A Provincia do Pará 08 de Maio de 1947

loucura sangumaria e da insa– nia destruidora, renitentes na es– cravização da humanidade. "E desta vez - como diz Wel– les - não deve haver compro– misso entre a justiça. e a injus– tiça, nenhuma contemporização com os expedientes, nenhuma va– cilação sôbre os grandes direitos e lib'"rdades humanas". R00scveit elevou-se ao ·mais puro e legitimo pensamento pan– americano, dando aviso ao mun– do, que "a doutrina de que o for– te deve dominar o fraco, é dou– trina dos nossos inimigos e é nosso dever repúi-la". Neste sentido, a política do Novo Mundo nos ajustamentos da paz que agora rn processa, terá o valor decisivo da vontade úni– ca de um hemisfério unido, e indissoluvel na sua solidariedade e destino histórico. Do seu grande lider na última guerra, poderá o continente, com justificada propriedade, repetir Truman quando o sucedeu no govê;:no :norte-americano: "Viveu ainda a tempo de poder ter a certeza da vitória, mas já não a pôde partilhar. Viveu para ver os primeiros alicerces do mundo livre e pacifico a que dedicava a vida sem, contudo, poder entrar nele. Mas ainda que sua voz este– ja silenciosa, sua coragem não se gastou e sua fé não se extinguiu. A coragem dos grandes homens sobrevive-lhes para se transfor– mar na coragem de seu povo e dos povos do mundo". A voz, a fé e a coragem de Roosevelt, Rui e tantos outros de cada pais do continente, infun- RIO - Maio - Os médicos bra• i;ileiros que terminaram sua for– mação profissional, antes da pri– meira grande guerra, nunca pode– rão esquecer o muito que devem aos grandes mestres da França, em cujos livros aprenderam qua– se tudo do que então se ensinava, em nossa velha Faculdade. Os compendias classicos, adotados pa– ra as disciplinas fundamentais do curso médico oficial, eram escritos f:m francês, e dai o interesse com que ainda hoje os moços que dei– xaram os bancos academicos, há mais de trinta anos - entre os quais me-vejo incluido - continu– am acompanhando com interesse a vida intelectual dos colegas fran– ceses, cuja obra cientifica ficara na penumbra, nos longos anos que durou a invasão de seu pais pelos novos barbaros do século vinte. "La chirurgie à l'ordre de la vie". René Lériche, 1945. Nenhum médico, que tenha acompanhado a evolução da ci– rurgia contemporânea poderá Ig– norar o nome do professor René Lériche, a quem se devem algu– mas idéias que deram origem a novos métodos terapeuticos. Dis– cípulo de Terrier, Hartmann, Tuf– fler e Carrel, esse cirurgião iniciou a vida. profissional na escola ci– rurgica de Lyon, ao lado de Poli, cRrd, com quem realizou obra do mais alto valor cientifico, no cam– po da cirurgia experimental. As– st:mindo a direção do ensino da especialidade, em 1925, na Univer– stdade de Estramburgo, não po– deria o mestre supor que sua car– reira, no r::i.agistéc·io, ii•ia terminar na alti~siraa c:1tcdra de Medicina Expc:ri:nental, do Cclégio de Fran- 1/ª• onde lhe coube preencher a :ag" dci--mda po::- seu grande ami– go e mestre Charlos Nicolle, no mcsrn'.l lw·ar c111teriorme::1te ocu– p 8.::':' ;: ."'