A Provincia do Pará 07 de Junho de 1947

'OITO ~...._ ......... ........., ___ ....._ PAGIN AS • vu ... l PREÇO : Cr$ 0,50 ___,,,,,,,,,,.,_...,,....,= ,_=>--."=' >S.GX l ANTONIO LEMOS - 0rgao dos "Diários Assoclactos" - FUNuAl.Jv EM 1876 A NO LXXI BELtM-PARA.-SABADO, 7 DE JUNHO DE 1947. NUM. 14.859 IN LUENCIA NA LUTA DE PERON "NENHUM PA íSPOSSl1l INC I DEN TE SERÃTAMBEM PEDIDA NAVIOS TÃO VELHOS 9 ' SÊ RI o NA A CAiSSAÇÃO DO PRP PARAGUAIA RIO, 6 0\1.) - o vicc-almiran.t~ Adalberto Lara, chde do F R ONTE J RA O s;. B. Pinto re~ue~er~ o canc~lamento do FORÇAS ARGENTINAS MA QUIN AS ÂPOIAM MORI N IGO I TALIANAS O" d 1 .:-putado_FJôres da Cunha denuncia na PARA OBRASIL Camara o dita or argentino - A sessão de onteJJ1 RIO, 6 (M) - A_ seM<ão da Câmara foi Inicia.da à hora regulA.– mentar,. ~ob a presldencia do sr. Samuel Duarte. Retif1cot1 a ata o sr. Aldenwr Rocha. O expediente con~tou d~ u'a meni;agem do Executivr,. enviando f ºn·· hantE>d proJeto que pede a crlaçi o de bolsas cte estudoi: para 0 ~ os os ex-r,ombatent'!G E:XPLICAÇOE~ não estabelece prazo para o anda_ O sr. Negreiros FtiJcão falou mento dos :projetos nas Comissões. tiôbre os seus ariartes. onteontem, Replicou o orador quf' não cri– ao discurso do sr. Ca~é Filho. ca a Comissão e sim os órgãM Disse que nada deve ;:i Getúlio r1ue atrazam o andam,.I•to. Res– Vargas. Conden~., me~:,,.: o Es-l pond_eu o presidente que a Co– tado N?vo. Adm1t1u o ;i:nlpe por- missao Executiva está E'<:t11dando q~e evitava a _guerra rwil, mas os planos no sentido de fazer ces– nao louva o penodo ditatc,•ial por sar e55as irregularidades. tão longo tempo, Al!ás, u ,, ntido do golpe de 37 era evitar a revo- A DISTRIBUIÇAO DO PEIJ.AO lução, procedendo-se, ;op·0 a ,e- O sr. Barreto Pint;:i falou gulr, às eleições. Disse l'JU• 0 g 0 1_ acêrc~ da d~stribuição de feijão, pe teve o beneplácito cto Exército, no R10, e afirmou que o produto a exemplo do que acc,nt?ceu em desapareceu sem que fosse toma- 29 de outubro. O sr. E'tclidr.s Fi- da, por parte da administração, gueiredo aparteou, dizendo que o q~alquer providência em benefi– Exérclto fôra iludido e que o cio do povo, que se enrontra num próprio minisro da Gu~', a acre- verdadeiro regime de fome. ditava que se procedP:;sem às O pl'esidente anunciou o reque– eleições logo depois. o ,mtdor diJ- rimento do sr. João Bo~elho, pro– se que o govêrno nJ,o fJ n11toriza- pondo a criação da Delegacia d'l ra a responder sobre o golpe de Instituto do Açucar e Alcool, cm 1937 e que no tom.ou parte no pla- Belém ; e outro, no seitido de no Cohen. O sr. Café Fi!ho inter- ser mantido o atual post-0 comer– veio para declarar que a ~ituação, clal dn Flmdação Brasil Central, agora, aplilisenta-se plo.r. com a em Santarém. preparação de novos v,olpes e a o REQOFJUMENTO FLôRil:S menção de nomes descouhedclos. DA CUNHA • O orador concluiu declarando que não é defensor da dltà'iura não O sr. FlórP.s da Cunha reque– foi parlamentar, em Vi:fi,' nem reu urgencia para o rl"ncr1men– teve responsabilidades r.as ações to das lnformaçõea, QU'! pediu ao criminosas do Estado Novo, a.s govêrno. sõbre a permJs,.ão para ques reputa uma página r,egra da per~anecerem em terrl~rlo bra– nossa história política. silell'o, os enviados do ditador p,i,~ O sr. Carlo:; Pinro apresentou ra~uaio Mol'úllgo, os quaib pude– um requerimento de informações, ram aqui reorganizar-se, para vo! no senticio de saber se ú flnan- tal'em à luta, enquanto que o ciamento, pelo B;:mw do Bra:;il ma jor Aguirre foi interr..:,,do. De– está sendo feito regularmente, fe nd endo O requerimento, per– em São Paulo. Se ~sse finanda - gunta 0 . orador se os ílffigentes mento, pro:;:aetid.c n lo r~ovê~•-n,., diz respeito ~::i:11entc no ciifé da– que~e_Estado 0 :.1 . e é e,cten~h a a; do Brn~1l desconhecem que estão ampnrnndo o govêrno rfa Perón, dito.dor e tirancte que dettor an– e.