A Provincia do Pará 07 de Junho de 1947

Página 8 A PROV1í~CIA DO ?ARA Sábado, 7 de junho de 1947 -----~---------....:;__ _,.....,._______ ------------ ------------ (Ccntinuação da terceira pag ) Item 29 - Em 1940, o café conki– bub nas exportações na,cionais com 63 % do valore3 expo;-te.dos; em 19-14, apesar do volume rla exportação de gilneros allmentic'.os ter baixado, o café concorreu ape:1as com 36.~ % ten– cto s'ldo mesmo :1ssim, o ano de me– Jllor percentagem do quinquenio. No !;Je;;_t::ido de 19-~0-19'14, a média foi de ..:i2 ;o. O SR. TRISTAO DA CUNHA - Pra– ticamente, a lavoura do café, o-,ra de mais de ce:n anos de arduos Traba– lhos !oi destrulda pelo Er. Getulto v arE,as nesses 15 anca. O SR. AOOSTINliO MONTEIRO - V. c::cla. tem razLo. Já de outra fel– t.1-, ilust~e cieputaéo paul!sta afirmou cn,e se perderam mais de 500.000 pés d~ café. O SR. OSCAR CARNDIRO - V. 1>:<cla. responsabiliza o govêrno ,;10 sr. Getullo Vargas Inteiramente pela diminuição da exportação do café? O SR. AGOSTINHO MONTEIRO - P•rfeitamente. O SR. OSCAR CARNEIRO - V. "'Ceia. não deve esquecer que ~ssa dl– .n,uulção resultou da guerra. Perde– n. os todo o comé,clo com a Eurnpa, e, e:1,i virtude do Acôrdo de Washing– ton·, só podemos exportar o produto para ca Estados Unido•. A responsa– Lll!dade nã.o é de govêrno algum, :i,;orém d:. euerra. O 611. CORDEIRO DE MIRANDA - V. e:,cla. permite um aparte. O SR. AGOSTINHO MONTE!RO - Vou responder o aparte do nobre de- 1,ot::.c.o Oscar Carneiro. Depois, aten– dl'lrei ~-. excia.. E' louvavel, ilmtre colega, sr. Os– car c11rneiro, a atitude de v. cxcia. agarrando-se a ess,a questão de guer- 1·a que para nós não passou de dois ou três anos, dentro de um i:-eriodo di:' 15. O SR. DOLOR DE ANDRADE - l!:' preciso frisar: curto espaço de 15 i,.nos ... O SR, AGOSTINHO MONTEIHO - E se v. excia. se der ao cuidado de f,c~,minar as estatisticas, verificará q,ue antes da guerra já se havia dado a queda na. exportação do produto. Terei o prazer, agora, em ouvir o aparte do ilustre deputado, sr. Cor– deiro de Miranda. O SR. CORDEIRO DE MIRANDA - Quero lembrar a v. excia. que o prin– ç)pal produto da Bahia - o cacau - :!icou, durante 5 anos, obrigado, com– pulsoriamente a ser entregue a uma autarquia ditatorial, por preço vil. Sua produção baixou, pols os iazen– deiros não tinham recursos bastan– tes para o trato necessário às plan– tações. Enquanto que naquela época man– teve o preço de 20 e tantos cruzel- 1~ por arroba, bastou que a dita– qúra fosse banida. do pais, e libera– do o comércio do produto para go– :zar o preço de cento e tantos cru– :telros. E' necessário notar que o ca– cau, sendo um dos principal• pro– dutos de exportação, !oi féito pelos sertanejos, sem o menor aux!l\o go– vernamental. Trata-se, aliás de lavou– ra que de 4 em 4 anos dá uma safra de graça. ao govêmo, pois !ist':o im– penitente o persegue. O SR. AGOSTINHO MONTEJRO - Agradecido. Atendo ainda ao distinto c:olega ar. Oscar Carneiro, que põe em duvida teilvez a veracidade das minhar; afir– ;IÍ:1açõe~. O SR. OSCAR CARNEIRO - Não ponho em duvida a veracidade; ape– ila& contesto um !ato que é notó– :rlb. :r·.enticics e m:::.'.;;érias pr1:no.s nos anos de guerra: <1.r,os l939 1940 1941 1942 rn~3 19~4 Generos Alimenticios Tonc!adcn 19.001.€44 13.010.138 19.177 .541 13.802.427 19.293. 300 19.<!71.026 Matér!as Primas Toneladas 5.'