A Provincia do Pará de 18 De Maio de 1947

1 SEIS _______ , ______ .... r PREÇO : Cr$ 0,50 \ ---- -- _______ _____ ___ _ _ ____________ FU_NDADOR: ANTONIO LEMOS - Orgão dos "Diários Associados" - FUNDADO ANO LXXI BELÉM-PARA - DOMINGO, 18 DE MAIO DE 1947 NUM. 14.843 NÃO TEM MAÍi._:êOMPRo'M1S-so O P. • EMPATE DE voTos soBRE AFIRMA olTRUMAN E MONROE o PARLAMENTARISMO SR A DE A • • Walter LIPPMANN PROVINCIA DO PARA O presidente da Assembléia Legislativa gaúcha decidirá com o "voto de Mine.rva" BARROS Ideais democráticos e não comunistas PORTO ALEGRE. 17 (Meridional) - Firmado o convenio entre as bancadas do PTB e do PL, na Assembléia do Estado, para. im– plantac,:ãa no Rio Grande do Sul do regune parlamentar, velho so– nho do sr. Raul Pila e de seus partidários, surge a hipótese de ser ou não ap1ovado o substitutivo parlamentarista pelo plenário. Os RIO, 17 (Meridional) - O sr. 0':JUJA opuas ',;OlQA ,nas a .J'lUJA ----------·-··•---------- Ademar de Barros, falando à re- woo UI'BltTO:J am!.5aJ assap Sú>ldapu o sr. Mem de Sá, lider da ban- portagem, entre outras coisas, e três do~ tralJalhistas e quatro cada do PL, e uma das figuras ·~firmou : "Os prllblema.s princi– dos libertadores: o:=: votos contrá- cenuais dos entendimentos, ob.¾:r- pais de meu governo são os trans– rios das de11,aís baneadas tam- 1,ou: l)ortes e a carl'stia da vida, b1lm bem somam vinte sete. Logu terá -"Este pacto eu O considero ~"mo a educação do povo. Vou que haver desempate. fuuç:io que com.o o coi·oiario lógico de i·es- "riar uma universidade técnica caberá ao p:esidente da Assem- ponsabilidade que assumimos na ·iopular no interior, como há nor– bléia, sr. Edgãrd Sclrne1der, com mstituic,:ao do si.,rema parw.men- 'stados Unidos. Nosso ensino tem o seu voto de Min()rva. E o sr. tar do govêrno. Este regime re- 1ue ser remodelado". 1 Schneider pertence ao Pt.rtido quer a con.stituiçao de uma Adiante disse : ·Quero cuidar Libertador. O cálculo Inclina-se 1uaioria panamentu.r que garau- 'lão de política, rnas de adminis– tavoravelmente paia o lado dos r.a a estabilidade do gaoinete ração. O que ir,teressa é a saú– compatuantes. Nestas condições, Con.stituindo-a, pois, asse~uramos ti' e a economi.<1 do povo. Meus a hipótese ue ser ou nao al-)ro- v 1uncioüamento <10 sisk:ma que 'deais não são comunistas, são de– va.do o sub~titutivo parlamentads- defenuemos, convencidos. ue sua mocraticos. Meus compromissos ta ao P 1OJeto da Constituição superioüuade, para o oem do Rio "'m o partido comunista . cessa– gaucha dt::}x:nctc. nao d.O proce:;- G"anoe. F"risemos ainda que nào ·a.m na noite de 19 de janeiro, e oo de vota,;ao, já de antenlilo as- nos movem intuito:, suba.terno:; 'ram puramente eleitorais. Sei .segurado, t,ia:; ue qualquer traba• cie empalmar o poaer, pois esi;;1 -ne há interessados em produzir lho que pu~alll. reaiizar em sen- càpu,;u.ai1,clH,e p1ev1sta a parti- ,1,brrssaltos e em tornar envene– tido inve,bo uo ctos p.bpugnacto• cipação de outras co.tenies par- ·adas as minhas relações com o res do regime anti-prnsiuencialis- imanas do ruturo go,erno do roverno federal, apontando-me ta, as _bancaaas do P8D, UDN e Estado. , m<, chefe possível das oposições comunista . _ . 1 O sr. José Loureiro da Silva, ~ligadas. 1~'80 é biague. Nada Se ~ . trabalho nao _tiver lider e ree.,i, rutu.ra- ..o. uo l:'TB, ae- ·.ons-,guirão os r,rovocadores, pois nenhum exito, e tora cte duvma c, a.ou: ••mtinuo a prestigiar o ,eneral que o _Rio Urande e.to Sul_rai·... ª -E' o momento decisivo na ~utra. experiencia, e ameia assmi nã~ vida i,0ütica uo .t1.10 U'. anae. Os O aproveitatlores do momen– sabet?Os por quanw tem..,u lJül;, homens de ambos o:; partidos que I to querem a todo o transe turvar as duvidas quanl~ a cun.,tituc10- assinai:a11; 0 pa..:to vaa,u.:..E:ni;ar, f as á:.ruas dizenrlo que s,, Paulo nalidade da_ rrn:ct1da sao mu!t~ tiveram a cou,p.