· q,ntro sabi::Js que en– .._._;'l--- :.:T 1 ti;.: t·,.h-~·i3 a ciencia mé– cüu, ~'" ~~ __;; l:S tempos : -Laen- também, a base do progresso nu– mérico dessas agremiações. Vimos que depois das eleições presidenciais de 2 de dezembro de 1945, houve da parte das or– ganizações democráticas um sen– sivel desinteresse pelo alistamen– to. Nem a UDN, nem o PSD, nem o PTB se preocuparam maior– mente com a preparação de no– vos eleitores. Apenas o Partido Comunista procurou aumentar os seus quadros, alistando nesta ca– pital e nos Estados, alguns mi– lhares de membros. Aproximando-se as eleições mu– nicipais é de prever que os agru– pamentos democráticos se empe– nhem na conquista dos postos que os comunistas, em muitos Es- fôrça do •govêrno, cuja ~ÕrÍgem I pantera imantada, que é o- êãir<i; tem que ser a vontade livre do e o mistério vos retem. Vós vos povo. sentis incapaz de seguir para A propaganda do alistamento diante. O sorriso, a afabilidade eleitQral é um campo em que os dos primeiros á.ra.bes que conhe– partidos podem conjugar os seus ceis vos prendem, nos reflexos de recursos, fazendo-a de maneira uma amizade que, sendo nova, impessoal, como uma contribui- nem por isso deixa de ser since– ção para um mais genuíno fun- ramente espontânea. Eles anco– cionamento do regime. Nas elei- ram na gente. ,Nós ancoramos no ções de 19' de janeiro, o compa- Nilo e neles. E o resto do pro– recimento às urnas foi menor do grama fica amputado. Encalha– que no pleito presidencial de de- se logo no delta. As águas gor– zembro de 45. das da grande torrente como que Isso se deveu não só à absten- vos entorpecem. A "lagide" mo– ção que foi maior este ano, como rena continúa a Venus que desce também ao fato de que pratica- no lençol do Nilo azul. mente não houve alistamento de- Quero tiízer-vos, meu amigos pois do memoravel prélio entre sirio-llbaneses de São Paulo, que o major brigadeiro Eduardo Go- sem embargo da minha ,letargia mes e o general nutra. para marchar um pouco mais A disputa dos govêrnos e con- adiante, experimentei no Cairo, diram a decisão pau-americana selhos municipais deve ter ag"Dra desde o perfume do Oriente até de vencer a guerra, e com a mes- para os partidos uma significa- a profunda. inquietação, que devo– ma inabalavel disposição, estabe- ção especial. Os comunistas com- ra. o cosmos árabe, esse grande lecer a paz em base de melhores preendendo bem o valor de do- "cl)armeur" do planeta. E' um dias para todas as criaturas hu- minar as células da vida orgâni- poder que renasce com um dina– manas. ca da nação, pleiteiam com afin- mismo fabuloso: o do mundo islâ- Só assim seremos dignos dos co essas posições chaves que as mico.. Por cima das fronteiras, que deram a vida, haveres, san- outras agremiações, por displi- os membros da grande familia gue, suor e lágrimas, para que cencla costumam relegar a se• se dão as mãos, e bravamente pe– pudessemos dormir na tranquili- gundo plano.. , lejam pela própria independên- dade e. acórdar para o trabalho E' preciso estar atento para eia, que vem refletida no disco construtivo. esse risco, tanto maior quanto é da nova consciência universal. Só assim cada uma das nações certo que os vermelhos mantem Esta é a hora da fraternidade das americanas poderá recordar hoje rigorosamente a unidade parti esperanças e das realidades dos os filhos que morreram na guer- dárla, enquanto os seus competi- povos de língua árabe. Eles não ra, e como nós, brasileiros, reve- dores