>92.97'i 6.0~2.552 7.?64.772 6.4n.062 c.n68.726 7.l,72.497 Co:no se vê, não houve nenhum ~urto na produçiio de &êneros all– inentlclos, registrando-se p~Queno r,umento na extra;ão de matér!es prl– nas, atividade esta que, estuctr, r.do a ln!lação; o pub!iclsta Heitor Ma1·çal, no "O Jornal" de doming-:::> último, crismou de sin1.ples exercic:i.o d~ "apa– nha", de dons naturais de ap!\cação tli!ica. Com o abundante e arrumado ma– terial, agora oferecido ao er. Getulio Vargas 110 que dl:,. com a pr•Jdução, com os meios de pagamento, cem a balança comercial, com a dJvjcia t:1- terna e, sobretudo, com os dados re– re!erentcs à sua constante ll nunca n.oditicada politic'.I orçament.à•la <'.e "deticlts", · poderá o ex-governante sair da Incompreensão das cols-i, pi\– bJicas em que tem vivido, nun1 epi– curismo tão prejudicial aos interesses cJa Pátria. Talvez. assim, n!b se veja s. excia 1,a continaencia de fraszs e;itranhas ccmo esta: "E se deixarmos que re– duzam, pela pressão externa, valore3 do trabalho brasileiro, estaremo& con– denando nosso povo à escravidão". O SR. TRISTAO DA CUNHA - O discurso que só teva finalidade de– magoglca, inclusivé a de atirar o Bra– sil contra os Estados Unidos, atri– buindo-lhe a pretensão de nos que– rer conquistar e submeter. Esse o ho– mem que exerceu o poder pi\bllco durante 15 anos! O SR. AGOSTINHO MONTEiRO - v. excia.. apreendeu perfeitamente, o sentido da !rase que respiguei do dis– curso do sr. Oetulio Vargas. Mas, há ainda esta outra: - "Co– locar toda a economia de um pais na dependencia de um sistema mo– D etário rigldo significa subordinar o todo a uma parte". Por que não fez o sr. Getulio Var– gas uma politica slstematica e con– sequente, de melhoria do pa<irão de ,ida da população brasllelra, dentro cte um plano de defesa e fortaleci– monto da economia nacional moblll– zando, como podia ter !eito, dll.dOll os puderes de que dispôs, os melhores valores humanos e a totalidade dos recurso da Nação? Providencias desordenadas incom– pletas e pallativas trouxeram ao pais uma situação que aflige e. todos os brasiJeiros e lhes dá o direito de pe– dir contas àquele que a criou. Entretanto, o que se vê, é o res– ponsavel transformado em censor, a recle.niar do novo govêrno provlde,n– cias urgentes para a cura dos male– !iclos por ele causados. F.. com "aplomb" demagogice, ameaçar: "Es– pero com o povo". (Trocam-se varies apartes. O er. presidente reclama atenção). O SR. AGOSTINHO MONTEIRO - Seria de responder com estas ~ erda– des de Monteiro Lobato, prefaciando 0 livro de ótaviano Alves de Uma, "Revolução econômico-social": "Es– tá o nosso pais transformado numa. espécie de "homme ma.Jade" da Eu– ropa aquela Turquia do Sultão Ab– dul Ílamld. o "homme malade" aas Américas é o Brasil. Acumularam-se de> tal ordem os erros economicos, que chega.mos à .situação de hoje: até -••o •DCUII. antA.A.. AlP.mentar ano é a te - ms.~ã. pera, uva; vêm de !ora cillces e queijos e até ovos.,. fran– ~os. . . e café! Os americanos ctae ba• ser. aéreas do norte tiveram, -durante n i;uerra de Importar café de Cuba o SR. RUI ALMEIDA - o nobre orador declarou, há pouco, qua o sr. Getul!o Vargas ameaçou o f?OVôrno cr•m o povo? . O SR. AGOSTINHO l\IONTI!:IP.O - Perfeitamente. o s~. RUI ALMEIDA - Penso que n!nguem ameaça com o povo. Sua IJ:xceiencia andaria mal se ame!l.