A Provincia do Pará 01 de Maio de 1947

impingir ã legislação trabálliista como sua magnanimidade dita– torial. Seria a última falação, êle o presentiu, e vingando a quéda, foi mais agressivo com as sombras inimigas qué divisava em toda a parte, e mais gabola de beneme– rências que lhe perpetuassem na lembrança agradecida dos patri– cios. Como nas suas constantes bur– las, somou então, · como dadiva sua, a legislação trabalhista e o quC' existe de bom no Brasil. 11/lanobrava, assim, uma reação proletária, imitando os que, du~ vidosos do exército para mante– rem u'a monarquia valetudiná– ria, procuraram: apoio na "guar– da negra" da Princesa a cuja ge– nerosidade atribuíam a abolição que, como a legislação trabalhis– ta, era uma reivindicação da épo– ca, uma conquista da civilização cristã. O aviso prévio é de 1850 com o Código Comercial. ' A construção de casas para operários e classes pobres, vem da lei 3151, de 9-2-1882, reitera– da em decretos de 19-5-1887 e 8-2-1888, além dos decretos 843, de 11-10-1890, através de um 'Banco dos Operários em função, 2.575, de 6-8-1897, e outros que ao -meno.s não sangravam contrl- Nestes llltimos tempos volveu– se a falar de Carlos Gomes, o g:·ande paulista e grande brasi– leiro, imortalizado pelo seu estro musical, que tão famosas páginas nos legou, e figura de artista que deixou em nossa terra, que êle tanto quis, o seu coraçã, e o seu no~.:-ie perenizado em nossa me– mória. Lá se vão quase dez anos, cele– brou-se aqui o centenário de nas– cimento do egrégio mastro. Fa– lou-se escreveu-se, e eu, também, escrevl, mas não tive onde publi– car os meus recados, esclarece– douros, estou certo, da passagem de Gomes pela Amazônia. Pude, entretanto, decorrido um mês das solenidades, articular minha vo;: através as ondas da P. R. C.-5, Rádio Clube do Pará, graças a acolhida franca e de afetuosa e l!õal camaradagem de Edgar Proença e Roberto camelier. Não vão muitos dias, meu jo– vem amigo e confrade Haroldo J.v.(aranhão, publicou uma visão sua, e que comungava com a mi– nha de então, sôbre Gomes, como artista, e que nós ambos, em pa– lestra, nos haviamas revelado. Haroldo tratou do assunto em linhas rápidas, se bem que in– cisivas. O meu trabalro se e;;ten– de em apreciações e conceitos, e é. como exprimi acima bastante esclarecect::ir, porque .r"evelam o testemunho de pessôas que pri– varam de perto com o maestro e me transmitiram muitas dessas pi:'iv::;;ões, algumas d::is qúais se encontn.m em antigas edicôes d'A PROVINCIA DO PARA', onde as estampou Paulino de Brito, pa. . lavra irrec1.1savel neste particular. Ao microfone eu disse prelimi– narmente: Chego um tanto retar– datúrio mas, o ditado categoriza: "an~es tarde e.o que nunca " . :i:;: entrei de ler o que escrevera como contribuição à história. no cente- 11ário que se celebrava. ·'Eu venho falar de Carlos Go– ,i1e.s, dizer uma coisas ponderadas, ,1il.o como muita gente ac□'ba de l azer, son estudos. sem pF&qui– rtçõe1 da vida l.lo mestrl!i. sem sem p:metraçfio psico,ógica na st..i obra, sc::1 r,tcnder ao meio e:n rinc aqui ~\!.e c::>nvive\1 rnr. :~~ :in~l:1~::.n:-..:11"1.z~. com.o eu p:jr...:o e cànçada --êéim--a--Con;titii'içã~ ;i-1 ~llva - Pedindo ª cl~~slficação sub-diretoria técnica, para exa- gente, a 18 de setembro de 1946, ae sua escofa de auxillar, pa~a me e parecer. . após a quéda da Ditadura. isolada - A su_b-diretor!a técm- --De Regina de Paula Brabo Esta exercitou a inferioridade ca, para cumpr:u; 0 despacho do - Pedin_çio nomeação - A' sub- nativista, explorando divisão e exmo. sr. Secre~arlo Ge~al. diretoria técnica, pára os devidos Infiltrando ódio de classes. desa- -.