se fracionam e enfraque- admitem mais a denegação do renciando os irmãos que se re- cem. Para sustentar essa luta seu direito à, justiça. A prova da colheram à eternidade em Pis- com vantagem, a etapa do alista- maioridade árabe está feita, nos tola, dizer-lhes: "a vitória que mento deve ser levada mais a Estados emancipados que já s::, tornastes poss1vel conquistarmos, sério, não permitind_o os grupos governam, desde o fim da outra foi posta a serviço da vossa Pá- , democráticos que os totalitários guerra. Cada conflagração mun– trla e da humanidade: o vosso sejam os únicos a conquistar no- dial custa ao velho continentl! a sacrificlo não foi em vão". vos eleitores. liberdade de mais alguns trecho, w imus u esiuao, mas o vejo re– vestido da inteligência de um rei moderno, disposto a enfren– tar os problemas • da segurança nacional e do seu futuro . Se as as éras antigas, sobretudo as da bacia mediterrânea, agiam por símbolos, nada mais político, nada mais finamente social, por exemplo, em Mahomet, do que o simbolo da poligamia. Existe a tendência no homem ocidental dos nossos dais de julgar o mu– çulmano com malícia, porque ele espraia as suas energias avassa– ladoras, através do amor de vá– rias mulheres. Que santa igno– rancia das necessidades eternas das coletividades de tipo guerrei- 1·0, que se contraem demografica– mente, como as tribus e os Esta– dos da antiguidade ! O profeta considera justo, como ele o diz numa das suas máximas, uma só mulher. Mas, por que tolera que o homem possa tomar várias ? Por que o harem se converte no pouso de numerosas filllas de Eva ? Tende a certeza de que na lei do profeta não há sombra de concupü:cencia. Ela é uma lei mo– ral somente essa lei moral é inspirada não numa moral in– dividual, mas numa · moral so– cial, que não se contradiz com aquela. A fecundidade abundan– te era uma necessidade para o mundo antigo. Porque preenchia os quadros de varões abertos com os conflitos armados, civis e ex– ternos. Tereis esquecido que as socie– dades él.e outrora, mais do que as nossas de hoje, baseadas na guer– ra, travam frequentemente o ho– mem de sua familia para a vida ________________ ....,;_ ____ ~u:s vua1s aoanaonacos. se há povoá-los, o mais inteligente é razê-lo depressa. E fazer depres– sa é dar trabalho aos arsenais do amor. A suprema gota árabe do nosso sangue facilfüt a assimilação da t:c:se muçulmana, em beneíicio do i:;ovoamento ao solo.• Cérebro e coraçáo, util e agradavel, assim &e aproximam. E' in,portante a plasticidade com que a elite egípcia Incorpo– rou a técnica ociàental ao seu progresso. O Cairo e Alexandria são duas cidadé3 que não mere– cem apenas ser descritas mas vistas. Quanta coisa alguns bi– sonhos rHereitos do Rio e São Paulo nao teriam que aprender com os seu colegas· do Cairo ! Pensa-se que a metrópole dos fa– raó:; seja um museu de antigui– aade. A arte urbanística foi alí introduzida com uma ousadia e um gosto, como geralmente des– conhecemos nesta orla atlântica. Se pretendemos fazer de São Paulo uma cidade moderna valo– rizando os seus rios, em vez tie 1;1ete-los em galerias subterr:•– neas, tirando partido das suas varzeas, · das suas colinas, uma das soluções é mostrar aos nos– sos prefeitos o caminho do Pró– ximo Oriente, com 