ças– te com t',S nrmas... SR. TRIST li.O DA CUNHA - O sr. Getullo Vargas só sabe viver 110 cli– ma da dit::>ctura. O SR. AGOSTINHO MONTEIRO - \"ou responder e.o aparte do sr Rui Almeida., a quem, aliás, estou ligado por afeição pessoal: quando s. excb. l> sr. Getulio Vargas afirmou Que e.'l• perava do i;:ovérno prov!denclas ur– gentes para que pudesse disc\ltir e votar no SenaC:o, usou das s~:;µ1ntes txpres~ões: - "Espero com o povo". o SR. TOLEDO PISA - Como ee fosse o proprietário do povo. (Trocam-se varies apartes). O SR. PRESIDENTE - Atenção! Dtá com a palavra o sr. Agostinho Monteiro. O SR. AGOSTINHO MONTEIRO - En!im, é ainda Monteiro J,oiJato: "Umn coisa enorme devemos à di– tadura: agravou a tal ponto os erros vmdos de trás que esses erro-~ foram se tornando evidentes. Um erro que té torna evidente é um erro que pode r-er remediaclo. O perigo está nM erros lnevidentes". O SR. BENICIO FONTENELE - Outro erro· é perdermos tempo em discussões estéreis. Devemos reme– d!.ar os males. ú SR. TOLEDO PISA - Quem veiu suscitar t.lscussão estérll foi justa– mente aquele que não tinba autori– dade para faze-lo. O SR. AGOSTINHO MONT!!:lRO Pudesse ter sido evidenciando <le pú– blico o erro consciente do decreto dos lucros extraordinários, e o Se-nador Getulio Vargas não poderia eHxertar no seu discurso a súmula do balanço ae uma das nossas fabricas •.ie teci– tlos, o que lhe não permitiu r,,~pon– der ao conclusivo aparte do senhor José Américo - "Logo, o govê1no de vossa excia. favoreceu os ricos" - ,,parte que tanto o deve ter ii.como– dk\d0. E favoreceu mesmo, ou melhor, ampliou de muito da noite para o dia, ci numero de milionários. E o !ez conscientemente. O SR. ADELMAR ROCHA - Não fez outra coisa senão !avorfcer os ricos. O SR. TOLEDO PIZA - J!: o fez conscientemente. O SR. TRISTÃO DA CUNHA - Ago• r:t estã.o gritando, porque o crédito cessou. . O SR. AGOSTINHO MONTEUl.O sr. presidente, tenho minucios(? qua– dro relativo à compra de ouro aE Mi– nas; aos particulare& e ao exterior. O SR. TRISTAO DA CUNHA . Essa compra. de outro foi um dos maiores erros da ditadura. Comprou ouro para aferrolha-lo no Banco do Brasil, quando o povc estava sem re• cursos para plantar e trabalhar. O SR. AGOSTINHO MONTEIRO Sr. presidente. O nobre senador Ge– tulio Varga.s confessou-se sumamente orgulhosos com· os resultados "ª sua polltica de compra. de ouro. Em seu discurso, diz, textualmente: • Se no periodo de 1939 a 1945 au– mentei a circulação de papel moeda a cêrca de 13 milhões.deixei mais de 13 bil1ões em ouro e divisas. Não emi– ti sem lastro; antes, pelo contrário, as eml.iiSõea feitas têm lastro ,te 100% li 13 Ili o volume do Comércio de Oabota– :;em ficou estâtico. A produção do no.,i;o maior· pro– c!uto de exportação - o caf6 - b2.i– xou de 50% - 1.634.H~ toneladas em 1~30 e 800. ooo em 1944. O volum" flBlco da produção dos ,i·êneros &limentic!os, de con,umo ha– bitual da populaçl\o, teve um au– mento de 9%, enquanto esta amnen– tou ele 26%, Dai a baixa do consumo "p,1r-capl– ü,". que de 437 quilos em 1930 eaiu para 400 em 1944. O custo de vida em 1930, rep1•esen– t11do por 100, atlni:tlu o 1ndlce 267 em fins de 194S. 86 o custo da alimen– çl!.o foi acrescido de 19a%, As despesas com o vestuário se elevaram a 329%. O custo de vl-:la, nesta capital de .... 1. 676 cruzeiros por mês pas~ou para ~-475, ou seja, um e.umento de 2,799 cruzeiros mensais. Os ncssos 67,7% de analfabetos tem '• contra-partida da alfabet!zo.