A Provincia do Pará de 27 de julho de 1947

E mandou enforcar o pintor. 1 Meryem, o segundo artista, ao vêr o triste fim de seu compa• nhe1ro, achou prudente não imi– tar •a escola realista de seu ma– logrado ·colega. Isto de pintar l!IOberanos tal como eles são deu sempre mau resultado. E o ára• be retratou o rei fazendo-o per– feito em todos os seus traços fi– s10nomicos. Era aquilo uma ver– dadeira obra de arte. Enfureceu-se ainaa mais o mo– narca ao vêr o novo trabalho. A figura feita por Maryem era bela, e em nada se parecia com o ori– ginal, de nariz singularmente feio. - o Berzebú desse pintor quer l'J()mbar de mim - gritou, cole– rioo. - Esse retrato étn nada se parece comigo. E', antes, um ver– dadeiro escarneo. E mandou enforcar o infeliz Meryem. Chegou, finalmente, a vez d~ joven Fauzi Nalik, o pintor Birio. Estou perdido - disse ele aos seus botões. - Se pinto o rei de nariz torto vou para a fôrca; se lhe endireito a cara, zou enforcado. E todos na cidade já lhe la · Correspondência... (Continuação da. nona. par.1 sas cinematográficas enviam regularmente, para os os jo.:– nais e revistas d oBrasil, noti - ciárlo sôbre as suas a tivida - des. Acontece que no caso ci– tado por você, uma simples no– tinha sôbre o ator Robert Wal– ker, foi a própria Metro Gold– wyn Mayer quem nos enviou a lnformação. O nome original lnglês da pelicula é "The o, gining or the end" e a tradu • r;ão feita naquela nota é exa.h. .Você talvez desconheça o cri– tério dos titulos brasileiros, c1 •J contrário não estranharia P. diferença, embora tão peqne • na. Explique, si puder, porquP, "The Big Sleep", foi exibido n•) Brasil como "A' Beira do Abis– mo". Este é apenas um exem plo e o citamos porque a apra•– sentação do filme em Belém f;i feita recentemente, como tam • bem "Love Letters", que, ent;.•_,, nós, passou a se chamar "Um amor em cada vida". Agora o outro "gatinho", que você cis– ma em descobrir. Bobagem mi::1ha amiga, legitima toU ie de quem quer procurar falha~. Ou você gosta muito de nós ou nos · detesta. Por acaso, vo– cê conhece a história de J <J'i.– na de Lorena? Sabe o que é Lo• rena? Lo:-:·aine é a mesma sa que Lorena? Ou minh'•· •'·" r~ amiga desconhece que a p,1· ineira forma P. francesa e a -se– gunda inglesa? Peça encen<L ela em Nova York só poderi.t ser '.!hamada "Joan of Loren:i, ·. não é lógico? Finalmente, man – do-lhe ligeiros dados sôbre 1/'. vian, pois o espaço é pequeno para biografia completa. Nas - ceu em Newark, · Nova J ers,v h::í 25 anos, atraás, sendo bati - 11:ada. com o nome de Vivitrn Etapleton. Casada com Art. 'f'rank. Têm aparecido em d!.– lersos musicais da Tweni;y Century-Fox entre os quaii:1 naquele "Sonho de Estrela'' com Carmen Miranda. Puxa. você toma todo o espaço. Eaté domingo - JO, ONÇA PINTADA - Anto– nio Paulo da Costa 80J13a. - 10 anos ~{( \_ -1 - ' ~ DOM COELHO - Creusa Bastos Ribeiro - 10 ano SlmVICO DE ASSISTENOL\ MEDICA IX> Dr. ROBERTO LIMA JUNIOR Médloo do Serviço de Doença& Veno• reas do DEB - Ex-e.a1stente dos dta. Rabelo Fllllo e Luiz Guerreiro, Clo Hospital Gafr1t Olnle, Sifilll e Venereas - Partos - Ooen– çaa Sexuais 110 homem e na mulher. consultório: - Edlflclo Dlas Paes - Sala 111 - 1. 