-, Do pref~rto mumcipal de fins. gregando as fôrças vivas da na- Aranuna - Propo nd0 ª nomea- ---De Antenor Mesquita - res primários -- ___:- 2.° 'hlrno u~::__ 1 de 28 - de -oÜtubro - de 1941,. ao- sr'. Elisia dos"8ant-0s Matos, Florinda Domingos Silvb Nascimento no Alencar Dias, Lilia Sampaio da cargo de profecsor, padrão P, ào Silveira, l\1aria do PerpP.tuo So- Quadro Unico, 1'Jtado no Colegio corro Neto Gentil, Mary Lcbat::i Estadual "Paes de Carvalho", per– da Mota e Sonia Monteiro. cebenda, m issa situação, nos ter– tori;v;;i;da ã;;"ru~ de-·.i;nJ;;v:: 1 Benedito dos Santos Roc,1a. n,ai.: Mandou juntar aos respectivos mund? Cardoso: Valdemar r:1ri9,s autos. Ferre~ra, Francisca Pena, D,irval Idem. Requerimento para. con- da_ Silva <?ª rd ºrn, Joa::i~ilT1 l~e:– sentimento. Requerente - Rosa re~ra Nasci!Ilento, .:i:an_t1ano ~- er– Arêas Damasceno - •Vista ao M. reira .da Silva, Jose ª? Espirito p 'bli S3:nto Dias e José Silva Mon- ção para dominá-las ção de serve1:1te para O grupo es- Pedindo nomeação - A' sub-d!- 2.° Ciclo - 2a. Série - Anto- . colar dessa cidade - A' sub-dire- · t l Aí está a sua herança, a ton;~, toria técnica, para os devidos retorta técnica, para os devidos me a Campos. A da Pereira, Alice o farrapo, as misérias que nos fins. fins. Pereira, Anita Figueira, Augusta atormentam e degradam. _ . --Do prefeito municipal do --De Raimunda da 9osta Sidrim, Aliete Santos, Aramã O povo sofre e o e_x-dltador e Capim _ Propondo nomeação de I F?rrelra - P«:dindo nomeaçao - Aragão, Bernardina Baganha se~,s comparsas espreitam. professoras para esse município A sub-dir~tona técnica, para exa- Carmen Doralice, Carmen Cunha, S~m tenrer ameaças, eu as _ A' sub-diretoria técnica, para me e parever. de Oliveira, Clelia Matos, Cleide desafio. Manterei a ordem, rea- exame e parecer. --De João Diniz Maia_ Pe- Nunes, Clelia Duarte, Cecília de lizarei as eleições, passarei o po- __ Do prefdto municipal de dindo elevação de aluguel de casa Jesus Chagas, Dalila do Regu der a quem for legitimamente Castanhal - Pedindo a criação - A' sub-diretoria técnica, para Barros, Eunice Favacho, Eneida eleito, e retornarei à atividade de de uma escola no Igarapezinho exame e parecer. Cavalcante, Elsa Alexandrina, simples _cidad,~o, recolI:endo-me _à Castanhal _ A' Inspetoria Esco- EM OFICIOS: Edémea Melo, Geny Gabriel, He- vida privada ' despedia-se o di- lar para mandar verificar ln- Da diretoria do grupo escolar lena de Araujo Costa, Hercilia tador do proletariado, que cinco loco "Vilhena Alves" - Remetendo as A. de Carvalho, Ieda Sousa, Ida- meses depois., o via enxota_do do _·_Do prefeito municipal de petições dos serventes em que ·so- lia Monteiro, Iná M. e Silva, José poder, e. o ve em subalterrndades Castanhal _ Pedindo a criação licitam efetividade nos cargos que Rocha, Joana Mendonça, José da I?Oliticalha, se~ento de mando. de uma escola no núcleo Itaquí, ocupam - A' sub-diretoria téc- Maria Gusmão, Lisis Cruz, Leida So a democracia une e digni- nesse município _ A' Inspetoria nica para exame e parecer. Silva, Lucimar Fernandes, Luci- fica. Escolar, para 05 devidos fins. -·-na diretoria do grupo es- mar Pacheco, Lil!a Silva, Marie- Erlc Johnston, que subiu de --Da secretaria do grupo colar "Rui Barbosa" - Pedindo ta Viana, Maria Araujq, Maria menino de jornal a presidente da escolar "Rui Barborn" - P~- nomeação de um porteiro-prato- José Melo, Maria Eulalia Gus– Câmara àe Comércio dos Estados dindo uniformes para as serven- calista - A' sub-diretoria técnica, • mão, Maria Lucia Roberto, :Maria Unidos, diz que o capitalismo está tes do referido grupo - Argui- para exame e parecer. Lucia Ousm.