A Provincia do Pará de 20 de junho de 1947

• lra, 20 de junho de 1947 A PROV:tNCIA DO PA R A I u BE ,,;-.e,,_ ·a ~ seu,. limpos e engoma,dos uniformes, os ,w,1.0s de notas sob o braço, estavam paradas ira esqui– ,,:/or uma destas felizes coincidências. estav. • ;anela. Eram -,pito, e eram lindas. Uma, devo ~clarecer-vos, era bela e, por • mesmo, mereceu .ninhas maiores e ·nais cuidadosas atenções. C R $ 2 O~ OO --j Lanternas de metal - 2 eiementcis 1 Campos Sales,· 13 ! ---·~! M.PR DO s 'inha os cabelos castanhos e, ora viva, tinha os olhos castanlws também que, mesmo à distância, eu sei perfeitamente fazer a di– ferença entre as diversas côres. Mais de uma vez vos disse e, nesta hora, volto a confessá-lo, as colegiais em flôr são o meu fraco, Há quem prefira uisque, há quem goste mais de banhos de mar, exis– tem equeles que dão a vida por um jogo de Xfdrez. Eu, de minha parte. prefiro as colegiais tagarelas e se são belas, mato-me por elas. Basta que o exijam para que eu aja e invista contra gigantes e fantasmas. Outros há capazes até de atirar-se no oceano, per– didos de a~or por senhoras de adiantada -idade. A estes, o meu honesto desprezo, jamais me preocuparei com suas atitudes nem cam Precisam-se de 2 serventes no Hospital "São Sebastião" - Ordenado, 250,00. o má·i• gosto com que as dotaram os poderosos. Eu de mim, sou francamente pelas colegiais. Lembro-me do pcssimo estudante que fui e de minha ogerisa pelas aulas. Minha carteira conhecia-me apenas pela época de provas e pa.ra os professores, somente meu nome, através dos livros de cha– mada, era conhecido. Em compensação, adorava minhas colegas e elas correspondiam-me preparando-me a salvadora "cola", que, no minimo, sempre me proporcionava, um seis ou um sete, o bas– tante para pasrar no fim do ano e conquistar a outra série com uma invejavel colocação. Se me perg1,i,ntariles pelos seus nomes, la– mento dizer-vos que não me lembro. Mas lembro-me perfeitamente de seus sorrisos, lembro-me especialmente de uma que possuía uma covtivz,a no queixo que era um encanto. Pondo de lado lembranças do tempo já morto, volto a falar das três colegiais e, sobretudo, do olhar que uma delas me ofereceu. Ah, se eu fosse pintor passaria o resto da vida pintando aqueles olhos, ti!queles olhos castanlws, que eram os olhos do amor. Algum dia es– creverei madrigais para aqueles olhos, longos poemas, cujos versos nascerão no futuro. Senti-me, repentinamente, um audaz guerretro, mn trovador nomade, um .•. não, não, eu vos dou a palavra de honra - que não cheguei ao ponto de me compa.rar a um sapo diante de uma estrela. Isto não. Em primeiro lugar, em nada sou parecido com um sa,,o, muito embora humana.~ figuras existam em tudo semelhantes aos irmãos batraquios. Em segundo lugar se eu me di– rfgz~se à bela colegial, falar-lhe..-ta com a linguagem d.os deuses, mui– to diferente do coaxar dos sr:t-Jjl/tJ. Quanto .:z ela poderei dizer-vos que era ,·ealmente uma e.o.frela. Estrela. que jamais se apagará. Mais fac:l será iorn:;t-se real.mente <> Fol frio. Estrela que guia naufra– gas perdidos, estrela de Natal, enfim_. estrela, estrela. Era uma bela colegial entre duas lindas colegiais. Estavam na eBfJui'lia, eu estava à ianela. - M. ANIVERSARIOS Sr. COR.ru :A PINTO - Re– gista a data de hoje a pa~em do aniversário natalício do sr. .Arrnando Corrêa· Pinto, pe1·ten– cel1te ao ulto comércio e presi– dente da Fenix Caixeral Parae.n– se, na direção da qual vem se por– t r.ndo com devotamento e ficiên– cla, o que t~m ocasionado suas 1;'ucessivas reeleições para esse cargo. O transcurso de sua data na– taliciu, dará ao sr. Corrêa. Pin– to a oportunidade de receber as homenagens de que se tornou merecedol·. CLEIDE - Faz anos hoje a me– nina Cleide, filha do sr. Osca.r Oó– :r.c.es de Sousa. A anivers.':U'iaute r eceberá, por certo, as fellcitaçõê.s de suas amiguinhas. Sr. JOSÉ ROIZ - Transcorz-e na é'.ata de hoje o anlvers'át-!o nat,alício do sr. José João de Oli– V.ftir:-. Ro1z, industrlárlo em n,tjs;so Estado e pessôa bastante estmia– da em nossa sociedade. Sr. LUCELINDO COEN Me1ta data decorre o anfversá– rlo natalício do sr. LucêHrído Cóen, pertencente à Fôrça A.t1rea Brasileiro, Base desta capital. Sra. AMALIA COSTA - 4,lli– versaria nesta data a sra. A.mã1ia l: 'ariano Co3at, espôsa do sr. ~e– <li o Costa , e pessôa bastante rela. cionada em nossa sociedade. lVLARIA AURORA - Completa r '.