0 andar. das 2 às 4 hs.. Residência: Tito Franco, 4!7 A Pequena do Contra (Continuação da nona. pag.i peles. Ela que não soubera ad– ministrar seu lar! . . . Quebr!l ruidosamente, como fatalmen– te teria que acontecer. Procur.1 novos horizontes. Teatro? Já fracassou. Cinema? E porque não? A pr!melra tentativa foi tão desastrosa que um direto: prognosticou grosseira.mente; - "Você não serve nem par11, varrer o "set" 1 O mesmo disse, o segundo (. o terceiro diretor, ante 306 quais se apresentou. E de re - pente, sem que nlnguem, nem ela mesma pudesse explicar 'J fenômeno, chega à primeira atrtz; do cinema. E a últim 1 1: Renée Saint Cyt chama-se na realidade Raymond Vittore~. Quando escolheu a carreira ci– nematográfica definitiva pen• sou no nome que adotaria pau eer famosa. E elegeu. Renée Saint Cyr Porque? Porque Sa– int Cyr era o nome de seu cão favorito quando era pequena. e Renée era a. sua boneca pre• ferida. Digamos por nossa éon - ta que os crit1cos franziram a testa e disseram ao vê-la : "Fracassará."! e acrescentemos que, desde então a estrela dP. "Pamela", filme que ele acaba de concluir nos estudios fran– ceses ao lado de Fernand Gra - vey, já trabalhou como primei ra figura em trinta e duas I>P. liculas .•• o interior o p ri:,zJ e ate se1tta~ renra. ·' BAILARINA - Altair Rosa Pimenta MOÇA DE COSTAS Juarez Duarte Valente Balancas "DAYTON " • Cr$ 3. 000,00 , SERA ASSIM O VOVõ JOAO ? - Odllson Silves tre Falcão - 10 anos S amuel Le vv & Cia~ Ltda. CAMPOS SAlÉS, 13 - FONE1 2715 OUÇAM A: - \2197 ..RADIO TN~" PÍLU XAV E l UM PRODUTO DO IAIOKAT~ltlO u,Ga Di.~"-U M VIII .. ,.. MAS isso é agora, depois que matou os vermes do amarelão com as Pílulas Xavier! As Pílulas Xavier são de efeito suave, mas seguro. Além disso, não exigem dieta nem purgan– te. E poucos vidros garan– tem uma cura completa. As Pílulas Xavier níi 0 tem cnntra-indicacão. 101:AVE-l'rmMol'lllls~ J e que-ru.:;euc su~n,;nu-vtti ptts:t1> t:i::u,l1 largo, e bem dali, (apontando pa· ra o lado da parede do Grupo Floriano Peixot.o) começou então minha netinha, a grande ·fusila– ria, contra estas paredes que vês aqui, e enquanto :Isso, outros cor– riam como loucos, se atropelando U:t: J.CYUU--U, k-1Q.,I.U, o;:,\,U:A, ~~i,,:r"'"• _"'°._.. mãe foi sabedora dessa má ação e em pranto& lhe disse : Meu fi– lho : ·Eis ó castigo de quem mal- · trata os passarinhos. Portanto meus meninos, não de– vemos maltratar os animais. uns nos outros, jogando archotes O VEADO E A MOITA para. o interior do prédio do jor- Wal7v Bittencourt Ferretra. 13 nal ; e ainda outra turma de mal- feitores atacava do mesmo modo. anos. Para o Vovô João a residência particular daquele Perseguido por cruéis caçadores, que somente bene!iclos tinha fel- o veado escondeu-se bem quieti– to para nossa Belém. . . nho numa certa moita de folha.- Dois grandes incêndios entao gem cerrada. O abrigo era. 11egu- 11e ver1flcavam nesta capital, na- ro, tão seguro que por êle pa..ssa.• quela noite, e por mãos de ho- ram os cães sem perceber coisa mens que bem sabialJ' " mal que nenhuma. praticavam. Salvou-se dessa, o veado. Mas, Eram advogados, médtcos e jor. ingrato e imprudente, apenas ou– nalistas, que todo e1SSe grande e viu latir a.o longe o perigo, es– tenebroeo crime praticavam. .. queceu o beneficio e pastou a E não sa.tl.sfeitos, montaram benfeitora desoindo a moita da ainda guarda diante dos dois edi- eepê~a folhagém amiga. !feios, a vêr que fim teria levado Fez e pagou . o velho Lemos e se dentre ague- Dias depois voltam à carga os les escombros todos, êle ainda sai- caçadores. Os cães ac!¾sam o vea– ria vivo. E na manhã seguinte, do, que, corre. velozmente em minha netinha, ele vendo que o procura da moita. Ai! V!tíma procuravam para o matar, sae de da sua ingratidão, a moita, nua uma barraca do seu terreno, dede fôlhas e reduzida a varas, não \•••afâi: 111a•uiehE?Wfl Mil &.M. l:DITA(rl:IA R.liRSPRR rltRf'/fl,499•(.POfl rRL 1 2 8 ra "- '901 i 11~-tND. TEUlilr'V/COR. tBtl.lM l>Rlifl BRRJÍÍ. KOlH VIGDll·IIGUl/:TON/rll•GINGER·RI.E G U A R A N A' D E G U A R A N A' - só- G PRODUTOS m::~n•:~~dffl-~ ii Cllnlea d-, doença• da nutrição • do apllNllho dt Ivo do {; 1 Dr.Afonso Rodrigues Filho ~ Ou1'$0 de eapectaliznçào no serviço do prOl Rooha Vu. da 1 Universidade do Brasil . I • E•toma.,o - Flfado - Intestinos - Dl•beto - Obe■Jdt1fe - M&tnsa - D"te 11rl a • E nt11bac:6e• diJodennls para efeit os diagnósticos e tuaptúltc 1 Oonaultório: Trav. Padre Eutiquio, &7-altoa : Resfdéncia: Av. 8Ao J eronlmo, 711 ij Consultas : Da:s 1 0 às U e da■ 111 às 18 boru .. • LICOR DE CACAU 'l<A VIER, 1 as o tombdruelro ani, ortançu "Bonito". Ora não me meta., na dfsct18Sl.o de vocês pois eu sou · necessArlo à. frase, auxilio sempre OG ou– tros e não me gabo do qqe faço. Disse o parente de "Bonito" que era o "0" . Quem ? Tú és nece~io ! Ré., rã, rá, rã - fez o ''Bonito". FÓs·– te colocado ai simplesment,e pata ocupares lugar na lousa,.; que é muito grande. · Sua orgulhosa, comparemos nossas funções ·taxionomtcas e ve– jamos quem é mais nece.s11a.rio. Eu e meus irmãos determtnamo.s, Individualizamos, restringim_?.~ li– mitamos, precisamos a signulca• ção vaga, imprecisa e indetermi– nada d08 substantivos. E til sim• plesmente qualificas. O "E"' e o "Meu" nada dis.ser'l_m e fica– ram apreciando a disa.lSsão. O "0"' e o "Livro" calaram-se en– quanto o "Bonito" ficou basofl• ando. Eu sou a báse da. coletividade desta frase. Pobre dos outros·&ein meu auxilio, · principalmente do sr. "Livro" . E continuou com uma porção de lorotas. Dai a minutos, a profeuora. voltou-se para a lousa afim de dar a explicação.. Depois de ta– lar certo tempo sõbre "Bonito" pois a aula ver~ava. sôbre adje • tlvos qualificativos, d1S&e que há quatro espécies de qualificativos: restritivo, explicativo, pátrio • verbal. Dis~e então que a pala– vra "Bonito" estava dando um• qualidade restritiva, temporária sendo wn qualificativo retritlvo e que "poderia.mos tirar esta pa– lavra sem que a frase mude ou perca o sentido" e continuou: O livro é meu tem o mesmo sentido de: - O livro bonito é meu. "Se tirarmos outra palavra, • frase perde o sentido ou fica com sentido muito vago . Vejamos : Livro bonito é meu. O bonito é meu. o livro bonito meu. O livro bonito é , Depol.8 da explicação ouvida. com atenção pelos alunos e sa– tisfação às outras palavras que riram do orgulho do ·'Bonito", a professora passou a esponja, an,a– f,ando a fraoe. Vejam meninos 1 como o orgulho é .febre pernicio– sa que devemos evitar. Pobres dos orgulhows como o "Bonito", que se julgava muita col~a e nem sabia verdadeiramente o que era. Depois que soube que era temporário e seus serviços eram dispensáveis à CQletividade, SO· ireu uma decepçao tremenda . Nã.Q r;eja iwsim como o "Boni– to'', menino, pois na coletividade um precisa de todos e todos pre– cisam de um . Não jogue ao ros– to de quem quer que seja, o que fizeste em teu favor . Evita o 01·– gulho e as más companhias que levam aos piores vícios, porque somos idênticos áquela frai e. Aparece:nos escr1t,o6 na lou~a ela vida e de repente desaparecemos sob a humanidade ele um!'. es– ponja molhada, e vamos JUt mr contas com o St'{lremo do que f1 • zemos na terra . Portanto sê est;udioso, trabalha- dor, cumpridor dos teus deveres para que nunca faças um papel que requer a piedade dos outros como fe& o "Bonito'' Para comprar ou vender acons~lhamos procurar a ········ ·· .... , .... , ......................... . CASA CAHEN, que orerece sempre as maiores vantagens. 13 de Maio, n. 153. (2,363 ~ ... l:iU.\ e N. 0 ........... .. .......................... . ..... . l·OCALIDADE . ...•.. . . , •. , . •. , ..... . ... . .. . ... . .. . .. . MUNIÇJPIO .. ........ ,, .... ,, .... ..... .. ....... . .. .. ..... ..

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