A Provincia do Pará de 17 de Julho de 1947

Plgfna ft CARTAZ DO DIA Ulll grande unionist a Vai reunir-se a assembléia geral do Auto Clube A p ATA ordem. do dia NILO FRANCO (;ràndes ou pequenos, atinjiam a milhares os seus quadros asso– ciativos ou vivam circunscritos a um nu.mero reduzido de falangiá– rios, os clubes de esportes, como, de resto, todos os agrupamer.,tos :;ociais, têm a distinguir-se no seu seio, via de regra, uma ou duas dezenas de abnegados. Em sua sede, à travessa Rui Bar– bosa, 505, reunir-se-à al!lanhã, às 20 horas, em primeira convocação, ou à.s 20,30 e 21 horas, em segunda e ter– ceira convocações, a assembléia ge– ral do Auto Clube, afl.n de dlscutlt " votar os segulntes assuntos : C O m U n i C a Ç ã O PALPITANTE ENTREVISTA COM -AOPUBLICO--·- UM ENTENDIDO NA MATERIA São esses os homens de b6a vontade, cujo devotamento, cujo amor, cuja abnegação e até cujo espírito de sacrifício tantas vezes seiam conclamados lá estão, ao primeiro toque de clarim, da linha d,: frente prontos para quanto deles seja solicitado ou exigido. Podem outros valores aparecer no clube, muitos entram e mui– tos saem, mas o abnegado, o verdadeiramente benemérito lá está sempre o mesmo, vibrando nas lwras de alegria e, acima de t•ido, m~gnifico, admiravel, nas horas difíceis. Todos os clubes têm desses homens assim, em seu seio. Um déles vai, agora, o vellw União Esportiva homenagear, den- tro de alguns dias mais. · Leonidas Bandeira, que, com Marituba, com Liberalino e ur.s po11cos mais, mantem de pé estoicamente, o veterano clube alvi– negrc, foi quem me falou nessa lwmenagem, dizendo-me que o ho• menc.geado era o capitão Edgar Eremita da Silva. E puzemo-nos ambos, eu e Bandeira, a reviver os dias passados cw TJniti,o Esportiva, dias que lhe foram de glórias inesqueciveis. Desfilaram, então, nas nossas recordações tantos nomes, tantos vul– tos f;ue trabalharam essas glórias, engrandecendo o União aquele Unicio que nasceu modesto, despretencioso, de um pugilo de idealis– tas, ~lunos e operários do Instituto Lauro Sodré. R.ubilar, Henrique Mota, Laiza, serra, Sandoval Lage, . Manuel BaTõosa, Pedro Melo, Aristeu, os Suisso, Jubi, Chinês. E Edgar Eremita entre él_es, vindo desde os primeiros dias, desde oa icmpos do largo de São Braz, µntonistas toda vida, cem por cento, completo, integral. . · Agora, depois de uma decada de ausência desta terra, Eremita t1o(ta ela, aqui está de novo, sempre o mesmo amigo, leal. O União não podia por isso, deixar de lhe prestar o testemunlw 1naíor d,e sua estima. 1) - Prestação de contas do pre– s!dente em exerclclo; 2) - Tomar conheJ!mento da re– nuncia do presidente e de seus au– xiliares diretos: 3) - Prov.\denclar sôbre quem ad– n.lnlstrará. o Clube dessa data em ctlante, até 14 de agosto próximo, data oficial das eleições do Clube, pe!o~ estatutos, e 4) - O que ocorrer. Dada a relevancla desses a.ssuntos, é lmpresclndlvel a co.nparencla pon– tual de todos os associados . • • Para os devidos fins e conhecimento do respeitavel corpo comercial desta praça, auturidades e quem mais possa inte– ressar, declaro que ne,da dE:,.vo ao sr. dr. Altair Burlamaqui, vencido ou a vencer e nem tampouco à sua firma Vapor Aqui– daban Ltda. ~ JOSE' BATISTA DE SOUSA, comerciante, do~ mlciliado em Almerim. (2721) • o JUlZ VQl estrea1~ doni.ingo Moisés Ferreira escalado pela C . T . F . prova prática a lhe abrir cami– nho para a arbitragem de jogos maiores. Dentre os novos juizes inseri- quisto esportista Moisés Pinheiro tos na FPD, para a direção .de Ferreira. partidas de futebol, figura o ben- Possuindo o curso da E:;cola Reune-se a diretoria do Paulista Para os membros que compõem a diretoria "Paulistana", haverâ ama– nhã, às 19,30 horas, na sede social, lmporte.nte reunião. O sr. presidente encarece a presen-· ça