·.,s nesta data a menina ·-taria Aur:ira, 1ilha do sr. Paulo Rêfuu- !o da Sliv2ira. · Sra. AD:€LIA hUGUSTO - Decorri! n I clata cfo hoje o ant– versárlo nataliclo da sta. Adélia ~ ... .1~... ,,~~oie.~~ ~D- Àn- VIAJANTES Sr. RAIMUNDO Tlil.iES - Há 1 alguns dias encontra-se nesta ca- l pital, procedente de Muaná, o sr.; Raimundo Campos de Góis Teles, 'I promotor pú'bllco na comarca da- , quele município. 1 O sr. Raimundo Teles elo à. nossa capital, f'filn de c11l r de j assuntos ligados à oon'IMoa de Muanâ. ENFERMG>S Sr. RAlMDNDO e Em virtude de se ter s!i a uma. opel'a9ão cirúrgica, reall– zaqa pefos drs. cru~ Moreira e N,v,aro Naoimento, acha-s, reco– lhfüo a-0 quarto n. 9 db Hospital da Santa êasa, d~ 9. dia 18 do con-~nte, o sr. RatD'í "ita\leS es da Cunha. PROe DE CASA Estão coril'end.o os dos cilfsamentos de: João Ribeiro dos Samos, oo– ~r~_lá.rio, com Cecllla ~o, p,·ondas doniéstl.eQfl, sendo ambOs paraenses, ~l~µ:ps, e rê,5Jd.im'tes à. trav....ssa Hõnorlo José dos Slin– 'tos, 454. -Antonio Pedi'o dos SantoB, vtúvp, pÕtiguar, ofü\ial i'et.líhnado da F6rça ~ôliclal do Estâdo, com Luzia. Pereira Rodrigues, paraen– ~. oolteira, w:endas dgW#íf.tcas, àí:nbos residerltes à travessa. Pl- rn.}â, MS. ' -Ad.rlano AllgU&~ da Fon– seca Pâi'eííte, f\Ui'éfüriâ~io :(edeJ'al, residente à av"énída O.entll Bit– tencourt, 991, com Mãrta Nérf ~ri-J:!ira do Ama.tal, prendas do- "' t-.l Aoa ~nf-,o à T''nl:l T"tdl\al'\ 2120 LUSO CONVITE A' Diretoria da TUNA LUSO COMERCIAL ê grato convidar os digntsstmos soclos e Exnµ.s. tamtllas, para,, de bordo do va:;ior "rtIO MAR", gentilmente cedido pela. firma BREVES INDUSTRIAL LTDA., assistirem às regatas promovidas pela FEDERAÇÃO PARAENSE DE DESPORTOS, no próximo domingo, dia 22. secretaria, 20 de junho de 1947. EURICO RAMOS - Diretor Náutico. O VAPOR DESATRACARA' DO GALPÃO N.... A'S 8 HORAS IMPRETERIVELMENTE, :~~:1- '/ :: .~, ,... . ;; ..... PEfCR°'tCÔE ·; 'vfRGÍNIA' e 1 Dois principados separar-se-ão do resto da India DIDERABAD, 19 (A, P.) - Depois ae estudar o édito do Nlzam, o Con– gresso do Estado de Hiderabad. de– clarou que o principado passaria a ser u1::i Estado Independente do res– to da India. Dois outros principad~ - Hideradab e Travancore - Já há dias declararam que se tornarão 1n– cJependentes, tão loc-o os Ingleses a– b::mdonem a Indla. 1 0SVALDO SOUZA ADVOGADO Causas civeis, em geral: inventã– rios, teetamentarias, liquidações, etc.. E:c.: Manoel Barata, 78 - altos. FONE: 2072 (2048 FIUTADAS DIVERSAS Carurú - Tacacá - Assai geladinho -Só NO-- BAR LOMAS VALENTINAS, .;u~no A SEDE DO GRAM-PARA' PARQUE DE DIVERSÕES PRADO NOVO Página 5 CARTAZ DE CINEMA CINEMA OLIMPIA: A's 15 e às 20 horas - "Carna– val de Estrelas" - Cr$ a:oo - Cr$ 3,00. . IRACEMA: A's 20 horas - "Ben-Hur" - Cr$ 6,00 - Cr$ 3,00. GUARANf: A's 20 horas - "0 sertão desa– parecido" (5a. série'> e "Turbi– lhão tm Argelia" - Cr$ 3,60 - Cr$ 1,80. POPULAR: - . A's 20 horas - "Anjo ou de– monio ?" - Cr$ 3,60 - Cr$ 1,80. POEIRA: A's 14,30 e às 20 horas - "O sertão desaparecido" (6a. sé– rie) e "0 mundo tremerá" - IRIS: A's 20 horas - "As escravas de Hitler" - Cr$ 2,40 Cr$ 1,20. SAO JOAO: A's 20 roras - "0 capitão cau– teloso" e "O meu boi morreu" MODERNO: A's 14 horas - "Gilda" e "A Praga úa Mumla". INDEPENDENCIA: A's 14 e às 20 horas - "A pra– ga da Mumla" e "Um sonho em Hollywood". UNIVERSAL: A's 20 horas - "A carga da brlgad:1, ligeira" e "Dize que me queres". VITôRIA: A's 20 horas - "Alegre Mexi– cana" e "A obra · destruidora". Festival em beneficio dos seminaristas pobres As Irmãs da Santa Casa