Provincia do Pará 09 de Maio de 1947

.,. ....... ..,.,_._.,. WV.....AA.....,11,e,. CMA.... U ~1-'&..l.&VV, ,lj,l,A.- J!;Í,11, viagem em que só vimos genti- 1,~zas por tpda parte - dos avlado– re,, da FAB, dos nossos colegas de imprensa de :Pelém e Manaus e do povo do Território· do Rio Branco - todos numa porfia cativante de ee excederem uns aos outros, em :fldal– gula. e hosplta.llda.de . Sentimos, no entanto, diante daquele mundo tão diferente destas ple.gas do sul, que a Amazônia é grande demais para ser compreendida, de relance e ficar es– terlotlpada ou simbolizada numa sim– ples frase. Mas, no caso partloular do Rio Branco, guardamos a · Impressão de que Hamilton Rice re11l°J1,/;0U com !ldel1da.de a região qu(\ conheceu há 20 anos. BANDEIRANTES DA AMAZONIA Estamos no sul e no centro do país acostumados a reverenciar com In– t eira justiça, os bravos que, em se– culos passados, plantaram ai pelo pla– nalto a bandeira de. clvtllzação. Mas tambem acostumados estamos a olvi– dar esses outros ba.ndeira.ntes que se têm espalhado pela planlcle amazô– nica povoando-a, desvendando-lhe os segredos, mobll!zando suas riquezas, dominando, enfim, numa luta. cicló– pica., a própria natureza selvagem, à custa de sacrltlclos sem conta.. As "entradas" se sucedem na Ama.2.0nla. com as alternativas naturais de todo e qualquer movimento civll!zador. Desde o seculo passado mals de 300 mil cearenses, por exemplo, vêm par– ticipando dessa batalha Incessante, sem tréguas, sem Igual na. história da humanidade. Há vencidos e ven– cedores. Há "a.rliós" e há "paroáras". Há os que tombam ou recuam derro– tados e há os que ·superam com seus herolsmo • a sua tenacidade a exu– berâncle, &iresslva da natureza. · Foi um dos aspectos dessa peleja., '1m um dos "re-,antos" da Amazô– nia, que tivemos o ensejo de apreciar, e "vol d'oiseau", a convite do tenen– te-coronel Fellx Valols de ArauJo, um caboclo maranhense que, de simples soldado raso galgou as culmlna.nclas do oficialato e. ainda conquistou, por concurso, a cátedra de -::alculo In– tegral e dlfer1mcla.fda Escola M!lltar. Não há de ter sido por mero a caso, mas pesando esse passado de lutas e -\tórlas, que o govêrno federal foi «<colhe-lo para dirigir a nova "ban– deira" que está pugnando no sentido de Inteirar o Território do Bio Bran– co 1> comunhão brasileira, como uma d11,s suas forças mais vivas e pro– missoras. O "PARAISO DE RICE" . O "paraiso" de Hamilton Rlce faz lembrar, a grosso tnodo, pois não pr.e– tendemos fazer aqui um alentado es– tudo fisiográfico da região, uma ' es– cada com três largos degra11s,.os dois primeiros cone.dos de alto a. baixo pelo rio que dá o nome ao Territó– rio e se <iespeja no rio Negro pouco depois de atravNsar a linha do Equa– dor. Como todos os cursos dagua dll Amazônia - estrada e fonte de all– menta.ção - o rio Branco fixou em 11uas margens ou nas dos seus lnu– xp.eros efluentes, os maiores núcleos dos tão reduzidos povoe.doa da re– ré'glão. E' ele o coração do Territó– rio, cuja vida depende do ritmo de suaa p11lsaçõe91 Pletorlco, no inverno, espraiando suas aguas pelas selvas e os campos, significa a fartura e, mate do que Isso, a llgação !ac!l com o resto do mundo . Anemlco, esclero– sado pelos bancos de areia., no verão, é a ca.rencla de tudo, o isolamento quase completo, só rompido com es– :!orços dramatlcos. E' obvio que não consideramos aqui os transportes ae– T<Jos, que só agora. começam a apa– recer, de forma incerta, por aquelas bandas. Cada degrau apresenta caracterist!