30 dias de Cairo. O centro ·da cidade é Pa– ris, com a sua J;:toile, suas largas avenidas, seu "ronct points", o Nilo, que é um Sena amplificado, com as suas pontes, seus cá.is, a vegetação tropical muito bem aproveitada· e apresentada, tudo assentado em planos definidos e (Continúa na sexta pág.) do decreto n. 1~~-A, ae ~u ae Junno de 1944, Teodorico Marques da· Silva no cargo de guarda civil, de terceira classe da Inspetoria da Guarda Cl– vll p~rcebendo, nessa situação · o pr~vento de seis 'mil cruzeiros (Cr$ 6.000,00) anual. DESPACHOS DO GOVERNADOR o major Moura Carvalho, gover– nador do Estado,. proferiu os seguin– tes despachos: Em petições: Euclides carneiro da Gama Mal– cher - Capeando oficio n, 103-01628, "ª c. G., oficio 645-01519, do D. S. P. e o!!clo 507-01247, do D. F., com anexos (pedido de aposentadoria) Defiro o pedido de aposentadoria, com fundamento no art. 190, do de– creto-lei n. 3. 902, de 28 de outubro de 1941 (Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado) - Ao D. s. P., para os !lns de direito. --Fllomena Marinho Ralol - cõm anexos (pedido de aposentado– ria) - Em face do resultado da Ins– peção médica e. que se submeteu a petlclonária, (lUe é caso da licença e não de aposentadorla, concedo, aln– da com base no referido laudo, ses– senta (60) dias de llcença à reque– rente, a contar de l de abril últlmo. --Eduardo Ferreira - Capeando oficio n. 50-01239, da Oe.rage do Es· tado - Atendendo à informação prestada pelo sr. fiscal da Garage do Estado, que se trata de carcassa des– provida de tudo que poderia ter de bom e utmzavel, defiro o pedido. Ao D . F., para os devidos tlns. DESPACHOS DO SECRETARIO GERAL o sr. Armando Corrêe., secretário geral do Estado, proferiu os seguin– tes despachos: Juliana Pereira de Miranda - Ca– peando oficio n. 756-01822, do D. s. P., com e.nexos (pedido de efe• tlvldade) - O cargo de diretora de grupo escolar do Interior, é de pro– vimento em comissão, e, como tal, em face da lei, não tem amparo o pedido ora formulado. -Companhia de ~ele!ones do ------------ D . S. p., para dizer, tendo em vl.~– ta o rle~reto n . 4040, de 30 de mato de 1942. --Departamento de Finanças - Capeando petiçüo n. 5932, (le Valde~ mar E!ad1o da Silva, com ane,:os - O presente pagament:,, sé, p:,r'~rõ. ocorrer atr~vés r\e um .cré::5J.t.o e: ..rpc• cial. Aguarde. poisJ o ,00:~ti.u ?'ite. 6 época devida. --Consultor!a Ge~al c!o Estado - Capeando oficio n. 6~7.fl1f~C'"•::, c!,ri De– r~rt'lmento do Serv!co Pú.!:í.i:..:u -::: l)e• ii"ção n. 1092, de Ed;!e.; C.·ht :'1calves Chaves, COlTI. 2,ll!?XOS - "=,l,-:,!tc e::::t? cx– "Cdlente ao D. S. r., para ,;_u« o despo.cho de fls . 6 scJa de:v,.ã,,mcn• te atsinado. --Dap:irtarr..ento ele EQucri.r:ls, e Cultura - Cape:,,nn_o of!'!io n. :??· 79.,, do D <:':')aT-t~Pnento do Se~Vi"'IJ .:.-..1- bl!co e petição n. GG3, de Pahrunda r]a ,cunha L~1.,~z-1d, com an1:;xo"i ---: :'1º D. s. P., para efe!to c'e ':."'oed1eü• te, nos termos das inform1ço~s e pa- recereiJepartamento de E~u.c!t~,ão • cultura - Caneando petl~"-'J n . 121$, de Cánd!do VaccunceJc,s c!.c: l''maç;. Messias, com anexos - Ao D. S • P •, pare. fazer o ato. _ --DeTJarta.mento de Educação v cultura •- Capeando oflt•}o n. -:\1~~ 763. do Departamento do :·,e:vJ~t, Pit• bllco e petl~ãu n. 232, Ce Antonla. Maciel Rodrigues. .::om r.'