ão e Maria Estela no operário educado, nas práti- ve-se. --Da superiora. do Orfanato Pereira. cas da democracia: "Dêle venho. -- Da diretora do grupo es- "Antonio Lemos" - Remetendo Quero vê.-lo sobreviver para todos colar da Vigia - Remetendo o nomes de professoras para com- Faltaram por motivo justifica– os jovens, de ambos os sexos e mapa estatístico e as cópias das pletar o quadro do referido Orfa- do. os alunos do 2°. Ciclo - condição de humildade que vie- Folhas de Pagamento - A' 2a. nato - A' sub-diretoria técnica, 1 . João Alexandria, Lises Cruz, Ma– rem depois de mim. E não só so- secçí!.o e à Divisão de Estatfs- para cumprir o despacho dei sr. ria Nazaré B. de Carvalho e Es- brevlver, mas triunfar". tica. Secretário Geral do Estado. ter Elarat. mesmo estou em mini, que o rea– lizei, como tomei a sério esta µe– quena tarefa, em parte para rei– vindicar para o senador Antonio Lemos a justiça que a este grnn– de brasileiro e eminente marn– nhense, foi agora negada nesta transcorrência do centenário de nascimento do insigne maest,o paulista. E' sabido, coisa corriqueira e sediça, que Carlos Gomes veio duas vezes ao Pará - em 1882 e em 1896 - fazer aqui o repouso relativo. das fadigas, das cansei– ras da Europa, e aqui finalmente morrer. Naquela primeira etapa não teve a sua presença em Belém o relevo da segunda, sendo sua aco– lhida quase restrita no mEio ar– t!stico musical, como a de sim– ples regente de orquestra e um tanto como compositor, ji ce cer– ta nomeada, o que é pura verda– de. muito embora os exageroJ lendários de certos cronicadores, fantasistas, a,ssoalhem o contrário. Para nós nacionais. desde aque– les tempos, o seu granae n,onu- 111e1.to era o Guarany, cantaaa pela frimelra vez no teatro Es– cala, de Milão, em 1870, int~– &ralmente composta à feição d:1 escola italiana, e recentida de acentuada influência de Verdi, o fecund.o e fascinador partiturista da época . Este era um conceito popular.· leigo, da famosa ópera carlosmeana. Entretanto, Gomes a<::hava o Guarany uma p!noia . uma droga pura fancaria para paladar das massas, cheia de bombas como ura desses discur– sos at.!adêmicos verborragicos, adredemente feitos para as pla– téias basbaques. A sua obra fixe , aquela para os entendidos e elei– tos, para os afeiçoados, era "Fos– ca ". Desta sim, desta êle se ufa– nd'.va, se vangloriava, e tinha or~ gulho, mesmo porque. de brasilei– ra. ela não tinha o menor ves– tigio. Muito se tem contado, aliás, ou porventura, de o!tiva sôbre Carlos Gomes, tom plàl.Ssagell.S '5.a vida do imortal cam!'t1JlfflDi-. ~ ~ -l Seja-nos licito ta!nbém articular urr.1 palavr;_ühas, uns· conceitos e ,)r,;1úõc, referent8s ao intcrcs:an– t;';! i:.