– cas cllmatlcas, ecologlcas, economl– cas e sociais completamente diferen– tes, propiciando tipos de colonização os mais diversos. O primeiro degrau é o b•'1xo rio Branco, a Hlleia em toda. a sua ple– nitude, com <ierlngals, balatnls, cas– tanhals, tlmbós, plassava e outras ri- 11.u~ tipicamente ama.2.ônlcas. Nos llmttes setentrionais dessa faixa corre t! rio Mucajal. onde foram des.cober– ;Jl'J lti;dlclos veementes de petroleo. A população é nulo.: menos de. 1.500 ~bltantes, dos quais cerca do 500 encontrados numa povoação denomi– n ada. Caracaral onde as "corredel;as" marcam a transição para o degrau seguinte. !1' o segundo de~:rrau uma ·reprodu– oAo dos pampas ou dos ch apadões govêrno inste.lar um Parque Nacio– nal, para resguardar os. exemplares mais caraoteristlcos da nora e !at;na amazônica&, EL-DORADO Por ái, em zona Ignota das monta– nhas, que dizem habitada por indlos bravios, é que multa gente acredita estar localizado o El-Dorado, em pon– to distante daquele· em que aa guer– reiras Amazonas combateram Orela– na, e que Hamilton Rice pareceu ter andado procurando na. sua longa ex– ploração até às cabeceiras do Oreno– co. Aliás há quem afirme que o Ura– rlcoéra teria as suas cabeceiras ligadas às nascente~ do Orenoco por um ca– nal misterioso, de sorte que todo o norte amazônico, lncluslv6 as Gula– nas e parte da Venezu11la seria um·a Ilha-continente. As lendas devem explicar as ror– tiflcaçõea que os .portugueses ergue– ram há seculos na. região, como o• de São Joaquim e Santa Rosa, para repelir as incursões dos espanhols que desciam do norte atraldos pela miragem sedutora. A história do El-Dorado tem sua .razão de ser, não, por certo, como designação de um "tuchaue." eober– to de ouro e -pedrarlas, nem de uma cidade com ruas e casas tambem de ouro e cravejadas de diamantes, mas sim como slmbolo da lnexaurlvel ri– queza de toda a região. "GALINHAl!I DE OURO" Vamos r~latar um fato absoluta– mente verldico para evidenciar a ex– tmotdlnárla riqueza da região. Em B0a Vista reside o fazendeiro e mi– nerador Adolfo Brasil, neto de um dos primeiros colonizadores dos cam– pos gerais, um cearense herol da guerra do Paraguai e descendent e do famoso comenda.dor gaucho Faustino Correia, cuJa herança tem servido a longa e complicada história no Rio Grande do Sul e no Uruguai. Diga– .se, por~m. de psssagem, que o co– ronel Adolfo Brasil, senhor de ricas terras, tendo ainda há pouco vendido um garimpo por dois milhões de cru– zeiros, não pretende hab!lltar-se à he– rança fabulosa do seu avoengo . .. Es– tá satisfeito com o que tem . Mostrou– nos ele um punha.do de pepitas, umas que.se esferlcas, mercê de longo pro– cesso de desgaste. - Este ouro - ·explicou - foi en– contrado na moela de galinhas de uma das minhas fazendas. As aves vão ma.riscando pelos correges · e de mistura com ·os simples arão• de areia, engolem o ouró. Ainda há pou– co menos de um mês foram locali– zadas por ai. no rastro das gal!nha.s. umas quatro minas de ouro . .. Outros moradores confirmaram "ln– totum" a história curiosa. E' fato no– torio e lndlscutlvel a. exlstencla des– sas "gallnhas de ouro", que, no en– tanto, quando assadas, custam, n ada µienos de 150 cruzeiros cada, o que serve para evidenciar ·as dlflculdade3 de vida da região, no t ucante à ali– mentaçito ... Todavia, o ouro níio seduz os ga– rimpeiros, que buscam de preferenc!a o diamante, em virtude de uma len– da ·corrente tambem em outros cen– 'tr~s de mineração do psis, como no Araguaia, e segundo a qual aque}e metal dá " peso". O garimpeiro n a.o recolhe o ouro QUA lhe sal na batela. au na peneira porque a.cre::llta que se o fizer jamais encontraria dlaman• tes..