.. .,.,o,; - Ao D. S. P .. po..ra fazer o t,,t~. _ --Departamento c!e J;•• :~e.,ão • Cu.!turn. - Capea:n.do t.:-f.:."'.i:J !'. 381• 0498 do mesmo Depr.rtJ,.-,.-, _.,, t.~:i.– f.10 , 'do D. s. P. ,; v~t.!çé.o n. 5116, r 1 e Sarnh P~YJ.11e1ro Roch,~. ~e::~ ::n:e• xos - Ao D. s. P., paro. ,azer o at~Denartamento de Educação • cultu:a ·- Capeando 0 flc~o n; GM~ 01518 do Departan11.~nt•_ 1 co SBrvtçO Público, 689-01107, 602-0ê05. <'o f \ - E. c. e petição n. 822, de M1r1.,, ,;-;,-ssl.a. de Carvalho, com ane:ws - Aü D. S. P.. ~, --Departamento do Serviço n•• bllco - Capeando oflc!u 1,. C2-0 1 :1:?.:J, fContlnúa na sext a ".<itr,inal nec, Magendie, Claude Bernard e talvez fosse possível exercer sobre VIDA MÉDICA impossibilidade de melhorar - as qul secules permettent de faire no Colegio Fe"-1 d-::is Cirun:· 1 ões, Brow Séquard. 1 elas ação frenadora, ou excitante, , ccndições quase empíricas do vraiment de la chirurgie. Et, par por ocasião da hor,:en:i-:·cm 1,:·cs- Esta é, em poucas palavras, a capaz, -por exemplo, de paralisar ------- ---- aprendizado técnico da especiali- dessus tout cela, c'est le verceau tada à memoria oe Lfr/,•.,r. L:.', Í(:h~ vida profissional e cientifica do a esclerose e reforçar a atividade dade. Mesmo nos concursos que ét c'es la pensée qui seuls font le se referiu ao antigu voto :~r,·nc:- professor René Lériche, grande de tecidos cuja vitalidade esti- M d F · cm França, silo muito rigorosos, chirurgie. Je pense donc que no- lado por Past:rnr ,.o s.Pnt1:<,> e.e figura da medicina francesa, que vesse diminuind,,. em consequen- . estres a· . .-• ""..,.". ·_ " ança ,::ao se exigem ::c.,nhecimentos su- tre atrt ne doit pas être démo- se poder urn dia c::wc ~:;"ir a;:r-··r agora, reuniu, num pequeno vo- eia da ativida:de maléfica dos • '!1' ~ fiCÍentes de anatomia e fisiologia, cratisé. Daus l'interêt de tous, "m ambiente '.(,mpkt.aimmte cs- lume, alcrumas das paginas mais agentes patológiccs. hoje imprescindíveis ao exercício en tous pays, ceux qui ont la char- teril. E aproveito:: a 0c:..d.il.o P"-::0. belas de conferencias, discursos e O campo da cirurgia fisiológica Leonidio RIBEIRO da cirurgia, especialidade tão im- ge des interêts generaux, doivent aplaudir o novo m6t,Jdo hr'.,·il:õtº.'J, lições proferidos em congressos alarga-se, pois, cada vez mais, e portante quanto dificil .e arrisca- comprendre aujburd'hui qu'il est que, a seu ver. tinha o m,~rEo de Internacionais e cutras cerimonias já se poderia falar de uma tera- (Copyright dos Diários Associados) da, pois através dela se consegue necessalre de l'aristocratiser au ser o pr'imeiro a resolver o p·o,J'..::- oficiais _ p6utica cirurgica dás doenças do a propria salvação da vida do do- maximun". ma da esteriliz'. cão (:,~••:,; ~ :. ;;__..; Lériche começa por dizer o que cor~ção, substituindo-se a secçào concepção dos r:ovos cirurgiões. ta: "Dans une cience d'observa- ente que, às vezes, fica na depen- Em outras paginas deste livro, conjunto cirurgku, i.ndtcsivc ·:"s.:J pensa do futuro da cirurgia. das estenoses orificiais por ações E' que, ao lado das muitas qua~ tion comme lá Médecine, il n'y a dencia imediata de, sim')les diag- tão cheio de belas idéias e de salas de operações e