A Provincia do Pará de 16 de Julho de 1947

O'lj. c1c ,.., ""'"'" ._.,o,5·a" e>va, 1 se, padrão B, do Quadro Unico, da dade, sem tlllal, por prazo Indeter. l 1101110 ·1·avares & Cia., pedindo o dades. escola isolada do lugar vlla de Ja- minado, entre partes: - Alexandre arquivamento da alteração do seu Es.'la 6 uma das razões do re- plrica para a escola de Igual catego- Herculano da S!lv& e Asdrubal As- ~~~i~ª~ sociaJ e:{' vlrfude do au– tardamento da nossa lavoura, que ria do lugar Pariquls (antigo Padre), su11;ção da ~~v~, brasileiros, soltei- crs 500.iot~~ ;!:raº ~~~ ª 1 1 .o~i.ooo;óó, pessoas pedem as necessá.rla.s provi– dencias às autoridades competentes, contra o Bar Luc!, localizado no Mercado Municipal de São Braz, ale– g11ndo a falta de higiene que ali Im– pera,· bem como o mau tratamento que alguns de seus mpregados dis– pensam a todos aqueles que o fre– quentam, proferindo palavras de bai– xo calão e Impropérios outros, por qualquer motivo. ,!!;Staoo noroestmo em que nasceu 1 , e excipiente. Aguardarei, sereno e o diretor da AN tranq1;1ilo, _o pro!;unciamento do RIO, 1~ (M.) _ Dlvulsa-se que va- sr. Benedito Valadares, serve; o essencial é que o candidato se re– comende pela inteligência e pefo caráter e que, sobretudo, mante– nha bôas relações com os govêr– nos dos Estados, não com os ho:. mens, pois ·que os homens caem e os govêrnos ficam. Jamais o BODE deu a algum dos seus membros tarefa ignominicsa de matar a alguem - o máximo que fazemos é incumbir de üma ou outra facada de importáncia mais do que razoavel. Os nossos ritós são simplic!ssimos, nada de mui– ta fantasia, muito mistério. Em regra geral o candidato oferece um jantar no melhor rest:mrante da cidade e, de posse do racibo da despesa, está crecl.enchdo a in– gressar no BODE, atingindo mes– mo, brilhante posição, conforma aconteceu no Rio com o sr. Ne– reu Ramos e em São Paulo com o sr. Adernar de Barros. E' uma questão de sorte. Como se vê, a Maçonaria é bem diferente. Egrég10 Tribunal • rios redatores da Agencia Nacional está muito aquem das próprias municlpio de Sallnopolla. rOIIM. - Alrdqu Ce ste. & Ci dlndo· permanecendo a mesma Hnalldade id d i t rnas do Estado --ex-oficio d" Mari& de Lourdes anue e as ro a., pe d , necess a es n e . B B t t d d o arquivamento do seu controto so- se e e prazo: ..,.. entre partes, Abl- "ESTAMOS t·esolvera.m Impetrar mandado de se- AFINADtSSIMOS" gurança contra o diretor cio referido RIO, 15 (Meridional) - Já te orgão, sr. Vieira de Melo. O -motivo encontra nesta capital o sr. ,Tu- foi o ato do diretor transferindo, para racf Magalhães, que foi à Bah!a, o Ministério da Justiça, todos os re– segundo se afirma para tratar c<atores que não concordaram com a 0 panorama, porém, e.gora p:t::ssoras da:• ~=r:nt:Ola~caJ~º !n~. clal, com O capital de Cr$ 50.000,00, !lo Tavares d~ Silva, Bento José da apresenta-se diferente. O que se terior padrão B do Quadro Vnlco I pi.ra a exploração do ramo comercial C 1 osta, casado, Fellsbert'.l de Paiva, pretende é a estabilidade de pre· de es~ola da vnU: de Conceição mu~ de compra e venda de generos e mer- ~ uv~ÍI prtutue~es, JC:le 5t ".a Tartres ços da borracha, sem que isso niclplo d~ lrltula para a escdla. de cadorlas em 11:eral, nacionais e extran- C~rrelave ~~asn~!r~; c~~ido ure ano possa prejudicar o desenvolvi- Igual categoria em MaracaJA, vila do gelras, sem !lllal, por 1:[ªJ° Jntter- Pereira' de Assis A~auJ; p~rt~gt~ª 'mento, mas, ao contrário, como Mosquelrofi i d VI Ili d Q 1 ~; 1 n_: 1 ~~;º~:J~ 1 ;i~ °áoª d:es;,o ~~: casada: - Arquive-se. ' ' fôrça animadora de outras fonres rez M~~im;:S, o~upa.