A Provincia do Pará de 28 de junho de 1947

tame11to ao par, vencenao Ju– ros anuais de 8 por cento, res– gataveis r,o prazo de 20 anos, por aortelo l!lemes 1 ,ral. Artig,, segundo Fica tambem o municipio au– torizado, se preferir, a contrair cor1 estabele,iimento nacional de crerilto, uma operação parcial ou total até o limite de 90 milhões de cruzc·l_ros, aos juros de 8 por cento, pe;n p.·azo de 20 anos, res– p tnvel mediante amortizações se– mest.rais Paragr:1fo unko - A o– perr.ção de q.ie trata este artigo aerá gamntida pela caução de a– ~ llces emitida!! de conformida– de cc,m o art!;o primeirc,. APOIO DO PRESIDENTE Dt-1111a forma, o general Dutra det• uma elor,uente demonetra.ção de paoio ao prefeito Gabriel Pe– dro Moarlr, aprovando !!eus planos para iniciar llm período de fecun– da., realh:ações, como ainda cYJ• segui-ou ao govt!mo do sr. Val– ter Job 1 m u:.na gestão brilhante, como r~spon~avel que e, perante o povo, pela demonstração plluli– ca do Estado ·Pedemas ainda in– formar c._ue, uo mesmo expedien– te, foi tambem aprovado o pll,re– cc: da Ccmissão relativo ao au– mento dos depositas estaduais, fi– xando em 3 por cento os impos– tos de '\lenda: e consignações, o– bedecendo ao plano elaborado pe– lo ec-cretar!o da Fazenda e àue tol ampl!!mente divulgado pela nos.&a reportagelT'. Está, portanto, o !J'iverno do Estado aparelhado para iniciar 1:111a tarefa de sanear 5\ll!.6 fill&nças, como tarn.bem para asa 1g1.m1r a expansão de l!Ua pro– cfl!~o. i';tivo·--da cidade são 03 assun os que tomaram vulto, nas últimas horss. Ao contrario do que os ma– tutinos not1ctarani, o presidente da Assembléia. do Cee.rá. ;ião pediu intervenção federal para o seu Estaclo ,nem tampouco será suJ?s– tituida á emer.da do sr. Melo Via– na pela do sr. Valdemar Pedrosa. E' certo que o substitutivo do re– presentante mineiro cairá, mas is– !lO na c amara dos Deputadas. e não ·no Sena.do. Quanto a.o "caso" cearense, a Intervenção acaba de ser pedida attora, cerca de nove hora!$, pelo TRE do Ceará, na con– formidade da lei. o presidente da Assembléia estava . procurando criar a confU3ãO com os telegra– mag que ontem dirigiu ao procura– dor geral (ia Republica e ao Su– premo Tribur,al Federal. Os re– glmentallst-.s do Sena.cio discu– tem se a. emenda Melo Viana pó– de ~er modificada "in eJSentia" ou e.per.as sotrer alteraçoes de or– dem redacionf!l. A imp1·essão do– minente é de que vingará a se– gunda hlpotese, de vez: que dita emenda já foi dtfinitivamente a– provada. surr.em opiniões favora– veis a uma interpretação 1µen<?5 ri- · gorosa do regimento, apr.ove1tan• do-se a faculdade de alterar a forma -:la emtnda para fins pro– funaos e que chegam, até, à su– bstancia da ma.teria. De um modo ou de outro. t em-se como certo que alguns pontos ser!i.o mod~fi– cad<1F, na prcxima isegunda-fe1ra, tnc'usivl o q!le diz respeito aos 2 terço! do Senado, para aprecia– ção dos votos SUBSTITUIRA' O SR. V.'\LADARES go RIO, 27 (M.) - Ainda não foi fixada a nova comissão dire- Preso o secretário .