A Provincia do Pará 11 de Maio de 1947
j Domingo. 11 de maio de 1917 Canto a mim mesmo WALT WHITMAN (Tradu,:-1.0 de RU\" OARAT& para a J,,, PROV'INClA DO PARA') Quem vem lá ? I Faminto. mlstlco. de•nudo ... quem é aquele ? Não é extranho que eu tire minha• to~: , d~ carne [do boi ? Porém, que é um homem na r:-3Udade Quem IIOU ? Quem és ? Tudo quanto &e assinale como meu deves ,u as!lna!nr como teu Porque aen:io perde• o tempo escutando mlnha.s [palavra.. Quando o tempc pa..a vaolo e a terra não é ma Is [que ••terco e Podridão, não po...o ficar chorando. Os gemidos e aa lamentaçõe1, para os Invalidos; e o con!ormumo para os parente. longlnquos. Eu não me •ubmeto. · Dentro e tora de minha ca.sa pcnho o chapéu como Por que hei de rezar ? [me agrada. Por que hei de Inclinar-me e •upllcar ? Depcls de esquadrinhar nos allarrablos, depcla de con.8Ultar aos d blos, de anallsar e preclsar e calcular atentamente, vi que o melhor de mim ••tá entranhado aos meus (ossos. sou forte e são. Por mim fluem sem ct55ar toda., as col&as do [unlve=. Tudo foi escrito para mim , e tenho que decifrar a oculta significação das Cescrltura.s. Sou Imortal. Sei que a órbita que descrevo não pode medir-se com [o compasso de um carpinteiro e que não desaparecerei como o circulo de fogo que [traça um menino na noite com um carvão ace50, Sou sagrado. E não torturo meu esplrlto nem para defender-me, [nem parai que me compreendam. Nas leia elementaru não pedem compreensor. E dePots de tudo, não 80U mala orgulhoso que os [cimentos 80bre os quaes se levanta minha ca•a. Asalm como sou existo. Olha-me. Isto é o bastante. Se nlnguem me vê, não me lmPorto e ae todos me vêem, não me lmPorto tambem. Um mundo me v!; o maior de todos os mundo.: Eu. Se chego ao meu destino agora mesmo, o aceitarei com alegria, se não chegar até que tranacorram dez milhões de (séculoa, e•perarel. ...esperarei alegremente tambem. Meu pé está encravado e enraizado sobre rocha • rio-me do que tu chamas dissolução Porque conheço a amplitude do tempc. RUAS DA CIDADE CONFRONTOS E CONTRASTES Ernesto CRUZ (Para A PROVINOIA DO PAR.A') Qua li dor ao trabalho de confrontar aa dlferentea d.eno• ::=ou n:r.e:J!l!'J:~iod~: ur, .... par oomo detalho tn– tereaante, a peraeverança. dos coatruta, ~ que o Je,alador munlcll)lll tilda vn que tinha ~:~i:~::~i:: curaYO, do Inicio, uma loaenda anta,onlca. Na maior parte d'" .VUM, U l'UÕea poJlUcaa tinham conalderaTtl lnfltr.rncla nesae co,IWno. AI~ ~ ute1 e>mn• Jllol, :lln lfU, ealava o dr. ~– nardo de 8oua l'tanoo na pn– aldencla da ProTIDcla. OOmo bom J)UIWlle, clooo do prosrn- 10 da .ua tem., determinou que a rua da "BOA VISI'A-;;,.:ue fl- :•f~el!~uado ~.c'l OUlnenmnldade. Aallm foi Jeito, tornando– d- modo a mala bela e alra ente da cldade, conforme o pro– prto 8ouaa l"ranoo relatava em um oficio ao prN!dente da Ol– mara MUnlclpal. Pronta a rua, ruolveu o -1dente prestar no dia da sua tnauiW'&Çlo. M bomenqem ao ar. D. Peclr , E deu a denomlnaçlo de •R A NOVA DO IMPERADOR", l ~r:edl:~n~d~~B~t::~~ nheclda como rua da •Pr&Ja... Paralela a esta f1can a da. •IMPERATRIZ, QUo do ca:!to du Merch até l ln.v. doo ") - RANDAS". tlnba o 110me do · a do "AÇOQUE•. ; com o advento do realme re– publicano o 1overno municipal começou a c1&r nova denomina– ção la ruu. E velo dai o oontnate. A "NOVA DO IMPERADOR" =à'iiªt.fcfA:~~~~ TRIZ", teve o nome Je .. 1& DE NOVEMBRO". E nlo ceaaou • lntemperancta poUtlca doe edla belemensea. A Avenida •2 DE DEZEMBRO"' Q.Ue era uma ho· menasem ao Par, l dáta nata– Ucta do Imperador D. Pedro II. ficou sendo "GEN.:RALISSIMO DEODORO" o proclamador da Repllbllca. O largo da Polvora que n.... tempo j' era lar10 ..D. PEDRO n •. nl.o escapou, igualmente. à manta do, con– t.raatH: foi · PRAÇA DA RE– PUBLICA. E º' republlc&n03 ooctlnuaram na sua Irreveren– cia com 03 decaldos ldoloe lm– perlal!. A tra,·esaa da .. PRIN– CEZA" teve o come de Benja– min Conatant, o fundador do regune. Tambem as trave51a5 do "PRINCIPE" e"ª "GLORIA ", que traduzia uma homenagem à prlnccaa do G"l\o-Part, deP<,1, 21..,nhora dona Marta. 