A Provincia do Pará de 10 De Maio de 1947

Pdgtna 8 A :PKOVINCIA no· PARA' Sabado, 10 de maio de 1947 Violenta ex·plo$ão destru uo Forte d arra ittemeram H - edificio lle lelem -1 1 vocaRH ligeiro ,alice · 111tr1 ,oputaç o Teria morrido os vigias do maior depósito e polvMa - Ckuva 1 tie péMa sobre a Base Aétea de Val-de-Cans cerca das Ili horas de ontem, ) paiol das bombas e no matadouro I A'l' AD4 A D.J$,'.J;'ANE11A A qua'hUo de!lab11,.va 8":re a cidade da :íi11:,5e A~ea, o v~lho l1orte :fõ:ça_ 1 ~~ Eis • qu~ resta da anti;a. Fortaleza dá Batra, c!I s truií:la para a tl"fesa de Btlêm, no s6ci1lo XVII: algunlás pedras e n l da mais. (Foto Garlos P lnto, para. A PROVINCIA DO PARA'). torrencial chuva, acompanhada de otingttlo ppr um raio, quando mais o soldado Feliciano Xavier de trovões ,foi ouvida em Beleín Yio- violento êra o tempoTal na tarde Oliveira, que estava de ae:lltmela léntissµna explosão, a qual provo- de ontem. Atualmente, aquela no patol das bombas, foi, com o l rou airicla. raí>i<to.ttemor em qua11i fortaleza era usada como deposito deislocamentri do ar, atira!Jo fora todos os edfffoios, dando à fmpres- de polvor11; e inflamavé!s por va.- da guarita, sofrendo pro~undo a- silo de um abalo liilsmico. Houve rias firmas de Be1em. balo nervoso e leves :terimentos. os ruida h' 3 seculos p ra arda um principio de panico em var.ias Encontramo-lo no Hospital da Ba- pontos da capitel .Pouco depoís 'l·ERIAM MOKBIDO OS VIGIAS · se Aérea, ainda t:ob a forte como-, círéulavam varias versões em tor- ção do choque. no do aeontechnétito, uma das Moravam no Forte d:. Barra, _ Pareceu uma bomba atom!- quais .referia-se ã P.ossibilidade dt doi,9 vigias, um de nome Lobato ca, disse-nos ao ser interrogado. 1 tér sido um navio atingido por um e outro conhecido por "Nariz de Perdi 05 sentidos.. senti fugirem- do • raio, em consequencia d1) que se Jambo''·. Ao que se presume, am- me todas as forças. o l!l&bre que - t tinha verificado fl explosao. cen- l)os teriam morrido, embora não tinha ao lado transformou-se num "llr oe es ran Iras tenas clé pessoas acorreram, ime- haja certeza abso!Uta de suas pre- pesado e incomodo fardo. '1 l diatamente, ao cais do porto, Er- senças na fortaleza. Porem, como BICICLETA DANIFICADA · 1 tret.anto, o trafego fluvial conti- até a hoTa em que redigiamos es- oro contra o d • hi ' • tt n àl d tas notas não tenham aparecido, Uma bicicleta, de propriedade _de A Fortaleza da Barra passou a ser, epo1s, um monumento storu~o ~~ª"a~~:~ : 0 oc~~~néi~a d: poucas são as dúvtdas em torno um dos soldados, ficou 1nte1tamen-l d d fl ' i ' • · l d st · do tragíco fim de suas vidas. te danificada, tendo o desloca- Servia como epósito e in amave S e pertencia .ao patr1mon10 qua quer esa re. mento do ar arrancado os raios! RUMO A VAL-DE-CA:ES PEDRAS ENORMES SOBRE A das rodas e entortado seu quadro. da União BASE AEREA A porta do Almoxarifado da Bàse Em campo, a reportagem de A . . Aérea com a violencia da explo- A Fortaleza da Barra fóra cons– truida no ano de 1685, pelo capi– tão graduado Antonio Lameira da "França, cujas despesas, com exce– ção do artilhamento, correram a ~ua custa, que em troca apenas re– so, toda a sua artilharia da parte oproveit~da para .deposito de in– do mar i.e conservava sempre car- flamaveis. FROVIN0IA DO PA:R,A' seguiu A explosão atirou, à grande dis- são, f~i arrancada das dobradiças. para Val-de-Can.s, onde, segundo •t.ancia, centenas d~ .pedregulhqs FOI UMA COUSA PAVOROSA constava, teria ocorrido a explosão. q_ue cairam. em varios pontos da Conversamos com diversos