-een::,..o do mo- sl'm muitos meios e. nem recurso~ e ponderaveis. Não obstante, .,ra- mento que a~.ave&:>atllo:; no Rio banrários, chegará fatalmente à balhistas e_ llbertado,e::; ~nostra~- Grande wb11:,puJaúuo o:s impa:;- uma situi.ção re,·olucionária Cflm, se 00nvenc1ctos de que nao hé. m- ses cn~dos por u a Ii>.il,or.a que a de 1929 e 1937. Não creio nisso, comp1uibilidade;; de:s:sa ordem. Di- apoia O Executivo. pois o Ministro da Fazen~a en: zem isso ~om s~µerficia!ldade Só assim, ociado um blocô par- pess,ia já está atendendo os ela• porn,posa, nao querendo nenhum lamentar majoritário, couso, con- j m?r_cs dos p~o!ocadores de_ res– dêles aprofu?d~r ~ ques_tão. P.r~- sistente, sem fechar as po1 tas à tr1ço2s de cred1tos entre nos . E ferem, ante~, con:sideiai O regi~ participação de outros partido:s, I"" nosso la;_do_ tudo !aremos_ !1' me ~arlatnent~r como O rnai~ é que a vida administiaLiva do cam110 cc~nom1co - soo1al - J!Olitic< adequ_'!do ao R io Gran~e. Pi~e Estado, pode SLsc..ir ur. 1 cu1<,<.1 .,a,ra apaziguar sem pen;;egmr nin– rem ucar nas formulas vagas e ;,oi'mal. guem, sem ofender ni11guem. D~• exultant~s. ~scapa~d~" ª um de- o sr. Alberto Pasqualíni, lider que !>recisamos ;. deixar para trás bate mais seiio -~ log_~~ 0 - trao: .111io.ta , candidat-0 do P'l'B à a!' nuvens turvas que nos amea- , FALAM 8,:, AU rORES sui.utr11a. governança do Estado no ·:am. E trabalhar. O povo pau, DO PACT(? , ú:.timo pleito depõe: li!,ta continua· no ,trabalho e na O "~no de Noticias~. col~ e~ - "0 docu~nento que acaba de i,rdem" · iIJ'Cpressoes entre trabal _1.Sta, ser tirmaao é um pacto de coope-, ------- libertactores e waas e,as · 1 ° d~~;e l ~ção visando um melhor ajusta. , tipo ufanista. O sr. Dcc O M . ,- mento dos poderes do Estauo e a LEIAM tlns Costa, prestdent: em exe'. • realização de um programa mini-1 <:icio do Pai tido L ibe, tac.lur· ui,,:st . e> uo govêrno. J)Or exemplo · Está baseaao na confiança na __," resolu bancadaK ,i,,, 1 ="-•""- _ • "O CRUZEIRO'' (Copyrtght doa 014rloa AS&OCladoa) NOVA YORK, via rádio -- orçamento grego, em favor de um govêrno que qua– Entre a mensagem do presidE:nte Monroe de 2 se não arrecadava impostos e que está, com a de dezembro de 1823 e a do presidente Truman de nossa aprovação, conduzindo uma guerra civil. Po- 12 de março de 1947, há esta profunda diferença: der-se-ia conceber que essa prestação pagaria a Monroe só fez sua declaração depois de saber. sem conta grega, se se estabelecesse prontamente, em margem para qualquer dúvida razoável, a maneira Atenas, um govêrno que pudesse cobrar impostos e e.amo ia ser cumprido o compromisso; na verdade, promrw~r a união da maioria do povo grego. Mas depois de saber que não havia, virtualmente, a me- os "deficits" desse govêrno, que protege os apro– nor possibilidade de vir a ser incapaz de cumpri-lo. veitadores e está tentando esmagar os republicanos, A doutrina de Monroe, ao contrário da de 'T'ruman, do mesmo modo que os comunistas, continuarão a foi precedida de negociações no estrangeiro e de existir enquanto exi ~t.ir um govêrno tal como é ago– consultas serenas e ponderadas no pais, n. · quais ra constituido e conduzido. Jefferson, Madison e John Quincy Adams r )resen- E contudo, a Grecia é anenas uma ponta de ai- taram os principais papéis. finete na politíca global de Truman. Não poderá ha- Eles aprovaram a declaração em face dr> garan- ver paradeiro ao custeio dessa política, porque não tia definida, que Cannig deu em