A Provincia do Pará de 26 de julho de 1947

L SEIS PAGINAS 1 ~REÇO: Cr$ 0,50 5 l t - . . ..;AJJQR : ANTONIO LEMOS - tirgao dos "D1ãr1os twsoclaelOS" - FUNuAJ.>v AN O L XXI BEL~M.PARA- SABADO, 26 DE JULHO DE 1947 NUM. 14.900 USO DE CO FIANÇA O SR. COSTA NETO SURPRESO QUER A RUSSIA O CONTINOA O NÃO O PROPRIO DOMÍNIO DO MUNDO AVANCO DOS DEIXARA' O .. GOVERNO o PRESIDENTE O govêrno russo ousará se arriscar a uma HOLANDESES JN 1 TERVENTOR guerra contra os EE. UU. quando possuir a PERNAMBUCANO Tería o sr. Dutra afirmado não ter qualquer participação na lei de segurança RIO, 25 (M) - Em sua. edição de hoje, um vespertino revela que até o sr. Dutra foi .surpreendido pela nova lei de segurança. Acres. centa a informação que o chefe do govêrno fez essa confiS.são an– teontem, quando compareceu ao !nstituto Histórico, afim de se empossar como presidente de honra do Instituto Histórico Nessa ocasião - acrescenta " jornal -- o sr. Dutra teria con– fessado ao embaixador José Car– los Macedo Soares que ficou sur– preendido pelos termo& do pro– jeto, que não tivera tempo de ler. acedendo em sua remessa ao Congresso movido pela confiança que lhe inspirava o sr. Costa Ne– to, que lhe dissera tratar-se .so– mente da codificação de leis es– parsM, para ajustá-las à, Consti– tuição vigente. Conclue-ee assim que o sr. Dutra não teve qualquer participação nessa iniciativa. Alu– dindo à repulsa geral à nova lei de segurança, destaca o vesper– tino que até o sr. Felinto Stru– bllng Muller diz-se contrário à mesma. - NAO BE REUNIRA O PSD RIO, 25 <M) - Abordado pela reportagem, sôbre a lei de segu· rança, o sr. Nereu Ramos decla– rou: "O PSD. continúa a apoiar o presidente da República, como tem feito até agora". Adiantou que nã-0 tem fundamento a noti– cia de que o PSD iria reunir-se para examinar a nova lei. AMANHA O RELATORIO DA COMISSAO UDENISTA RIO, :?5 (M) - A comissão de. slgm1da pela. UDN, para apreciar a novo. lei d e segurà.nça, deverá encerrar rma tarefa amanhã. apresentando um relatário e, di– reção do partido. Esse .relatório, segundo apurou a reportagem, constará de uma parte crítica e outr;1 contendo sugestões. Adian– ta-se, no::. círculos políticos, que a UDN não aceitará a idéia de um le i es:ne.-J,i.J .,m, t.õr nn ,u : bomba atômica WASHINGTON, 25 (Associated Press) - O presidente J. Parnell Thomas, diMe que a conússão de atividades anti-americana;s da Câ.– mara dos Deputa(los entregou ao . Exército, a Marinha e ao Bureau Federal de Investigações (F. B. I.), as provas de que agentes oo– ,;iéticos obtiveram -informações militares ~bré aviões e subm.i,rinos norte-americanos. As provas foram dadas. ontem pelo russo Victor Kravehenko, que rompeu com o regime sovié– tico. Disse êle que o govêrno 50: viét1co está seguindo uma politi– ca exterior que certamente leva– rá. a ruptura com os Estados Uni. dos e a guerra. Quando o govêrno ru5so de– pôs o primeiro ministro da Hun– gria e começou a eliminar 03 úl• Um,os vestigios da ·dempcracia na Hungria, o presidente Harry Tru– man afirmou que tais fatos eram um ultraje, e muitos amertea~os surpreenderam-se diante desta nova prova d,a determiriac;ão do sovêrno soviético em controlar toda a Europa. Porém, nada · devia nos sur– preender, pois desde há muitos anos que se tornou - evidente que o objetivo ulterior do govêrno russo é .a hegemonia mundial do comu n111Illo, e ja1T1~is deixa, pas– sar Por alto qualci'l\er oportuni• dade de submeter novas 7,1:mas a sua tlr&nla. Com um bom l! :3ta.do Maior, o govêrno russo muda de estrate– gia e de t6.