ofl- regada. SERVIU DE PRESIDIO quereu ao governador Gomes Frei- Por varias vezes a Fortaleza da rE. de Andrade a. sua nomeação pa- Barra serviu de presidia a vult.::1s \'ll ,:omandante vital!cio da praça. de destaques da historia regional. A fortificação daquéle local toi:- A~slm é que, no ano de 1777, esti– nava obrigatoria a passagem de veram presos naquele local o :r,a– toda.s as embarcações que deman- dre Jeronlmo Ferreira Barreto e o dassem ao porto da -cidade. o go- capitão Felipe da Costa Teixeira. vernador deferiu o pedido, sendo No ano de 1835, o armamento e– ás obras iniciad&.s no rne1:1mo a.no; xistente na Fortaleza resumia-se as quais assentavam em base soli- a duas peças de calibre 36, quatro da .de pedras. Depois de concluída, de calibre 24, duas de 6, umá dé 9, a fo:·t?.leza denominou-se "Nossa montadas em reparos novos; e &enh:ira das Mercês · da Barra". mais qú.atro peças de càlibre 18, Er::i. de forma circular e dispunha quatro de 12, uma de 24 e três de de duas ordens de baterias, sendo 12, montadàs em reparos velhos de uma em baixo, que permitia ati- marinha. rar f'Uf.se ao nível dagua e outra superior. na plataforma, ambas' com 35 canhõ~s. Em 1740. a Fortaleza da Barra sofreu a ~·t::1 primeira reconstru– ção. As aguas fortes da maré co– meçaram a se infiltrar pelos ali– cerces, ameaçando a sua estrutu– ra., pelo que foi decidida a cons– trução de uma sapata saliente em volta do forte para protegê-lo con– tra a investida das aguas. NADA SE MODIFICAKA Sessenta a~os depoil/, pouco ou nada se modificara. A Fortaleza permanecia quase que no mesmo traçado feito pelo CP.pitão Antonio Lameira da França, no derradeiro quartel do seculo XVII. . O TEMPO MODIFICOU CONTINUAVA ERETA Auxiliares da Texas e funcionarias ' Bftse_Marlt1ma de Val-de-Cans. o eia.is e soldados. Todos afirmavam . de, grande deposito desta compa- ttlhe1ro do Mats.~o~o ficou, em não saber explicar o acontecimen- ~ Ate ontem, às 15 horas, a Forta- nhia, situado na estrada. de roda- grande parte danificado. Os sol- to. Sentiram a terra tremer e os i leza da Barra continuava. ereta e I gem, ~da puderam adiantár-nos dadoit que ali se encontravam de predios estremeceram. Muitos cal-, soberba, a dominar o canal com as âlem de terem ouvido O forte· rui- F"frviço Jilrocun!'am defer..der-se ram com o choque recebido. Tive- · suas peças encravadas e fer~ugen- do, seguido de repentino abaIQ. das enormes pedras. ram a impressão de que o paiol, tas, debruçadas no parapeito de Já em Val-de-Cims :fomos infor- da.s bombas havia explodido. 1 pedras, como no,.tempo ~?e cruza- màdos, por varias soldados da Ba- ATINGIDO O "CATALINA 0-1" Foi uma cousa pavorosa, afir- l v_a fogo com O • Fortim que lhe &e Aérea, que o acontecimento ti- Poucos minutos antes da explo- mara~-nos os soldados· j ficava fronteiro_ e a 1?8:teria da \era lugar na Fortaleza. da Barra, são. havia descido na Base Mari- DEZENAS DE PESSOAS SOCOR- i Ilh~ dos P~riqmtos, situada mais E'rguidã no rio, em trentê ao paicil tima, ó catalina 0-1, da F.A.B.. . RIDAS ·, ub::nxo do rio, das bombas. Seguimos para o Uma das pedras foi atingir aquele I No Hospital de Val-de-Cans fo– DESAPARECEU TOTALMENTE ponto indicado, ~nde constatamos, ap-arelho, ocasionando vasto rom- ram aténdidas 1ezenas de pessoas, A's 16· horas, i:;orem, um meteo– ro atingiu violentamente os depo– sitas de inflamave!s e o 5eu solido arcabouço, voou pelos ares, puive– rizado. O Forte da Barra ,que teve a: sua historia gloriosa e comovente, desapareceu totitlmente. ficando então, as amplas proporções da bo na aza esquerda, o que