A Provincia do Pará 03 de Maio de 1947

1 1 ==-- • .!!22S !.!li!!&.&. = BELÉM-PARA - SABADO, 3 DE M DE 1-M'l NUM. 14.830 ,._,. lliil INTERVENÇAOESTRA G_E _ A ' AFIRMA 0 -D-IS_S_O_L_U_Ç_Ã_O_._D_A_J_U-VENTUDE COMUNISTA POSSIVEL MUDf1NÇA GENERAL . D O MINIS T E !l l O D U T R A PEDIDA PELO PROCURADOR DA REPUBLICA Os sr~.. Honório Monteiro e Eurico Souza "Não podemos transigir quando estiver em causa a lealdade para com o Brasil", diz o chefe da Nação RIO, 2 <Ml - A mensagem que os trabalhadorP.s ontem en– tre~aram ao general Dutra. no Catete. destaca. inicialment.e, a lmportância da pa.s.~agem do 1.º <l2 Maio. quando apó~ longo pe– r iodo ditatorial, o Brasil se encon– tra em pleno regime constitucio– :rml. E adian ta quP. os " traoalha– dores têm perfeita e nitida. com– preensão da grrividadt' da situa– ção. Reconhecem as dificulda– des com que se defronta o Go– vêrno, para tentar a solução dos sérios problemas de ordem polí– tica. economica e social, que afli– &"em nos~o povo•·. Sentem. diz a mensagem, dura– mente na sua própria carne, as eonsequencias dessa situação. Os aumentos de !'\alár ios que têm ob– tido á custa de tanto::: s:acrificios e esforços, jamais correspondem à alta crescente do custo da vida. Os genero,; de maior necessidade 11 as utilidades tornam-se inaces- ..sive!s à bois!\ dos trabalhadores r e sua escassez faz-se sentir ca– da vez mais, porque é agravada pela falta de habitação. A infla– ção e o cambio negro tornam a– marga. e dificil a existencia do operariado nacional. Urgem, pois, medidas energicas e eficazes, por parte do Govêrno, para que seja minorada essa situação angustio– sa. Diz o documP.nto que os tra– balhadores sabem dos prõpositos reais cto president.P Dutra, com o objetivo de resolver os proble– mas nacionais com a maior ener– Jia. E assevern. depois: "Reaflr– nmmos que os trabalha.dores e o µovo do Brasil confini.a sincera– mente em V. Eitcia.". Frisa que o govêrno precis!l do vigoroso apoio popular. para a 1 Ju;;a d11, solução (!os problemas ·nacionais e esse é o objetivo da j mensagem dofl trabalhadores, que 1 defenderão, antes.e acima de .tudo, o r esnelto à âtual Constituicll.n NO C IVA PUBL IC O AO A BE 1~ ATAQUES DO u. J. e. ' p R AV n A. Razões de alta relevancia impõem a medida judicial RIO, 2 (M l - A União Federal, ~r intermcdio do Teroeiro Pro– curador Re.rional da República, 1u·. Plinio Travassor•, endereçou à Justiça rla Fazenda Pública longo requerimento, !! O.ln ba,ie no arli&'o 141, pa.ra, ;r~fo doze. da Constituição e no arti;.o sexto, do deereio-lei fflll!'i. pedindo a. citação da associaçã.o civil "União da Juventude Co– munista.", com sédl" n2Sta ca9ital e na pessoa de Sf!US represe1itantes, grs . Apolonio Carvalho, João Neves Saldanha e Gervasio Gomes A– zl'vedo, afim de lhes ver propor a competente ação <JOJn o proposlto de dissolução e liquidação da aMiOr.iaçáo. Argumentando, o procuradcr citou o disposto no arti10 segundo, do dt>cret.o-lei 9085, qu<P di1.1põe não serllin registaveis os ates consti– tutivos de pe&SOas juridfoa1, quando o seii objetivo. de circunst::incia relevante, indique destino ou atividades ilicita.'! ou .contrarias, no.ii – vas ou perigosas à segurança do Estado e da coletividade, bem como à ordem pública, social e m<1ral, ou ao!! bons costumes. RA~6ES DE ALTA RELEVANCIA 1',~clara o prccurador que razões de alta relevancia i::upóem a dis1mlução j1.1dicial da citada associação, PQis como se verifica, os es– t.~tutns da organização mostram que ela i,xerce atividades ilontra– r1_as, nociva.s e perigosas ao bem púbUco e à segurança do Estado. Diz ainda que o prcgrama da associação imprime à juventude um cara– ter 1widentemente _político, dando-lhe orfontação · comuninta, uma vez qu': se acha fiha.da ao PCB, o que contraria os nossos proce 1111 os eduoac1onais. Depois de 0;1tras consMeraçõei;;, pediu fosse a ação jul– ga~a proceden~e, _para o fun de St\r decretada, por sentença, a disso– Juçao da assoe1açao, crdenado, consequentemente, o cancelamento de· 1:P.u_registro no Cartorio do Registro Civil de Pessoas Juridicas desta capital. A ação deverá ser distribuida, ainda boje, a uma das varas da Fazend11. Públfoa . MIL NA o u AOS~ EE. UU. MOSCOU. 