• tora do PSD mineiro .Todavia po- demos informar que a at1a escolha g eral do PC americano deverá ocorrer por ocasião da pro– mulgação da nova cons~ituição de WASmNOTON, 27 (R) - o aecre- Minas, quanclo a bancada esta– titio geral do Partido Comunlsta. d~ dual do partido e seus atuais di• Eetados Unidos, sr. Eugene Denis, toi rigentes, deverão encontrar-se e!ll c11nduzldo algemado e sob escolta, BelJ Horizonte. Quanto ao aubs– do reelri.to da Cõrte Federal para a tituto dó sr. Benedito Valadares eob a acusaçlo de deiiobedlencla a.o à presidencia. a escolha da comis– prlaão, depois de ter sido condenado, são parece ter recaido sobre o Congre!llo, • pena dl! um ano de sr. Martins Soares, que recente– carcere e multe. de mil cl.olares, griu mente esteve aquf conferenciando 11,axlmo previsto para tais c\\sos. De- com os proceres pes~edistas sobre nls :fol acusado de nio compareci- a pa.clficação de, seu partido no :mento perantl! a. C!m.ara. dos Repre• estado. Além do mais fiCO\l esta- 1RUta.ntea, aflm de prestar depol• bele~ido que a comissão diretora mento á comissão de atividades an• do PSD .de MinaE. deve ser cons– tl-11,merlcanas. titu!da pt>lo menos da maioria das figuras residentes em Mina.,; Ge– Grandes incendios em Niteroi N:ITEROI, 27 (M.) - Violento in– cêndio Irrompeu, na madrugada de }:e>je, em um estabelecimento de ta. 1enda11 desta capital. As che.ma11 pro– pagaram-se rapidamente, ajudadas ];'€'la falta dagua e porque encontrs.s– fl' m material de 1aell combustão. Rapidamente o togo ameaçou de– Vbstar todo o quarteirão e as conse– quências do incêndio nl!.o . toram n:.aiores graça.s t ação energlca dos bombeiros. As chamas destruJ.ram va. :los estabelecimentos com.ereiais, sen– do elevadlss!mos os preJu!21os. Entrará para um mosteiro o alm. Dargelieu PARIS, 27 (R) - O almlnnte Thierry Dargenlleu, organizador das torças navais francesas llvres, duran– \e a guerra e que, at6 pouco tempo, '3sempenhou as funções de alto i:'I• ':llverá entrar para um mosteiro, CO· }l.lssário da França. na Indo China, :n-o monge carmelita, a 16 de Julho vindouro. A vide. mona.st !ca não constitui novidade para o almirante, de ve:a que já exercitou-a, antes da guerra, também na comunidade de carmelita.. ral-. :Falando-no::- à ,..:speito da situação pelitica de :Mln!).s em fa– ce da paclfir;ação do f'SD. uma das tiguras de maior destll,CJUe da ala até agora dissidente, decla– rou -nos não haYer m•)tlvos pa– rá. alarmes, aere~cntando: "Todos os compromi.ssos serão mantidos me:.;:no porquu o apoio ao gove~– no Milton Campo'! foi uma condi– ção para o liCOrdo à que chega– mo&, e assim •1 coHgaçã.o não pode– rá nofrer alt111·ações, e .:ipenas se– rã ampliada, desde que o gov.:ir– no dn estàdo passará a contar com o- ap,io d~ todo o PSD, e não mais àpen11.s de uma das suas alas". EXITO NAS CONVERSAÇOES . RrO, 27 (M > - Encerraram-se as conversaçéífs que e11te.vam sen– do mantidas pelas ·dua:,.; alas do PSD .mtneiro em torno da recom– :posi..-;ão do partido no estado. Se– gur.rlo estamos in:forn.•ados, es– sas conversações forarr. conclui– r.as com pleno ex!to, dependendo apen.as da r -lUmão d~. comis!ião diretora do t- SD de Minas. Por essa oc~slão deverão ser fixados definitivamente as bast~ que le– varii.o a chamada dissidtnc1a che- 1iada pelo senador Melo Viana, a reintegrar-se nv partido, do qual se atasta.ra por ·ocasião do episo• dldo da conv'!nação de Belo Ho– rfaunte, para apoiat a candidatu– ra Milton Campos em oposição à Bias Fortes. Na reunião, rea– lizada wb á presidtncia do sr. :Mele Viaua, os delegados das duas ret unice. s1r .c.umunu .nau Patteh, saiu da oonferenc~ à hora mencionada e disse aos jor– nalistas: "Jurei guardar ·segredo Não lhes posso dizer nada". A is– terrogação sobre se estava oti– lllir,ta, respondeu : Stmpre