A Provincia do Pará de 18 de julho de 1947

upn, vc:1u1nuo a aata, prestar- 1\),e-ão diversas manifestações de estima e apreço. NASCIMENTOS SÊRGIO e PAULO - O lar do gr. Wilson Cunha Lima e de sua espôsa, sr~. :Maria R.enée de An– drade Lima, viu-se enriquecido com o nascimento dos garotos Sérgio e Paulo, ocorrido ontem, ua l'lliaternidade da Beneficente Portuguesa, quarto n. 47. ].<"'ESTAS SANTOS DUMONT - No pró– :l(irno dia 27, o Santos Dnmont Ólube vai reabrir os salõs de sua sede social, à rua 28 de Setem– bro, 308, para realizar uma ani– mada matinal daru,ante. Para essa festa foi contratado o Batutas do Ritmo. MOVIMENTO HOSPITALA D. LUIZ I Entraram - José Gomes Vieira, Terezlnhà de J1esus .Ramos, Antonio José de Casi;ro, Mar!a José Mcutrnn, Cs.rollna Costa e Amella Tereza Amo– rim. Salram - Maria dos Anjos L!ma, Pal,mlra Pinto .Marcento, Manuel Vic– tor da Costa, Manue1 Mota, Marlt, .A.mel!a Martins Figueiredo, Armand0 Crlsotlno dos Reis e Alexandre Le– mo.s Jewaky. Total - Entradas, 6; saldas, 7. SANTA CASA Pensionistas: Quadro sem ç!o. Indigentes - Entradas. 10; 8. Pavilhão Infantil - Quadro eem alteração. Maternidade - Pensionistas - En– tradas - Maria da Co~ceiçã.o Silva, Raimundo. S!lva, Neuza Gomes e Ma– ria de Lourdes Melo de Mesqults.. Se.Idas - Não houve. Indigentes - Entradas, 4; saldas, 6. ORDEM TERCEIRA Pensionistas - Entradas - Ma– nuel Epi.fe.nio da Silva, Cellna Xavle: do Ne.s1;imento, Odr-)e Paes da Costa e Germe.no de Jesus Ribeiro. Saldas - Não houve. Indigentes - Quadro sem altera– Ç!\O. Mariz, que vinfia ·desligado da Es– cola Militar da Praia Vermelha, viajando como prisioneiro, com 83 companherros, a b~rdo do transporte de guerra "Carlos Go– rn.es" , num cruzeiro que demorou 45 dias, com permanência flm Fernando Noronha. Desde 1897, que Romeu M:ariz atua na Amawnia, ~ p.do ~qui formado sua cultura e constitu1do familia. Como politico, foi eleito duas vezes deputado estadual, sendo lider da bancada Conservadora. Iniciou a sua vida de imprPn- sa, em Manáus, com Anibal 111:n.S– carenhas, João Leda, Luduvico Lins e outros. Regressando depois a Belém, entrou então para A PROVIN– CIA DO PARA, em 1905, tendo publicado vá~·ios livros, em prosa e verso. DOMINGO! - ..........,....,...... .1,.v.a.'"'.a&...-.v.1.a~u ADVOGADOS Trav. 7 de Setembro, 79• Sala 1 (2694 í": A SEGUIR: _ "YOLANDA" _ com IRINA BARANOVA; "GUNG-Hô" -1 ra Indiana ~ !:: GRANDE AVENTURA, com RANDOLPH SCOTT, ALAN CURTIS e NOAH t_: !•: BERRY JR. - UMA SUPER-PRODUÇÃO EMPO~GAN'.1.E DA •'NOVA UNI- (lmp. até 1(1 anos) - tom~: ••• VERSAL"; o ·'A HISTORIA DE LOUIS PASTEUR" - FAMOSA OBRA D'ARTE GEORGE MC READY }! ;,; DA "WARNER-BROS" - COM O FAMOSO PAUL Ml.NI. ENTRADA: .... Cr$ 3,00 • .:...:•::•::•::-::-::•t:•::1:•::•::•::•::•::•::•::•::•::•::•::•::•::•::•::•:: .. ;:•::•::•::•::♦::•::•::♦:: .. ::-::♦::•::•::-::♦::•::•~::-::♦::~:-::-:}::•::•::•::•::♦::•::•::•::•::~•::♦::•::♦::♦::♦::•:!