~:,tmto, coisas que guardamos. não de ouvi-las da boca franca de Gomes, mas da de Paalino de Brito, Ernesto Dias, Clemente Ferreira, Antonio Marques de Carvalho e Joaquim Chaves, ho– mem viristg,, testemunha ainda viva e poc!e depor no caso. Tenho ouvido muito dos seus lábios e tantas vezes temos trocado idéias. Nas comemorações de há pouco houve citações e ouviram-se trechos da ópera que Gome::; primitivame!.lte denominara de "Condor", e que mais tarde cris– para ' 1 Oda.léc,.". A propósito ctessa mudança de nome. certa Y;';!Z, numa roda em que S;';! encontravam quase todos af!Ueles ?,migas indi.cados acima, Paulin:i dP. Brito perguntou ao maestro: mas Gorr.es, por que você mudou o nome de "Condor" para "Oodaléa" ? Não rnbes ? :Cu te conto. Por causa dos malditos cvJcmburgos franecscs. Fiz ,::orr:o Verdi com a sua Ifabucocfüo11omr. E' ouc 0arl03 · G,.,mes uma fei– ta, p~rece que em Lyon. tive;-a u 'a manifestação de lin1as n~u– lheres. após a representação de sua ''Condor ". G01ne.o surpreen– dido com aque!c 1r.ovir.1ento, in– dr..gou c~.ü E(;U. 1n~tivJO. E a..1:1.igos afe.i.tos ao meio, c:.plicar:\m-lhe: "E:as pensam C) ..H! o n1a.estro é o Cont ê.'o~·, e d::1í esse alvoro;;o por conhecerem tão grande nobre". Pt\ra amenizar este pedaço his– tórico, narremos outras passagens da vida anedotária de Gomes em Belém, d.as referências principal– mente c,e Antonio .d~ Carvalho e Joaqui.cn Chaves, de que sou tal– vez o últim0 portador. Inte,essante o calor de que êle se quei:rnva, manhã cêdo, à por– ta do Café Chie, famoso e lnes– quecido ninho de boemlo::i inte– lectm1is, hoje quase deslembrado. Af!rmou-he Chaves que esta é: autentica. O maestro morava ali e levan– ta-se cedinho, indo sentac·-se jun– to a porta do velho e tradicional · café e restaurante. Sete horas e a ll:lilSi.nha jã. o esperava., de modo f!'K', t,íiilmntl~ tt. mae:stns, g-e 1,,lbsn– cava, o uarçon trn,zia-lhe nma garrafa de puro vinho do Porto. l'./;!r ia rn1vendu o, , alices paula– tinamente, t: quanc!o se ·aproxi- Carlos Go Reminiscências do seu centenário 1839 -1939 mava ali das oito horas," começa– va a queixar-se ao garçon. "Você está vendo que calor horrivel ? Qual não é possível, vou-me em– l-)ra. Isto é muito bom, mas não me acostumo neste forno. VP.ja como estou suando, olhe, estou com a camisa alagada". O .rapaz, ficava olhando, de riso complacente nos lábios, tudo com– preendendo, mas cheio de natu– ral sin:patia pela figura do i:los– pede ilustre. Até que um clia. já familiarizado com Gomes, ar– ticulou precauto: "maestro, o!he, a manhã até está fresca . Não há quase calor. Essa quentura talvez seja do vinho. . . Não será ?" Carlos Gomes pigarreou, como assentindo ao justo conceito do rapaz e mais tarde contava o caw aos amigos, já aí dando razão ao observador, acrescentando que o calor era mesmo do diabo do vi– nho, que o fazia transpirar, as– Gim matinalmente. E fecho este parentese de deso– pilação, relatando esta conversa sôbre o autor d'"O Escravo". Não gosto de fazer côro, daí o discordar da opinião de muitos alguns concientes, outros de com– parçaria, sem seguro juizo do Julgamento. E como a gente num côro confunde a voz, despersona– lizando-se, prefiro falar Isolado, com atitude e responsabilidade, falar em voz alta, porque o co– chicho dá impressão de mexirico e coisa escança. Dai, continuava, o procurar o serviço de .rádio-difusão de P. H. C.