de todos, dado os assuntos a se– rem debatidos. Nacional de Educacão Física e Esportes, o tenente · Moisés Fer– reira vai fazer. domingo próximo, a sua estréia, pois a Comissão Técnica de Futebol, em sua reu– nião de ontem, resolveu designá– lo para dirigir o chque de cam– peonato ente as turmas de ama– dores do Paulista e do Dramático. A direr,ão desse prélio valerá, para o tei.1ente Moisés, como uma Gabinete de Rais X Dr. EpiJAgo de C!mtpos (Do Serviço de 'l'!slologla d& Pollclt• .... nica Geral do Rio de Janeiro) Doenç:a pulmonares f!.u&. Santo Antonio, 48 (altos) Fone: 1014 Das B às 11.30 e das 15 àa 18 bor-u o ANSV ARIO ' • cenciando-se Os dirigentes "elétricos" esclarecimentos buscaram u do cam eonat Da ■ Conforme C-Onvoca.ção por ~ste jornal publicada, a diretoria do Trâ.nsvia.rio esteve reunida ontem, às 15 horas, na séde em que vem funcionando o clube "eletrico ", à praça. Justo Chermont. segurou que hoje pela. manhã o Transviá.rio envia.ri.a um oficio à Federação pedindo licença do campeonato, do qual assim se afastará. no corrente ano, para voltar a disputá-lo somente no proxlmo ano. Seus estatutos não estão de acôrdo A reunião, extraordináriamente convocada, tinha por fim o estudo do caminho a seguir em face da situação difícil que o clube atra– vessa. com um jogo de campeona– to fixado para domingo .proxlmo e sem jogadores para constituir as duas equipes mistas e de amado– res, que deveriam representa-lo no certame, afora a falta de material com que está lutando, oriunda dos acontecimentos internos que . lhe mudaram por completo o ritmo de Vida. ~o lhe restando a. possibilidade da entrega de pontos, por já o ha:\ier feito no seu primeiro jogo de campeonato e a entidade não Federação Paraense de Desportos Conselho Deliberativo de :Remo - Convocação Convoco os senhores membroe do Conselho Deliberativo c!e Remo,. para uma reunlA.o a realizar-se, boje, quinta.-felra 17, M . 20 horas, na. sede desta. Federação, afim de dellberar sõbre o programa pe.ra. a segunda re– gata. do corrente ano. __ -~~~ TEODORO OUSTO DA SILVA, A Presldencla. da Federação Para– ense de Desportos endereçou à Liga Soureme de. Desportos o seguinte oficio: Acuso o recebimento de seu oficio n. 17 de 28 do mês pauado. forne– cendo a esta Entidade explicações que se faziam mister para bem de– cidir o caso que surgiu, com um re– curso do E5porte Clube de Salvaterra, acerca da decisão de v. s. em jogo que este gremlo tomou parte. Do estudo clrcunstanc!ado que tlz dos documentos que me foram envla– doe, verifique!, que infelizmente, a Liga. dirigida por v. s. ainda se re– sente de um carater legal, deeorren– do a sua vida em franca anormali– dà.de, talvez, cabendo parte de res– ponsabilidade, deste fato a efta mes– ma Federação, se verdade. tudo o que v s. me comunicou. No entanto, desde que assumi a Presldencla. des- • ·· 'ID..A-.,,..,.,1,,.., 't'\arla ,...,..fth.t ,i,:;, n ~ ,-t.A de- v. s., que me levasse à convição d f' que ainda existe vl:la esportiva. nessa· região. Na copia dos Estatutos, apesar da leitura raplda, verifiquei logo !ncon– gruenclas que o lnutlliza.m para uma homologação necessárla. Há. artigos em flagrante desrespeito às leis na– clonais sõbre esportes. Deve, v. s., Imediatamente, reforma-lo, basean– do-se em nossos próprios Estatutos, estudando mais o que determina o nosso Regulamento de Futebol e mais Inteirando-se do que foi legis– lado pelo Govêrno sõbre a organiza– ção esportiva do pais. E' lmposslvel mante-se essa Liga, ca;,:, não queira Integrar-se em dispositivos obrlga.tó• · rios. Quanto ao caso em foco, deve co– municar ao Esporte Clube de Salva– terra que não pode dirigir-se dire– tamente a esta Federaç!i.o, vindo qualquer recursos por seu lntermé– dlo. Somente no caso de v. s. não querer aceitar esse protesto, 6 que o Ciube pode se encaminhar direta.