•:: SUCESSO DA l'IJAIS SENSAClONAL DESCOBERTA LOURA DO CINEMA - A ESToi..TEANTE LI ZA 1 ~ETH SCOTT c@m ROBERT CUMMINGS e l)ON DE FORE NA GRll.NDE PRODUÇÃO DRAMATICA DE jlALL WALLIS: A HIS' . -. \ 'l'ltd l> - ·--· E SOMBRIA DE UMA JOVEM QUE Esc()LHEU EN'rBE os f '11mo:s :lflMIRADORES JUSTAMENTE O QUE JA' HAVIA S'l'.EYO .".~•COLHIDO PELA MORTE! E_~.._·,;.,,·:' A paracta musical Técnicolor, com Olga Sau ESTUPENDO CDr,1PLEMENTO QUE NOS DA' A FAMOSA BAILARINA E clNTORA, CANTANDO E DANSA~DO "BABALOO", "TICO-TICO NO FUBA"• Ji:TC.• JENNIFER .TONES - JOSEPH COTTEN -- 1,(l)U, -- JOSEPH COTTEN UM FILME DA "METRO" POPULAR A's 20 lloras - ESTRE~A! HUMPHREY BOGART e Lauren BACALL, no grandioso drama: A BEIRA DO ABISMO (Imp. até 10 anos) o primeiro filme da modema produção da. "Wamer-Bros". POEIRA A's 14,,30 e às 20 horas DUAS ESTREIAS! WILLIAl\1 BENDIX, na gozadlssima comédia: O infeliz Don ~uan com JOAN BLONDELL; e O segredo de uma estudante drama de mistérios, com OTTO KRUGER. GUARANí , IRIS s. JOÃO A's 20 horas r--A-'s_2_0_ h_o_ra_s__ DUAS ESTREIAS' ESTREIA! OTTO KRUGER, no ALAN LADD e GAll, drama: RUSSEL, em Quase uma traição Corregidor (Imp. até 10 anos) --e-- A's 20 horas CAROL RAYE, no ro– mance musical A Valsa nas– ceu em Viena --e-- Stela Triunfo so- Dallas bre a dor - com - --e-- Jeannie elegante comédia, c/ 1 BARBARA 1 BARBARA MULLEN. com JOEL l\lC CREA. STANWYCK DOMINGO, no GUARANt! JORGE RIGAUD e DELIA QARCll:&, em CASA DE BONECAS UM AUTENTICO "RECORD" DE BILHETERIA! numa autêntica obra-prima! Um grande sucesso da "Paramount" DOMINGO, em MATINAL! "BOM– BALERA" e "AMARGA IRONIA". BREVE! MACAU, INFERNO DO JOGO com ERIC VON STROHEIN - UM DRAMA FORTISSIMOI - "OS ANJOS E OS GANGSTERS" - com LEO GORCEY e OS ANJOS AMOR C ADA VIDA 3.•-FEIRA! JORGE RIGAUD, em "PARIS SUBTERRANEO" - com CONSTANCE BENNETT Tão fascinante e dramático romance d,~ amor, jamais o cinema 1 ft. SEGl.,1R! "VIDOCQ" - com apresentou! I . GEORGE SANDERS. DE CARA SUJA; e o ETERNO VAGABUNDO com CHARLIE CHAPLIN, NUM DE SEUS MAIORES SUCESSOS( TODO ESPLICADO EM PORTUGUES! BREVE, no POEIRA! O sensacional seriado d e aventuras, com o famoso cachorro "Rin-Tin-Tin", em "O GUERREIRO RELAMPAGO" ou "O GRANDE GUERREIRO" - com FRANK DARRO. s ~nsacional, com 7 séries 12 estupendos episódios! =;;:...,.;;_;;;:,..-::.~. m=;;;.;::;;;;;:;;;;.......,..;;;;;;;;__,;;;;.;;;;;;;;z:,:;,.,:;;_ .... ~ OUÇAM A: ''"RADIO TUP1" Foi diretor proprietário da re– vista "Caratoo", secretá.rio do "Correio de Belém". redator de "0 Imparcial", diretor clã rev,sta •·Guajar!na•· e colaborador aos jornais dest:J, Clipital. 1 Romeu Mal'!z, a.inda hoje, .:on– tlnúa a colabornr c:-,1 A PROVIN– CIA DO P í,RA. CAPiTULO V Perto do oratório, alguma coisa se mexia, com cs movimentos lér– dos e pacientes de um monstro submarino. Lídia levou a mão ao i:·escôço, como se dedos invisíveis a estrangulassem. Leninha teve vontade de gritar, gritar, chamar por alguém, mas ficou muda e imóvel, vendo "aquilo crescer e expandír-se ". Sentia-se próxima, cada vez mais próxima da