sou otimista". A delegação soviética, chefiad11, per Molotov, abandonou a sala cinco minutos depois do fim da reunião. O grupo, composto de nove pessoas, abandonou o pre– dio em solido bloco, sem con– versar com os presentes, isendo geral o ar de precaução. Entra– ram nos autompveis que espera• vam à saída e, liderados pelo vei– culo de Molotov, sairam para seus hoteis. O secret{Lrio do Exterior Brita– nico, Bevin, partiu dez minutos depois do fim d!J, primeira ses– são. Ao pé da escadaria, o jor– nalista perguntou-lhe se era cer– to que celebrariam domingo a conferencia com os jornalistas. "Mas que imaginação tem o se– nhor". ·Lamento muito não po– der dizer-lhe n ada". rei!pondeu Bevin, SIGILO PARIS, 27 (R) - Os ministros do Exterior dos três grandes de. c1diram, esta tarde, manter o mais estrito segredo quanto às conversações sobre o chamado plano Marshall, de auxlllo econo– mlco à. Europa. Essa decisão :foi adotada na primeira reunião que os três estadistas celebraram, 110 ministério do Exterior da :Fran– ça, pouco depcis das 5 horas da tarde. Como resultado da medida, um porta voz francês declarou que, depois das conversações hoje e contrariamente ao que fôra pre– visto, não haverá a conferencia com os jornalistas. Entretanto, O Papa recebeu a sra. Peron OIDADE DO VATICANO, 27 (R.) ~ o Papa receu, hoje, Eva P~ron, em o.udlencle. privada, que durou mele. bora. o Santo Padre ofereceu à se– nhora do presidente da Argentina, •Jma. meda.lha de ouro comemorativa do seu pontificado Importação livre de ferramentas BUENOS AIRES, 27 (R.) - O go– nlr110 resolveu permitir que os ramos e.rgentlnos de duas companhias ltal!a– r.as dé construção Importem ferra– 'llentss e equipamentos "pn.ra realizar importantes obras de !nter~sse na– c1onal". Engenheiros técnicos espee!e.lizados uo total de dez mil homens, tambem t,.:ão licença pare. vir à. Argentina para tomar parte nessas obras Essa. companhia poderá Igualmente !me pcrtar maquinismos de veiculos mo– tcrlzados, etc., sem pagamento de c'-lreltos àlfandegé.rlos linedlati,,men– te. Esses direitos, entretanto, deve– tão ser pagos dentro de cinco anos. Bordejando ao largo de Alexander Bay s. LUIZ (Terra, Nova). 27 (R) - o traneatlantlco "Ole.nco.s", está bor– dejando e.o larf:o de Alexander Bay, aHm de evacuar, caso seja necessário o,, habitantes deeea área, ameaçados )?elos sti.antescoe Incêndios que estão éestrulndo as florestas locais. Urgente apelo ern pról de auxlllo, 10I feito c".ltem pela população local. e fogo tre.µ.spôs rios ,i está devas– tando florestas secularea sou •:se, em 1onte uueargna, que l Bidault insistirá no sentido de que todos os pa!ses europeus, alladoi, ou neutros ou ainda ex– inimigos, com exceção da Espa– nha franquista, sejam incluídos nos beneficias do plano de auxi- - a QetSP'Cl i-c,:;;v:u·.1.•::u. .1.t,,1; - ção de urgencla - com que se desenvolvem as r.onclusc'ies dos respéetvlos trabalhos, fl:Jll· de.rpenta.ndo novas tabelas ih espécie. lio economico à Europa. -----~...- ---~-- O sr. sâmuel Duarte, declarando abe1 ta a sessão, disse que a pre– sença do sr. Videla, na Camara, dava ensejo a um contacto com o estadista que, conhece,:,do o país, traz, do Chile, mensagens de cor– dialidades e simpatia. O goTJernante chileno fez-se a– companhar d:l° dois parlamentares: o 11e.1ador Gustavo Rlvl'lra e o de– putado Fernand•, Mà!a. Acredita-se que Bid11,ult tente levar iio ânimo de seus colegas a necessidade de agirem, com a maxima presteza, de modo que os trê$ ministros po6$am infor– mar, até setembro, sobre· as ne– ce1sidades e os recursos da Eu– ropa. Além do mais, o mlnistro francês solicitará a constituição imediata de cinco c01.