2a. Rai– nha de Portugal, Uveram a.s 1uaJ dcnomlnaçõea mudada, para "QUTh"I'INO BOCAIUVA• e "RUI BARBOSA•. O mal, porem, não era aó do.s republk:anos. O dr. João Ant,,nlo de Miran• da, quando prca.ldente da Pro– vtncla. tez aubauturr o nome da ~ªA~~OSA", antigo do Pot isto em 1140. Passou a l.tr • 13 DE MAIO". Ncsaa velha ar- 1.ert:\ de Bel~m. rcaldlu par multo tempo o caudilho Eduardo AJ;l· gellm, chefe tamoao da cabe.na - 1(!m. Aque•a !Mia de dar l rua •-ronMOSA" o r.ome de '" IJ )ti. O", tra.dn x, Um'\ hos t: !r.cl: , no m:il:>:· (o ca'Jo.nc data escolhida pelo pr,eld Miranda para subsiltuir a deno– mlnaçlo ela rua onde Angellm t.inha a aua caaa, e onde viveu telts por 100103 anoa, era come– morattva do desembuque du lropu de Andrea, que comandou a campanha contra os revolucio– nartos paraenae.s. Nlo podia haver oonb-ute mala cbocante. Um akulo decorrido depot., da 1rande rebellio Uberal estudada., como eat&o u causa., Que deram motivo l luta, aem deadouro pa– ra oe que dela foram ~lel– pantu, j' não ~ tempo de ..r feita JUltlça a Eduardo An1e• llm ? Por que nlo .. 111b8tltuJ ~~me d~A~iJ! ~o maior A avesaa de '"8. MATEUS". a~e v:u.:a~::a~l~~i~ PIN "e da "OIDADE VELHA", u • denomlnação de · PA– EUTIQUIO·. abtdo que eue aacerdot.e, m não ae pode noaar pa– ente na historia polltl– Pari, nem aempre esteve ~~ Jr~~lda Lua- na aua exc!Jente obra deno– a "DOM MACEDO 006- , UI& du aegulntea aprea– r.eterlndo-ae ao padre Eu- . neue me.amo ano (1880) morre o deaventu.rado pa- dre Eutlqulo Pereira da Rocha, que tanto tez 10- trer o Prelado e a Igreja. Em vlo Dom Antonio ten– tou chama-lo ao bom ca– minho. Mandou distinto ucerdot.e à aua cua. na \lltlma en!ermJdade, mas nada obteve. Apóo 14 ano, de au.pen– alo. Jli velho, envo.1to na.s malhas do. maçonaria, partiu deata vida pua o Lrlbunal de Deus-. A eat,, mall uma vez con- t ada, a perseverança doa la. r que "PADRE EUTIQUlO" •S, MATEUS" ? se.ria pre.tertvel manter o e do apostolo de Jesua na arte.ria dlvitor1a du clda– ova. e ,·elha. como !lzeram os anlepusad03 nos Ido, lab ? A 1\ da "'MADRAOOA", a'(- alm chamada. porque. secundo ano ç6e, de Drap Ribeiro, ali. Qua l à beira da mata, ,1,·tam as rn.Ionu, é hoJe ..ARISTT- D LOBO", Já tendo •Ido do ARIO", A travesra do ..PELOURl"" ~ O". QUe tl:a,·a a sua denoml- 4.o do Instrumento de supll– do. escravos, le,·antando e e.stâ atu11.mcnte o merc:ado nlclpal, pa.saou o. ser .. , DE ETEM.BRO". comemoratl\·o da herdade d& patrla. VarJu toram aa ruu U!UUl– u com nomes de aantos. de ~cordo com a prd erencla rc1t– •1o~a do po,o. algum:n remon– t.indo ao ciclo colonial e oul:'u ~rlmpet~ic1~13~s ~:v':r~~~: 111cnte. tem mudado. gem o me- 114,r respeito t. tradlçlo rua do "ESPIRITO 6AN– T • pas.,ou a aer · DR, MAL· C •, Ade S. JOAO• que da· do seculo xvn. tomou o no– de "JOAO mooo. A rua VA DE SANTANA· ~ aao– :.•J •SENADOR MANOEL BA- '""'\TA ". um dos historiadores t., notaveb da terra. rua de ·s. VICENTE"' rtn em 1676, pa~ u R ser DE CARVALHO" e n de •o AMAR<:" •.,. ai:ora • A PROVINCIA DO PARA' ARTE E LITERATIJRA - Piiglna T - -------------------- "O quanto em AuléJ" ponue, fu r.damentalmente, o eatUo da pf11 tura de interiore.s que é peculiar ao.J holande,e, do 3éculo XVll O GENIO DE VAN GOGH Raymond COGNIAT (Q,Prrllhi do "6UTtço P-ranc~s de Intormaç lo", e,pecial para A PROVINCIA DO PARA'). PARIS - Maio - Com um intervalo de alguns dias aca– bam de ser inauguradas