> • a "l ivia Virão, também, técniros da Italia , para nosso pais RIO, 6 (Meridional)' - Cesare Merzagolar, escolhido para as fun– ções de Ministro do Comercio Ex– terior, por ocar;ião da recente re– modelação do gabinete italiano, encontra-se, há tempos, no Bra– sil, em missão do governo de seu país, fara sondar o governo bra– sileiro sobre importantes questões economica11. Falando à reporta– gem, Cezare disse que o principal objetivo de sua viagem ao Brasil é o descongelamento dos capitais italianos; de modo a resolver, ime– diatamente ( todos os outros pro– blemas de carater economico. Já visitou São Pal.llo, tendo entrado em contacto com o presidente da Confederação Nacional das Indus– .trias. Tambem conversou, ali, com os representantes das nlasl!es con– serva.doras, devendo iniciar, ago– ra, as negociações entaboladas no Rio. Informou ser seu desejo so– luciónar a questão do descongela– mento dos fundos ital!anos, o mais breve possivel, uma vez que eles vão muito alem do posslvel total das reparações, podendo, assim, ser feito, sem mais demora, o en– contro de contas. Adiantou que os capitais das empresas e particu– lares de seu pais, bloqueados no Brasil, elevam-se a muitas dezenas de milhões de dolares. Referiu– .se, depois, à gratidão da Italia à atitude do Brasil, na Conferencia de Paris e disse ter encontrado fac!l!dades _para o cumprimento de sua missao. Sobre a anunciada transtereneia, para o Brasil, das Industrias de seu país, esclare. ceu que não se trata disso, pro– priamente, mas da transferencia de maquinas Industriais e técni– cos italianos, dos quais tenhamos 11'.lcessidade. ,Disse, por fim, que ness~ sentido já foram iniciadas Estado Maior da Armada, em ordem do dla, alusiva. à data de registo da agremia"ªº 1nte2"rahsta 11 de junho, cleclara que o espiritn da éra presente está na Ma- ~ "" rinha, apta a garantir a segurança da Nação. A acrescentou:– "A nossa verdadeira estrategia naval impõe o desenvolvimen– to da Marinha, A ordem do dia é u:na -vei.-dadeira exposição do 11roblema naval do Brasil e di:!:: - "Através dos tempos, o 11 de junho sempre relembra os prob~emas da segurança nacio– nal, para os paise11 essencialmente 1;:aritimos, como o Brasil, que dependem muito e muito do mar. A relevancia dos nm:sos interesses crescentes e incessantes c:dge uma ampla ação lme– diata. Por isso, não é possivel, dia1,t·l do panorama mundial, deixe de ser estabelecida a orie11ta-:;-.o definitiva, para os as– &untos relativos ao poderio maritlm3 brasileiro". Adverta con– tra a imprevidência do paÍ!l, no toci,;nte à sm1, defesa, o que nos custou imensos sacrifícios, na gue1T1- do Paraguai, recordando que, no último conflito, teve a Marinha Brasileira de op?.rar, detivamente, como força ou grupo ,la tarefa da esquadra nor– te-americana, depois de receber, dos Estados Unidos, navios adequados às tarefas exclusivamente da campanha anti-sub– marina. E finaliza dizendo: - "Algures dissemos: não há ne– nhum outro pais que possua, entre os elemimtos principais de suas frotas, unidades tão velhas como a,s nossas. Mais ainda ressalta a nossa responsabilidade, numa guerra no