A Provincia do Pará 19 de Junho de 1947

r r; a caipira 1· Prosseguem animados os festejos joaninos u eH.li1 Ué:l. 1e ., Ull}~ ue raUICK mm:on, traa. a.e 1ta1mundo .l?llagalhães Junior AMANHA - NJ.o ]J;l.verá e,~~eulo para montagem da grande peça em 4 atos de MUNHOZ SECA em tradução de DJALM'A Bl'l"l'ENCOURT: ' ae r .cü,, ~n.1ur;.1, .cu O E~PECTApOR PODERA' FAZER QUAL-' QUER PERGUNTA SOBRE O SEU PAS– SADO, PRESENTE E FUTURO. "Sé.o João disse, São Pedro con- ano passado, tanto sucesso alcançou, firmou, que você havia de ser mi- vai reencetar suas atividades duran– nha noiva, que Jesus Cristo man- to a presente quadra. Os preparati– dou . .. " . vos para o ensaio geral, a ser reall- Esses eram os romances Inocentes zado nos salões da sede da Ooopa– eepalhados por esses arrabaldes ln- ratlva, gentilmente cedidos pela. i:>l– :f!ndos da bucóllc,, Belém, nas no!- retorla, eatão sendo ultimados. Ba– tes festivas de São João, São Pe- ri\ encenada, nease dia a peça "Bos– ctro, e que o pro~resso e a civiliza- que Mal Assombrado", na q;2~1 ~e– çllo estão desterrando para o pas- recem destaque varioa personagens, liaéo. pelo otlmo desempenho. Mas o Palsandú, este ano, vai re– viver aquelas noites alegres e sim– ples, de nussos avós, e, assim, na vespera d.e São Pedro, dia 28 do cor– rente, levará a efeito em seu campo de: tenls, uma autentica festa calpl– fa, onde a par das bebidas e dos fol– guedos próprios da época. haver!!. umn orquestra de ºpau e corda.", on– de predominam, o violão e a flau– tr.. Será uma noitada de evocação e emotividade, onde nada faltará, des– d·e o ·'alue:" até a representação do ''bumbil." que fazia a alegria da me– ninada em tempos que já passaram. Bruno de Menezes, o poeta da Amazbnla, escreveu e estil. ensaiando -- Festa na casa de Nhá Me.rocas, para representações no coreto que eEtil. sendo armado nos fundos do rderldo campo, transformado num curral de "boi bumbà" com bandei– rolas e barraqulnhas. "FLOR DO CAMPO" Grande .êxlto tem alcançado ulti– mamente o "bumbá" "Flor do Cam– po", em exibição nc Parque da tra– ves.si, , Lemas Valentlnas, próximo à a,·enlda 25 de Setembro. No coreto, eRtabelecldo no centro do parque, um conjunto musical alegra os vi– sitantes. •'Uli!APURU'" No Teatro Variedades. situado à praça J usto Chermont. o "Ulrapurú" fará u. l:iUa e.:iperaàa estr,·~1a, na nol– tr de 22 do corrente. 'l'al exibição, em homcnngem ao dr. Slnval Coutl– r.ho , diretor da Educação, teril. os seus f undos revertidos em beneficio e.ia . Caixa Escolar. Carlos Vltor Pe– reira, o eru;alador, promete alcan– ça~ Invulgar &xito na apresentação do seu grupo. "PAPAGAIO REAL" O grupo Joanino acima, que no "ESTRELA DALVA" A quadra Joanina proasegue ani– mada para oe moradores da Pedrei– ra. E' que, no parque daquela bair– ro, o "bumbá" "Estrela Dalva:", tem se apresentado otimamente. Uma troupe reiiional diverte os visitantes 110 teatrlnho do parque. O "8. JOÃO NO "5 DE OUTU– BRO" O 5 de Outubro Esporte Clube, le– varã a efeito na noite de 23 do cor– rente, uma 'festa dansante em aua sede social, site. à avenida Oeneralle– s!mo Deodoro, n. 1.006. Essa noita– da, que se prenuncia anlmadisslma, seril. denominada "S!o João na Ro– ça", e contará por certo com a pre– sença de todos os seus associa<1oe. Servirá de lnil'essO o recl bo n . 6, sendo que, antes de eer inicie.da a "soirée", seril. reallzada uma ladai– nha em homenagem ao Santo <10 dia. "FESTA NO INTEIUOR" A famUla residente à rua Antonio Barreto, n. 637, em regoglJo ao dia de São João, promover!!., na noite de 23 do corrente, a uma animada "fes– ta no interior", onde não faltarão, certamente, os folguedos apropria– dos à quadra Joanina. Para essa fes– ta, este matutino, !oi gentilmente convidado. "PERIQUITO" Na noite de 21 do corrente, o já famoso grupo Joanino "Periquito", fará 110 teatro do Parque da Avenl– de. Senador Lemos, uma. de suas es– peradas exibições, sendo que, desta vez, seril. encenada a peça "A Yin– gança de uma feiticeira" . Para maior brilho desse. noitada. o "Martelo de Ouro", comparecer!l., apresentando, aos espectadores, numeros variados de, seu vasto repertório. DIRETAMENTE DA IRLANDA PELO "BENEDICT" ~ECEBEU A 1 ESPECIALISTA EM LINHOS HA' MAIS DE 30 ANOS RESPONDE PELO QUE VENDE Conselheiro João Alfredo, 44. Telefone, 1334 \>ARA' -000- BRASIL 2122 "O MUNDO E' TÃO PEQUENO" i:,,.