em Paris duas exposições de Van Gogh . Uma de pintura, no Museu de l'Orangerle, e a outra de desenhos e quare– las. na Biblioteca Nacional. Esta dupla manifestação atrai elevado número de vi– sitantes. Apresenta, entre outros a.spectos Importantes, o de mostrar obras quase quasl desconhecMas na França. procedente da céle– b,re coleção Kroller-Muller, e da menor, rrais ran Me,~ . Interessante, do sobrinho do artista, o engenheiro Van Gógh. Esta união de organizado– res holandeses e à e admira– dores francese é multo oportuna no caso de Van Gogh. Pelo nascimento e , muitos aspectos de sua pln- .., . . "U~. dês, mas reaUzo 1 1 na Fran– ca a "larte essencial de sua obra, aqui encontrou sua ins– piração, sua técnica, e, tam– bem, sua doença e a morte. A hlstórla de Vicente Van Gogh é tão er.emplnr, aue se eleva · à categoria de slmbo– t-:,, f' nrderia ,:e·· situada no -marttrologlo c!e nossos herots contemporaneos . A mocidade de ·an Gogh passa-se em : ua terra natal fnaceu em 1853) Junto com numerosos Irmãos e Irmãs, e sob a vlgllàncla benévola do pai. que se cousag a mo– desbmente à sua missão de pastor. Em 1869 emprega-se como vendedor numa casa de gravuras, que alguns anos mais tarde, o nanda fazer um estãgto em suas sucur– oals de Londres e Pat·ls. Na capital Inglesa sogre sua pri– meira decepção amorosa, tendo de rem.:nclar ao pro– jeto de se casar com a moçn d que se apalxonára. Diver– sas viagens entre :.. Inglater– ra, França e Holanda come– çam o esboçar os contornos de sua Inquietação, revelan– do menos sua Instabilidade do que um mtstlclsmo recen– te. Este mtstlclsmo não é. na realidade, senão, a Imagem duma exaltação, duma aspi– ração a um mundo melhor, a expres.!ão de sua generosi– dade e a necessidade que sente de chegar até ao máxi– mo de suas próprias faculda– doa . l'ol naquela época que pensou em se lazer pastor. a fim de põr os atos de acor– do com as palavrn Mas os dlflcela e•tudos teo 1 óglcos enojam-no de Inicio . Aliás, não é um or~éor suf!clcnte– mentf- boM nnra r.srlr com eficácia sobre a mMSa, como desejaria . Portanto, man– dam-no evangelizar as re– g!Õ<!5 mala pcbres. nome de · VEIGA CABRAL". o "Cabral.linho.. que detxou fa• m4 na que.atio do Amapé.. ten– do merecido por aua atitude pa– trlóttca a comagraçlo do J)O\'O bra&Jletro. A prnça dl' "SAO BRAz- é hoje "FLORIANO PEIXOTO- C • de "SANTA LUIZlA". pab60u a ser .. CAMI– LO SALGADO- A trada de •SAO JOSE'-, aberta. com o enscamento do lgn.rapé do Plry, perdeu a aua trlldlclon:il denominação: ~ atu• almente · 1e DE NOVEMBRO". Tambem a cst.rada. de "SAO JOAO. Já teve o nome de 1. 0 DE MAIO". !endo agora "SENA– DOR LEMOS", o l~r o de ·s. ANTONtO" !oi recentemente mudado para •DO~i M/\.CCDO COSTA". o antlt!'O "larao de N'AZARE''". multo embom a pcraeve:ança do po\'o continue m:intc.ndo o nome primlth·o t, du.de tongo, 11.no~ . a praça •JUSTO CHERl.iONT". o velho tarso de -SANTA LO· ZI .. to.mbem chamado da "Ml– ~F.RICORDIA". por ter estado atf. o Ho pttal de hrual nome. pa,a,u, desd! 9 de Janeiro de 1913, a ser - BARAO DE GUA– JAR.A'" A rua de -SANTO AN– TONtO ~ antigo C3llllnbo l'flle cc!"!dUzla ao Convento, Já te,.: o ~ ".l nome mudado para '"SANTA !\.!r\RlA DA PENHA DE rRAN• ÇA" e - pre,ldente WILSOW. embora continue com a denoml– naçllct prlmttlvn. DIU.a Ovtdlo que o tempo con– sumb as cou.la.s. Podem as nossa.s rua1 mu– dar de nomç. Algumas. porem, hão de resl.stlr à lrre\•ertncta dos homens. E' ntravls dos acculos, m:ic– tem-se nela.s, a 1 tra.dtção ena tnvuln~ravtl tracltç~.o que en!ren ta o progrcsc:o ,. n".o se del.xa atntcr pela· pica et.a. dos refor• mJsw. Há Já algu:r, tempo que pela necessidade de dese– nhar, plntar 1 de se libertar numa obra de car .ter pes– soal . Encont•a na ,!da senti– mental tantas desllusões co– mo na vida religiosa . Esta tambem apenas lhe traz de– cepções e fracassos. Seus lm– nulso'i ~J ,...,,. •11 • • • ., . R ~._,t ... _i-, ,. .