úss.ões, para estudarem os seguintes aspectos economicos : agrieola, carvão e energia eletriea, transportes, ma– tériàs :primas e finanças. RECRIMINADA.S AUTORIDADES DA UNIÃO P.c,sse~;.indo em sua o:ação, dis– se o 11r. Duar,e que sent:a-se hon– rad•J em dec!.arar aberta a sessão em oue se prestava M homena– geni; do povo brasileiro para com o povo cb!lenr.,. A i;eguir, deu a r-a– lavra ao sr. Jusrelino Ku!bisti– check, para saudar o SI'. Videla, O PRIMEIRO A CHEGAR PARIS, 27 (R) - Bevin foi o primeiro a chegar, hóje, às 14,55, ao Ministério dos Estrangeiros da França, afim de tomar parte nas conversações sobre o plano Mar– shall, de auxilio à Europa.. DeYl minutos depois chegava Molotov, em companhia dos técnicos w– viéticos. O juiz da 2.ª Vara da Fazenda do Distrito Federal condenou a linguagem de altos funcionários da União A PALAVRA DO ORADOR OFICIAL O orador otic!ai enalteou o po– vo que, pela sua origem comum trill:ou '.::•tminhos paralelos, ao for– jadcr sua nacionalidade. Desco– bertns ao me,,mo tempo, indpeen~ dentes em dar.as idnet!cas o Bra– sil t: o Chile jamais conheceram estremecirlamente em suas rela– ções A Nação tem a honra excel– sa de hospedar o presidente chile– no e orgulha-se de sustentar, em sua evollição jm·ldlca, uma linha invr:riavPl, no que toca ao direi– to interna.cional e decidido empe– nho de estre~tar, sempre, os la– ços de co11fiança que unem os po– vos dos países americanos. A men– sagem de fraternidade que o pre• side:1te Videla traz ao Brasil mar– cará uma etapa, fulmurando na politica i;ecuhrmente seguida pe– las imssas patrias, cuja ligação a– centuou. Terminou dizendo que, dentro de sua trajetor!& histori- Ao subir as escadarias Bevin ti. nha um ar carrancudo. Acompa– nhavam-no Duff COoper, o em– baixador da Inglaterra na Fran– ça e Edmundo Hall Patch, prin– cipal técnico em economia, do Foreign Office.. As portas do sa– lão "Papagaio", onde se realiza– ram as conversações, fecharam– se tão logo os três estadistas ali penetraram, com seus conselhei~ ros. Eram precisamente 17,09 ho– ras. Iniciava-se. assimt a primei• ra fase para a "salvaçao" da Eu– ropa, :RIO, 27 (M) - Perante a $e1,<crtda vara da l"aze11,da, a Calice. Economi– ce. do Rio de Janeiro acionou a Uni– ,i.o, a.fim de anular o ato administra– tivo emanado da Camarll, de Re11,Jus– tam.ento :icconomlco man!!estand,:,-sa no proce!So relacionado ao requeri. mento de umil tlrma daqui. A. auto– ra era credora hipotecaria e, ~abcdora de atos. irregu~res, por parte da firma A. Sousa & Ola., a tntere< 1se.da. denunciou-a à. Ca.mara e este. ·ne– nhuma :i,rovldencla tomou, pe.ra r~– c,uzlr seu crMltp hipotecário de (l,ontinpa. na 1eganda pag , ------------------- APOLITICA EXTERNA DO SR. STASSEN Dorothy THOMPSON (Copyright dos l)làr1os ~lados) NOVA YORl{, via rádio. Ore!o que o $1". stassen fez sugestões muito in– teressantes no seu discurso de Je:fferson, Iowa. O que êle propôs foi mai:,; ou menos uma ressurrreição da lei de empréstimo e arrendamento, para paga– mento em matérias primas de que os Estados Uni– dos precisam enormemente. Propôs. êle que 10% da produção americana, discrimin!l.damente