-6, cujos ampliadores indiscre– tas gritarão o meu ·pensamento e a minha t,plnfão_ tradtrzfdos nes– tes aiinhavos. Fujo assim ao comodismr, de dlzcr e ei:c,·ever rnmente aqu!lu que é do i'03to, do agraJ-, -: do Romeu MARIZ Da Academia Paraense de Letras paladar da maioria. Não é siste– matismo isto, em mim. E' do meu temperamento, do meu feitio, do meu espírito de justiça. S6 dou . palmas e só grito, "não pode !" nos casos cativeis. Nisto sou e sempre fui um emancipa:::o, e em matéria de crítica c·o3to de esmeuçar e cclocar as coisas den– tro do meu ponto •.le vist'.1, em relatividade com o dos criticado~. o que é de bom swso. Entretanto, nem sempre des– prezo as opiniões alheias e ja– ,. rnis me privo das mi:o:J.has peasoai:, I:s·êa de agora vai por ventura, vai sem dúvida irritar o tab;:i– qui<mo indigena·. l'orque eu Ini– cio por afirmar, tenho isto de min que Cz.rlos Gomes foi um granac brasileiro, e um grande artista italiano, aquela µr~r-ro– gativa deflt1.!ndo d~sta, ac.~!m mandam a lógica, a obse!'vaçEo e o senso crítico. que se veja. Não nos venham comroverter, d!zei1do que o Guarany g ópe,·a nacional. O poema ou libreto, é, sem dúvida extraído do romance de José de Alenc~,r,de ação b:·a– sileira, do tem::io da colcaizaçio, ·mas a musica que o reveste nada tem de brasileira nada ali existe ar,ancado ao nosso lide; n'i.o h:í um só motivo do folk-lore nacio– nal. Isso de barulho de floresta, com passaros co,ntando, beso•.n-o,; roncando, canaviais em c~v;os, etc., não é só de nossas floresta3, de nossas matas, é de todas, onde as existem e além disto não consti– tuem motivos musicas que ca1·ac– terizem os nossos gorgcios. as nos– rns :.01.'.:as, aq~ilo que forma o hó!'!SO Jtde, J'ep1t,o, ·.:::1.1>rr.:,;'ãa n,.. pn,sentativa do canci(m•ci::-o doe. povoE:, e!"!l .0uas bases. r:as d-2n1z..í...> partitunw ou compo3ição de 1cr;– ponsabilidade, do sinsis·ne me.,tro, mos do art. terceiro, paragrafo quarto, da Lei n. .42.3, de 13 de maio de 1896 o provento anual de vinte e qu::.tro mil cruzeiros 1ksc~fvão Leão: Desquite - Re- ten·o. querentes - Raimundo Alves dos ~ 0 oflci~, sob n. 1~, vindo ~ Santos Filho e Carmen dos Reis Soure - ~ndou Ju~_tar_ 8/4?S (Cr$ 24.000,00). S , 1 Santos _ Identico des- ~utos respectivos e dar crencia ao e i va mteressado. pa1~~m Embargos de terceiros _DIRETOR!~ DO FORUM - DEPARTAMENTO ESTADUAL Embarg'ante - Valdomlra Fer~ Du-_eto:-:. ~r. Joao Tertuliano d'.Al'- 1 me1da Lms. DE SA'UDE . nan~es Corrêa. Embargado - No requerimento de Sever·.,,. Despachos de ontem 1 Cassiano Valente - "Faça-se a . . . " . 1 •~ ·t - equerida para o dia 7 Fellmano da Silva - Vista ao ci açao r , . M. :t'úblico. . do corrente! às 16 hor~s, cientes Retific(l,çóes pedidas por AI.- os demais i~teress3:dos · fredo CordovU Pinto - Defé~ O sr. Orion Loureiro, dirder in– terino do Deparrnr.1ento Es~adual de Saúde proferiu ontem os se– guintes despachos , Idem. Açao ordmárla movida . pela firma Raimundo Amorim & rld as. Filhos contra Vasco Feijó Ma- 2.ª PRETORIA DO CIVEL - elas & Cia. - Mandou proceder Pretôr dr. Oscar da Cunha e à vistoria às 8 horas do dia 7 de Melo: · / maio p., feitas a sencessárias di- No requerimento. de L;mro Ba• Em oficios: l ligências. celar - "N. A. Conclurns". ~ . _ Escrivão interino S!l,mpaio: Es- Escrivão Pepes: Desp2jo. A. - J?o D.l!..C P~dmdo inspeçl!'.0. ~e pólio de Oscarina Cavalcante - Jaime Pazuelo. R ..;_ Jo:..na Lou– ~aude em Mana do Carmo Pmnei- "N. A. conclusos". reiro - Designou o di:l 10 d'e ro, Leonor Dias da Silva - Ao Idem idem de Manuel Santa maio entrante, às 10 horas. parà E!AMS. Rosa ....'