• •-; ••..,. _ mento, recurso "- capacidade supremos dos grandes artis- tas como ele . Essa solidão terrivel é talvee necessária a'Js ~ -:'nlr; n:i,! • r1•·1., ~·· um mundo fantástico, cuja expressão perfeita e exalta– da devem encontrar em si mesmos . Em 1886. Van Gogh aban – dona definitivamente sua Flandres natal, vem reslsdlr em Paris, na casa 1e seu ir– mão Teo, o qual, até o últi– mo dia, lhe dedlcára a afei– ção mais vigilante e eficien– te, permitindo-lhe viver fora de preocupações mater!ais, crente no valor dessa obra, que será realizada sem ou– tro estimulo material, pois Vicente Van Gogh não con– segue, em vida, vender suas telas. A partir desse momento. Van Gogh descobre a pintu– ra moderna, a cõr dos im– pressionistas, Seurat, as gra– vuras japonesas, todas as re– velações que lhe permitiram moc!Ulcnr profundam te a visão e a técnica . O súbito drama entre ele e seu amigo GauguJn deu-se em Arlés, em 1888 . Após uma discussão, terl> ferir seu amigo com uma no.valha de barbear. R~gressando à casa corta certa a orelha com a navalha. Havia algum tem– po que sua razão vasctlava. Esse guto extremo é causa do seu internamento num hosplclo, em Salnt-Rémy, onde encontrará um pouco de calma. Van Gogh pinta sem des– canso, obras vibrantes e se– renas, sem morbldês, qua.sl poderiam0s dizer que sem in– quietação, se ni o se rt,ser– VJ\t"iSr, rn1 .mas 11\·1.:f-~aC.::1s vJoJimtas, em s'Jas hnrmo– nias de cõres, certo arreba– tamc.nto, como o entusiasmo de alguém que encontrou a maneira de se exprimir com toda a liberdade . Em certo dia de Julho de 1890, Van (logh dirige-se pa– ra o campo, senta-se ao pé de uma ãrvore, dã um tiro no peito. A bala deparou com uma costela. Van Gogh volta para o hotel, delta-se, pede o cachimbo e morre, al– gumas horas mais tarde, de– pois de dizer a seu Irmão : "Sempre haverá miséria na terra". A arte de Van Gogh não é tão extraordinária e única como sua vida. Ele é, como Cézanne, o que certamente teve maior Influencia sobre o rumo da arte contempora– nea . O tributo que hoje lhe rendem as numerosas pes– soas quo ihe dmiram o.s obras, patenteia o que há de atual e vivo nessa pintura, cuja mensagem não cessa de nos desbmbrar. Jaques Flores escreveu 11 Panela de Barro" Por Teogenes LIMA (Do Rio O. do Sul, capcctalment.e pora A Ph.OVlNOlA DO PARA' ) Tenho deante dos olhos, nes– te domingo de :rrto e de sauda– de, o novo livro de Lu11. Tctxel– ra Gomea (Jaques Flores). Só quem nlo teve iP.- fellcldade de conhecer pessoalmente, de tra– var lnttmamente com o autor de "Berimbau e Oa1ta ·• poderio. duvidar do sucesso ou daquilo que de bom teria de conter es– te aeu ultimo livro - "Pnncla barro - editado pela Ader– &en~Edlt.orea, Rio. Nos seus minlmos det.a.lhe.,, nos seu., mala relvagens adJett– voa, o n0580 Mark Twaln 1nd1· gena GC revela cm cada trecho, ~:io~•i~ ~'ron~ ':u c~~~~1~fi~ livro, atinai, o tron.tsta honesto e digno de atenção. "Meu livro é aimptea, modes– to, &em pretençõea,'', afirma de,– culdado e honestamente o &eu autor. em uma. entrevista fe~ tlz que concedeu ao "O Estado do Parl\ ". DeMM pa.lavru simples. cla– ras e deapret.e.neJosu se deduz o esplrlt.o lngenuo e bom, sem vai– dade e aem alarde, de que é fe– lizmente dotado um doa maio– res folquclorlstl3 paraenscs. Estam03 re.frtnndo, com cui– dado. os excessos do nosso sen– tlmentallsmo e da nossa nml– zadc pelo ~ltor de "Vcspa– slnno Rnn1os.,, pa.rn sermos. co– mo ptcudos cr!Ucoo, justos na ncepçlo mixtmn da palavrn. O cronJata diário dos matu– tinos de Bcll m, tem ral.