agosto ao .,1!nlstro se tomaram as precauções adequadas no sentido de americano Rush, de que a Grã Bretânha, en tão do- que o dinheiro realize os propositos para que é dado. mfnio incontestado dos mares, hàvia decidido impe- A não ser que se reforme o govêrno grego, a Grécia dlr a reconquista das colonias espanholas no Hemis- não ficaria estabilizada com o fato de atendermos féria Ocidental. Foi então, depois de ler os despa- • · · · • · · · • · · · • · · · chos de Rush sôbre a decisão britânica, que Jeffer- aos "tl.eficits" desse govêrno. son aprovou aquilo que se tornou a doutrina de O caso da Grécia ilustra concretamente 11uanto Monroe, dizendo que "nem tôda a Europa, em con- /. falaz a doutrina de Truman em sua atual forma, junto, empreenderia tal guerra, porque não poderia não corrigida, não modificada e não equilibrada. ter a pretenção de atingir qualquer dos doif iniml- Con,;iste a doutrina em que a expansão da União gos (a Grã Bretânha ou os Estados Unidos>, sem S'.'vlética e a propaganda do comunismo podem ser dispor de esquadras superiores" Madison revelou-se detidos com subvenções a todos os govêrnos, partl– ;gualmente preciso e prático, compreendendo que o: dos e facções que sejam inegavelmente anti-comu– que justificava o compromisso era s garantia de um i nistas. Uma dlr.,triz dessa ordem tende a fracassar, poder esmaE(ador. "E' uma circunstancia particular- porque nos compromete numa aliança com as for– mente feliz", escreveu ele ao presidente Monroe, ças mais reacionarias do mundo e aliena as forças "que a diretriz polftica da Grã Bretânha, embora modernas e democraticas. orientada por cálculos diferentes dns nossos, tenha Ela presume que a humanidade está dividida ,,ferecido cooperação para um objetivo que é idên- em comunistas totalitários e democratas jeffersonia– tico ao nosso. Com essa cooperação, nada temo:::: a te- nos. Não há tal. Existem também nazistas, fascistas, mer elo resto da Europa e temos, com ela, a melhor senhores feudais, senh0res da gu!lrra. Há trimbem garar>tia de sucesso para nossos louvavets pontos de republicanos, conservadores e::;clarecidos, liberais, vista". progressistas, sncial-democratas, cooperativistas, • •• •• •• •• • • •• • •• partidos trabalhistas, planejadores democratas e o A dnutrlna de Truman expressa louvavels pon- que mais seja. •ns de vista nossos. Mas, ao contrario da 'de Monroe, Se conduzirmos a diretiva de Truman segundo o 'oi declarada ao mundo sem a espécie de cálculo principio de que quem quer que seja veementemente ''!.Utelcso das garantias de sucesso que foi feita por rontrn 0$ Soviets é nosso amigo e aliado - e. no 1 efferson, Madison, Adams e Monroe, antes de fundo do coração, democrata jeffersoniano - fi<'a– 'l,nUn<'iarem seus louváveis pontos de vista. E' gran- ri>mos separados das massas do povo em quase to– de a diferença entre fazermos uma promessa que nos da parte: Teremos acolhido os extrsmistas da direi– --,b"'m"i:: <'!lnazes oe cumprir e fazermos primeiro a ta contra os extrPm!stas da P..sauerda., quando é nos– promessa para depois ficarmos pensando como va- so !ntPresse e nosso dever alinharmo-nos com os m"S r 1 1mpri-la. E' a diferença entre a atitude ou- part1r1~s médios e moderados. São estes nossos ver– sada mas astuta do estadista e a retórica incauta. dadeiros :,migas na luta pela liberdade e serão eles Como resultado, o senador Byrd faz à Adminis- que decidirão o desenlace. •,ração uma pergunta inteiramente cabível mas que, · · · · · · · · · · · · · · · · ~Pgundo a chamada doutrina de Truman, tal como Por mais rico que sejamos, por mais p-,derosos agora prevalece, é inteiramente irrespondível. Quer 011e venhamos a ser. não somos