escolhidas sejam reservados para esse fim. Essa proporção não é abso_11;1tamente exor– bitante. Coin mais ordem e estab1l1dade, a no-ssa economia poderia dispor disso sem o menor incon– veniente para nós. Ao contrário, se não exportar– mos os nossos produto!; nessa proporção, não tarda– remos aver-nos em má situação aqui na América. Vivemos num mundo que necessita de capital para começar de novo e de mercadorias de consu– mo para que as populações· possam trabalhar. Há necessidade também das duas coisas combinadas para restaurar o funcionamento da economia de Estados europeus e asiáticos, afim de lançar os alicerces de uma volta ao comércio normal. No mo– mento, as nações precisam de ~ercadorlas e merc.i.– dorias norte-americanas. Precisamos de uma pro– dução mais intensa e mais rápida. A Inglaterra dispõe de dólares pa.r'.l comprar maquinário de que urgentemente precisa em suas minas. Mas, infe– lizmente, por mais dois ou três .11,nos não teremos equipamento mineiro para vender. ••• o sr. Stassen, é um lider polftico, e, como tal, precisa de considerar os argumentos que apresenta– rá ao Congresso e dos quaii depende o êxito de qualquer programa. Há, no entanto, algumas frases que eu desejll,I'ia que evitassem mais, como, a de "detenhamos o comunismo". Creio .que ainda so– fremos de uns restos malignos da atitude "anti": "anti-fascista, anti-nazistas, anti-11emita e assim por diante. Como estou convenclda de que o co– munismo não passa de um derradeiro abrigo da. ban carrôtit e do desespêro, acho que para "determos o comunismo" precisamos de empregar a inteligência, o coração, precisamos vestir uma armadura de prin- • • • cipios morais, criando humanidade e convicção de que somos sempre adversá.rios da iUerra. Nem sempre agradaremos aos lideres de outro:; E,tados ao lutar por essas convicções. Mas consi– derações dessa ordem não nos deverão preocupar, :.e mantivermos os olhos no objetivo e guardarmos a pureza de nossas intenções. Disse Confúcio: "Uo1 cavalheiro não tem preocupações e não tem medo. Com que se preocupar ou que temer se pode olhar para dentro de si mesmo e ver que agiu correta– mente?" Os Estados Unidos só se preocupam e duvid'.l.m por não estarem certos ae agir corretamente. Eu me declaro inteiramente pela "cooperação", desde que a razão e a moral não indicarem que estamos cooperando com o mal ou a insensatez e não ape– na:s com o comunismo. Na minha opinião, por exemplo, o comunismo não é um sinônimo da dis– persão de populações ou do desrespeito a frontei– ras há muito estabelecidas. CoisaJ assim estão em confotmidade com o comunismo como com a Carta do Atlântico. Os Sovietes têm muitas vezm; agido contra os seus próprios principias. . , .. 'l'ambém não posso concordar com o sr. Stassen em que o carvão do Ruhr, assunto que êle coloca bem alto na lista das :prioridades com muita razão, deva ser abandonado à propriedade privada. Pa– rece-me que a propriedade mista, de base coopera~ tiva, seria melhor. O Ruhr, sendo a bacia carbo– nífera da Alemanha ,da França, da Itália e de muitos outros pequeno~'Estados, deve, na minha opinião, ser poesuido prr.· um condominio desses Eis– tados. Isso seria feito de acordo com principies co– operativos, baseado na qua·i1tidad.:) de carvão que cada um deles normalmer.