~~e ~o :arai~; me, nest~ Esta.do, entre partes, - Dissoluções: Por outro ledo - alegam os recla– mantes - nem s!quer são respeitadas aJ' familias qua se dirigem àquele lc,gradouro, em virtude de ter se tor– nado um verdadeiro antro de vaga– bundagem e desordeiros, o referido bar, para onde 6ão pedidas as vistas das autoridades, localizado como está numa das nossas principais praças públicas, num dos mercados de maior movimento de Belém. -. .- b ·' d ·t " ' sua portaria designando um polaco com.º sr. ••·~nga eira, a si uaç":o para chefiar e orientar, polltlcamen– p0Ut1ca nacional e _dos en_tend1- te, os serviços de Imprensa na pró– mentas que se estao realizando xlma conferência dos chanceléres. entre a UDN e o PSD. Abordado Adianta-se, ainda, que o gesto do sr. pela reportagem, o deputado ba- Vieira de Melo provocou desconten– hiano mostrou-se reservadíssimo. tamento não só enter o corpo reda– Jimitando-se a dizer, quando m- clonai como entre os chefes de ser– terpelado sôbre seu encontro com vlços que, solldarlos com seus cole– o sr. Mangabeira : _ "Estamos gas, ameaçam demitir-se caso sejam afinadfssimos". A declaração foi os mesmos transferidos. produtoras. . . professor de escola Isolada de ee- Manuel de Castro, português, e sua A. Melo & Cla., pedindo o arqul- Dentro e.esses prmc1pios que gunda classe padrão B do Quadro mulher Georgina. Gomes de Castro, varnent'.l da sua dissolução social, convergem no sentido da va!o~i- Un!co, da e~cola !solada do lugar brasileira, casados: - Arquive-se. em virtude da retirada da socia Can– zação econômica da Amazoma, curuçaz!nho para a escola de Igual J. Simões & Cia., pedindo o arqul- dlda Soares de Melo, embolsada de numa obr a de conjunto entre o categoria em santarenzlnho, muni- vamento do seu contrato social com seus have,es na sociedade, ficando o Parlamento O Executivo e o Ban- c!plo de Sallnopolls. o capital de Crt 10.000,00, para a ex- (Continua na sexta pagina) d C éd ·to' d B a h é pos --Antonieta santa Brlgida Ribeiro ploração do comercio de mercearia, co e r i a . orr c a, - ocupant-<> do cargo de profesgor de ea- sem !Ilia!, por praii:o indeterminado, sivel, e tudo indica que se r~a- cola !s<ol;,da de segunda claee, pa- cnm sede à avenida Alc!ndo Cacela, Jize uma das grandes aspiraçoes drão is..- do Quadro Unlco, da escola n . 1. 820, ne&ta cidade, entre partes, dos habitantes do grande vale: o lsoíad:>.' do luga 1• Parlquls para a es- José Pinto Simões, português, casa– financiamento e a valorização. cola rá igual categoria no lugar Bôa do e Rubens Esteves, brasileiro, casa- Esta é a politica que defende o Vista, munlclp!o de Sallnopolls. do: - Arquive-se. LoteriadoEst adodoPará 1 Notícias Diversas (Contlnuaç!o da segunda pag.) comparecer à p::imeira secção da Divisão de Despesa : · Hermógenes Câmara Filho ou sua irmã Ana Câmara. sr Firmo nutra e está consubs- CONCEDENDO ArauJo & Terra, pedindo o arqul- t nciada em seu plano plano que --à normalista Ara.e! Miranda de vamento de seu contrato social, com a . ~ ' i 1 Mont' Alverne, ocupante do cargo o capital de Cr8 50.000,00, para a ex- defendeu na conussao espec a e de professor de grupo escolar da ploração do comércio