• vtu~t:~ Juu,Hrores, o governaaor va101~ conseguiu do govêrno federal a cria– ção de uma Mesa de Rendas em Bôa Vista, mas até hoje por ali não apa– receu o funcionário designado para Insta.lar a repartição, o qual anda por Manaus, pBSSeando, segundo di– zem, com receio de Ir morar no Ter– ritório ...Tambem não logrou ainda o governa.dor Valeis convencer o Ita– marati a promover a Instalação de consulados por aquelas par~ens, a fim de legalizar o intercâmbio que se opera através às fronteiras, não a6 de diamante e ouro, mas te,mbém de gado, sobretudo com a Guiana In– glesa.. ~~Ii'o'r O CAMINHO DOS PIO- O simples registo de tantas rique– lliSS, 11éi'n contar cotá o asp'licto pu– ramente estratégico, pol& doa dota lados veneiúeiano e guiá.no existem bases aéreas e mllltares bem Instala– das, justlflcarla a criação do Ter.ri– tório do Rio Branco, desmembrado do Estado do Amazonas, afim de pos– ·slbllltar seu povoamento Intensivo e aua exploração racional. O govêrno de Manaus - a cerca de 800 qutlô– metros ds BOa Vista em linha reta - não poderia, por maior que f0118e a sua b0a vontade, atender direta e satl.da.torlamente às necessidades de desenvolvimento da longlnqua. re– gião. E é Isto 9 que està faiendo a União, numa 1nteJ."venç!io oportuna, verdadeiramente· providencial. Com o c!.esenvolvlmento do Território · lucra– rã ta.mbem o Amazonas, que poderá contar com uma perfeita fonte de abastecimento de carne e latlclntos, e um excelente mercado consumidor para muitos de seus produtos, sem falar em outr11,s vántagens relaciona– das com o trànslto de mercadoria!! e passageiros por Manaus. Enfim lu– crará o Bre.stl. Mas a tarefa não é fac!l . O caminho dos pioneiros é du– ro. Só a torça de -vontade, a capaci– dade e o dinamismo podem vencer os obstáculos. E tudo 1sso não falta aos homens. de ~ovêrno.que deixarem a morna comodidade das grandes ci– dades para viver a epopéias da nova "bandeira" que está espalhando a c1- v!J1:,ação no rumo do Roraima. Tomará posse hoje o novo prefeito de Belém Tomará posse hoje, o sr. Al– berto Engelhard, do cargo de Prefeito Municipal de Belém, para o qual foi nomeado recen– temente pelo governador Moura Carvalho. o ato terá lugar às 10 horas. no gabinête de despachos da Prefeitura e setá presidido pelo chefe do Poder Executivo, ma– jor Moura Ca?·valho, devendo comparecer altas autoridades e o funcionalismo municipal. Logo depois óe empossado, o sr. Alberto Engelhard baixará os seus primeir0s atos, nomean– do o:i auxiliares de sua imediata c::mfi:mça, entre os quais o Se– n-etfirio Geral da Prefeitura, o r ficial de gabinete e o ajudante c1e ordens. w" çã.o. · e 1· ' ' Aviões ' ' ata 1na trarão carn€ de Goiaz para Belem Estuda a Comissão Estadual de Preços a execução de um grande plano nesse sentido O/! assuntos tratados na reunião de ontem da Comissão de Preços foram itnportant.es , prendendo a atenção de seus membros por lon– go tempo. Entre êsses assuntos relevantes, está colocado em pri– meiro plano, o problema da car– ne, que interessa. diretamente ao público. Conforme o nosso noticiário de ontem, a Comissão de Preços ela– borou ·uma nova tabela de preços para a .carne verde e vísceras, a qual será subme.tlda hoje à con– sideração do gt'vernador Moura Carvalho. Era, portanto, interessante ou– vir o presidente da Copliss!o de Preços, sr. Hugo Rangel de Bor– borema, 5Õbre o momentoso as– sunto. Assim, logo depois do en– cerramento da reunião, a nossa 1·eportagem procurou o sr. Hugo Borborema, a quem interrogamos a respeito dos debates