-tieas em seus esfor– ~s para conseguir a. co11qÍlista mundial ; porém, .seu objetivo nunca se modifica. Quando se sente suficientemente f9rte para avançar com impuntdade, ava_n– ça. Quanto teme que se lhe opo– nha uma fôrça superior, detem– se e chega as vezes a retroceder. A estrategia e as táticas de con– qulsta.c;. empregadas pelo govêrno russo foram explieadas detalha· damente por Lenta e .Por Stalin, porém a maioria dos americanos não se tomal'am ao trabalho de ler suas obras do mesmo inodo nós. que- não tivemos o tra~ho clf< cer o "Mein Kampf" de Hitler até que estourasse a guerra em 1939. A verdade simples e clara é, que Stalin. como Hitler, não st deterá. por st mesmo, sendo ne• cesstrio de algo, m11,iS forte para rtJ b :.c:.n •A..r.l"lnt91.'.'! pulações a seu potencial de guerra. Na Europa, a Unlão Soviética está empenhada a abrigar 118 mi– lhões de poloneses, estonianos, letonios, lituanos, alemães, rume– nos, iugoslavos, hungaro11 e alba• nezea. Na Asia · está tentando absorver cêrca de 130 milhões de chineses e coreanos. b) - Colocar sob o juio totai, três paises da Europa que se en– contram dentro de sua orbita, porém, que não estão ainda ln– inteiramente escravizados: Tche– coslovaquia, Finlndia e Austr!a, cujas povoações combiqad8$ so– mam 25 milhões de pessoas. e) - Conquistar a França e a Italia através dos Partidos Comu– nistas que representam as quinta colunas. d) - Manter uma pressãé cons– tapte .sóbre · a. Grécia, Turquia, e ·Irã, de modo a que esses pa!ses não possam suportar por muito tempo a oposição e sofram um t-Olap&,. e) - Provocar por meio da guerra continua e a agitação in· terna, o cá-Os político e econômi • co na China pelo exército comu- nieta chinês. · f) - Estabelecer seu contrôle s6bre: a Indo-China apoirg1do aos oo~nlsta.s que se apoderaram da direção do Movimento de In– dependência da .Indo-China. g) - Aumentar o contrOie co– n.unistas nos sindicatos traba:.h!e– tas em toda a América La.tina. afim de esta.belecer onde for pos. sível, dentro de nosso bastão in– terno, govêrnos controlados por comunisw e desse modo adqui– rir ba.se.s prôxima.s das quais po• derê. nos atacar. h) - Aumentar o contrôle co· munista nos sindicatos trabalhil!• tas dentro dos Estados Unidos afim de prejudicar por meio de greves, o auxilio dos Estados Uni. doe aos paises democráticos que resistem à prés.são soviética, e 1'18.?'A. ter em mão. nara seu em- Terminado o avanço para o norte - Pouca oposição militar ENCONTRAR -SE-IAM OS SRS. SOM ENTE BEVIN, B.ID_4.ULT E MARSHALL COM ORDE~I BA'l'AVIA, 25 (R.) - Grupr.s . WASIDNGTON, 25 (R.) - Bevln e Bldault parllci'pação da Rússia indispens.avel para o a- republicanos armádos deste- pensam realizar uma viagem a esta. capital, nos cordo. · .charam, na ilha de Sumat1'a., melados de agosto, afim de di8cutlrem, com Mar- Marshall negou que tive55e renovado o ofereci– dois ataques contra Bindj:i.i, shall, o acordo final para a questão relativa. à pro- mento desse pacto à. França, quando esse país pro– ao nordeste da ilha. Essa lo~a- duçã,o Industrial germanica. e sua inclusão no pia.no testou contra o plano anglo-americano para elevar }idade. segundo O comunlca;b Mar11ha.ll, de auxlllo à. Europa. o nlvel da industria alemã. e recusou-se a declarar , OBJETIVOS . DA REUNIAO se se chegara a. algum acordo com a França sobre o holandês, acaba de ser ócupii · A reunião dos três ministros estra.ngeiros rea,- nivel de produção da Alemanha. Marshall desmentiu de pelas tropas batavas. '01 liza.r-11e-á, ao que se diz, pouco depois da.s con- que a França fosse tomar parte na proxima confe– grande o numero de armas versa.