2 (R 1 - O,; ru1,~o· foram ontem advertidos, por u:n i.rtlgo publicado no "Pravda". {1r– gão do Partido Comunista, de q11..– contam com muitos inimigos em todos os palses do munélo. "Em alguns paises, os russu;; t.ém centenas de inimigo!'\ e no · – tros, centenas de mllhares ·•, diz ,, artigo de autoria do famoso escr;– tor sovietico Ilya Ehrenburg, qUI! acrescenta : "Entretanto, em to– dos os paises, os russos possuem um amigo - o povo". Nesse artigo, Ehrenburg ataca os " imperialistas" americanos, bem como os "f~scistas", fazendo referencia às recentes criticas le– vant11,das, contra a Unif,o Soviéti– ca, pelos Estados Unidos. E per– g1mta: "Quem ~stá inter!P.rindo nos assuntos Internos dos oub'or. países, anurlcianõo acordos de fi– delidade sobre os povos estranhos? Quem está inspirando ou fomen– tando a. guerra na Grecia, 'lndo– r.esia, China e Oriente Medio? A quem pertencem os canhões. na– vios de guerra, ir>strutores mllita- 1 es e observadore.~. que estão sendo mviados à China. Turquia, Irã e Grecia?" RENUNCIADOS S ITUAÇÃO CAOTICA MINIS TRO S NA CAPITAL GlJARri Ní Cl\ T l\.T T C" rti ('I r,. "Não há restrições de crédito", afirma o ministro da Fazenda ' REDUÇÃO NOS DtBITOS DOS PECUARISTAS ruo, 2 (Meridional) - A propoolto da noticia de que, se a reforms bancária nllo vier desde logo, serão 1mpre– vls1velll as consequenolas de tal demora, com a superve– niência de tremendo "cr11clt" financeiro, o Ministro da Fa• zenda declarou à reportagem: "Não é verdade. Basta ver o relatório dos Bancos, para concluirmos que não há res– trições tle crédito. Pelo con– trãrlo, as opereç6es vii.o au– mentando de mês pare. ml1. O que o Banco do Brasil res– tringiu foi a negociação pe.ra fins especulativos". EXI BIÇÃO SOVIÉTICA DE FORÇA Comemorado o 1. 0 de Maio, em Moscou, com gigantesco desfile de tropas motorizadas LONDRBS, 2 (R.) - P&radu da tome na Aleman:Oa.; destile de novos e glganteacos tanques dum tipo e.s– pecJal, ern Moscou; e distribuição de me.nlfestos elandestln011 na 11:spanha - · els os contre.atçi, ventlcados nas comemore.ç~es do "UIP. Primeiro de Maio em todo o mundo, iuo p, julgar pelo~ deapachos hoje recebidos nesta capital. Na União Soviética, Stalin e ou– tro~ lideres de né a/i,hoa ,.. " - -~--- Em discussão na Câmara um projeto de reajustamento ~,;. RIO, 2 (M) - 04"i1Iid9.5 pelo sr. Samuel Duarte, tivel'°à.'fn itúolo hoje, às 14 horas, os trabalho:i da CA.mara. Em nome da Oom.isaio de Le– gislação Social, o sr. :Paulo sa– razate explicou que estíl.o sendo estudados, há vários dias, os pro– jetos sôbre a remuneração e re– pouso semanal remunerado e que talvez na próxima semana desce– rão a.o plenârio. Adianta que o projeto sõbre trabalho notll4'.no obteve parecer favoravel da Co– missão e que requereu .que o mes– $ entrasse na pauta, afim de ser adotádo. Comunicando sua ilia, em j\Üho. à Argentina e aos ~a\los trni– dos. a convite, perguntou o sr. Barreto Pirito à. Mesa se pret1• sava de licença. Declarou o pre– sidente que o a_fastamento por es– :gaço inferior a 6 m~ses dispen– pehsava pedido de licença, ma3 que a ausencia, por teinpo maior, implica perda do mandato, c.o}l– forme o Regimento~ a con:ser– tuição. O sr. Carlos Marighela solici– tp_u informações ao ril.inistro da Educação eôbre quais os motivos por que o reitor da Universidade d& Bahla recusou-se ao cll,mpi-1- mento do disposto no artigo 2. 