e dos pla– nos que tem em vista a Comissão, no sentido de criar um ambiênte mais suave para a população, que está. a braços cem uma das mais sérias dificuldades, enfrentando grave situação. OS PREÇOS SATISFAZEM Falando 5Õbre as novos preç:x; tabelados para a carne verde e vísceras, declarou o presidente dà Comissão: - Os preços estabelecidos sa– t:sfazem tanto o consumidor como o produtor e foram fixados tendo cm vista a exposição feita ao go– vêrno do Estado pelos fazendeiros, mostrando os ,rejuizos que one– Tam a sua economia os preços atualmente em vigor. Realmente, t·studando-se criteriosa e desa.pa ,1- xonadamente os dados estatísticos que ·ilustram o memorial dos fa– zend.Jircs, chega-se à conclusão de que os preços ora vigorante:;; não estimulam o desenvolvimento da pecuária em ncsso Estado nem a melhoria dos rebanhos. Conse– quentemente, impunha-se mna so– lução que conci11asse os interêsses das duas partes, no caso o públi– co consumidor e a classe dos fa– :;endeiros. D(lnt ro dêsse panara– ma, a Comissão formulou uma nova tabela, fixa.ndo preços para a carne verde e vísceras ao alcan- ce do povo e atendendo, por ·ot1tro lado, a situação dos fazendeiros. Essa tabela, entretanto, depende ainda de aprovação do chefe do govêrno, a quem será l~vada _ama, nhã para sua apreciaçao e Julga- mento. · O POVO DEVE COLABORAR Prosseguindo em suas declara– cões disse o sr. Hugo Borborema : - -'Nesta emeri:;ência, o povo de– \'e colaborar com as autoridades, no sentido de resolver tão grave situação. Sabemos que é um sacri– fício para a população, especial– mente a classe pobre, a elevação de cérca de dois cruze,iros no qui– lo da carne. Mas é preferível êsse sacrificlp, em seu próprio benefi– cio. "CATALINAS" CONDUZIRA.O Ci\.'RNE PARA BÉL:tM Concluindo as ·suas declarações, disse o presidente da Comisàão Estadual de Preços : - Há falta de gado nos campos marajoáre.s e essa situação tende i;, agravar-se em consequência das grandes enchentes que surpreen– deram a população bovina em suas pastagens. Para suprir essa deficiência, a Comissão de Preços tem um grande plano a pôr em c.,i:ecução, ·visando garantir o abas– tecimento regular da população. :E;sse plano consubstancía-se na condução de carne de Goiás para Belém, em aviões "Catalinas". ll: um empreendimento que requer profunda meditação, mas temos esperanças de realizá-lo dentro de pouco tempo. · o gado goiano será abatido na– quêle Estado e conduzido, já es– quartejado, para Belém, onde será rendido nos mercados públicos. Debates sobre a poÚtica externa LONDRES. . 8 IR.) - Ka Câmara dos Comuns reaúzar-se-à. du~ante dois dias, .o debate sôbre a polltlca. externa britânica.. A discussão, que terâ lugar n a quin ta-feira, contará com a presença do secretário do Forelgn Offlce, ·sr. Bev!n, que fará ao Parlamento um relato da Conferência de Moscou. AVENTURAS DE TANCREDO .•. E AGo.etJ VOU COl/iAR– TI: 4 11/STôR/LJ vO CIIAPl::U– S/A/llô l/E' RMl:LHO.EO LOBO Fê.R!OZ. , d < % ...... _ .. ..,..,., . ............ "' ... ~"""'-' ....., ...................... ~ ...,..., .... Girmam vigilantes, zelando pela 1 ranqu!lidade da população e se– ,:,1.i:-ança das instituições. A ação da Polícia nêste Estado Em Belém, as autoridades poli– ciais continuam a tomar medidas no sentido de dar cumprimento à s determinaçõe;3 legais, emana– J as do govêrno federal e da de~ rlsão da justiça eleitoral. A séde do Partido Comunista, secção dêste Estado, está guarda– da pela polícià, já tendo sido fe– chadas numerosas células comu– nistas e apreendidos os arquivos. do. Assim, horas depois