A Provincia do Pará de 29 de julho de 1947

OIT O PAGIMAli PMiÇO : Cr$ 8,50 l 1 t , .. ....>a.DOR : ANTOlaO Ulll40S - «.irg~o dos "Diàrios Aasociados" - FUNUADv .t<~M 1876 _________________ ....,. __________ . ___________ :ANO LXXI BELQM-PARA-TERÇA-FEIRA 29 DE JULHO DE 1947 NUM. 14.902 A ssou O ACORD GLO- IE' ENTREGUE INTRANSIGÊNCIA MANTIDO º' 'FALTA AONU O CASO DE AMBAS AS PARTES SISTEMA JUIZO. E BOM SENSO'' ' A INDONÉSIA Malgrado O insucesso das negociaçoes DAS CAIXAS DIZ O SENADOR JQSE' AME'RJ(:() econômicas, espera a Grã-Bretanha ampla Levada a questão, 1:el:1 India, ao C. de Segurança LAK SUCCESS. 28 <R) - A :lntençã,, da India, de apre.~enta.r a guerr11 cla Indonésia à conside– ração do Conselho de Segurança. da ONU embora 'não tenha cau– sado sm pres:i aqui, propõs aos funcionários da ONU um proble– ma dific1l, pois a ordem do dia do Con~ldho de Segurança, está com– pletamente tomada. O:, técnicos esperam que a de– lega.;/io indiana invoque o arti~u 35, da Carta, que dá direito a qL,alquer membro da ONU a le– var à r.om; ideração do Conselho oc1 da Assembléia Geral, qualquer ( isp11ta sôbre a situação "capaz du determinar um atrito int.,r– t:3.c1ona1 '>. o Conselho ainda tem, na or– cle;:n do dia, a questã-0 grega e o relatório do comité dos estados maiores sóbre limitacão de arma– mentos. Deverá ocup·ar-se. depois, (::i problema das relações anglo– €Jip:)ias, decorrente da presença de tropa& britânicas no Egito. A INDIA NAO AJUDARA 03 REPUBLICANOS NOVA DELHI, 28 (R) - Pan– c'1t r~ehru respondeu negativa– m:cnte quando, numa entrevista cJm a imprensa, perguntaram– lile se a India estava cogitando ewiar ajuda militar direta à Re– pública Indonésia. Sôbre o rom– pimento das relações entre a Jn– di::1. e a Holanda, Nehru disse que o "problema imediato, para nós, consiste em su;;pender as hosti– lidades e. em segundo lugar, levar o assunto ante o Conselho de Se– gurança da ONU. O rompimento da3 relsções seria um gesto es– petacular, mas atualmente de:,e– jamos realizar algo e não apenas fazer geEto.;". BOICOTE CONTRA OS NAVIOS HOLANDESES expansão do comércio com a Rússia · LONDRES, 28 (Ri• - o fracasso da,s negociações comerciais anglo-~oviéticas foi devido à lmpo$Sibllid11,de I de se chegar a um acôrdo dlbre as con.ctições de pagamento, pelo!! :ruams, do crédito de 1941 - foi o que deelaro11, hoje, na. Càmarà dos Comuns, o m!ni:itro dn. Indüstrta e Comércio, 5ir Stafford Cripps. Tornou claro que a:; dificuldà• -------------– des decorrentes do. preço do tri- era obrt,ada a se comprometer go !oram superadas, nas últlll'las de maneira definitiva". fases das negociações. Antes do fracassado, o asi,ecto financeiro !oi estabelecido de acôrdo com todos os assuntos de <:aráter co– mercial, inclusive as quantidades, preços e condições de embarque. Foram assinados contratos pa,ra o fornecimento de madeira e ce~ reais. Chegou-se a um acôrdo, outrossim, sôbre a,s quantidades de maquinária a serem compra– das pelos soviétieos, na Inglater– r::i e pelos britânloos, na União Soviética. BOA A COLHEITA DE 47 O govêr110 soviétieo estava dis– posto a fornecer vastas quanti– dades de cereais nos próximos 4 anos, começando com um milhão de toneladas da c1:1lheita de 1947 que, segundo confirmou, era muito bôa. Mas, infelizmente, nã-o puderam chegar a um acôrdo, 5Ô– bre as condições do pagamento dos créditos de 1941, disse