ções anglo-a.mericanu-sobre o carvão do Jtuhr, rencla sobre o Ruhr, e não declarou se :tora man– confiscadas, enquanto O aV3.!l• as quais deverão inciar-se nesta capital. O principal tida a data. marcada anteriormente para a mesma ço de Palemberg, porto petr.:i- objetivo da conferencia é, em primeiro lugar, aca- conferencia. bar com os receios franceses sobre ·o ritmo, cada ATAQUES DE MAROZOV lífero _de Sumatra, chegou a vez maior, da produção germanica, que 08 Estados LAKE SUCESS, 25 (De Max Hàrrebon, da As- Batuj a, a 160 quilômetros d:, ünirlos, consideram essencial à. reconstrução econo- sociated Press) - O delegado soviético Alexander cidade, diz o comunicado. mica da Europa,. - - Moroiov, em reunião do Conselho Economico e So- . ~crescenta que não há vfr-1 ~ECEIOS BRITA~ICOS clal da. UN declarou que certas nações poderosas - tualmente oposição mllitar na Depois, dlS(lipar a inquletaçao britanica de que presumivelmente as democracias ocidentais - esta- , · 1 d . ·os Esta.dos Unidos recusam-se a discutir, na. con- vam tentando estabelecer uma ditadura economlca :i:ona ocidenta e Java. Diz ferencia do carvão, as continuas e pesa.das despesas, sobre os países menos ·desenvolvidos do mundo. mais que Cheribon, fo1 con- em dol:tres, em que incorre a Inglaterra, nas zonas o dillCurso de Morozov foi interp.·etado como um quistada de surpresa, na quar- combinadas da Alemanha ocidental; e fina.lmente, ataque direto tanto ao Plano Marshall com~ à dou– ta-feira.. Os :republicanos nio obter o acordo trl-parte, sobre o plano industríál trina de Truman, de auxilio militar !WI! países amea– esperavam fosse ela. atacacia para. a Alemanha.- e o lugar que esse pláno deve ter çadOfl pelo comunismo por terra no esquema geral para a reconstruçã,o economica da Morozov pediu à. UN que se recusasse a a.pro- . Europa. ocidental. va.r quaisquer emprestimos interna.clonais para fins Terminaão o avanço para NAO TEM CONHECIMENTO O MINISTRO militares e insistiu em que se deve por um fim à inT o norte • DO EXTERIOR FRANC:E:S terferencia nos negocios economlcos interno11 de ai- O bairro chinês muito sofreu PARIS, 25 (R.) - Porta voz do ministro dos guns países por outros países. Diz O comunicado que as bai _· -:--..strangeiros d~Iarou não ~r conheci~ento de qual- Ao mesmo tempo, Morozov pediu a Imediata. exe- h i -- · quer pia.no de viagem de B1dault e Bevm a Washing- cução da. resolução da Assembléia Geral relativa à, :r.a.a O andesas sao de 32 mor · ton, onde seria discutida a produção industrial da reduçio mundial de armamentos declarando que es- tas e 41 feridos, havendo 7 de- Alemanha. "Não temos, frlzou, nenhuma informação sa resoluç/í,o era emencial ao progresso economico, saparecidos. A . ocupação cte sobre o a.ssunto". Morozov falou durante os debates sobre o re- Manuban, pelos holandeses na A CONFERl:NCIA SERA' REALIZADA latório da Comissão .Eeonomica. e de Empregos costa setentrional entre :S~ta- PELOS CANAIS DIPLOMATICOS , em que, há algumas semanas, travou uma. batalha via e Cheb1don, .significa que do Íx~fo~~~l~~R~u;- ~:f: ;;: !