de vendas de depois foi levado ao presidente capital, padrão c. do Quadro Unlco, peças de automovels, novas e usadas, da República, nas conclusões a com exerclclo no grupo escolar Au- sem filial, por prazo Indeterminado, que chegaram os representantes iiUBto Montenegro, aessenta. (80) dias com sede no estabelecimento deno– dos Estados amazônicos e resul- de licença, a contar de 10 de Julho minado "Sucata", sito à avenida Se– tou na observação que veio reali- corrente a 8 de setembro vlndou- na.dor Lemos, n. 200 e 202, nesta cl- ARRECADAÇAO DE RENDAS A Divisão de Receita do Estado arrecadou, ontem, Cr$ 664.443,40. OUÇAM A man Das prefeituras do interior fo– ram arrecadados, Cr$ 4.295,50. "RADIO Tlff"I" zar no vale & Comissão Parla- ro_. -à normalista. Antonieta Vlrgoll- i~~~Jo ;!:e e ~~!!:~n-; d:gJ~{';~rr~ mentar. no Relmão, ocupante do cargo de Terra, brasileiros, casados: - Arqul– DEPARTAMENTO ESTADUAL DE SAUDE Despachos do Diretor o sr. Orion Loureiro, respon– dendo pelo expediente da Dire– toria Geral do Departamento Es– tadual de Saúde, assinou, ontem. os seguintes despachos: EM OFICIOS Do D. E. c .. pedindo inspeção de saúde em Espe;rança Rocha Seixas - "Remeta-se o laudo médico à repartição requ~i– tante". --Do Instituto Lauro Sodré, pedindo inspeção de saúde em Raul Augusto da Silva e Candi– do Vasconcelos de França Mes– sias - "Remetam os laudos mé– dicos à. repartição requisitante". EM PETIÇÕES De Miguel Elvas, Manuel Do– mingos de Araujo, José Vicente da Gama Malcher, Coriolano C. de Castro, João Compasso Filho, Marieta Alves de Sousa, F. Aguiar & Cia., Godofredo de Almeida Cristino, Deoclecio Agripino Go– mes de Melo e João Tavares da Silva, projetos de construção - " A' Sub-secção de Engenharia Sanitária". --De Pedro Santa Rosa, re– correndo de multa imposta por infração do Regulamento Sani– tário - "Ao dr. c!1efe do Cen– tro de Saúde n. 1, para dizer sô– bre o que alega o recorrente". --Manuel Pinto da Silva, Antonio Martins Junior, Inês Si– paúba Amorim, Nemorina Bor– ges Prieto, Laura Mandeslca.n Mercês, José Ferreira Rodrigues, Irene Tavares Branco, Vítor Ta– mer, Baselicio Barbosa da Silva e Fausta Moreira dos Santos, Secção de Engenharia Sanitária, projetos de construção - "De acôrdo com o parecer da Sub. Secção de Engenharia Sanitária 11-provados, devolva-se à P . M. B ." pro!essor de grupo escolar da ca- ve-se. pltal, padrão G, do Quadro Unlco, Alterações: 00 com exerclclo no grupo escolar dr. Morão Ferreira & Cla., pedindo o Freitas. quatro (4) meses de licença, arquivamento da altera.cão do seu em prorrogação, a contar de 6 de ju- contrato social, em virtude da trans– lho ultimo a 5 de outubro vindouro. formação da mesma, de sociedade co- --ao doutor Benedito Carvalho de merclal em coma.ndlta simples, para Macedo Klautau, ocupante do cargo uma sociedade anônima, sob a de– de médico pslql!llatra, padrão P, do nominação de Mourão Ferreira, ln– Quadro Unico, c<ml exerclolo no B'.011- dustrla e Comércio, SjA, assumindo pital Juliano Moreira, quatro (4) me- a responsabilidade do Pass,lvo e Atl– ses de licença, a contar de 19 de ju- Vt'.' da firma a que sucede, com o nho ultimo a 16 de outubro vlndou- capital de CrS 5.000 .000,00, pars a ro. exploração do comércio de calçados, por I O o inteiroe6,00 t -SECRETARIA GERAL DO ESTADO e cabedals nacionais, e estrangeiros, tabrtcação de malas, manufatura de couros, Importação