de Ml– sericordla promoverão, no proxi– mo domingo, dia 22 do corrente, das 16 às 22 horas, um bem or– ganlmclo festival em beneficio dos Seminaristas pobres. Esse festival, que contará com grande numero de atrações, e ao qual está fa– dado grande sucesso, não só de– vido ao fim benemerito a que es– tá destinado como tambem à ma– neira caprichosa como vem sendo organizado, será levado a efeito na "terrasse" daquele hospital. " 6 ILDA ,. o excesso de propaganda, aliás verfffcado em _todos os lança~ da pelicula no Brastl, contribuiu para que muita gente n.do aplau– disse "Gilda", a produção Columbia que d~u a R_ita Hayworth a sua melhor oportunidade. Muitos dos que vao ao cinema ficam es– perando o que, para eles, deveria. ser muito .,1,elhor_, especialmente porque levam a impressão de que o filme é uma coisa nunca vtsta, dada a grande campanha publicitaria. Não condenamos o ala~de que se fez em torno do filme em exibição no Moderno, como nao che– gamos a desmerecer do valor dessa propaga7:da que, financeira}12en– te resulta otimamente. O que ocorre, porem, e uma sensaçao da vásio em grande parte dos espectadores, impressionados en~ dema– sia com os anuncias intensos e inteligentemt:nte feitos. Dai muitos nossos conhecidos nos terem afirmado que o filme não é nada do que pensavam. Si lançado, normalmente, no entanto, a reação do especta. dor seria diferente. Meu para os lwmens (ie cinema int~ressa o re• sultado imediato, isto é, a "fala" da bilheteria, e esta nao falhou. "Gilda" é um filme agradavel e oferece muitos mottvos de atra_– çãu. Pode-se dizer que o ãrgumento tem ~e t11;do um_ pouco, pois não faltam na película drama, comedia, misterw, musica _e sens~– cão Em torno do conflito amoroso dos personagens centrais, gravi• tanÍ outras lutas de interesse, que contribuem para prender o especte:– dor. Charles Vidor aproveitou bem o argumento e ai~da qu_e nao tenha nos dado uma direção excelente, soube conduzir a hzst?rfa dentro de elevado padrão. Ha cenas de rtlto poder sugestivo, fezt51-s magnificamente, sob todos os pontos dt:: vista, corno int~rprc_taçao, luz e movimento de camera. Sem mazor esforço lemb1 arzamo_s a sequência final, desde o reaparecimento do dono da c,arn ~e ,ego até o momento culminante do seu assassinato, logo seguW.~ da apre– sentação do detetive, trazido para a cena por um movzmento de camera excelente. o trabalho de fotografia sofreu tambem a influencia do dire• tor de "A' Noite sonhamos". Notem as tor.iadas de cena _entre Geor– ge Macready e Rita Hayworth na alcova; n apresentaçao de Glenn Ford a Gi!da; a descoberta do assassinato nc; n1;1ite de C!lrnaval. E de Rita ? Achamos que ela não nproveitou znte,ramente a grande oportunidade que lhe deram. Não se chega a dizer qu_e _a desperdiçou. Mas a sua "Gilda" poderia ter lhe dado _uma posiçao definitiva entre os astros e estr~las de Hollywood, sí tiv_e~Sf! merec!• do mais um certo cuidado, pois acredi~a-m,9$ nas posstbilzdad~,s <;:,e Rita Os menos exigentes no entanto, jicarao ençantados com Gz.– da"." Há realmente certa; cenas em que ela domina _completame;"l-te e apesar de algumas falhas, Rita define bem o carater da per~ona– gem. Nos numeras musicais, especialmente r..as duas vezes daguele maravülwso fox "Put on blein the ma_me", tanto _no ,?ªr ao laao do velho, como depois no "grill" do caszno", a "Gilda mexe com a gente _ Além de Rita o filme tem um bom gala - Glenn Ford, correto e convincente e bons éoadjuvantes como Georfle Macready, o dono do casino; Joseph Calleia, esplendido no aetetwe;_ e o velho - que sabemos ser um veterano da tela e cufo :iome nao nos recordamos no 1r.omento. . . M a, ~ "Gilda", produção Columbia, 19i6, em exibição no o e. no, reune 1nuitos elementos para merecer-ser visto. - JO. (Imp. até 18 anos) - com LON CHANEY e 'mER COE; e a suntuosa "feérie" mu– sical da "Warner-Bros": Dize Que Me Queres com JOAN DAVIES • DICK FORAN. ENTRADA: •.• , Cr$ 3,50

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