... Mandou proceder à ar- a audiências de instrução e jul– --Do DEC pedindo medica– mentos pa,,ro. a3 i.Junas da Escola Reunida "l?rinces:i, Izabel" -· Ao Serviço de Mala.ria e Anti-Culex para remeter uma ambulancia. recação em dia e rora desigp.a- gamento, feitas as diligências de– dos pelo escrivão, com assistên- vidas. eia do órgão do M. Pública e do No requerimento de Bichara representante da Fazenda. Jacó - "N. A. Como requer". Idem. Tutela dos menores Amé- Icl.em, idem, de Manuel Perei- lia e João Henrique Valente de ra da Costa - "N. A. Cnnciusos". que conhecemos, quer de ouvi-las foi um grande e not,ãvel brasi– -"!n peda<;os extraídos para ban- leiro, que pelo seu tálento. pelos lias e orqestras, quer nas suas seüs pendores, sendo na Itália ·,.·;:!pre:centaçxes integrais não vis- considerado um "temperamento", ·· ,mi:Jramo,:; nada das nos~as can- foi ali um grande artista italiano tigas luso-brasileiras, afro-bra- da escola verdiana, talez o maior L:'.13 nossas canções. provincianas, di_scipulo do excelso compositor da a::las nossas canções provincianas, Aida e do Trovador, e não de coif:1s q.;e nos toquem a alma, e Meyeebeer, como disse alguem, nos a::;item os nervos. Duvidamos desconhecendo que Meyeebeer era qc;e i3W aconteça com Verdi, alemão, de acentuadâ tendência ·wagner, Gounod, Straus e ou- vagneriana, coisa que_ não se des– tro3 maiores· da batuta de qual- cobre em Gomes. A11às é sabido _ . " que depois que conheceu a Itália quer 1:,ai3 eu_ropeu nqu~ssimoJ pcuco viveu no Brasil, vindo por nos ~cu., lídes~~de q:ue s~ or 0 Ulham aqui furtivamente. à procura de todo" que nek~ se msprraram e os meios economicos de recurso::; ~.x~:01::,im pu~-~ º! ~eus povos . To: 1 com que podesse' regressar de ~~,,, I:;:-º v ~:~ 1,.ais ~e re~ita ª 1 ! novo a Milão, para lá retemperar– ~~rsa,,-.n su.,,-, obr~s _nr.orktes no~ se com o bom e generoso ch!antti mlC,7 0 de 3 ;ª 3 1?,,~1;nas. Op~ras, E.em sentir aquele calor matinal ~i,~~~~ b11f..,s, so,.a.a1, cavatm~_s, que o garçon do Chie fazia-o ..;a1 c.~s t,udo s~ rech~ra. de moei- !':'.!portar com os calices do Porto o~ r,opt:!::ires ae determmadas ~e- Velho, sorvido às doses, naquele g1ue;,. O no:so Gomes gemai, gmanhecer deste tropico abrasa– que tar.to mereceu do Imperad01·, dor. o nosso Gome;, envolvido nos Poi num momento de aperturas cr:;eiJ, crivado de dividas, de compromissos, que êle . de novo lembrou-se do Pará, onde em :832 passara um bom pedaço de vida. Houve demarches, neste se:Htido. Precisavam-se de 17 mil libras e ·o governo do Estado ne– rrou-se a fornecer-lhas. alegando que o congresso níí.o estava fun– cionando e que no orçamento ~ mesmo no tesouro não havia ver– ta onde arrancar-se tão vuituosa qt:antia, ua:quela époaa. meios u.rtü,ticos da Itilia, era um dBsamtl~ntado do Btasil, quan– do com o sea talento e poszibi– lida_d8&, pd;;ria ter sid um pr.:;– Pátrh, IJf...sic!l. e::;tranl'!a, pas.,o re– v,:-ln: icn:,tio na múslca do conti– neI!te rn:ormadc,, fo:-te, petulan– te e Qeci3ivo de arte r..ova, neste mundo Eovo. Pode ser -que nos Ge:ls r,rirr.ord:os haja c•m1posto tuYi3- p;·ecarias polcas e valsas para a b::,,nda de que Eeu genitor era r.:1.estrz, em C:.1.mpinas e .e.a qual Comes tocava calrineta. Pode ser. Por,~r:1 : .c1d0 c:..;t5,o essas hu– milde3 com::osi,;5-.:s ? r:;_;:ondidas no:; rü••--:~· .ro-~, por acaso, co1... <1 ver– gonL2. do Gt:arany ? E~rns coi::::is, certamente, lhe 1~'"":i t'.cra.