cley-1,~1,dc::,ci:>,s As ablações brutais e antifi- elet,ivas, com o auxilio do proprio !idades exigíveis .dos jovens pro- pas de diference à établir entre nostlco de urgencia, o que Impor- úteis sugestões, o prof. Lériche accessorias, de tal sort.e (:l:c o cíc– siológicas dos grandes tumores bisturL que agiria de modo idên- fissionais, é mister submetê-los a le savant et le praticien; se aqui a ta, em certos casos, numa inter- faz o elogio da cirurgia que con- ente, seu opera' .i.or e :11,:::i::',~.,:c,; e tnJtlignos - que tanto concorre- tico ao de certos medicamentos. disciplina mental completamente une signification, ce n'este par venção inadiavel. O médico de- sidera a mais bela de todas as o materl:,.1 nor eles ul;il'.~:c ·: ::i. :!:i– ram para o ap,'rfeiçoamento ·da O efeito benéfico da quinidina nas vova, com há.bitos técnicos intei- l'etiquêtte c:.:uc l'on port, c'est la pois de terminar o curso básico artes, pela grandeza de seu obje- cariam complet;imc:n'--, 1 :... -~ C1. técnica operatori::L de nossos gran- _arritmias, por sua açã0 depressiva ramente diversos dos até então valeur de l '· ,., ·:·it qui observe. 11 de medicina e antes de se dedicar to e poder de realizações. o ato possibilidade d€ ,. 'n~.3t :i'.:..·.:. ;:> des mestres - terão de desapare- sobre o miocardio, i:;eria, assim, conhecidos. y a eles c,,pL"' faux et des esprits, à prática da especialidade, na vi- clrurgico tem, realmente, por vc- los g2rrr..e~ d:. .trnh!, -~-;". ,. e r,e cer, depois da próxima e fatal subi:;t!tuido pela ~ímples secção de A evolução das idéias deve fi- en clinique c :imme en science da profissional, deveria ficar obri- zes, a significação de verdadeiro propria$ palav!'C-.S <lo n: ·.-, ·:·- · _. descoberta do tratamento especi- um ramo p.ervoso, ao nivel da car condicionada, em cirurgia, aos pure, comme dans la vie. 11 y gado a frequentar, durante dois milagre e, porisso, exige do médico cês sCbrc o valor t;~ e·: :: ·-1- fico do cancer. As ulceras does- base do pescoço, cuja supressão resultados terapêuticos obtidos. O a ceux qui savant observer et ceux cu três anos, os serviços e centros que o pratica um pouco de fé, pois t.cgral: ''J'al Gpzr(' · .- ·-,,, · tomago deixarão de ser extirpa- diminuiria a excitabilidade da orgulho do autor, pelo êxito de qui n'y parviennent jámais. Les cirurgicos. afim de adquirir a ex- só assim lhe será possivel salva;· :ctér!le de Gudin. l' -1~.:•:Tfa .\", .;~ das, para hão sermos forçados a musculatu1·a das a-uriculetas . sua técnica original, preGisa su... uns font des bons chirurgiens et periencia clinica indispensavel ·ao na n1esa de operações, a vida de te de la sane d'oper:?.~.. 0n ·· ·:· ·-:::... sacrificar boa parte -do orgão le- os atos desta cirurgia fisioló- bordinar-se ao maior ou menor de bons physiologistes; les autres exerc!cio da arte de operar. E' a doentes às portas da morte. fonne une paroi vitré::! pê•:;· 2:~t sado. Assiste-se, em nosso dias, gica iriam p1·ovo::ar grandes efei- êxito dos resultados obtidos, na ne seront jamab que de nouvais lição do grande mestre: "Je n'ai :: i.ux snsctateurs de c c,,~·.!o-·: ·, -- ·;,:-,- ao nascimento de uma nova ci- tos par meio de pequenas ações, !Jrática. Os homens de cicncia nio savan_ts. Le divorce, en somme, pas le fetichisme des parchemins • * • hle d'oper2.tic:1, m1 s'" ':: .:-,· .