e exportação de mercadorias nacionais e estrangeiras, POR POUCOS CRUZEIROS CONSIGA MUITOS MILHEIROS O sr. Armando Correa, secretario geral do Estado, proferiu os geguln– tes despachos : EM PETIÇÕES --Raul da Cunha Morais - (Pe– dido de documento) - Ao sr. Chete de Expediente da Secretaria Geral, para a tender. --Ablllo Tavares & Cla. - Com anexo - (Pedido de execução de De– creto-lei para pagamento de forne– cimento feito ao I. L. S.) - Ao D. P . para dizer. --Panalr do Brasil S.A. - Com anexo - (Pagamento de passagens) - Ao D. F . para atender. --Maria José Gonçalves Borges - (Devolução da quantia de montepio) -Ao D. F. --Leão de Lima e Silva - Ane- xo uma carteira mllitar (Contagem de tempo de serviço) - Ao D. S. P. para dizer. --Aurl Pimentel do Nascimento - (Pedido de pagamento) - Ao D. F. para dizer. --Emerentlna Moreira de Sou!a - (Licença-repouso) - Ao D . 8 . P. para dizer. --Iralde de Lima Rangel - (Pe– dido de pagamento) - Aguarde o-. portunldade. --Edemundo Guerreiro Bentes (Pagamento de a.Juda de custo) Ao D. M. para atender. --Zulla de Brito Manso Flexa. (Contagem de tempo de serviço) - Como pede. Ao sr. Che!e de Expe– diente. --Arlindo Moreira Machado e ou– tros - Ao sr. dr. Diretor Geral do D. E. e. para manter a professora Barra no Grupo Escolar de Mosquei- ro. EM OFICIOS CAPEANDO PETIÇÕES --Conselho Administrativo CAP:tTULO III - E se eu a estrangulasse ago- ---------------~-------------- 1 Paulo : ":S:le pensa que eu desisto; , apêlo, - Tcm:: r um b:mho. m·1ds.r ra ? 1 ; eu fujo, me mato, mais êle vai de roup:i, ! Tinha caido de joêlhos no as- O NOSSO FOLHETIM vêr". -Lídia - foi uma ordem <meu falto. Nem sentiu dõr. Pensou: "1!:le me mata, meu Deus! :S:le -Mamãe, olha aqui minha. mu- Deus, como era ela. fria, 1:~ca !) - "Rasguei minha meia. Mais d0 me mata ! " Não tinha. prõpria- lhet ! Lídia, leve-a para o quarto e veja QUe certo: devia ter rasgado nos mente mêdo da morte, naquêle ' ' Meu Dest:1100 E' car ,, 0olocou o corpo num divã gran- se estó, machuca.da . Se precisar, dois joêlhos. E quantos fios, meu momento: tinha mêdo de Paulo, de; e passou a mão pela testa - tem iôdo e água oxige::iada no u- Deus, teriam corrido ? Levantou- dos seus olhos, de sua fôrça mons- estava suado, sentia a camisa en- mário. se instantaneamente. A idéia do truosa e da maldade que brilhava rnpada, teve uma expressão de O marido não se mexeu ; sen- perigo, a ameaça que sentia em nos seus olhos. Se gritasse ao me- nôjo (era asco de si mesmo e da tau-se numa cadeira, ficou vendo tudo e em todos, o impulso de li- nos ! Se pudesse fugir ! Desejaria R d SUZANA FLAG mulher que carregara, daquela a mulher levantar-1:e, pcnc,s3.men- berdade - tudo isso mobilizava, dizer - "Perdão" - Desejaria omance e mistura de sangue e de lama). Le- te, dizer "obrigado.". rna ndo T..,fdh excitava seus nervos, as suas rea- jurar como uma criança desespe- ninha estava de olhos abertos, ajudou-a e deu-lhe o tr:.