Cripps. CONCESSÕES BRITANICA,S "Enqu~nto nós e.stavamos pron– tos a satisfazer todos os seus pe– didos parlt redução das taxas de juros de meio por cento e de re– duzir 40 por cento para o paga– mento à vista. a respeit-0 de todos os contratos ainda não assinados e s;i,tisfazer, de alguma. marielra, o pedldo soviético, para aumentar o prazo para ô pagamento de todos os àdiantamentos, não po– demos aceit.ar todas as condições dos soviéticos. para · ultima.rmos o acôrdo. Pe fato, além da. con– cessão da tax11, de juros e dl!- re– dução do pagamento · a dinheiro, oferecemos dar satisfação ao res~ to qo pedido soviético, sôbre o pe– ríodo .de pagamento, de maneira que cobrisse 60 por cento de todas as contas velhQ.i; e novas. NAO FOI O PREÇO DOS CEREAIS O artigô da agência oficial so~ viética _desmente que a cau.sa . do fracasso das negociações tenha sido a divergência a respeito dos cereais, pelos quais a URSS es~ taria exigindo um preço dema– siado alto. "AmbM as partes coneord.1m Quanto ao i,reço de cereai11", dtz o despacho. "0 preÇO combina– do para. o trigo era consideravel– mente menor do que o pago pela Grã-Bretanha, . por · um grande earregamento de trigo argentino e mal.s baixo do que o preço atual– mente em vigor, no mercado ca~ nadense". RECUSA BRITANICA Relativameste aoi1 créditoll de cem milhões de esterlinos,. que a UR,SS obteve da Inglaterra, em 19-ll e cujos juros Moscou quis reà,uzir de meio por cento, de– clara a Tass: - "Os britànicD>'I recu5aram-se a aceitar a oferta soviética. No proi,ósit-0 de con- 1,egu!r um acôrdo, a nossa dele– ge.c;ão cancelou a propo;,ta no sentido do créd.itõ l'Jer i,rolongado, pedindo apenas, o prolongamento da metade. M.a.s a delegação in– glesa rejeitou,. também, esta pro– posta. ofercendo-se para prorro– gar apenas um quarto do crédito, o que evidentemente era inacei• tavel". BRISBANE, 28 (R) - O car– gueiro holandês "Grotkerk" par– tiu dest~ porto australiano com 400 roneladas de mercado:.-ias ainda. nos porões, em virtude do "boicote" do;; estiva.dores, que se comprometeram a não descarre- SEVER.AS :PERDAS gar nenhum navio da Holanda, PARA A ORA-BRETANHA TROCA DE· l\lIERCAOOIUAS ~ta diz a Tass, foi a segunda razão do fracasso da$ negociações. De acôrdo com a referida agên:. eia, & URSS queria 50.000 tonela. das de trUhos de bitola estreita, em 19~7, e 100 tonelada$ do mes– mo material, nos anos de 1948, 1949 e 1950. Queria, também, a URSB, cem mil toneladas anuais de oloodufus. país que consideram ter agredido « As concessões que estavamos ~ R~núhlir.'"' ndonó.~L 1 :-lir::ncw.::t~ o fA-!ZA imnli~~1,·A.m AI!!_ Mediante essas condições, o govêrno soviético se comprome- """'"' - ----•~••ft'" ili n.741: UT"at'•'l"llkA As C. Economieas continuarão a ter a mesma organização CONSTITUE AMEAÇA A AUSÊNCIA DO SR. AO PAíS "É GRAVE! RIO, 28 (M.) - Pros~egqiram, ontem, sob a. presideneia do sr. Luiz l'todolfo Miranda, no ilnpe– dimento à.o ministro da Fazen– da, os trabalhos da Vl Reunião PRESTES SITUAClO APARTES - NA e I o NAL" Congres.sual das Caixas Econom!- RIO, 28 {M.) - Mais uma ve:ii: voltou, cas Federais, orii. instalada nest::i, hoJe. à discussão 11-a Câmara, o projeto 2811, capital. Na referida ~essão, a mais de autor;a d1J deputado comunista Maudcio importante de todas, foi discu- Grn.bois. 1>edindo o pronunciamento da Casa tida a tese sobre qual o regime ·t d lt d PSD TSE 'b preferid,o para aqueles insti.tutos ª ~ec;pei O ª consu a O · ao · , so rr de crédito popular, it1to é, 0 fede- a t"xtinção dos mandatos dos pai:lamentares rativo ou o unitario, assunto que marxistas. Grande assistência. afluiu às g-ale• mereceu longos debates de todos rias e tribm:i.