-. à. rurgia, que se pederia chamar f!- aparentemente i!'r,ignificantes. Em I podem alimentar vaidades pes- n'est pas entre la pratique et la et je n'ai aucun gout pour les O volume é todo assim, repleto l'aise et cn a[>it s2.,~s fo !·'-·-;; 2. :· ,'c·.;r siológica, porque tem por fim à principio, é necessário evitar sa- soais, nem ter idéias preconcebi- ! &eience, entre h recherche du monopoles. Já r,asse même pour de lições magistrais, pois, ao lado y est conditionné. T,:: ·,;:.:·,::e·- :.,l• vontade do homem o funciona- crificios exagerados com a extir-1 das. O interesse do doente está bien des ma!ade~ et la verité bio- qualque peu revoltionnaire en pa- do ~irurgi_ã?, está o homem de ci- \ ture ngr~able._ Lt" _s'.'.::.,~-~ :.:::: :·..,: mento de seus principais orgãos, i:,ação d.e importantes ca•leies gan-1 sempre acima de tudo. E' a lição) logique; il est entre les esprits jus- reille matiére. Je considére cepen- enc1~, o filosofo, e artista, com as l Et l'on a vrn1n:2n.;_ ~-1'.)r~~•,:.·,;:, d' com o fim de .guiar as interven- glior.are::;. Trntar a angina de de Regaud que Lériche receben, 1 tes et les espnts faux. II n'y a dent que rétablissement de l'an- qualidades de bom gosto e cul- une grande sccur1t.2. C ;::~t r;,u ções cirurgicas no sentido de de- peito pela surressi:.o das duas ca- / diretamente do rnestre, e procun, 1 pas raison pour que les s:wants I cien diplôme de maitrejuré en tura geral que caracterizam os I fond, aprés trois u1ars de s':i ":'.::. la. sencadear efeitos fisiológicos in- deias simJ)áticas cervicais é, evi- \ agora prop&.gar aos disc1pulos : soint tous d'un coté et les clini- chirurgle est une necessite du mestres da França de todos, os reprise pe!fection:1é~ c'e l'iCL, ~:~- ~ersos aos provoc?.dos pelas doen- dentemente, um absurdo, quando "Nous, devon~ plier nos espirits, ciens de l'autre ". temps presente. _Les gouverne-, tem~os, nas ciencias, nas artes, terlenne de l 'anti~2p~i~ .ch:::i:'.t_·.:e ças, na mtimidade da economia 1 &eria pos3ivel t:mtar, cm certos ti,ux rêgles superieurs des metho- • • * ments ont le devo1r de ne pas se ::1a literatura. ºde l'air, et en comor:rnte a·,cc u1 humana. A experiência classica de casos, resultados idênticos, por des scientiflques et renoncer à O mestre analisa .nas paginas desinteresser de la format!on de • • • voeu de Pas·~eur que !"cn tr::n?- Allen, provocandJ no animal, pe- meio de discreta neurotomia dos improviser imprnmptu une expli- desse volume o ensino da c:rurgia ceux qui ont droit de vie et de O professor Lériche já esteve no tcujours em unio,1 de rJcDcée p_;,·:oc lo simples pinçamento da arteria, vasos-motor~s ~oronarianoc, ao ni- cation à tout et une théorie pour em França em tudo identico ao mort sur leurs concitoyens. Je me Brasil onde formou circulo nume- Listar, dans tom les p:·o'.~lemes". pancreatica, sintomas de diabete, vel da alç9. de Vieussens. Nas do- la moindre des choses". do Brasil onde, em regra, costu- refuse á admettre que tciut mé- roso de amigos e admiradores. E' a consagraciio do r::.1Étc>'lo 1c'.c– e, a seu ver, exemplo definitivo e enças dos · rins e do ovario, por Os cirurgiões de nosso tempo mamas copiar os erros fora, sem decin puisse, du jour au lende- Tive o prazer de acompanha-lo, alizado por Mau"·ic:o Cud;.n, :;;ria eloquente de nov&s e grandes pos- exemplo, poder-se-iam evitar as precisam, pois, aproximar-se, ago-, cogitar de reunir as condições ne- main, s'improviser chirurgien sans em um passeio a lcaraf, sentindo voz autori:iada de m~1 d:s ;11~.'