ção·con– trlbulram de algum modo para aque– las vultosas somas dispendidas. Pouco ou nada se fez pel1, valori– zação do capital hom m. As taxas brasileiras de mortalidade geral elo das maie altas cio mundo. A mortali• d&.de nas nossas capitais é mai3 ele– vada do que a da maior!" <111,3 capi– tais estro.ngeiraa. Enquanto em Bui,. nos Aires a rnorte.lidade era de 112 por lO mil habitantes, em a nossa bela capital atingia a 179. o descuido na ass! tência à:; po– pulações responde, por esta. doloroso. $1tuação. Em 1945, os novernos tede– ral, estaduais e municipais, manti– uham apenas 44,31% doa 145.000 lei• tos hospitalares e:i.!etente~ no pa!J. Precisamos entretanto, téc."licimen• te de 400 mil leitos. A nossa de!lc!encia de aaslstfnela hospitalar pode eer avaliada pelas populações que não dispõem de lei, tos. o Instituto de Servlços aoc!ais do Brasil encontrou as r;eguinte, per• ctntagens: Norte , . . • • • .. •• ~.3i% Nordeste·., .. •• .. •. 74,lV'il: Este . . . . • • •• •, 38,39% Sul ........ •• • • 20,92%- ••• Centro-Leste .. . • .. 00,87% E' praticamente Inexistente a asaus– tência Médico-Social no pais e . em particular a assl11t6n0la hQllpltalar. Recebem-nas, ta.lvze, 10% da :(lopula– ção brasileira. O SR. BENJAMIN Jl'ARAH - E' um mal multo antigo. Por 1"", Mi– guel Pereira di511e que o :arasll era. um vasto llO!lpltal. O SR. AGOSTINHO MONTE.tRO - o sr. Getulio Vargaa teve quinze anos para tratar do problema. Não o !ez, e, no entanto, ase dizia. .homem do povo, pai dOl! pobres. O SR. AURELIANO LEITE - J:sso mal é antiço, mas a. excla. crtou ma– les modernos. O SR AGOSTINHO MONTli,IRO - Sr pres!dent.e. No que ee refere com a circulação da produ9ão, a situação ti a. mais embaraçosa.. o descaso pel011 transportes entra– va, hoJe, todas aa inicia.tivas. Slo necessári011, urgentemente, , blllões <.lu cruzeir011, eomente para o reaJua– te dos portos e !erroviaa. Só para a. conservação dos portos ee impõe uma. urgente 1nverd.o de 1.450.091.061,00 cruzeiros 1mpreaeln– dlvel à normalização dos iserv1ç0f, o do 1. Suspensa a venda de selos por particulares Em decreto assina.do ontem, o governador Moura Carvalho r,as– sou a licença que há. varios me– ses fora concedida, sem carater de privilégio, para venda de se– los estaduais por partlculares. Já havi11,111os divulgado anterior– mente que o governo coJltava da medida, agora concretizada em a– to referenda.d.o pelo Secretario Ge, ral do Estado. Como se sabe, o então interven• tor Otavlo Meira, e.tendendo a pedido de intereuado, bai:~ou um decreto, que tomou o numero 5.015, que auto,;izava o governo cio Estado a conceder a. particula– res, sob determinada11 condições, licença para a venda de selos .a– desivos e de vendas e consigna– ções, mediante a comissão <le um por cento. Entretanto, não con– vindo mai11 ao Estado essa conces– são, o governo re11olveu revogar o referido decreto. SER.AO CRIADOS POSTOS No sentido de at11nder ao oo~ mercio e ao publico interessado na aquisição dos selos esta.duais, serão aberto11 trea postos para ven– da dessas estO:mpilhas, o~ quais funcionarão um no Departamen– to .das Municipalidades, outro no edifício da Divisão de Receita do Departamento de Finanças e o Terceiro no edificio oncte está instalado o Serviço de Classifi– cação de Produtos. FATOS POLIC!it1S • • ea az Traçados os planos de instalação do grande Inst. Internacional Reuniões preparatórias no Rio - Conselho Cientifico - Em agosto, nesta capital, a Conferência d os Países Amazonicos RIO, 6 (Meridional) - Reali– mu-se, no Salão de Conferenci&.~ do Palacio Itamarati, ur.