ào qunn– cto expltca que "Já mornn. em condh;ões de 15e poder pegar, a peça é bo.tlda pc1.n olelr:i com oa nóe dos dedos para aabcr, pe– lo som, se está racho.d~. Pro– \.ave.lmcnte qu1 está bóa ... " Sim. Que ealá bõa e cm condl– dlçio de aervtr e agrndar e e.ssn "Panela de bnrro" melhor rté do que n., prlmltJvas, fclW de ca.,;ca de ca.repé ama.GS, l.t:U com llJuco pelos lndlos do Marnjó. O e..pirlto âglt e pcrscru1.adcr do cronista., n dm:i satlla, bõa e desprevenida do ob2rva.dor rnt'I <', tlnnlme:itc, a prodta::o– sa memória de que é dotndo, co– mo tambem o ·,a.st.lss,51mo e e:e– guro conhcc1mcnto doa ®i'iD~ da aua tena e do mancJo dt• f1cll da llngua folquetorlsk. lme:uamente rlcn de tcrmoa ex– tranhos e propr:os, t.oma-o um prlncJpo nn mntPrla, que, va.ntn– josamente, hont'P1.amenl.e e com felicidade, eaposou. Enfrentando as dlflculcto..des tremendas que sempre ncon– trnram oa cacrhorcs do extre– mo Norte e.m edlt:ir OI SCUll li– vros, graçaa np.-nn.s ao seu to.– lento, póde o •·velho" Jl\ques ver coroado de 1nd1.scuttvc.l cxt– to o fruto do seu fecundo traba– lho de tntellacncta. E, como ele. quantos outro. Hão guardam no fundo de ,mas p\•etas produ– ções lntcrc~ntc , 111cm poder pu– bltcá-lo., pet..'\I t.~1!1culd:idcs CD• rontrada~ tóra da sua t-errn rt- ca e qua5! lgnornda, como esse MngnlfJco Marlo couto e ease estupendo Bruno de Meneses, l,Offi o &CU .. Ctmdunga" l ' Estou nquJ assistindo, a to– da hora, falsos poét.aa, falsos ro– mnnclat.M, falsl!i!lmos escr1torea, editando por lntermedlo das grandes edJtor..>s "comcrclals" do Rio, São Paulo, Porto Ale– are, "best-selera mlrins" capa– zes de adormecf'.l' um touro, en– quanto dormem esquecidos na poeira do tempo, do stlenclo e de crlmlnoso esquecimento, 08 nossos t.alentoa 1dJgenas, cérne vivo da nossa naclonalldadde, da. nosaa llngua, dos nosaos cos– tumes, da nossa real e verda– deira literatura rnbocla 1 Para Jaquea, filho tegltlrno c:1u selvas nm'!7.'Jnfcu decanta– das pcloo poeta~ v1s.lonárlos, o cnbloco não é um herol de en• comenda à maneira de que en– tendem certos "nmnzontstas u, como bem r.nllentou Datcldio Juro.adir cm rópldo e 68.blo ·• plaquet ·• que escreveu sõbre " Cuia pltlnga"· "Jaques sent.e a.. vida do desgraçado. A cari– catura fica sanilando, dolorosa. t· acuso.dora. E o paisagem tnm– •>em toma umn 1ncalculnvel fet– ça.o humana·• Pronunciando-se tambcm sobre o 1 utor de "Pane– la de barro", sob o pseudc.ntmo Jc Thones, o JcrnaJJsta Tomaz Nunes, cxpUca que Jaques <., t.a.1- , e1, no Pnré., um dos poucos que nAo aceitaram 11 "anbcdorlo do silencio .., J.s&o r,pc.za.r dos prc– cnlços da vida agitada e dura que ti rel1glão l"l~trcce O.•l lntelec• t uni parnoára. Eu meamo tive ,, partuntdn.dc de dlzcr, certa vez, na minha sccçã•J "Oleba Para– rnse ·•- pubtlc:acn semanalmen– te em uma dB.3 revtsta.s de Mf. nD.8, cm um do, meus dcspre– tcncl03011 tfftUdJ-' que "r,e o co• inção tos.ac um" nõr, o do autor do .. Panela de b:trro" seria. uma roga exntando o p'!l"!ume da 1n– teltgencla e da bondade'". Ape– : i.ar do seu jelt-i•, extr:mhameu– te rc.scr\'ado, Isto é, nocsao à dJa– c.uasões estéreis e à lnevltavel tesoura dos rod!lt., atarrachada– mcnte rorte, sempre R.Q:arrudo a um ben1a1Ao de massa.ra.nduba, exercendo funções públ;cu nu– m!\ repartição, c.uJo terreno 6 !crUI cm energia e dureza de atltud , Luiz Teixeira Oomea nolabellze-sc pela sua extrema condcxendencta. para com oa oue crn.m e n sua lnetavel bon– d11de e perdAo rara os que J>C- • desmerecer os acua uUl• de~ mOft tvroa, Ja,:Juea Plorea, e'ft1 ·• Panela de barro" atinge, a meu v6r, o cllmax dn sua carrei– ra llterarta.. Ele de&ee manaa– mente à mtnúcJaa observadora– mente palcológlcas da alma do ieu povo, descrevendo com bu– mour vcrdn.dclr,1mcnte macha– dcnno aqueln ''P!