.c·"·es sibilidades no campo da terapeu- intervenções atrofiantes, procu- ra, mais do que nunca, dos fislo-1 cessárias para imitar os bons de serieuses études prêcalables. de perto os encantos da sua con- mestres da ciru:·gia con.t2:-::ipcr.:i– t!ca cirurgica. Se a ação momen- rand0, cirurgicamente, imitar a l logistas, dos quimicos, dos físicos. exemplos. Lériche informa que, em Pour pouvouir C'pinier comme il vivencia. Em sua visita a nosso nea. Esse nosso r.iatricio e.~ti, tanea de simples g_esto ql!e pro- ação de certos alc:3-loides, por me\o I Só ass~m pode~ão descobrir verda- ; França, o cirurgião se improvisa, convient, en t6utes circonstances, país, conheceu de perto o méto- aliás, em Buenos Ai.r(,,._ nct ~e me - voca a parada da circulaçao san- de proce~ws eletivos; que perm1- des ate agora ignoradas, por falta I sem método nem contrôle clenti- il faut avoir une discipline de do de asepsia integral de Mau- mento, recebendo ex.::, 0 pcioE0:s l:o– guinea é capaz de fazer aparecer tirii,,m obter, de eeordo cem a nos- de perfeita compreensão de seu I fico, aprendendo sua profissão ao l'esprit et une collection de re- t'icio .Gudin, em cujo serviço, na menagens de Z:)liS colcg~s '.~;:,:::en~ a propria doença, por certo ato sa vontade, a hiperemia ativa ou papel e em virtude da ausencia l acaso, porque não encontra meios fléxes qui.ne s'improvicement pas. Beneficencia Portuguesa, chegou tinos que acn.bai;, d-i inar,.;::-,1r2.,., ldentico poderia determinar, em a isquemia relativa. de mais eficientes métodos de tra-1 de frequentar cursos especializa- C'est la maitrlse équílibrée õ.e 1101- a operar, afim de verificar, pes- no Hosp!ta1 Du !"<1.nti, nc:vas 1m:-,; sentido contrário, o desapareci- Para que seja, pcrérn, possivel balho e de pesquisa. A 'prática da dos, limitando-se a adquirir expe- même fruit d 'un temperament· soalmente, as vantagens da téc- talações de cirurgia, c:".d'! ,'.l N.:– mentv dos respectivos sinais pa- a prática da cirnrgia do futuro - cirurgia - ensinit o mestre -1 riencia técnica na convivencia in- special devellopé par une forte nica revoluciomiria aconselhi,,da todo da asepsia ir.t::;;;rnl foi cfi– tológicos. Estud?.ndo as funções de ensi;1:1 Léricl1e - é preciso uma tem estn.do divorc!r,d:i da ciencia, tima deste ou daquele mest.re , pro- education c'est la rara faculté de pelo eminente cirurgião patriclo . cia!mcnte adotadt, ccno P:na c\<J,s cNto.s gh:1tinlas e ugirido sôbre t.~iplice r8f0rma : dcs nos~os espi- como s::: umc1, 1üo tivczs~ de re- curando, imit~r~lh:! as v!rtudes, choi<Jir, em toute independance Em conferencia feita em Londres, conqufatus cefimtivac. ;\a cirncia seu sistema nervoso e vascular, ritos, dos mêtodos de trabalho, da pousar sobre a outra. E acrescen- sem puuer corrigir os defeitos, na d'esprit et en toutes circonstances, pouco antes da guer:ra, em 1939, médica de nossos clms.

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0