>.:, reunti>e, da. Diretoria do Instituu., Brasi, leiro de Educação, Ciênda e Cul• tura, durante a qual S(; efetuou t•ma troca de vistas d? vários cientistas brasileiros com o dr. Paulo Carneiro, represent.ante do Brasil na UNESCO, e dr. E. J. Comer, chefe da mie~ão da UNESCO na América d.o Sul, a respeito do projeto de criação de um Instituto Internacional de Pesquisas Tropicais na Hileir.. Amazônica, ~b os aueplcio/! da UNESCO. Presidiu a reunião o :,r. Lev· Càmeiro, presidente do IBECC, ~eeretariado pelo Embaixadm '.Barbosa Carneiro, 3ecretario Ge_ ral e Renato Almeida, s,,b-Secre. tarle Geral. O Presidente declarot: que tinha muita satisfa•;,ifo em ter promovido aquela reuntáo e agra~ decia a todos os presenttl', em es– pecial ao professor Paulo Carnei– ro, que trouxera os pen•amento~ e diretivas da UNESCO. r,otada– mente sôbre a Hilela Amazônica, realização sua e cuja lmportanc'a e significação se p0r!am novamen- te em relêvo, através dos deba- 1 especialistas que venham estud:i.r tes daquela mesa l'edonda problemas parti:mlares durante O INSTITUTO INTF.RNACIO- alguns meses; NAL DA HILEIA AMAZôNICA e) a Imediata consti~uição d• Deu a palavru . a stgu!r a:; grupos de investigadores çara .11. professor Paulo Carneb.·'.,, que leu, teriores trabalhos ligados às diver– em primeiro lugar, a sua propos- ~as seções da UNESCO, t!lis como ta submetida à UNESC':':> com su- antropologia social e ed·icação de gestões para a crilv·ão do <Ins base; tituto Internacional 1:le H!leia A- f) a recuperação e pi·blicação Mazônica) e, em seguida, a r!' de obras inéditas de aatigas ex• comendação da .oub-Conussão de pedições na Amazónia Ciências Naturais à próxima Con- Estudou-se, a eeguir, urna ten• ferenc!a da UNESCO rehuivamen_ tativa de esquema parl' a orga• te à criação desse órgào. Por fim nização do Instituto Internacio• deu a. conhecer as sugestões for- nal da Hilê!a Amamnica assegu• muladas nesse sentido e que fo. rando o trabalho dos <.;i•mtistas • ram submetidas a uma c.iscussão f'Stabelecendo um pessoal perma. preliminar, preparando assim o nente reduzido capaz de oferece'!' debate para a Conferencia do8 o maximo da f:l.c!lidade aos cien~ Países Amazonico::: a qt•c assis- tistas em estég!o ou as Pesquisas tirão tambem a Frlinça G-rã-Bre de exDedicionarios. tanha, Paises Baixos e Estados Unidos da América., a se reunir em agosto vindouro em Belém, a fim de elaborii,r um plano de tra balho a curto e longo prazo. que abranja o lado financeiro e, jtO mesmo tempo, a ~Jrepara~ão de um projeto de acórdo com u:. gover– nos interessados e a UNESCO. CONSELHO CIENTIJi'ICO O terceiro ponto a ser debati– do foi a constituição de •·.m Con– selho Cientifico, composto de on– ze membros, ou sejam l•.m dele– gado de caaa pais interE:ssade, no eFtudo da Hiléia Amazonica e de um representante da t:NESCO que se reunirá pelo m1::.1os uma vez por ano, na séde do Instituto, para discutir e aprovar o rela– torio do diretor antes d() subme• tê-lo à consideração da C'on!eren. eia Geral da UNESCO. Mer.or queimada horrivelmente Iniciaram-se, então. os rlebates· sendo o prlmelr::i a.ssu'lto venti• lado a utilização elo Mu,.iu Goeldi, de Belem do Pará, em nueleos donde irradiará todo o projeto da HÍleia Amazonica. Ele sa tran:;;– formaria em Instituto Intemncio– nal e asseguraria: a) a coor~enaçáo das expedi_ ções na Bileia Amazônica; a a– tribuição de coleções para estudos e a distribuição de mate~ial pelos diversos Museus; , por tucup1 fervente . Internada na Santa Casa - Atropelamento por bicicleta - Outras ocorrências b) a manutenção de t m corpo de jovens especialistas, om expe. riencia de campoE. drstmado a acompanhar as expediçõPs e fa– cilitar os seus trabalhos; A associação, como outras insti. tulções cientificas Interessadas nos problemas da Rlle.a e que disp5em, para tais estud •S, de bi. 1:-liotecas, coleçõe·; e pes:,0al espe– cializado, foi então comiderada., estabelecendo-se a poss!bllidade da organização do Ini;t)tuto de forma a assegurar a :;olaborar ção de tais lnstit' ..liç.5es. As reuniões de CC1mité5 interna.