mar, da qual possam depender os destinos da Pátria, com navfos tão antiquados e outros inadequados à nossa estrategia. E, até en– tão, sem sua aviação naval, diante do grave momento que o mundo atravessa, estamos certos que nossas instituições bem compreenderão que a Marinha tem a altissima missão da ple– na realização dos nossos destinos"•.............. Partiu para a Europa RIO, 6 (Meridional) - Em avião especial, deixará Buenos Aires, ho– je, co mdestino à Europa, a se– nhora Eva Peron. O seu itinera– rio será Montevidéo, Natal e o Velho Mundo. Ao regressar, visi– tará o Brasil, a convite do nosso governo, sendo hospede oficial, conforme apurou hoje a reporta– gem, no Itamàrati. Passou pelo Rio Tito Schipa Em organização o X Congresso ·---- RIO, 6 (Meridional) - A UNE está tratando do Congresso Nacio– nal de Estudantes, para o que já designou varias sub-comissões, en– carregadas da organização do con– clave. Acusados de negJigencia na defer;a de Roma RIO, 6 (Meridional) - O fa– moso tenor italiano Tito Schopa ROMA, 6 (Meridibnal) - O passou pos esta capital, em tran- genernl Giacomo Carboni, acusa– sito para Buenos Aires, a bordo ão de negligenciar na defesa de do vapor "Del Sud ". Falando à I Rom:;i. contra a ocupação alemã, reportagem, disse que irá à ca- queix,:iu-se contra Badoglio e no– pital portenha e depois virá ao ve o,•1:ros generais, aos quais atri– R.in, afim de realisar· varias autli- r bulu ,' inteira responsabilidade -::.- . ..:,. __ -- -~- -·--- O sub~~omité de Investigações nos Balcans impedido de entrar na Bulgaria . RIO, 6 <M;) - O sr. Barreto Pinto esteve, hoje. na st~retaria ao TSE. exammando o recureo extraordinária interposto pelo PCB, JUn~ ao STF, contra a decisão que ordenou o cancelamento de seu registo._ Abordado pela reportagem, o sr. Barreto Pinto declarou que vai requere, também, o cancelamento do egisto da ai;remiacão pollt.ica integralista, o Pal'tldo de - ------ - Representação ~opular. rá o Brasil melhorar seus trans– LAKE SUCCESS, 6 <A.P.) - O 1:r. Luiz Nogueira Perto, membro brasileiro do 11ub-comité de In– vestigação nos BoJcáes, em tele– grama dirigido ao Ccnselho de Segurança da ONU, declarou que o sargento bulgaro, encarregado do posto da fronteira do monte Lipa, não permitiu, a 3 de junho, que o comité atravessasse a fron– teira, "devido não ter recebido instruções". O comité pretendia fazer, a pedido do governo gre– go, investigações em torno de um incidente e, em vista do ocorrido, limitou sua ação ao territorio he– lenico. o telegrama contem, ta:in– bem, a mensagem enviada ao go– verno da Bulgaria, relatando o in– cidente e a resposta do mesmo, pedindo sejam suspensas as in– vestigações, até onze de junho. A INGLATERRA OPOR-SE-A' A ENTRADA DA BULGARIA NA ONU • A QUESTAO DOS MANDATOS COMUNISTAS RIO, 6 (M) - Um V' ·,pertinu diz que, em seu parecer o sr. Honório Monteiro, memtÍro ·fa comissão, designada pelo ?SD, para estudar a situa,:áo criada com o focramento do 'pcB, sus– tenta que, não mais ~xi:-tindo o partido, automaticamente os par– lamentares que foram e:eito soo sua legenda também nã,, podem continuar defendedo, no Parla– mento, o programa da 'J'. ganiza– ção considerada Ilegal, face à Constitu!