– mente a esta Federação, expondo o motivo de assim praticar. . E que, tambem, de acôrdo CO'.'ll os Estatu– tos que, tacitamente, vinham c.!rl– glndo essa Liga, Estatutos que ficam a partir desta data em suspenso, até reforma total. o prazo para recurso estava há multo esgotado. Assim, o caso passou em julgado. E não há mais como encara-lo, mesmo que sua atltu<le não estivesse firmado em principio de são direito. Para uma posslvel e Judiciosa apre– ci,ação do caso, mesmo que houvesse ainda posslbllldade para tal, fale– ce-me a documentação explicita. ne– cessária. A ata. da Comissão Técnica é pueril e os argumentos· de v. s. no veto não me foram enviados. A minha . decisão atual, pois, é de rejeitar o recurso do Esporte Clube de Salvaterra,. por vir pc1 mel() Irre– gular e por· se encontrar ·!óra de pra- o remo paraense· em revista Está, ainda, na ordem do ..ia a Encontrando-nos à hora do "a- situaçào criada• com a elabora- peritivo", na "Palace" entretive- . ; ,~ia Comissão Técnica de Re- mo-nos em animado bate-papo, mo, do programa para. a proxi- que, naturalmente, teria que con– ma regata, que é a regata do cam- verglr para. o assunto esporte e, peonato. neste, para. as atividades nauti- 0 "Cartaz do dia" deste jor- cas- nal, domingo ultimo, focalizou o fato de se incluirem num progra– ma de campeonato provas em q1.1e iriam competir remadores novis– simos, quando tudo indicava, co– mo indica, que essas provas de– ,eriam ser para "qualquer clas– se", reunindo atletas já conveni– entemente formados, cheios de ex– ptriencia, e um ou outro ;.,o•;ato ~om credenciais suficientes para enfileirar-se entre aqueles. Esse "Cartaz" provocou uma carta de aplauso do presiden(e efepedeano, nosso confrade Teo– doro Brazão e Silva, qup, A PRO– VINCIA DO PARA' publicou em sua edição de anteon.tcr.i.. lJM ENTENDIDO NA MATERIA Ontem, tivemos opórtunidade de nos avistar com distinguido es– portista carióca, recem-chegado da capital do país, onde, defenden– do as cores do Flamengo, teve oportunidade de competir no em– polgante esporte, havendo-o feito, já, tambem, na Baía. Há pouco mais de tres meses em Belem, esse esportista teve, já, ocasião de assistir a ultima rega– ta aqui disputada, analizando, com absoluto espirita de independen– cia e com largo conhecimento, o que vai pelo remo paraense. e com as leis zo, e. a:, mesmo tempo. suspender essa 7 _1[:a de suas atividades esportl– vc_s !~::;ai::, até enviar-no~ um proje– to de Estatuto que não firam leis conhecidas. que não contenham dis– positivos que chegam ao cumulo de vedar recurso a poderes superiores., como sejam esta Federação e a Con– federação Brasileira de Desportos. Espero, pois, que turto seja provl– cl.enclado na forma que acima espe– cifico, pois multo me alegr:irá se pu– dermos, dentro de . um psplrlto de co– operação, mas dentro da lilga!idade e da Imparcialidade mais absoluta, realizarmos,, este ano, ?:!essa progres– s~ta cidade, um campeonato · de fu– tebol que aponte, na verdade, 11, ex– pressão mais poderosa do Munlcl- plo. . Aproveito a oportunidade para a.pre– sentar a v. s. os meus protest,os de subido apreço e consideração. (a) TEODORO AUOUSTO DA SIL– VA, presidente. UM MOVIMENTO QUE SE IMPõl!: Seria interesante ouvirmo-lo sobrt> o que vai ocorrendo e, er.1bo– ra as primeiras recusas, pelo an– seio de re não imiscuir nas tricas dos desportos regionais, não nos foi dificil obter algo. - Inicialmente, - falo-nos o esportista amigo, - há necessida– de de se fazer aqui um grande mo– vimento pró aquisição de barcos, Tive ocasião de verificar que a flotilha dos clubes de regatas de Belem ainda é sobremodo deficien te, face as ex!gencias do que, em mater!a de progresso, já se há conseguido noutns centros do pais, como Rio, São