\VUlá..:<'m de cn– bocio "aoH!tn." t ml'II, prox1mo ConUnQ.a na JZ.• pq.) INSTANTE DA ILUSÃO Poema de BRUNO DE MENEZES SINTO ~E NAO TE ENOONTR! :..:1. A?ESAR OE BUSCAR-TE NUMA 50 •._,:,J...:,.-,0 DESl,iEDIDA, EM TODOS OS VENTOS, EM TODOS 06 MARES, EM TODAS AS 1aRA8 ENTRE AP. NUVENS E AS ESTRELAS, MINHA ALMA E MEU DESEJO DOIDAMENTE TE BUSCARAM. E NUNOA MAIS FOSTE ENCONTRADA 1 NEM MESMO A TUA S0Ml3R.A MATERIAL OU ~Cllül~ NEM MEaMO O RUMOR DOS TEUS PASSOS, A F'RAGPANOIA DOS TEUS CABELOS, A LUZ A.'.lISMAL DOS TEUS OLHOS, A TUA VOZ DESMAIANTE E LANGUESOIDA. PROClJREI-TE NOVAME?:ITE NO TURBILHAO DA VIDA, NOS VERSOS DOS POliTAS ANGUSTIADOS, NO RlTMO LIBERTARIO DOS POEMAS SOPRIDOe, NA PAISAGEM CEREBRAL DA& INSPIRAQOES OREADORAS, NO DRAMA DOS HOMENS INTERIORJZADOS, E NEM. MESMO A TUA SOMBRA HUMANIZADA OU IMPONDERAVEL, -- A TUA IMAGEM DE LUA SONAMBULA -- ENCONTRFI PARA REMIR OS MEUS SONHOS NAUl"RAGADOS ... PORQUE ANDAS DISTANTE E DESENCANTADA DO MEU MUNDO, INSTAVEL E EN:MERA OOMO A INCONSTANCIA DO TEU SEXO. ., DOUDEJASTE POR TODOS OS QUADRANTES IMAGINARIOS E TE PERDESTE NA SOLIDAO DAS NOITES LONGAS. .• DEIXASTE, POREM, O RASTO ESTELAR DO TEU VULTO, FASCINANDO OS MEUS OLHOS MELANCOLIOOS, CHAMANDO AS llfiNHAS MAOS OBREIRAS, OS MEUS BRAÇOS APLITOS, PARA TOCAREM A TUA MIRAGEM SATANISTA... FOI 50 ISTO, MAIS NADA, E FOI TUDO 1 PQRQUE HA' UM SILENCIO NO AMOR QUE NOS MARCA A LEMBRANÇA, QUE JAMAIS TORNA A VIR EM llfiNUTO SUPREMO 1 - - E' O INSTANTE DA ILUSAO EM QUE O CtU ERA NOSSO , . .. A EXPRESSÃO DE ARTE DE KATHERINE MANSFIEL .. Cada vez que fala.mos de ar– te de uma maneira mals ou me– no~ lntereuantc, ponho-me a desejar de toda a minha al– ma de1trutr tudo o que até hoje ucre-,f, pa.ra depois recome– çar'', El5 como se refere Kathe-. rlne Manstleld, no "Journal", ao processo de creaçlo da obra llterarla quando essa Jdéle. cen• trai se associa à Arte. Não se lrat.a proprlam••nte de •·vacila– ção" ou mesmo ' 1 dúvida.'', ma.s dessa ''lnqulet.nçlo" em busca do ideal, de qualquer coisa que nos foge à palavra. Em nen– hum escritor c..1bservo mais in– tM.SO desejo de alcançar o ln– superavel, de ,panhar o "espl– rtto" e dar-lhe forma eoncteta, do que na genial escritora in– glesa. Diao ''inglesa" pela sua arte, por sua Jlngua. Na lett.u– ra de seus pequenos ºContos", nll8 "Carta:,", no ºJoum al." encontram-se tnümeras Pas&a• gens em que se percebe, e às vezes apenas &e presente, essa ansla do ilimitado, de reallzo.r colsna tão sutis. quasl tora da \'crdadetra realidade. suae pe– quenas descrições, seus quadros ligeiro&, equivalem ao relance de um olhar. oomo se a vida e o. arte nada. mnla QUlseMem do que esta pincelada ràplda e vt– ,·a., onde a cor f'SCOlhida expres– se o ldeal. Katherlne Manslleld ma.rtlrlza•se cm procura dessa formo. aparentemente simbólica, mas que é uma pal.sagem real do mundo. Nada entretanto a satWaz. De momento a mo– mento surge-lhe a Jndcc15'o, e ela mesma se lamenta num ex.a– me de conclencla. Els uma paa– sagem do "Joumal'", em que bem descreve sua "Inquieta• ção": "Faço a mim proprla, uma malt, n. minha Eterna Pcrguc– ta. Que é que me torna tAo d1- flcU o momento da expresaAo ll• terarla ? Se neste ln.atante me scnta.Ae pnra ~rever algumaa das historias que e.,tão comple– tamente redlgldu, completa– ment.e pront.aa no meu et1pirJto, levaria dlu e dia.a a escrevl– las. E são tantu ..... hlat,,– rta.s I PD.MO tanta.a horas a ru– mln6..las que, se conuguiMe triunfar do meu cana.aço e pe– gnr mt pena e. valer, deveriam eecrever aozlnhRII, de tal modo eat.Ao prontas nté no mlnlmo Pormenor. Maa o que falta é o.tl – vldadc. Todos os pret.extoa me ~ vem: não tenho um canto a escrever, 11Ao tenho seare- • lo, a cadeira não é como– da . . . e, contudo, no momento e.mt.o em que me lamento, d.Jr– se-ta que surge, preclaament.e o local, a cadeira de que precl&o. Não, terei, pois vontade de es– crever contos ? senhor. Senhor, pois se é e.ase o meu W11co dese– jo, o única "soluçâo feliz para mtm"! oup~~~!'