loucu– ra : Sim, acabaria enlouauecendo se ... - Então, bateram ria porta, uma, duas, três vezes. Oh, graças a Deus, alguém que chegava, era um socorro que vinha para arran– cá-la d:::.quela atmosfera de delí– rio. Ela e Lídia despertaram do encanto mortal que as prendia; correram, desesperadas, para a porta, abriram. Era d. Consuêlo, severa e hostil, da mela luz do corredor! e como a outra quisesse resistir, tomada de um mêdo maior, bal– buciando "não ! não!" - a ve– lha nrrastou-a com ,1 sua fôrça inesperada de mulher nervosa ! O NOSSO FOLHETIM vergonhar. ~ porque sou uma noi– va ou porque essa gente é maldo– sa ?" Enfrentou o olhar vil da scgra - sim, era um olhar "vil", a expressão era essa; e esperou, agora cem mais dignidade e de– sassombro. Era como se dissesse, num repto infantil : "A senhora me olha ? Eu tamuém olho a se– nhora, sustento o seu olhar - pronto! tura. Lídia tamoém pensa que ~la póde estar aqui, sobretudo nêsse corredor,, andando o dia todo por êle. VERA MARIA participa aos parentes e a– migos de seus papás, Maria Renée àe Andrade Lima e Wilson Cunha Lima, o nascimento de seus maninhos SERGIO e PAULO, ocorrido on– tem, na Maternidade da Beneficente Portuguesa 1 quarto n. 47 ~ Belém, 18 de julho de 1947. GRANDEOPOR 'TC.JI '~lDADE de adquirir um RELOGIO Suisso à prova d'agua, ponteiro cen– tral, luminoso, 15 RUBIS, com PULSEIRA DE AÇO INOXIDA– VEL-ELASTICA por preço insignificante CR. $ 480,00 ! ! ! Somente até fim do mês em curso. APROVEITEM A GRANDE LIQUIDAÇAO NA DISO JOÃO ALFREDO, 94 - BELEM (2733 - Alí ! Alf ! - pôde dizer Le– ninha. - Ali o que? - Uma coisa, na sombra ! - e repetia - Uma coisa ! - Se mexendo - continuou Lí– dia - uma coisa se mexendo l Lá dentro, titia, perto do oratório ! Seus olhos guardavam o terror daquêle momento; levou a mão ao rosto, parecia chorar. D. Consuêlo olhou para uma e outra; uma có– lera surda começava a crescer no :,eu peito. Puxou Lídia pela mão; - Você não se faça de tola, Lí– dia ! não se faça de t,-,la ! Leninha, aterrada, vla as duas; aquela briga de mulheres cava– lhe uma angústia intolerável, uma espécie de repugnância a crispava toda. E seguiu uma e outra, en– trou no quarto, também cerno se alguma coisa mais . forte do que sua vontade atraísse, uma fasci– nação maléfica e irresistível ! - Então onde é que está a coi– sa ? Quedê ? Sua mentirosa i - Perdão, titia ! eu não faço mais! Não havia nada; "aquilo", aquêle ser indefinível que parecia um monstro marinho, desaparece– ra. "Foram os meus nervos" - pensou Leninha - ali não tinha nada. D. Consuêlo repetia : - Mentirosa ! Não viu nada ! quis meter mêdo à outra! Men– tirosa ! A palavra vil, insultante, caia como pancadas. - Agora, sála ! E olha o que eu lhe disse! A outra saiu, enxugando os olhos com as cestas das mãos. Leninha ouviu o barnlho que Lí– dia tazia, descendo as escadas, "Meu es ino E' P ar" Roman~e de SUZ·ANA FLAG Oireitos de repri;dução reservados em todo o Brasil pelos "DiARIOS ASSOCIADOS" auase correndo. n. Consuêlo vi- cê é pálida demais. O corpo ... 