~s. os delegados estaduais: A te&e a- O JJtimeiro a falar sôbre o assunto foi Q presentadl!, pelo sr. C1lon Rosa. pess m~h bahiano Vieira. de Melo que defen- presidente da Caixa Economica do " . ' - Rio Grande do Sul, e que conclui.o rleu .º r,iarecu ~u- Comissão de Con_stituiça.o ~ pelo atu.11-1 sistema, que é o fe<te-1Just19a. llt> sentido de ser o requer,.m.ento .re– ra.tivo, foi relatada pelo sr. Ed- jeítado, por 1.ersar sôbre ma.teria "sub-judice". mundo de Miranda Jor~ão, di-1 A s~guir o socialista. Domingos Velasco retor do Conselh" Superior, que . ' - • defendeu em longo e fundamen- man1fe'lto11-&e contra a cassaçao dos ma'!J.d"! • tado parecer, o mesmo ponto de to:!, SalienLou que combatendo o comumsmo vista ~o· representante gaucho. comn o anti-(•omunismo, que acoberta a re'i\ • Disse, no seu parecer, que o que çào anti-clemocrática. car~cteriza, pois, o sistema fede- r!l,tivo, é a àdminlstração propria GRAVF. ERRO A CASSAÇAO DO REGISTO ou seja a autonomia administra- · Nos minutos finais da ses!áo, estava na trib~na o sr. Nelso11- Carneiro, quando surgi- 1-a-n 0.1 primeiros apartes da tarde.. Referi• ram-!'e à sit.iação dos deputados que trocam um p:utido por outro. O requerimento 288 con-• Utrna.rá na 01·dem do dia de amanhã.. . . . . . Na hora do expediente o deputado udenis ta Jurandir Pires Ferreira, secundado pelo s~. Café Filho, indagou do presidente quais ª"' providencias toma.das em face da portaria in– c<,nstitucioual do ministro da Viação, proibin– do a irradiação dos debates parJamentares, as– &l!.nto que o orador considerava de competen - ela excluiciva da Mesa. O presidente, que então era o sr. Samuel Duarte, declarou que a por– taria em apreço não chegou a ser publicada 1).,, "Diátfo Oficial", portanto a Mesa não po • dia. tomar conhecimento· da mesma. ONDE ESrA' LUIZ CARLOS PRESTES? A seguir o udensita gaúcho Osorio Tui11- tiva para determinada região ou dei,arta,:mento público, e 11endo di• versos, todos ligados entre 11i por um laço comum e de acordo com um principio geral uri.iforme. 0 orador seguinte foi O sr. Juraci Maga- tt reqUl.'1"8U ;lO pouer executivo informaçõ.-,;i lhaes, que áeometeu fortemente contra Oi!- sôbre o p:uadeiro do senador Luiz Carlos Pres. tes, indagando quais as providencias tomadas :Posto em dl.$Cussã,o o parecer o Congresso, após ouvir va:rios d >s seus delegadQS, decidiu pela co ·; - tinuação do atual sistema fede– rativo das CailPlS EconomicM, com restrições, ape?las, do sr. Arios– to Pinto, representante carióca. P:C,ANEJAJ.\U:NTO Em seguida, ai,reeiando a tn~ dagação sobre a necesidade ri. criação de um serviço especial de planejamento, afi:m de· facilitar e desenvolver as operações ativas e passivas d~. Calxas Econom.ica& Federais, resolveu: - 1.º Esta.be– lecer o zone11mento das divers unidades da Federação, levari.do • se em consideração a8 cond!ç demogra!icas e os meios de oo– municac;ão: 2. 0 Estabelecer os 1n– dice11 econornico-firh:p,ceiros des• sas zonas, através de estudo da produção agricola, pecuaria, in– dustrial, extrativa e rnanufltturei– ra, bem como do comercio e d e,!ltatlstica.