\~~:~d:C:!~~: ca.çAo o.o grande estorço da crea– ç.Ao artlttlca, ht\. um momento cm que Katherlne chega ao ponto de rcspomablllzar sua "inercia" à !alta de conforto material. Mns ela sabe que "mente pa.ra st me.ama". Ela aabe que a cauaa 6 bem ou– tra, e não tat!.a de um local, de uma pena, de uma secre• tnrla ou de qualquer outro ob– jeto. Sabe no mais intimo de sua alma que não lhe bMta aust.ent.a.r a pena e "escre– ver". Toda.li aa flbru de eeu ser não reclamam uma sim– pica operação de rablaear pa– la.vrae e contar uma ligeira hlstortn. Hé. uma sccrct.D. nn- !tm:~:e : lh'!~e =º~ eacrlto, ma.a umn ''obra de. o'.r– te ". Nlo Importa o tamanho d~bra, nem a vastidão da ~ ~~~ q~r:ee~~ 91 mundos lndeelsoll que vaci– lam ante sous olhos. E como fl. xo.r isso tudo 7 Els o problema. Como dn.r forma real, e.onere• ta, a oaaea ponaamentos llm– pldoa, claros e levea, que lhe paasam raptdoa como um re– lompago? Ela , dificuldade. 1111 a tortura, E1a a loquletnçào ~~l~e v:!:s S: ~ba~n1t: Cecil MEIRA (Para • A PROVINOIA DO PARA') até dn. pena com Que c.&0reve: .. Deus Queira que esta peno C6;creva bem. Sim, parõC"e-me que escreve" Somente no ato de tocar na pPna Jd sente o.r• repies pois sabe o brutal es– forço que lrá !aur para con– t.n.r mesmo uma pequena his– toria ou para ferir um fato qualquer. Não diria QUP iMO em Ka– therlne Mansfleld era u1u de– sejo de ser "nrlginal". Acho– a pura pn.ra se"' ns.,lm, ou pen– sar asslm. Ante.-= penso que ne– la 1sso era ''Instintivo " e nun– ca poderia comi,reendc,; a bra llterorla que não tosse aob tais moldes. Dai esaas pagina.a que encontramos t!o frequentes na escritora Inglesa. cheia de poe~ sla, volatel&, como se foaacm mi– niaturas representativas de to– dos os no.,sos ldea.1!. VeJa-ae nesaa pagina, tA.r simples, quan• ta delleadem: "Seb hor..- do tarde. Ooata– va de saber a Idade deate velho caderno de apontamentos. AI letras estão dcsbot.adu e como qu(! distantes. Estou no meu quarto, penso "l:l minha mãe e tenho vontade de chorar. Oa meus pensamentos. porem, &lo belos e cheios d~ o.lerrta.. Pen– so na cosa.a ca.50, no noaao Jar– dlm, ])eJl80 em nós, M crian– ças ••• Penao n, relvado, no po- ~ -~~ ..n~nahd~~~çÂo cb;::rd:. Kntberlne Mruw'leld nos suge– re tantos sentimentos, como &e vê nisto: "De novo a porta &e abrlu e ela pas&ou, dlr-se-ta Que para um outro mundo, o mundo da do noite, frio, impenetravel,.on– dc o Tempo não exl.ate. Viu, ~~I~ UI~:di"mez.;,.;::i~· d~t~~~ de hera palpltant-e, 01 grande.a chous:>oa nús do outro lado da, estrada, e aobre ~ . o céu, Uu– mJnado de cstrelrus". Multas ver.e.a o que eacreve tem um sentido de remlnlacen– ela. o que ,e paaaa aqui, oU. mata ao longe aoe se.nUdoe. Elea vibram, e ela ent.lo fala : "Dia páUdo, silencioso: ape– tecia-me pn.s.se3.r, num bosque, multo longe da'lu1 ". OU ent.Ao: "Este céu de vagoa aruea, cre– mca. ctn.ac.ntas. parede SU1penaa sobre um mar calmo, um mar morto, em que se ouve atguem remar, ao longe, multo ao Jon• ge. . . E então as vagas Que se elevam da barca, o tinir da cor– rente, 01 latidos do cão do bor– do, tudo tem uma lntcnaa rea– sonanc1a 1·. fo~~~f:~leP':~ U:: lavras, e clll conta toda a hbto– rtn: "De novo aquele sllencSo que era uma lnterr0f!1lção... Mas, deito. vez, não healtou: avançou devaaar, docemente, como ae ti– vesse medo da fazer uma ruaa n05te IUmlt&do lago de lllen– clo e enfiou o bra90 no braço da amlsa. Surpreendida. cata murmurou: º Que deUcJoeo mo– mento I" :S: e.le : "Boa e-nolt.ea , querida", Depola um terno e aperlado abraço. Sim, era lato. era lato com ccrte:Za o que ha– via n fazer". 