .a autorizando. o Po~er Executivo a atuação do govêrno para1mse, leu cooperar, fman~eiraJ?ente, coi:n um telegrama que lhe envioú o os Estados.Mum. cipios e part_i- jornalista Paulo Maranhão, nar- cular~s,. na ampliação e..m~l~ona rando as arbitrarideades do Exe– do sistema esoola.r P~ 1ma110 e cutivo paraense contra o sr. Os– normal, nas zon~s rura1~. sian Brito, vitima dessel! desrnan- "A NOSSA 0Pos1c.,1oltrnERACAo E' CON S T R U T l V A ' 'j'DOS P,ORTOS Declara o líder Cirilo Junior ao regressar I RASILElROS · -Igualme~te adiada foi a vota- dos, aliás, disse êle, cometidos çao do proJet:? n. 169, que regula- contra todos 01; que não formam riza a situaçao dos i:eformados e ao lado da atual- situaçlí.o. Refe– aposentados pelo artigo 177. riu-se à escasseb de gêneros e· . Fos posto em vo~ção o reque- declarou que uma caixa de fosfo– nmento 166, subscrito pelos srs. rros é ali vendida por oitenta Paulo Sarazate e o~tros, no sen- centavos e que o servlço de 'bon– . tido de se pronunciar a Comis- des acha-se paralisado desde o de São Paulo 1 ' 1 RIO. H, (M.) - "Não houve nenhuma nodlficação ua ati- l tude do PSD. en1 l"f'lll.cii.o !1.0 llOVârno nn '"' Ar'l,:m,.o .. n& 'Rn~-~ Serão suspensos todos os privile~ios são de Constituição ·e Justiça sõ- dia 20 de abril. bre a aprovação, pelo Poder Le- 1 . - · ~ g.islativo dos Estados, das nomea- _ Aparteia O sr. _Joao Amazona. r– INTOXIf~_ {;r ,., N O Mais de uma .ent de casos às ú1ti_ horas de ontem RIO, 19 \M) ·- A repor1.:ag$m continúa entrevist.~ndo fontes ou– intoxicação queln vadiu a cida•J(·. t-0rizadas. Rôbre a epid<'lmia clf, nas últimas horas. A ·principio. atribuiu-se o fato à água: entretanto, nada fkou positivado. Ouvido o conhecicto nutriclonit • Josué de Cast,ro, di~r-e : - "S(, 1·:Ii inquérito ·bem orientado poJ~;·ta esclarecer bem qual o alimcr;V> deteriorado que ei;tá, provQcanr:o as intoxicações. Na verdade. as condições de alimentação c ;tán ficando cada vez mais pre~:,r ::,~. podendo acarretar, n.ão l'Ó int:;:_-:– cações alimentares, ma<: tamoel"l deficiência nutritiva de ,orn:~.s agudas. As intoxicaçõe~ ~ãn co– muns no verão; e em virt:.,de do mesmo estar se prolong:rndo. é possível tenha concorrido para o aumento dos casos•· . . o deputado Alcedo Co:it'.;1ho, do PCB, afirmou: - '·Às auto 4 ridades sanitárias co;npetPntes ~ aos clínicos, cabe investi~·a, as causas e sugerir, b i m como a ~li• car enérgica~ e tmediaeas m~c:1.i– das. no sentido de co:to.r. enn tempo, tão grave ameaça à satde da populaçao". o médico Leite de Castro. ve• reador, disse não achar r-cJ11 a água responsável pelas intoxice - ções. No seu entenderí somem:• d,>pois dos competentes ex~p1fs no5 vários alimentos i117criC:o' . - ~ ..

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