• 1 rcncm:.c. A sua fama c;·eüa- ::e no tzt:i.·a:-:i:::reiro, na Itá– l;a, particularicJ.<õnte, volvendo êle d" l<• e ··-i ,, ,t••:.~,•~ l::uga 0 em do C¾ua;anY~- S;lv~c;;;uRo;a, Êscravo, Cdaléa, Foõca, ett.. Parece, êlc tinha acanlm,nento dos s-eus pri– meil'Os pasrn.~, daqueles do com– pon!sta que cntu.das!;;CU - e im– pressionou a Córte, ui1tes da ·rea– lizaçiío do seu doiro.do sonho de aperfeiçoamento ns tJerrs à 1:crte. l. ·o. CJÚ~ c,o expo.: to, que tudo i~t J t./.j..; ~1.~·~1.Ft d:: :..v f:.cjo &. nc:_;– sa opiniao de c.ue C:.rlos Gemes O Senador Antonio Lemos, gJ,J.e era o Int~ndente de Bekri-1 e Juh– to ao qual, de há muito ainií';;O(d e admiradores de Goni.~s . r{e • (lmpe– nhavam, resolveu fâe.llíüe!iji) 0 caso, lançando em càri)~ P•uH.– no de Brito, Lecinio . Sih(~ e A:µ– tonio :M~rques de Ca1 ·vp.ll :io. eçi:n o seu p'restigio e as suâ;s a!'l1i8ª,– des no 1,ié)io comercitil censég.úiu arranjar a d!nheirámà e ni.anãou fazer o saque de 20 mil libras, para Milão e d'ali Gomes em– barcou- rumo do Pará.. Aqui o senador fez-lhe a mais carinhosa acolhida, deu-lhe ge– nerosa assistência, acompanhan– do-p de perto, pessoalmente e tudo empenhanq.o .para que nada lhe faltasse. Não significa este amparo dizer-se .que os poderes púiJlicos do Estado não cooperas- sem nessas atitudes mecanicas do grande Prefeito. Em cronicas n' A PROVINCIA DO PARA, Paulino de Brito áei– xou tudo isto bem esclareci:lo e patente, com os testemnho., de gente ido:nea, coparte na açE.o J e Lemos, intermediários todos nos favores e larguesas dele ao que– rido artista. Gomes e Lemos afeiçoaram-se um ao outro, profundamente, es– tabelecendo-se entre eles i:lti:na aproximação e afinidades, : :::.1do o maestro um comensal dii'.rio ua vivenda Lemos, professor de ceuõ filhos Ierecê e Tibira, que, ~c~~1;1- do afirmam, eram duas autenti– cas inclinações artistlcus. A viúva do imortal De! An,,elis, sabedora do que Lemos L:::~t', por Gomes, conhecedora C:J, ~L·me amisade que os unla, cLi:::>., '.3• ta assentuada para u L •. · :ia, na oferta que fez a An~c;:,: . l..·3- mos', em vez de o fa,;e:· ::.o c~tflo governador, na celebre r:10,, :~. .i. de gesso que seu mai:id0 ti ___~: de Carlos Gomes, no leiw i: _ . ~::á– rlo, preciosidade hoje .::,~:,,: :.::da com ciumes e zelus ncl~ :-~-:::.t:~-e– rial Sociedade Artistk.:, h1:·:1 ~= ise, a quem Lemos confiou e::·1 l'icta e::sa guarda de honra, q;_i~ lie tinha a certeza ser guarida de gente capaz, hom.ens de dso e vergonha. do que têm dado pro– vas irrecusáveis. Não vale citar, textualmente, a., afirmativas de Paulino de Brito. Elias são de ontem. e estiio na m'emor!a de todos, jarr.ai: , con– o<:Jtadas. Elas sii.0 a justtça fêi• t!l a Antonio Lemos. agura cs– queciC:o ingratamente ou ta;vez r,cr inespiicável pusilanlmidadê, i!,grat!dão injustiflcá·;el. tanto 1r.àis cjúe :ülenciaram o seu nome, t.i:rcendó-se, mutilando-se uma. histôtfa d"os nossos dias, não sa– beµios. nem indagamos com q\Íe subalternos intentos. O senador Antonio José de Le:– mos foi assim, podemos afirmãr e repet\1', o verdadeiro e princi'• pal íator da vinda de Carlos 06- mea para • Fará.. E' ·isto que is gerações atuais, ludibriadas pe!o mercenarismo hlstorico, precisam saber, sem mistificações, sem em·– bromações, dentro da verdade e da justiça mais rigorozas,

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