Paulo, Esp!rito ,santo, Rio Grande do Sul, Baía e tantos outros. Esse movimento de– ve ser feito no sentido, primei– ramente, da aquisição de barcos para estreantes; muito especial– mente o yole a oito, que é a gran– de fonte de remadores, aquele que mais facilmente ·permite aos trei– nadores prepararem remadores capazes. Depois, viria a aquisição de barcos ·para juniores e novlssi– mos, que sao os trincados, familia– rizando o remador com o bar– co de braçadeira, oferecendo a vantagem, por sua maior. estabili– dade, de adaptar o atleta, habi– litando-o para barco liso, da classe já de seniors. Por ultimo, ,u-a, enião, a aquisição de barcos lisos, nos quais devem ser dispu– tados os campeonatos estadoals, campeonatos brasileiros e todos os demais. EM QUALQUER CLASSE. SIM - LI com atenção o "Cartaz", de A PROVINCIA DO PARA' e a carta do presidente Brazão e Sil– .va e estou de pleno acordo com o ponto de vista neles ventilados, em referencia à classe dos re– madores, para as provas de cam– peonato, - prosseguiu o nosso in– terlocutor. Todos os campeonatos, em qual– quer parte, são disputados por re– madores "qualquer classe", entre os quais, certamente, só não se la1warão estreantes, pois que es– tes ainda estão no barco de for– queta. Remadores seniors, ao lado de novíssimos ou de juniors, o que é, aliás, de todo ponto acouselha– vel, mas nunca com limitação de classes, em favor das iniciais ou mesmo das medias. OS PROGRAMAS DE CAMPEONATO E seguiu assim a palestra: - Do ponto de vista · geral. quando se possua elementos bas– tante para tal, os programas de campeonato deverão ser feitos com os sete barcos basicos, que são o skiff, o double-skiff, o out-rigger a ll, a 4 e a 8 com patr~o e o out– rigger a 2 e a 4 sem patrão. Nas condições locais, aqui, seria interesante que o campeonato fossa ciisputado 'tambem em sete pareos, mas, no caso, com yoles a 2 e a 4, out-riggers a2 e a 4, skif! e ca– nóe. O presidente Brazão, em sua carta, manifestou-se por dois pa– reos de out-riggers a 4, mas, pen– so que mais intPressante seria, pa– ra completar os sete pareos, a dis– puta de mais um de out-r!gge:r a dois. Um pareo de canóe e outro de skiff permitiria aos paraenses a facilidade de, a qualquer momen– to, com poucos treinos, poderem organizar uma guarnição de dou– ble-skiff, num curto período de mais ou menos dez dias, ape– nas. Se a abolição do canóe se pre– tende fazer definitiv~ é isso um grande erro, porque sem a pas– sagem pelo canóe não é possivel preparar remadores . para o skiff e, consequentemente, para o bar– co liso, o single-scull, reservado para remadores seniors. O canóe favorece o conhecimento de ambos os bordos, com harmonia, sem o vicio de um só bordo, muito co– mum. Aliás, nos grandes centros, :pa.. ra evitar esse defeito, são os re– madores treinados ora na sota– pôa, ora na prôa ou ora na voga., ora na sota-voga. O PROBLEMA DA DISTANCIA - E' indiscutivel que todM ot pareos de campeonato e não só eles mas todos os demais deve– rão ser disputados em dois mil metros, pois que essa é a distancia oficial para controle de . records, inclusivé submericanos e mun– diais. Isso é regulamentar em to– da parte, e só se abre exceção pa– ra os pareos de estreantes, em barcos de forqueta, cuja distancia, varia entre 1.200 e 1500 metros. UMA INPRESSAO DE CONJUNTO Buscamos ouvir o que pensava, ou melhor a impressão que lhe fi• cara ela ultima regata, que teve oportunidade de assistir, e dele ou– vimos, então: - Notei que o esforço fisico .não correzponde ao desenvolvimento do barco, na corrida. Via de re– gra, nota-se o não aproveitamen– to do que se chama o seguimentos do bai,-co. Perde-se, aqui, na re– mada, pois que, levando multo o rer.10 à or6a não o introduz na- •

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