do final de julgamento, no Rio, foram con– vccados todos os delegados. co– missários e investigadores do D. E. s. P. para que permanecessem Da Central de Polícia, prontos pa– ra qualquer emergência. Momen– tos após, o chefe de polícia, depois de ter conferenciado com o go– vernador do Estado e com o co– mandante da Oitava Região Mi~ litar, ordenou as primeiras dili– gências, as quais visaram o Comité Estadual do P. c. B., à avenida São Jerônimo, e da União Geral dos Proletários i:l.o Pará, à rua 28 de Setembro, esta por estar in– cluída no recente decreto presi– dencial que suspende as ativida- Perfeita tranquillcllade des das entidades trabalhistas não Enquanto a polícia age preven- legalizadas. tivamente, a cidade está em per- Concomitantemente, d e E ta ca– feita tranquilidade, não se aper- rr:entos da Fôrça Policial do Es– cebendo o povo dessas medidas. tado e elementos da Guarda Civil necessárias para' :i-ssegurar a exe- ·guarneciam as instalações dos cução do decrete baixado pelo serviços .de água, luz. telefones, e presidente da República, que de- o ed1ffc10 do _Departamento dos terminou o fechamento de tôdas Correios e Telegrafos. as entidades trabalhistas que se Aind~ na .noite de, anteontem, achavam ilegalmente funcionando a policia V1S1tou as celulas comu– na pais e da decisão do Tribunal nistas, inspecionando nada menas Superior Eleitoral, que colocou de quarenta delas. _Por todo. o rha fóra da lei a atividade do Partido õe ontem prosseguiu o serviço Of' Comunista. focalização e inspeção dessas ar- Logo após haver a confirmação ganizações. ãa decisão do Superior Tribunal Eleitoral, sôbre o pedido de cas– sação do registo do Partido Co- Movimento pró-independencia de Tahití PALt-IS, 8 IR.) - O movimento de independencla da. ilha de Tahlti, oo– lonla francesa do Pacifico, está ad– quirindo força , segundo declarou ho– je, na Assembléia Nacional da Fran– ça, o deputado Maurlce Vlolete. "Segundo carta que acsbo de re– ceber de Tahit! - declarou o depu– tado - a situação agrava-se cada dia. e os tahltlanos estão prestes a. proclamar sua lndependencla". Canhoneiras rebeldes paraguaias deixam Buenos Aires BUENO SAIRES, 8 (R.) - nuas canhoneiras paraguaias, a "Paraguai" e a "Huml 1 .ltá", que parecem estar sob o controle de marinheiros revol– tosos, zarp,iram de Buenos Pfres ho– je à noite. o cap. Gut!erres Byogos. comte. de \lma das unidades, foi feito prl– nioneiro a bordo da. uparaguai u , isso conso2.nte not icias não conf!rmadas. E o caultáo Bence Diaz, comandante da "HÜmaltá", desembarcou e hos– pedou-se num hotel desta capital. Consta q ue ambas as canhoneiras vinham há dlas, planejando subir o rio da Prat a, para se unirem ás· for– ças revoltosas. Três homens fi caram gravemente feridos e dois outros re~3?:Jerz,,;n çsco– riações llc;eiro.s, duri.n·'.e o tlrcitero de cntam. Remetidos para a Central · os árquivcs As sédes do P. C. B. e da U. G. F. P., ficaram guarnecidas por po– liciais e comissários, sendo inter– ditada a entrada de qualquer pessõa. Nas células Yisitadas, per– maneceu um investigador de vigi– lância. As caravanas policiais p,ovi– denciaram a imediata remessa de todo o material apreendido, paro a Ceritral de Policia, sendo o mesmo recolhido ao gabinête do Delegado de Segurança Política e Social. Um prélo e o fichário Ontem os funcionários da De– legacia de Segurança Política e Social, procederam ao arrolamen– to do material i:preendido pelas car·avanas policiais. O arquivo da Uniâo Geral dos Proletários do Pará constava de coleções de publicações trabalhi,– t&s, impressos. correspondência expedida 'l recebida. Também í '– ram apreendidas nessa séde e:· - versas bandeiras de Sindicatos .de Class~. o arquivo da séde do P. C. B .. ::.presenta maior importância. O fich-ário de membros do Partido foi e;icontrado Já desfalcado . ele várias fichas, Toda a correspon– cténcia recebida do interior do Es– tado e papéis referentes ao movi– mento das células municipais, as– ::;im como comunicados dcs P. C. dJ ot!tros Estados. foram a;Jree".1- -------------------'--- .. 