~e recebe daquela área. A participação de u'::t minoria particular podia se.r estimulada, criando assim. um sistema misto, nem socialista nem capitallsta/ mas uma combinação in– ternacional efiqiente e cooperativa. ••• Se oferecermos à liberdade, ao humanismo t à. Iniciativa, uma opo:.j unidaçie de trabalharem para o bem estar internMiOnal, penso que nada teremos que recear do comunism1>. ca, e Bmsil permanecerá fiel à ~ondenação dos processos de v!o– h:'lcia e 11'\ re~sonancla •ias aspira– Çô.?s que fempre noi, vincularam ao C1 1 llr. pros..~eeulremos, junto,;( a rota do rt>rnelto 2.os elevados obje– t!Yos de aprovimação continental. A segui:·, ocapou a tri..iuna. o de– putado Ferna•rdo Maia, que reafir– rnou os nrctestos le estima que 110s t~nem ·e sempre nos únlrão, para gra11deza das Amerlcas onde ja– ma i!'< será arrefec.ido o sentimen– to da verdadeira democracia. FALA O PTE. VARELA Falou, então, o presidente do Chln~, que depoit de agradecer a recepção que tivera na Camara dos Deputado<., dlsse que ao trans– por os humbr:üs da Casa, sentiu– se feliz ao divisar, em bronze e pedra, um d.:is nos!!OS rr:aie ardo– roso idcR'.!sta,~: Eilva Xavier. Ti– radentes sí está 1,empre, não como mor.umenta ,:iu adorno, senão co– mo lembran<,a permanente dos martlrios que os homens devem enfrentar na defesa dos sem; ideais, pelos -;;uai& devemos dar a propria vida, quando necessario. Está pl'esente a sombra de Ti– radi:-ntes, porque r- na Camara. dos DeputarJoll onde luta dos princi– pies se me.nifesta com ma.ior ardor e p~\xão, proprlos e natura.is áque– les que defet\dem doutrinas que conilderem a..s melhores. Conhe– ce as lutas particarias_, porque ,1i– veu num ambiente de tumulto, no Parlamento. .\ vida pólit~ca. de um povo tem de ser assim e não po– der-se-la alcantar a d,mocracia se o combate às doutrinas se rea~ llza.;se ,·om a3 mais simples liber. d :icl.eb . Sabe havr,r espiritos para os iiUals essa liberdade não é gra~ to e buscam just!ficattvas para re– pudiarem um sistema de governo que ctemonstra, etravéa da histo– ria, ser o mais justo. O QUE REPRESE TA A Df:MOCRACIA Esquecem-se que a democracia não é 11omente um sistema de go– verno para os povos, mas a f!lo– sofi:l. otimista da. vida. O regime democratieo r.m nada estrova o cam.:nho dos povos, Todos têm iguais pc-ss!bE!dades quando, pe– lo ,1:iminho reto do acatamento às lei11 ,busm:m nma forma de se dis– tin~nirem e -:Je adquirfrem direi– tos e alcançarem as mais altas si– tuações que roda repllblica reser. va nara o melhor dos i:cus filhos. Sabe, atr11.vés da .historia, que o Parlam(mto bras!leiro tem sido o centro do11: m 'J.is ardente!< debates, mas sate. tambem, que no curso deles. tem prlm:i.do umr, só idéia orientadora: o bem do Bra1;!l, o progresso ãas !nst1tuições jurid!.:ai;, Sente-se identificado com estes ideais, porql.le o bem o Bra1!1l é o bem da su.. patria e o bem de toda a Amerlca. Tetminou dizen– do que unia -se :ws representan– tes do povo brasileiro em seus a– nhelos unia-se por torr.ar m:1,ior e mais feliz r.. grande Pú.tria, que está unida ao Chile por laços se– culares. AG.RADECIMENTOS Autes de encerrar a i;olenidade, o sr Samuel Duarte qµe, havend,o sido bem defendido os sf'ntimentos dos brasileiror para com o pre– sic\ente do Ct1ile, desejava assina– lar a presença do mlnist,ro do Ex– terior daque1e país, que tambem era digno de homenagens. E ex– primiu os agrndecimentos dos mi– nistros de e;,tado e das familias brasmer.;,s que ali se achavam presentes. A sesão encerrou-se, às 17,10 ho– ra.a estnn:.ur0-., CUtl3l:•ltiUVll~•-U.1, U'.L.U nado de tão profunda influencia quanto o do Brasil, bem como um a vida por demal11 bcnefica ao5 destinos democrático11: da Amerina, Porque, brasileiros, fostes repu• bl!canos antes que a palovra Re• pública ose incoTpora,Me ao b xto da vossa Carta fundamental. F OI • tes no Império, como (jiss:i um mestre, "uma democr_acb c:iroa– da" e era verdade. Foi no Sena.