6 :'i':.i~~f:8.'".fa :;!{.tasde"Jt ae.ntJmcntos vivos ooe obJetos inanimado,: "A e.quina da rua. proclpl– tou-se aobre mim um vento ri.– pldo. aloare, Impaciente, e\llo aaaalto me foi lmJ)OSSlvel ru– portar. Tiritando,avancet a1guna metros e voltei para cua. Pur– tlvamentc, como um ladrt.o, tn– t.rodUZ.l a chavo na fechadura e ~r~ :.:[:::••.devagar, com to- NAo pouo delX&r de tranacre– ' tr, neaaa ligeira. apreclaçlo ao• bre a arte e expresalo Uterirta de Katherlno Mamfleld, em dtu\3 outrru, Piialnas, ambas en– cantadoraa. Pertcnce.m ao mes– mo trecho, no mesmo eptaódJo mas divido, pnra Que bem sé compreenda n sua tenaz vonta– de de produz:tr, de escre\'er, J>on~ do nn palavra todo, os aeus sentJment.03, toda Nt1 '-lata, Diz cln: 1 ' Serei capaz de exprimir ai• aum dl1 o meu amor i>eJo t.n• b•lho, o meu desejo de perf• çlo, a minha ansla de um labcr mais conctencl0&0 ? Serei eu c,a.. paz de de dizer cata palxl.o que sinto, esta pal.xlo que a:u a rellalAo porque 6 • minha - HglAo... que substitui a compa• nhln doa outro!, porQue sou ea ~~- .~ 1 gue °:ub~rt':i1 ~::s:.n=: que 6 a proprla vida ? Sinto– me b vezes tentada a ajoelhai' diante do meu trabalho. e Mlo– r-6-lo, a proetar-me, a ficar lllll teml)O indefinido em Utuae an– te a "ld61a" da creaçlo. - prect,o de dedle.r-me mall 1111• 1. Q\tnte à obrl\ de meu 11ea,. tre". Kalherlne !)(Ir um IIIOlmlll9 se eaquece do esforço de eçna-. aAo artlatlca, d!JIJ aeua: aollrelllll– tos, e lanruld1.mente eec:ttff! "Meu Deua I O 101 lnuncla céu - e o sol 6 como uma m11• aJca Que C1COrre deuea crandll ratos de claridade. . . O Yl!ll&o t-ange a harpa du arvorea, d.11- pena pequenoa jal01 de mull,. ca ... caa.enclu levea trllc. de– llcadoa escampam-ae da no– rea .. , A forma de cada corola aasemelha-ae a um aom . . . M mlnh&1 mloa abrem-ae como cinco p~talaa.. Louvado •J• Deua, louvado ttja Dew 1 - tou confundida, dealumbrada... E' demt.Ja I Uma pequena moe– ca pousou por engano ~ doce taça de uma flor de ma10Ua.•• Outrora Iaala.s fou foi EUaeu ? subiu ao c~u ni tm. carro de f . go... Mu, com um tempo di– vino como eat,, e aentlntlo-me li– vre para trabalhar, como alDIO, que é uma vla,rem deuu PMe: mim ?" JA um critico de Ka Manslleld batizou-a de elalmente femeclna. Oompa do-a com a.a oulru muJbera; gen10, Madame de ae,·lanf • Madame de La Payette terlaS apenaa lmlt.atlo o estilo doo mena. . . e Madame de Ocorae Ellot, Oeorae 8and escrltoru hlbrldu. Quanto Kalherlne, nada dluo. A o slmbolo do todu u m rea que puderam, intel mente, o ··coaJpJoo de lnf clade". Seria para nõe o Uterarlo !emenlno. Kalherlne 6 ~ primeira natão aobre a Te.na do ver ro e \llllco espidto da mu.lhlr•• L E T lt A S -----,~ ----E A Livraria José Ollmplo ed.ltar as "Obra., Compl de Agrlplno Orleeo. -xxx- "An03 de Ternura" 6 tltuto do novo livro do a tor de "Cidadela", A. J. nin, editado pela Joe6 pio. -Xllll- As "Edições do Po,,o– çatam um novo llffO dO porter David Nuser: ~ ta al11Uem em Nuremberg" "Torturas da pcllcla de Unto Sturbllng Muller". -xxx- 0 teatrologo Nelaon gues, autor de "Veatldo no.lva", escreve um drama. "Anjo Negro", poaslvelmente, se1'1i. e peloa "Comediante.". -xxx- Alnda no corrente ano rá edl tado pela Livraria Globo de Porto Alegre, o vo romance de Erlco V slmo. -xxx- ' Marques Rebelo eontln trabalhnndo em NU DOVO mance, "Espelho parUdo". -xxx- Eugcnlo o· Nelll oi.o pode. râ ser dlvu!Jado Por editora& braallelras. Porhlp.l adquJ. riu exclusividade da trad\lçlo de suao pelu para a l1ntrua pcrtugué.sa, tendo J lido .. dlt:ld s varia.• em versos )t. vroa de Henr!Que Galvão,
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