~J:':!'~rl! ~~=!ª p:a~~d~~~~~~blr emprestlmos ln- as tropas holandesas termina- Washington, em futuro proximo. Comentava-se a O delega.do :francês Georges Boris negou que ram seu avanço para o norte, informação de que Bevin e Bldault poderiam ir a houvesse, como declarava o delegado 110viético, "a. a partir de Subang, que estaria Washington, em meados de agosto, afim de realiza• tendencia, a- fazer vitimas das nações mais fracas em em chamas. rem uma entrevista c::om Marshall. beneficio da.a m11,ls fortes". · A maior parte das terrd.s .Acredita-se, aqw, que a troca de opiniõ~ entre O delegado tchecoslovaco Ladislav Radlmsky, lti d - Londres, Paris c WashinirtGn, a, respeito do n1vel da apoiando a delea-ação soviética, instou J)Ol'que a Co- cu · va as de$ta regiao são de industria. alemã, será provavelmente reafüiada pelos mi8Sáo Eoconomlca e ·. de Emprego fizesse valer a. Própriedade da Anglo Cltttch cana.is diplomaticos. sua jurladição sobre a Comissão Economica estabele- Plantation Compariy, com se- DECLARAÇÕES DE MARSHALL cida.. em Paris para à. execução do Plano Marshall, de em Londres e Amsterdam. WASIDNGTON, 25 (Reuters) - Em entrevista declarando que era dever da UN coordenar todas Esta firma é a maior possui . c-0letiva. à Imprensa, Marshall declarou que continua a.11 questões economicas, não somente nas organiza. d d te lt1 d aberta. a proposta. dos E11ta.dos Unidos ·para um pac- ções da UN, mas "em todas as organizações inter. ora e rras cu va as dnl to de 40 anos entre os "big-four" para impedir no.. nacionais que tratem de questões que caiam sob a Java. va agressão alemã.. Acrescentou que considerava a sua competencia". li DO SR~OUTRA Também o pte. da Assembléia aguardará instru~ões 1 RIO, 25 <M;.) - O sr. Amaro Pedrosa., intenentor de Pernam• buco concedeu •sensacional entre• vista telefonica· ao "Diz.r:_, da Noite", sobre o ambiente reinante no Estado, com a promulgação da constituição. Perguntado se entre– garia o governo ao pre11idente da. Assembléia de acordo com o dispo– sitivo das disposições transitol'ias da constituição de Pernambuco. respondeu: "A despeito da pro– mulgação da constituição estadual, não· me julgo autorizado a passar o governo senão mediante ordem expressa do presidente da Repú– blica, de quem sou o representan• te aqui. "Interrogado sobre a pos– sível dualidade de governo, com a posse do presidente da As6emb1éi3. respondeu: "Acho que a Assem– bléia não fará isso, mesmo por– que seu presidente comunicou-me que só assumirá o governo caso o delegado do presidente da Repú– blica esteja disposto a entrega-lo". Inquirido se estava agindo de a• cordo com as instruções do . sr. DutM, redarguiu: "Claro. M-cs– mo porque o caso da sucess,áo de• pende da decisão do STF, sobre a consulta que lhe foi feita i.,elo Ministério da Justiça". Interpela• do se havia verdade em torno dos boatos sobre tentativas de sub• versão dá ordem pública, afirmou o sr. Pedrosa: "Até agora todo o Estado está em ordem. O governo está capacitado a, com força su– ficiente, reprimir, em qualquer e– mergencia, qualquer tentativ& de alteração da ordem pública"• PERDEU MAIS NOVENTA E UM VOTO■ ~~---

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