ão brasileiro, ao tempo do p:imeh'O e do segundo reinado, que alvore. ceram os principior, do que, mais tarde, ia ser a grande República que hoje é o orgulho da América. PENSA:M.ENTOS ELJNADOS NOS DEBATES Juristas, pensad::.>res e interna– cionalistas ocuparam as banca– das desta alta Câmara, onde pe - rece que sua pre15e1:ça se tor– nou permanente, porque haveis conduzido os debates sempre nor– teados pelos mais nobres e ele– vado;; pensamentos. Talve.r; ainda se encontre aqui a resaonanch das vozes de um Silveira Martins ou de um Quintlno Bocali.v,1 que, nos dias do Império, for~m os mentores dos interesses da 1'-,a– ção. Talvez hoje possamos ouvir, ressoando neste ambiente, as vo– zes de homens tão eminentes co– mo Rui Barbosa, cujo nome e cuja gloria cobrem, unindo-os, o Império e a República. e as pro– jeta. até hoje, C!Omo uma dU vidas mais exemplares d:i pQ)itl.. co e ele estadista. Como n:ào bel de :sentir-me comovido, ao en• contrar-me neste recinto, em melo às recordações desses vultos emt– nientes e de vôs, que 1011 OI oontinuadores de um trabalhO sem tregua, em pról do bem d& Repllblica. Dá alento à m1nha. voz a segurança, que tenh<>, ü representar. aqui, o sentimentn fraternal do povo do Chile para eom o Brasil, e o afeto com llut, na minha pátria, se encara cada um dos vossos esforços, em prol d& continuidade do sistema detnl>-' crático neste pais, onde se pto• curam dominar as d1ficuld11,dea economicas e financeiras em que se debate o mundo de após guer– ra. Sou p<Jrtador desse,.. ~entt– mentos e podeis acreditar, senho– res senadores, que meu po.ie, olhando com orgulho seu Parlà– mento, porque ali está repre:;en.. tada, autenticamente, a vontade e a cultura do povo brasUeiTO, ao assistir, dia a dia, o vosro e&• forço para dota-Ia de leis e re• .soluções reclamadas por seu5 pro- blemas. Nifo é, talvez, fóra de propósito, dizer, '.lesta opo~tuni~ dade, quão transcendente é a mlsr;ão que compet~ ao Sen'ldo, na organizaç~o constitucional de um país. Nele têm assento OS homens mais eminentes, aqueles que a República assinala como de maior capacidade e pcnde:·ação, em seus conceitos e lhes ent:·ega, em ultima instancia, o preparo das Jeis que trarão o bem estar da coletividade. SINTESE DA DEMOCRACIA O Senado de uma República 6 a sintese da mais elevada demo– cracia. Não desaparece, de seus homens a força dos ideais, nem a energia das convicções doutri– narias só amenizadas pela sere– nidadi e pela experiencia dos a~ nos. o Senado de uma Repú– blica é o supremo guardião de suas virtudes clvicas e é ele que, melh'..lr do que ninguem, póde ccm– tribuir com os atw dos homens que o inregram, _Para a elevação ou a ruína do sistema democrá– tico republicano de governo. Gran. de parte da humanidade tem vi– vido os ultimas anos, indiiecente a estes conceitos. As consequen– cias de tão lamentavcl esqueci– mento fizeram o mundo ~ane;rnr e deixaram, como unica rE corda• .<Oontinúa na 2ª pai.)

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