A Provincia do Pará 22 de julho de 1947

!'ágina 6 A. PROVINCIA DO PARA Dimas Teles ·pedirá, hoje, ao ------------------ R - 111atard e CARTAZ DO DIA p Comentários Qtfl o ioso inspirou se 3 a Impôs, 1, O 1\10 ani:eaonte NILO FRANCO Mais um clãs.,tco, o clássico maior da cidade, e mais um espetáculo digno de ser visto, compensando plenamente os quinze cruzeiros cobrados nas büheterias. Houve um bom futebol, com apreciavel tentativa de td~fcas. E houve, sobretudo, disciplina, cordialidade entre os joga– do-e,, que chegaram ao assombro de troec,r ruidosos abraços ao fim do jc,go. Decididamente, as cousas estão mudando muito . .• Os t,0rcedores brig6es, que gos,tam de trocar desaforos e sopapos, sairam um tanto desconfiados, os que venceram sem. saber como festejar a vitória e os que perderam sem achar um jeito e na ca– beça de quem desforra a derrota .•. 2 A F. P. D., não resta clúvida, fez urna fiscalização rigorosa, · rtgorostssima. o presidente· Brazão e Silva esteve um "féra" nos portõe~, com o tesoureiro Medeiros, os tenentes Del vecchio e Leal e tms outros mais abnegados. · Os -ftpenetras" passaram baixo. Pelos port6es não se pas~ava sc,n haver transitado pelas bilheterias ou sem exibir o cartdozinho de identidade, do clube ou da mentora. Deu duro, o presidente Brazáo e, !!ºr isso, houve gente que teve vontade de engulí-lo vivo. Mas, a policia andava sempre por perto, col.aborando, com sua -autoridade, no serviço, e os "antropófagos" re- solviam csfrjar o "apetite". , o resultado foi que a renda, com todos os buracos que há no comyu do Remo, roçou pelos quarenta. mtl_ cru~iros, muito :para considerar em se atentando que os Fla-Flus r~gionats, P?r tao a rm".Lde repetidos, já vão perdendo o interess~ mais _alto e, ainda~ que o Mosqueiro, nestes domingos claros de ver~, esta atraindo milha– re-~ de aficionados, que preferem a companhia e o deslumbra_mento dt,s sereias nas praias do Chapéu Virado, no Farol, no Muryi,~ra. no Ariramba ou mesmo nap raia Grande, os tubarões, aos 1e1us, aos aracatts e aos soiás do futebol... • . Se continuar como anteontem, as cousas entrarao nos f!UOS e os •·cmnnas" vão· perdendo o vicio e passando a gemer na~ _btlh~~ertas. E vai ser como aquela história dos calos. No prtnctpio doi, mas d<:1 :,is acostuma... d Sapequei esse "3" aí com vontade d.e falar no camarote os cronistas. Mas, é melhor ndo dizer n!!da sendo a F_. P. D. e os clubes acabam descobrindo que, tirando os cronistas. de lá, os pouquíssimos cronista&, e começando a. vender in- gressos especiais para o camarote, arranjam renda 11f(lior que em todo o resto d~ arquibancada. Porque, ô lugarztnho procurado .•• Reunirá, hoje, à noite, o Paulista Haverá hoje, à noite, na sede so-suntos concernente.~ à vida aoelal • esportiva. deete grêmio. · c!al, importante reunião para os O sr. presidente encarece a pre1en• . • Paultstanos", attm de tratar de as-çB de todos os Bl'!l. diretores. AS TE a • /lltl esc1sao de Pela segunda vez este mês, Re- os alvi-azuis tirar p~rtido desse mo e Paisandú, mediram forças l domínio, que não tP.ve reflexão no anteontem, à tarde no estádio da marcadcr. Tjto Franco, repetindo ao públi- Vencida essa fase, cs remistas co que até alí acorreu o mesmo equilibraram as Jog5,das e muito espetaculo magnifico de há oito não tardou então, que inicia.ssem, dias atrás. a µma bola magnifica de Diler- Há" que se reconhecer que, na mando que All.:izio não poude de– primeira peleja, os dois b=dos, do ter, a marcha para a vitoria. ponto de vista técnico e tático ti- Na fase final, duas substituições veram um melhm: empenha, mas nada certas, as dos meios, comple– náo tão acentuadamente superior tado o erro com a saida de Soiá que houvesse sido de molde a que- e o deslocamento de Dangoso para bar o espetaculo da de anteon- 2, extrema· inteiramente a harmo– ·tem. nia de conjunto 11u vinha notabi- A Remo couberam os louros lizando os bicolore~, tirando-Ih~ as maiores da tarde, porque não lhe restantes possibilidades de exito. faltou, nos noventa minutos de jo- E os papeis se inverteram nesse go, o senso das oportunidades, período derradeiro, passando o .Re– coro o aproveitamento, a precei- mo a dominar. to, do menor descuido do adver- Mais babeis e, mesmos, mais fe– sário. lizes no aproveitamento das opor- Venceu, por isso, justamente, tunidades que se lhe apresenta– dignamente, enchendo de jubilas ram, os azuis foram, então, cons– a legião imensa de seus aficciona- truindo o marcador, até as três bo– das. las contra uma com que terminou Foi uma vitoria palmo a palmo a partida. con(luistada, depois de um largo periodo inicial em que 0 grande esquadrão teve que suportar, com um estoicismo e uma tenacida– de britanicas, o bombardeio! cons– tante e impiedoso do inimigo au– daz. Bem por isso, a vitoria azulina na tarde de anteontem, assegu– rando um lugar 1e!initivo, nas suas vitrinas, para a Taça Adria– no Borges, foi uma vitoria bri– lhante e enobrecedora. Justo, por isso, o jubilo dos a– zuis. O Paisandú pisou o gramado praticando um futebol aprecia– vel, com suas linhas em bom en– tendimento, num jogo seguro de passes, e isso lhe permitiu exer– cer por um largo periodo de tem– po, na fase inicial, acentuado do– min!o territorial. Não souberam, entretanto, ou não puderam, por fatores varios, seu Uma figura teve atuação des– tacada, excepcional, até, na pele– ja de anteontem: - o goleiro Ve– liz. Nos vinte e tantos minutos em que o Pa!sandú dominou territo– rialmente, os azulinos tiveram em Veliz a barreira a resistir, im– pavida, ao assédio inimigo. Isan e Espedito foram outros grandes valores da defensiva, se– guidos de Cunha, quando acer– tadamente foi convocado a subs– tituir Pelado, enquanto, . no ata– que, apareciam D!lermando e Boró. ' No Paisandú, A!uizio, Bria, Ma– nuel Pedro, Pedro, Aracati e Saiá, tiveram, nessa ordem, atuação des– tacada. O juiz Alberto Malcher repetiu suas arbitragens anteriores, agin– do com acerto e assegurando o maior brilho da tarde. Remo Terça-feira, 22 de julho de 194'1 • r escisão do contrato 1 SS. TRtS FLAGRANTES DO REMO 11: "'.USANDO' DE ANTEONTEM