0 , que faculta sejam aprovados, nas cadeiras onde estão matricuJa~P,l'l como depend~ntes os estudantes convoca.dos para. a FEE. O sr. Deoclécio Duarte apre• sentou um projeto facultando às peAAôas que desejem que :requei– ram inscrição no Instituto do Sal, dentro de 90 dias a· contar d.a. lei e desde que provel?l que fnnPinnal"on, n,..,...,...,..., ,.,1.,..,.,...1-~•- _._ Leão iriam para as pastas do Trabalho e da Just-iça, respeetivamente RIO 2 (M) _ Em torno das n otkias que at7:ibuem ao gener"l Grois Mo~teiro nova missão política, conferida pelo .pres!dent P. Dutra, com O objetivo de realiza.r sondagens, junto aos partidos, a reportage~ da "Meridional ,. ouviu, nos corredores. do Senado. os comentarias que eram feitos por alguns proceres mais chegados ao Catete , Segundo esses · comentarias, ou clarasse pouco informado em re'là– melhor, pelo que delea _se pode de- çâo aos nomes apontados para l?H;, preender, a nova misslº}º Í?;te- bstitulr os srs. Costa Neto e Mol'- ral s.enador pre?de-se ven ca- van Figueiredo. ção das poss1bihde.des de acomoda- o PRESIDENTE DUTRA ção de certas corrente1.1- partldarias, ÁGUARDA o RESUL'l'A!DO para a efetivação da projetada re- llAS SONDAGENS ~mposição do Minl11terio". E as- DO GEN. GOIS sim vQlta-se a falar, nos meios po- RIO 2 <M> _ o sr. José Ame• littc~. d~ proxima reforma do ga- rico co'n!irmou hoje, à report,'lgem. blnete Dutr~, 9:ssegura nd o-se que O seu encontro com o presidentf! ela agora é md~spensavel. em face nutra,. 0 qual já noticiamos e 9-9.e dos rumos pohticos imprimidos, teria por fim as sondagens poh!{– pelos ministros, a certas "!_lllldades, cas que vem tav.endo o sr. Oota em relaçã.o _à nova situaç,f;'? criada Monteiro. nos reepect1vos Estados, mdican- Declarou O senador paraibano..: do-se, :p.ov9:mente, os nomes doi; .. Realmente estlve com o presf– srs. Benedito Costa Neto ~ Moi:- àente da República, áliás pela pri;. va.n.Ft~eiredo, co:1!1~, substituiveis meira vez, trocando idéias sobre na atual emergenc1a • E torna-se efsas sondagens do general Oo\~. a falar nos nomes dos srs · Hono- Declarou-me o presidente não te– rio Monteiro e Eurico de ~um rem sido sugeridas por ele as 8'Í• Leão, como provaveis substit,utos \"idades do senadcr alagoano. Déu– dos atua.is ministros da Justiça e me a compreender, entretanto, • do Trabalho, r_esp~ctivam~nte · seu assentimento às mesmas, ao O senador _vitormo Frell'e, num revelar-me que aguarda o f\nal d~ encontro l!ge~ro com a !eportagem, inquerito que vem realizando o lK• não desmentiu ª. poSS1bilidade d~ Gois, para ter uma idéia do panà\. reforma m!nlster1al, embora se de n,ma político nacional,,. Vittorio Mussolini permanecerá na Argentina BUENOS AIRES, 2 (R.) - Vlttorio MuS.11oilnl, cuja presença na Atgen– tlna vinha sendo tema do converse. hé. e.li' lJns dias, poderá füu,r r!!l!I• dencia neste pe.ia , mediante o ~ga– mento de multa a que E!8tã sujeito, por ter entrado llege.lmente na Ar– gentina. A sua presença neste pais foi co.n– nrme.da quando se apresentou à pO• llcla federal, pe.re . ser ielentitlcado. depois de ter formulado o peàido ts autoridade:;; iml11"atórle.s. O Mln!sU~ rio do Exterfor e o Départe.mento de Irnlgraçlo negaram anteriormente. houvessem t~do conhecimento· de. pre 0 senç11, de Vlttorlo Musollni na Ar- gentina.. • A revista "Qu11" e.nunclou que Vit– torlo viajou sob o rlàme de Luigi ot.,rn ., aue !uir!u sob o disfarce da Interrogado, então, sobre '5 presumidos propositos do sr. Goi&, c,uanto à intervencão em S. Paulo, respondeu : "O sr. Gois aludiu à. hipotese da intervençãó em São Paulo, como o fez sobre outros as– pectos da vida polltica do país, sem, contudo, precisar seu pensa– rr;ento. Tem falado, de fato, sobre C;!' assuntos, em carater de consul– ta. as idéias, com o fim de conhe– cer a media do pensamento dqs partidos. A minha impressão é de que o sr . . Dtúra aguarda, com ift';. teresse, o · :nm das sondagens". VIRA' O NOVO PARTIDO RIO, 2 (M) - O senador Vit.o– rin o Freire, companheiro do sr. Eurico de Sousa Leão, nos ·traba– lhos da organização do novo par– tido de al)<)io ao presidente Dutrá, envido pela reportagem. quando no Monroe, sobre .as noticias corren - ..................... ,..___ ...._ -·· - .3------ - - --

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