µe i~ a ~ SI\~• em festa artistlca de IRACEJ\lA DE ALENCAR,, em homenagem ao Exmo. Sr. ma– ,11'11' Moura OOvallio, M. D. Governador do Estado. (PREÇOS DO COSTUi\lE) ~la~%~ HOJE, ATE' SABADO! '.A'.s 15 e às 20 horas Bing Crosby Betty Hutton P. Goddard Alan Ladd D. Lamour Eddie Bracken Veronica Lake Brian Donlevy B. Fitzgerald M. Reynolds E MUITOS OUTROS NO GRANDE "SHOW" DA. "PARAMOUNT". CARNA L D E DOMINGO! Estréia do grande musical, com lindos números de baila– dos no gelo: - "DANSARINA LOURA", c/ Belita, a rainha do Patin! CAPITULO CVI CADEIRA: ... Cr$ 10,00 INGRESSOS A VENDA NA BILHETERIA DO "EDEN", DURANTE 6 DIA, ::-::•::-::-::--.:♦::-::•::-::-::-::-::-::•::-:: .. ::-::-::-::-::-::-::♦::-::•::•:: ..;:-::-::•::•::-::,::,::•:~ ~•::-::♦::♦::♦::-:: ..::•::•::•::•:: ..::-::-:: ..::•::•::-::•::•::•::•:: ..::•::•::•:: ..::.::•::•~ AC A ÚLTIMO DIA! As 20 horas ANN SOTHERN, com LEE BROWMAN, no emocionante romance de aventuras "PERIPECIAS DE MAISIE" DE ESTRÉIA! A GRANDE EPOPEIA DO CINEMA ANTIGO, NU:\IA VIBRANTE COPIA NOVA! POPULAR-OU ARAN-1 A's 20 horas HARRY. BAUR, no drama TURBILHÃO EM ARGELIA (lmp. até 14 anos) - emo– cionante filme de lutas; e LEO GORCEY, em O GRANDE PREMIO com Os Anjos de Ca"-.Suja I R I s A's 20 horas JOHN HOWARD, em A Ilha dos Ho– mens Perdidos A's 20 horas Linda Darnel Dana Andrews NO ROMANCB ANJO OUDEMON10? (Imp. até 10 anos) - eom Alke Faye UM FILME DA "FOX" POEIRA A's 14,30 e às 20 horas FRED MAC MURRAY, - O NINHO DA SERPENTE (lm;p. até 14 anos); e O MUNDO TREMERA' (Imp. até 10 an011); • O CAPITÃO CAUTELOSO 1 cj ERICH VON STROHEIN. com VICTOR MATURE S A ~ o J oÃo A's 20 horas - "0 SERTÃO DESAPARECIDO" - s.a série; e "DINHEIRO NÃO DA' FELICIDADE" - cj Betty Rutton. AMANHA, no POEIRA! ESTREIA da 6.ª série de "0 SER• TAO DESAPARECIDO" - 10. 0 e 11. 0 episódios, intitulados "Hienas Humanas" e "O Gorila". Juntamente: "O MUNDO TREMERA" - com ERICH VON STROHEIN. DOMINGO, no POPULAR? ESTREIA DE "NÃO sou CO– VARDE" - com ROBERT LOWERY. 1 Dissemos que o cardeal re– tirara-se em sua casa de cam– po de Chaillot para deixar sua casa da praça Royale, ou seja, seu ministério, a Luiz XIII. - E' verdadeiro o que di– zeis ? - Verdadeiro como o Evan– gelho. O NOSSO FOLHETIM não pertence senão aos hote– leiros e depois, logo que ficou certo de que não faltava um só dinheiro, disse: - Bem, então, abrir-se-à um crédito. Um homem que tem por amigos os srs. de Mo• ret, Montmorency, de Riche. lieu, um filho de rei, um prln• cipe e um cardeal ... A noticia de sua queda, ti– nha-se rapidamente espalha– ào em Paris e numa entrevista que Mme. de Fargis dera na Barba Pintada, ao guarda dos Sêlos Marillac tinha-lhe con– tado essa grande novidade. A noticia tinha então saido dos limites do quarto onde fô– ra dita, descera até Mme. So– leil, de Mame. Soleil chegara a seu esposo, e como seu es– poso entrara no quarto de Etienne Lathil, o qual somen– te há três dias deixara o leito e começara a passear pelo quarto apoiado em sua espada. Mestre Soleil lhe oferecera sua própria bengala, belo jun– co de punho de agatha, como o anel de Mudarrat o bastardo, mas Lathil recusara conside– rando como indigno de um ho– mem de espada apoiar-se em outra coisa que não fosse sua espada. A essa noticia da queda de Richelieu, parou de súbito, a– poiou-se com as duas mãos no punho da espada, e, olhando face a face Mestre Soleil. per~ guntou: - E de quem recebestzs a noticia ? - De uma dama da côrte. Etienne Lathil conhecia