$, ba.J.'1.carias e tributa• ria:s; 3.0 Estabelecer através des– ses estudos e. dessas pesql!~~.as· no adt-ptos de;, comunismo, mas reconbeceu que - "foi um grave erro a cassação do registro do pelas autoridades para esclarecerem o seu de. saparerimento. uma vez que isso, segundo afir Partido Comunista do Brasil, pois O mesmo mou, interessa à segurança nacional. acarreta.rã . outros erros inevitaveis, tais co · o \lltrlamentar comunista Pedro Pomar mo, restriçlíl's à liberdade de imprensa e reu · protestou contra a apreensão, por agentes da nião, crbndo-se, para os democrátas, 0 dile- Ol"dem Política e Social, de exemplares do jm·– ma de participarem de uma democracia sem o nal ".A Cla~se Operária", edição de domin1p comunismo ou de lutarern pal.'a que lhes se- último. jam a;;segurados os direitos ele que eles usa- O p~ssedísta- bahia110 Regls Pacbeco di- rão contra a própria democracia". rigiu um api!o à Mesa, no sentido de ser ra- A sea-uir falaram: o comunista João Ama- pldamente solucionado o caso do projeto t'!.e zonas Pidro::;o, defendendo o requerimento;' o prorn:,gação da. moratória dos pecr,.aristas, o :ressedlsta amu;onense Pereira da Silva, que qual deixou de ser sancionado pelo sr. nutra criticou a. atitude do sr. Ag11,111enon Magalb,áe$, em virtude de uma referencia errada a deter - na Comissão de Conatituição; o udenista. Soa.Ms minada lei. LembrQu que a moratória. expir.i Filho, que, expôs o ponto de vlata. do seui par- este lllês e os· banqueiros, principalmente o ido; o udenista bahtano Nelson Carnetro e o Banco do Brasil, estão preparando um golpe :ir. Pereira da Silv,1. mortal contra os pecuaristas. _______ .....;;;;;.. ______________ - ......... -- -------------~ • a1or xercito russo Não sabe o líder da UDN quando voltará a tranquilidade aos setores estaduais R:tO, 28 <M.) - A reportagem. abordou o sr. José Américo que, inicialmente esclareceu, contrari• ando o que foi noticiado, que não recebera o relatorio da comissão de juristas da UDN, sobre a lei de seguranc;a. Acrescentou que a. comissão executiva do seu par– tido é que tomará a decisão em torno do assunto, de modo que não desejava antecipar t!Ua opi• nião. Revelou que continua rece• bendo informações sobre a situa– ção em certos Estados, onde a11 pai– xões e o ambiente de nevosismc • agitação continuam. entravando oi trabaUios das administrações. Fri• zando que não 11abe quando vol– tará a tranquilidade politica áque– les setores, concluiu o sr. Jos6 Amer!co: - "Não é preciso in• teligencia par;. perceber que a si• tuação é grave. Basta juizo e bom senso- Mas até isso está faltan:– <lo". CHEGOU AO RIO O GOVERNADOR DO PA.RANA' RIO, 28 (M.) - Viajando d• automovel, acompanhado de sua familia, chegou, hoje, a esta capi– tal, o governador do Paraná, sr. Moisés Lupion. Entrevistado pelos "Diários .Associados", declarou. quanto aos objetivos de sua via• gem, que "vinha trazer ao co• nhecimento do governo federal a. ~ituação economica e financeira. do Estado que dirige, que por sinal acha-se melhor, atualmente, pois as safras do corrente ano são ex– cepelonais ". Afirmou, ainda, que a preocupação maxima do go– verno estadual é, no momento, co,:iseguir o e:scoamento para es• ta e;afra, de modo a se poder tra– z~ a co@eracão do Estado da

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0