çll-o. O trabalho da co– missão será apresentado ao Con– selho Nacional do PSD dentro de 48 horas. O senador Vario Car– doso, seu presidente, está ouvin– do os lideres das bancadas, sõbre o trabalho redigido pelo sr. Ho– nório Monteiro. De posse das conclusões dos juristas, v sr. Ne– reu Ramos convocará os mento– res do PSD, para dis•aitirem o importante assunto do mandato dos representantes comnn'stas. DESMENTE O SR. HO"l'ORIO MONTEIRO RIO, 6 (M) - Abord.1>do pela r~portagem, a propósito c..a noti., LONDRES, 6 (A.P.) - Segundo ma de que era fovarP.vl. à apli– foi energicamente indicado hoje, cação imediata da medi0a, 0 de– por um porta-voz do Fore\ng Offi · putado Honório Monú-'iro, mf'm– ce, a Inglaterra poderá opor-se bro da comissão de ,i11ri::tas ~o à entrada da Bulgar!a, na ONU. PSD, designada para e~tudar a Disse o mesmo que a Grã Breta~ questão do mandato dos parla– nr_:i, ficou gravemente desaponta- mentares comunistas, 1'3.J•~ ao fe– d:1 com o pedido de um prazo de chamento do PCB, afi~•c:iou: - dez dias, para que seja admitida, "Absolutamente, não confirmo as em territorio bulgario, a comis- noticias. Tudo quanto di1seram a são da ONU, que investigará a meu respeit.o, considero pilheria. recente disputa na fronteira gre- E nada posso antecipa,· nesse sen– co-bulgaria. Acrescentou que es- tido. Seria incorrer em grave in– sa atitude da Bulgarla contrasta- delicadeza e até mesmo descon– va com a do governo grego e te- sideração aos meus companheiros ria de ser levada em conta com de comissão. Ainda nã'l tive con– o pedido que a Bulgaria poderia tac~ com aqueles compandeiros. (azer, após à retificação do tra- HoJe é que trocaremo3 idéias sô– tado d epaz, para ingressar na bre O problema a respeit•• .do qual ONU. Soube-se que a Bulgaria deveremos opinar. De'O••:s desse pediu aquele prazo para preparar entendimento, então, fàlarei ras– a chegada da referida comissão. gadamente, coi~ franqüe?ª ·- como O pedido de eLtrada foi telegra- [ coS t u~o dar mmhas opl".1.i(:es .\ e- ~ , - --• - - ~ nn ~ - --• - nrooosito da atual Sl ',IJ'l(lSI (\ l <> portes. disse: - "O Brasil deve melhora seus transporte.~ e Po• rã facilmente, tudo conse~uir, ilc– pois da restauraçil.-0 da r, 1 (1eda e da fundação do Banco (,entrai". Afirmou que o govêrno deve re– sistir, firmemente, a novr-i.s emis– sões, que farão agravar. cada d1& mais, a. situação econômico-finan– ceira e a política, adiantando : - "A hora é de patriotismo, bom senso e sacrifício". REUNIÕES POLfTICAS EM CASA DO SR. JOAO ALBERTO RIO, 6 (M) - De h:i muito o sr. João Albert.o, atual .P"esiden• te da Câmara Municipal do Dis– trito Federal, tem o habito de reunir, em sua residência, para. almoçarem, vários polfücos das diferentes correntes. inclt'.Give an– tigos revolucionários. c>1ja ami:;;a– de faz questão de cultivar. E, através desses repastas. costuma empreender muitos de <: P.us mo– vimentos de natureza política. Um matutino informa •ue, num dos mais recentes almo,;os, P.ste– ve presente o senador Luiz Carlos Prestes que, nesse mesmo dia. concedeu a entrevista or tem pu– bl!ca"il.a pela "Tribuna Popular", na qual faz violento aLaque ao chefe do govêrno, pedindo sua renúncia. INDISCUTIVEL A VITO.RIA DO SR. BARBOSA LL.11.A RECIFE. 6 (M) - Chtgando a esta capital o deputacl:> Ulisse, Lima, rePl'esentante po:"!Ssedis;ta pernambucano n~ Câma, a Fede– ral, declarou à 'lmpre'lsa que a vitória do sr. Barbosa Llma é tn– discutivel, esperando-se ,: r.le até o fim do corrente mês u caso de Pernambuco fique termi 'lado. Prosseguem os assaltos no Rio RIO, 6 (Meridional) - Apesar dos insistentes pedidos para que seja melhorado o policiamento da _ .. ·•- ·• - ____,...,....,..,..,........,.. .;- -.,.._,,.,,..or..... .._n~tft

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