impedi- ! em sua maiorià do sexo feminino, éxt>losão : o velho Forte da Bar- rá volte, tão cedo, a voar nova- moradoras daquela vila. Grande ra, antiga fortaleza construida no ment~ aquele avião. Soubemos que fôra o abalo sofrido, em conse– seculo XVII para defesa da ci- n "0-1" era um dos melhores Ca- quencia do qual se registraram va– dade, desaparecer.a totalmênte, talinas dos varias que , a F .A. B. rios ataques de nervosismo. restando apen~s, de suá. exlsten- tem em uso em nosso Estado. A POLICIA MARITIMA NO eia, alguns rochedos. Tambem um tratorista que ali LOCAL , ATINGIDO POR UM RAIO apenas as pedra,;;, que formavam Ao que pudemos apurar, ouvin– a sua base. , do varíos soldados êm serviço no ~e enco~trav3: em atividade, por 1· Em lancha. especial, às 19 horas pouco nao !01 ferido par gtande de ontem esteve no local onde oi.z– pedregulho_. Menos feliz !oi o ca-, trora se ~rguia a Fortaleza da bo Januano :r,avareda. a quem Barra, o sr. Luiz Coelho, inspetor uma pedra atmgiu no ombro. da Policia Maritima e Aérea, ten– Apressa-se a volta do "Educanda.rio Eunice Wea,ver' ' á Liga Contra a Lepra do tomado varias providencias. Amanhã, aquela autoridade irá novamente àquele local. Acompa– nharam-no naquela diligencia o er. Aníbal Silva, alto funcionario do SNAPP e o escrivão Eliomàr Gonçalves de Matos. 1 AVALIADOS EM MAIS DE UM MILBAO DE CRUZEmos os PREJUIZOS Os 'prejulzos toram avaliados A EXPl,USÃO DO FORTE DA BARRA - Ao alto: o Tomba, que uma das pedras do antigo Forte, atirada pela violenta e:1,pJosão, cau,ou n" asa do ·•catalina-O.-1", da FAB; ao centro: o estado em que ficou uma bicicleta pelo deslocamento rio ar: em baixo: o sentinela Feliciano ao prestar declarações à nossa teporta!;em. A Fortaleza. da Barra mantinha severa vigfümcla sobre o canal, de maneira que nenhuma embarca– ção estrnngeira podia tomar o ru– mo do porto de Belem sem expres– iia ordem do governador. Para is- o tempo modificou a finalidade da Fortaleza da Barra. Os seus canhõera emudeceram, deixaram de rufar os tambores e de tocar os pifanos na hora da alvorada. A sua artilharia nunca mais troou nas salvas da procissão da Senho– ra das Mercês ou à passagem do Senhor Bispo. Será lançada, por estes dias, a Campailha das madrinhas dos filhos dos leprosos cm mais de um milhão de cruzei- E h ~ ros. Como acima dissemos, varias fltfafá em Vte:Of aman a firmas de Belem utilizavam . a <J ' a da carne verde ---------- - Peron atenderia ao apelo do Comité O que estavam ainda de pé era a capela · de N. 8. das Mercês, o qtiarfo do estado maior, o co.rpo da guarda, o quartel dos soldados, prisão comum, a enfermaria. o pa- tio_ 1:u.:! t1"4~ nnA.t-tnc o ,.~11t!.i,t&:1n Procêtlente da Capital Fed..ral, via~ Jaudo em avião da Panalr .do Brasil, chegou· anteontem a Bel~m. a sra. Eunice Weawer, fundadora e presi– dente da Confederação Brasileira· Cont~~ '!' · Le~ra. serão Insta.lados, 08 re!eltorlos e dor– mitórios, salas de, aulas, bercàr!os, enfermaria e oficinas - estas para os de maior idade, até 18 anos - e onde poderão aprender uln onc!o que 04 concíuza na vltla JirAtica.. , Fortaleza da Barra como deposito 1 seus multiplos afaz~res, não podem de infla.maveis. Entre estas a Lun- ta b eIa· de p re' ç os dispensar o apoio moral que as se- . . nhoras poderão dar. Dessa maneira, dgren & Cia. e ª· Sociedade !m- eada dama. da. sociedade belemense I portadora e Exportadora Ltda. ~ f'I, e &> 4 00 d 2 a ~~ trans!orm~r~21uma ~adrlnha de o INSPETOR DA ~FANDEGA Cr.., 20,00 o 1 e . Ir,1' ·, a carne e • e

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