• cionals de especialistas foi a ma– teria discutida em seguida. Desti– nam-se a assentar a natureza pre. cisa dos encargos do lr.stituto • escolha. dos Institutos Ai;.."Oclados e o program.1 a curto e , iTlgo pra.. zo do trabalho a empreender. Habitam uma pequen~. casa à travessa Bom Jardim, entre M ruas Conceição e Timbii;as, o bra– çal Domingos Oorrêa. Ca.mpos e sua · mulher, Cipri ;i.na Campos. Possue o ca,sa.l uma filha menor de .nome Paull.nn, de 10 anos de idade, aluna do grupo "Camilo Salgado". Ontem, cêrca das · ~o horas, quando todos :,e entregavam aos seu:;; afazeres doméstie,os aconte~ teu lamentavel aejdent'!, ·ocasio– nado por uma das vlgi.s do as– soalho da cozinha. da reterida caziriha. Um morador ,oca.1 a> passar com uma lat& dhgua na cabeça, forçou uma part"' .apodi:e– cida do assoalho, a qual ,r,.1eb!oil– se, projetando uma. p$nela de tucupí fervente que· se '"11contra– va. sôbre um caixote, em cima da menor Paulina, que recf'l:~u gran– de parte do l!quido sõbrf' o torax. Conduzida ao Pronto Socorro, a mm foi medicada oelo dr. Socorro, tendo recebido ali, os necessários curativos, ~ofrendo em consequência do acidente, queimaduras de 1. 0 gráu nas re– giões abdominal e :femuraes an– teriores, .direita e esqu,!rda, c) a eficaz fiscalização das ex– pedições cientificas nos terror.,, estabelecidos pelos diversos pai– ses da Htleia Amazônica; d) o surto e o desenvolvimento de laboratórios de pesqi•irns para Comércio, Financas e Navegação (Continuação da '7.• pag.) TIMBO' RAIZ Elltavel e com bôe. aceitação, a Cr$ 3,,l(). ALGODÃO: Mercado estavel, sustentando u co– tações de - Pluma- Cr8 6,20. o qui– lo; Caroço - Cr8 28,00 a arroba. GRUDE: PesQnda - CrS 17,00 o quilo; Qurt. ,-Oba Cr8 ll,50 o quilo. Mercado aem alteraç&o. FIBRAS: Eatanl, o:nerando crm animação cotações ftnna.cl.as , m: - ,1uta. CrS 6 00; Uacima, 0•8 4,50. FARINHA: Esw.ve!. Comum, . alqueire, 20,00 a .,.,,._ftA ____._, ~ - O,f\ 1\11 .:, ramentas, 9; tecidos, 25; chapas de ferro, 70; aparas de !lo, 66; tinta. de escrever, 2; discos de gramofone, 7; barro refratário, 104; pneus,; 39 ca– maras de ar, l; maneueira9, 6; cabo de !lbra.s de cõco, 8; pertences de au– to, 4; diversos, 5 volumes. --De Salvador - Café, 305; man– tei&:!l, 140; cbarutoa, 28; azeite de tlflnd~. 80; IISCOS de papel, 32; carne defumada, 3; plaasava, 67; drogas, l; pregos de arame, 2; material para poço de petroleo, 1; papelão, 1. --De Nlterol - Xarque, 160 far– elos; sardinha em conserva, 105 cai– :.as, peix", 135. --Do Rio de Janeiro - Ce;rveja, ~ 080; rolhas de cortiça, 21; palitos, ,,,.. _.._A _..,_..,_ •• --'--- l'T. _,.., o estabelecimento d·' f'Stações de campo para prosnE:~tar com ef!ciencla a vasta supPTficie da Hiléia Amazonica foi depois de– batido e a seguir a util!zação d~ toda derrubada de florestas .na vizinhança das cidades para efe– tuar os estudos qu3 se tornam ne. cessarias. Os outros itens debatidos foram relativos ao trabalho em €quipe e do financiamento da iniciativa. Por fim, foi estabelecida. como con• clusão que o Instituto Internacio– nal da Hiléla Amazonicn pode ser comparado à "Smithsonian Insti– tuclon". Em sua fase i!l1clal de• verá. ele, no entanto, ser encara.do como um pequeno nucleo de inves- ,,.,,,.,,. ....;::..... 1-.~...., ...._.; ....... .-:, fl, .... ~-,•-'l"'W" \1.nn -i--

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