muito bem a casa na qual o acidente que lhe tinha aconte– cido forçara a tomar aparta– mento para não saber que ela recebia, ocultos por más caras, visitantes de todas as conài– ções. Deu pois dois ou três passos pensativo e voltando a Mestre Soleil, disse: - E agora que ele não mais t- ministro, que pensais da se– gurança pessoal do sr. car– deal ? Mestre Soleil sacudiu a ca– beça e fez ouvir uma espécie de grunhido. - Penso, disse ele, que se não levar guardas consigo, não agirá mal trazendo por baixo da roupa a couraça que em La Rochelle levava por cima. - Acrediteis que seja o úni– co perigo que corre ? - Quanto à alimentação, disse Soleil, penso que sua so– brinha, Mme. de Combalet, te– rá a sabia precaução de achar elguem que prove os pratos an– tes dele. Depois acrescentou com gor- E VE ROMANCE HISTóRICO DE ALEXANDRE DUMAS Inédito na língua portuguesa - Direitos de tradução e rep:rodução assegurados à A PROVíNCIA DO PARA em todo o Estado - Copyright France-Presse ---- --- do sorriso que se espalhava por seu largo rosto: Apenas, onde acharão esse alguém? - Está achado mestre So– leil, disse Lathil, · ide chamar uma carruagem. - Como, exclamou Soleil, ides cometer a imprudência de sair ? -- Vou fa7,er essa imprudên– cia, sim, meu hoteleiro, e co– mo não dissimulo ·que é uma imprudência, e que na situa– ção em que me encontro uma imprudência me pode custar a vida, vamos J ustar nossa continha para que nada per– cais em caso de morte. Três semanas de doença; nove gar– rafas de tisana, duas garrafas de vlnho e os cuidados assi– ~uos de Mm.e. Solei!, o que não tem preço. Isso vai .além de vinte pistolas ? - Notai senhor Lathil, que nada mais· quero senão a hon– ra de vos ter alojado e alimen– tado. - Oh ! alimentado ! Fui bem facil de alimentar ! - E-me suficiente. Mas se quereis dar as vinte pistolas em sinal de satisfação ... - Não as recusarás, pois não ? - Não vos farei este insul– to, Deus me livre ! - Chama uma carruagem enquanto eu conto tuas vinte pistolas. Mestre Solell saudou, saiu, voltou e veiu direito à mesa sôbre a qual estavam alinha– das as duzentas libras, con– tou e. dinheiro somente com o olhar com essa segurança que - Vossa carruagem está pronta, senhor. Lathil repôs na bainha a sua espada e facendo a mestre So– lei! um sinal imperativo para que se aproximasse, disse: - Varnos, o teu braço. - Meu braço para que saias de minha casa, caro senhor Etienne. é com muita pena que vo-lo apresento. - Solei!, meu amigo, disse Lathil, seria com muita pena que veria a menor nuvem em tua face resplandescente. Pro– meto-te, pois, que a quando de minha volta, terás minha pri– meira visita sobretudo se me guardares umas garrafas desse vinhozinho de Coulange, o qual não experimentei senão há três dias e que deixo com a pena de não ter conhecido mais intimamente. - Tenho trezentas garrafas desse vinho, senhor Lathil, não tenha susto. "- Temos para três meses se me reservares todas. Podeis es– tar certo de qué me tereis por três meses em vossa pensão, mestre Soleil, a menos que mi– nhas posseoi não mo permi– tam. Lathil sacudiu a cabeça. - Um bom caixa geral se. 1·ia menos honroso. porém mais seguro, meu caro Soleil, disse Lathil, sentenciosamente, co– locando o pé na carruagem. - Para onde devo mandar os cocheiros conduzir-vos, meu hospede ? - Ao palácio de Montmo. rency onde tenho um dever a cumprir antes de tudo, depois a Chaillot. - Ao palacio de Monsenhor duque de Montmorency, gritou Soleil de maneira que foi ou– vido ao mesmo tempo da rua dos Blance Manteaux e da rua. Sainte Croix de la Bretonne– ,rie. Os cocheiros, sem que fosse preciso que se lhe repetisse a ordem partiram com um passo longo e elástico que adotaram segundo o Conselho de Mestre Soleil. Pararam à porta do duque. O suisso em grande uniforme, com a bengala na mão man– tinha-se de pé no limiar. Conünúa)

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