ba:,tante ricos para ~aber o senador Bvrd se "temos os recursos para j subvenct.,..nar a reação por todo o mundo, ou bastan- ,;agar a conta sozinhos". te fnrt 0 s p:,ra manti\-la no pnder. O povo americano • · · · • · · · · • · •· · · • e a A-frrilr1i<;tração Truman não necessitam fazer i~- Qne conta ? A conta imediata, só nara a Grécia, ! so, naturalmente, nem pensam que o estão fazendo. é de r.er, ::a õe 300 milhões de dólares. Mas, segundo a J Mas i~s,1 será o que estaremos a fazer, :=:e confiar– direUva política da Administração, isso pode signi- 111rs :;, fr~mulação e a execução da nova diretiva po– ficar apPnas uma primeir.a prestAção. O dinheiro i lítica a hl'lmens cujo excesso de zelo tenha levado o. t-.Am rl~ ~T ,=.n,,n~Aa!: l.dn na.T"a ca o.r•nil :l'"''ª,.. ª '"• ...-.... ,.. . --. .... 11,...- _ _ _.._ ..3- - - ·· - - .: J:....•- DEVIDO A UM ACIDENTE NAS NOSSAS OFICINAS, SAI HOJE "A PROVINCIA DO PARÃ" COM UMA EDIÇÃO DE SEIS PAGINAS, IMPRES– SA, POR GENTILEZA, NAS OFICINAS DE "O ES– TADO DO PARA". PELO MESMO MOTIVO, O VESPERTINO "A VANGUARDA" CIRCUWU ONTEM COM GRAN– DE ATRAZO. FOTOGRAFIAS DO SOL EMTODAS AS POSICõES . ~ Os importantes trabalhos cientificos vêm se realizando em Bocaiuva City que BOCAIUVA, 17 (De Marcelo Coimbra Tavares enviado c~oecial dos "Diários Associad::s") - O acampamento cie'nt1!ico-m1!Íta.r -1.. Extrema de S:::ntana dos Olhos Dágua, oferece ao v!sltante um pan;;'.; rama variado. Há estranhos apareUios montados em meio à vegci tação rasteira d!!-s terras ab~n~onadas do sertão de Minas. Há bar: racas com eqmpamento tecmco, tão estranho aos olhqs provin~ia- de Placas sifllltlcas do astro-rel o '108 como as famosas casas fan- novo aparelho, última palavra na'ma– ~a.smas dos infa.líveis e inefáveis térla, não flxarâ apenas as cores 8 parques de diversões. Exii,:t.Pm ~~t!lnhas do "Fraunhofer" /tomem máquinas infernais e celestiais F sâblos de Mlnas, Bahia, Europa,, . . rança e Cordlsburgo) Serão tlradaa ,esta outrora desconhecida aldeia slmnltaneamente no dla 20 d 1 -lo Senhor do Bonfim. mineiro- quatro chapas, dando-nos repo~ti::~ ,baianada, segundo reza a tradi- completa sobre as transformações 8 ção local. ieslntegrações que sofrem os ãtomoa Comecemos oorém pela enu- das moléculas da corôa solar. A este meração -de fatos concretos. Co- f 1 rocesso complexo de bater radlogra- 1 . • as do sol dá-se o nome de "!lasn oquemos em cena o dr. C. C. espectrography". o espectro solar -~iess, vice-diretor do National completo medlrâ um metro de com• l3ureau of Standards, de WPs- prlmento. 1i~gton. Moreno, _baixo, cabelos A Deixemos em paz o dr. Klesa. ,r1salhos o c1ent1sta "yankee" · gora vamos pesquisar na barraca da . f ' . , 1 eatação de meteorologia Aqul vão as ,~s. m or~a com adnuravel s m- •nform1tcões colhidas em mela hora. 11lc11,ade . _ 4e per.;~tas e respostas. A estação - Enquanto nao chega a Ex- 1e meteorologia ~ a única de alta "ema, o dr. Lyman J. Briggs, meu ·•!tltud!' P,xistente na América do Sul, !iretor do departamento onúe tra- 16 ea t uctando as altas camadas da at– q]ho e um dos diretores do "M"- ooS!era. 1:fada de planlcles e nuvens h . t ,, '>alxas. E dlrlgtda pelo major w .i attun ProJec., ., do 41Jal r~u)- ~ Walk, da estação de meteorologi~ ·,ou a bomba atomica, estou cu1- •e Washington, com a ajuda tmedla– fando dus trabalho.:; atribuídos ,L \~ do sargento Robert Ridenbour. ~ureau " . .onta com aparelhos de. rádlo-sonda, - Pnr que ainda não veio O dr. ,memometros automáticos, microba- ·•riggs ? ,ografos e aparelhagem de rádio. A ' - "Eistá nos • s:t.,ulm:. TTnirl,-,o ·•orle?osa e ult:,ra-senslvel est<l. l,,.,. ____

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