1;ave-se agora para ela, e~amina- assim, assim. va-a: e, como Lídl~, parecia estar - Nunca me pintei, não uso, não fazendo um iulgaD1ento físico da gosto de pintura. Me pintei uma nora: vez; mas num instante a pintura _ Eu pensei que você fôsse mais saiu. Eu passo nuito a língua nos feia. Também, q1;,1;1,ndo você che- lábios; minha madrasta diz que gou estava tão suJa, rasgada, pa- eu cômo bâton ... :::ecia "uma porqu_inha". ! Mais Por que dizia isso, essas coisas, ainda assim, nãcv e bomta, está dava explicações, num tom de hu– zr.uito longe disS<i. mildade, quase se degradando? Que é que ela tinha com isso ? Leninha respondeu de olhos ba!- Só porque era sua sogra ? Isso xos, com um ser,timento de ver- não queria dizer nada, não lhe gonha e de culpe> : dava autoridade para julgá-la da- - Eu sei que ~'lão aou bonita. quela maneira, com uma curiosi- -Mas talvez rmdesse melhorar; dade ostensiva, despindo-a com o penteado, por ex~mplo. Por que um olhar. Pensou : "Aqui todo você abandona assim seus cabe- mundo me 0lh'l. aa mesma maneira, los ? Também póde se pintar, vo- · olll1!, sem vudor, auerendo me en- - Eu não devia ter deixado Lí– dia vir com você - continuou d, Consuêlo. - Ela lhe falou alguma coisa, contou ? -Não, nada. - Depois que a "outra" morreu - a "outra" morreu aqui, dormia nêsse quarto mesmo, na sua cama, por sinal. E acrescentou, subli– nhando, com um sorriso enigmá– tico: - Naquela cama ! - Qual era e nome dela ? - perguntou, numa súbita curiosida– de. D. Consuêlo abaixou a voz : - Da "outra" ? Ah, o nome ? Era. . • Guida. Quer dizer, Marga– rida. -Guida ..• bonito nome. Gui– da, -Pois é; quando ela morreu, - foi uma coisa horrível. - Lí- dia ficou assim, variando, não estâ normal, você deve ter :reparado. Ela pensa que Guida vai volt0,r, está certinha de que ela voltará um dia. oue vai fuEir da seoul- Então Leninha quis saber tudo, tudo, qufs saber por que tinha sido "uma coisa horrível". Era uma curiosidade doente, que a tomava de assalto, uma fascinação por um mistério que devia ser - segundo ~ sua intuição - l:em trágico. - Como é que ela morreu ? D. 1 Consuêlo excitou - se. Ela mesma não soube por que come– çou a falar em surdina, como s~ pudesse ter alguém lá, ouvindo. -Você quer mesmo saber, qu<"r? Não vai fic8.r impr~sEionada de– mais ? Sobretudo sabendo que es– tá dormindo na mesma cama ..• alí, naquela cama. , . As duas olharam, então, para a. cama que parecia guardar, ainda, as fórma.s da morta. - Era tão bonita, tão bonita ! Você não faz idéia, não póde fa:e:er idéia! "Mais bonita do que eu. Como Lídia, "ela" também era mais bo. nita do que eu", foi o que pensou, com um sentimento novo de re- volta. · -Aconteceu "aquilo". - D. Consuêlo abaixava mais a voz. - Foi tão estranho e, sobretudo, tão horrível ! Lídia pensa que foi êle quem a matou: que êle fez de propósito.,. (Conti.Dúa)

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