4 ~4 ~ ,:·.:, 1 ")L'"' 'L,lõ' 'Ul;,,i,,i,J r, r.;rce~ldic;o foi .n~ei;w,r, qw,ntiàade, como em e1a. .UU1l·C.l.U:U, tnnto em importân- Devido às suas esferas de ação. a.s células comunistas possuem, geralmente, um livro de registo, unicamente, Tode 1'1, documenta– ção referent.e à- sua atividade. co. mo atas de reuniões, correspon– dência, etc., é arquivada no Co– mité Estadual. Em algumas células, entr~tanto, foi encontrado copioso material. Na célula situada à rua Guerra Passos, 31, foi encontradCJ 11m pré– lo manual, uma caixa ele i ipos e "árias impressos. Nésse prr-lo 'lram feitas as cédulal'I eleitora· s do Partido, convites para campanhas pró-imprensa, e a tf\ fofüe~oi; de •propaganda doutri.r,:í.ria marxiata, como também oublicações i;ôbre a sit11ação social e econômica do Brasil. Essa célula era secretariada pe- 1 J militante comunista Fábio Câa– tro. Para. a. Cenh·al os telegi-amu diri,t.dos ao PCJ Desde anteontem, t odei. a men• ,,:::gem telegráfica f'nderecada ao F'. c. B. dêste :R~tado, está sendo dirigida para a Central de Policia. O deputado comunista Henrique {'eiipe Santiago entrou em con• ferência com o sr. Guedes da Costa, que responde pelR Chefia d(' P<Jlicia, sôbre QS telegramas enviados ao P. C. B., bem con:to sôbre a situação de sua familia. que reside n a séde do Comité Es• taãual, presentemente ocupada pela polícia. o deputado Santiago, ,-egundo soubemos, deverá mudar– s2 para uma outra residência, .Recebida 11. comtiniea.ção do S. T. E. A.s ,mimas horas da tarde dt :intem. o Tribunal Regional Elei– toral, recebeu a comunicação ofi.– ~ia l da tlecisão do T . S. E. as:shll iedigiàa: "Desembargador Arnaldo L,9)10 - Presidente <:l.o Tribunal Regio– nal Eleitoral - Belém. Comunico a v. excia., para os ,''!,;idos efeit.os , que o Tribunal r:u perior Eleitona.J, em sessão de rmtcm. determir.;,i., o cancelamen- ' do registo d,., Partido Comu– : ,-ta do Bl'asil. Cordiais S'lUÔll– ·.:;,, Antóni.o Cario~ Lafayett.,1 •1<' -.r::i:la. Ministro Presidente do ··.,,1::erior Tribun:,! Ele1t.oral ". :"oJo inte1·ior ,io Esta.do Nos município• do interior do :estado' ainda nãu foram tom:::cls.~ r,ua;~.quer providências pol'ciais nc sentido de fechar as num:cro– r-as células existfntes. A ~ituaçáo re::manece a mesma, por 1ü0 te– ' rm os delegados cio interior qual– ,,~;cr ordem da Chefia àe Polícia : '.§sse sentido. Possivelmerite hoje, o sr. Gue• . :les ria Costa comunicará aos de– i ',':'gados do interior a deci~ão da .::.:uperior Trihun;,l Eleitoral, bem como as . !nstruções a serem se– i ~;uidas por êsses funcionários. -,uanto ao fechamento das orga– ./:::ações comunistas. Continuam de prontidão as fôrças policiais Os delegados, comissários e In– vestigadores da Policia Civil, pel:– wanecem de prontidão na Centrâl ele Policia. Os elementos da Guar– da CiVil e da Fôrça Policial do Estado, guarnecem ainda diversó's serviços de utilidade públlca, pre– parados para qualquer emergên– cia. Em todo o perímetro da Cén– lral de Policia está impedida a passagem de automóvei.l'

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