ço ":'::ides ções, dava-lhe uma tremenda e rada: "Eu não faço mais isso. Ilireitos de reprodução reservados em todo o Brasil 'muito abertos ; viu a sogra, uma I os olhes acompanhan:.m ?5 ~uas. quase mortal energia nervosa. Pu- Desrn vez perdôe ! " Mas nem voz I velha magra, alta, vestida de prê- A escada si,;rgiu - os r:2r,ráus lou uma cêrca. de arame farpado, ' teve para isso. O que sentia, em pelos "DIARIOS ASSOCIADOS" to, com um traço de amargura na eram gastos e velhos - tucfo ali nem ela soube como: rasgou o todo o seu sêr, era um mêdo ani- ___________ ___________ bôca e um brilho frio nos olhos era velho, devia ter e::corpião, Ja- vestido, deixou um pedaço do ves- mal, um mêdo que positivamente -! Leninha calculou - deve ser mui- cráia. A sogra s:irria, enigmática, tido; dilacerou a.s mãos; sofria na não era de gente, tudo ela faria to enérgica, muito. Viu, ainda, a prevendo - tinha certeza - que carne e na alma. Era como se fõs- raquêle momento, tudo, para que frio, muito frio, batia o queixo torturado. Os outros vieram atrás,• mulher bonita; homens com rifles aquela môça doida tr.:izia pRr & a f.e uma louca correndo dentro da êle fôsse embora, para bem l:mge, agora; e teve uma revolta contra inclusive a · mulher bonita, impo-1 (por que êsses rifles?)• Se pudesse fazenda alguma coisa de místerio– noite, tropeçando, caindo e conti- de sua vida. Então, de repente, aquêles homens e mulheres que a nente, que falava numa voz quen- teria gritado : "Me levem daqui ! so e terrível. Os homens d8 rifles, nuando aquela fuga inútil, insen- ouviu uma voz de mulher dizen- espiavam : te, macia. (Sua beleza tinha algo ltsses homens estão me vendo com suas caras moren'.ls, tost adas se.ta. ouviu um grito. Não sabia do : -Tire e~sa luz de mim ! Apa- de viril e de sinistro). Nunca sou- quase núa ! " de sól, vincadas de safriment o - que êsse grito era seu, que era j - Deixa a môça, Paulo, ela está guem isso ! be quanto tempo êle a carregou, também sentiam obsc1ir2 mente, ela mesma quem estava gritando. ferida. A luz continuou. Paulo afasta- assim nos braços; estava tão can- -O automóvel estava quase na uma série de coisas. Subindo a es- Apesar de tudo, seu pensamento Olhou. Essa pessôa que falara ra-se alguns passos. Estava de sada, saturada - e com uma náu- porteira-era a voz do ma?"ido, sem cada - cada 'degráu era um es~ trabalhava sempre, e com uma lu- devia ser outra ameaça, outro pe-1 costas; seu contôrno se diluia na I sea tão profunda-que não queria cólera, sem paixão, apenas infor- fôrço, uma dôr - Leninha t inha cidês quase sobrenatural. "Eu só rigo, devia ser alguém que talvez rnmbra. A mulher que falara pensar mais nêle, no casamento, mativa - e ela de repente abriu um sentimento de solidão, ele de– ~erei de um homem que eu amar, um dia a ferisse profundamente. aproximou-se, quis ajudá-la a le- em nada, nada senão no sofrimen- 1 a porta, atirou-se na estrada, pu- samparo, de perigo. A idéia de e não dêsse ... dêsse .. . " Ouvia Mas não era só uma pessôa. Viu, vantar-se, porém ela se esquivou, to do seu corpo, dos seus múscu- . lou a cêrca e correu. Fui achá-la fuga cu do suicidío m artelava a latidos que cresciam, cresciam, mal desenhadcs - a iluminação I com mêdo e náusea, fugindo da- los. A única peGsôa, que aparecia I perto da reprêsa, não é, Lídia ? sua cabeça. A outra começJu a eram cada vez mais próximos. era escassa - três ou quatro vul- 1 quêle contacto. e desap.arecia, no seu pensamento, Estava lá, desmaiada ! falar de repente, a voz rápida, "Mandaram cães atrás de mim. tos. Uma porção de olhos que a . - Não precisa. Eu me levanto era aquela mulher de beleza quase - Mas o que foi que houve ? - surda, não queria que os outrcs, :tles vão me estraçalhar". Tam- fixavam sem nenhum sei.timento sozinha - obrigada! máscula. ltle avançava, mancando, era a mãe que perguntava, sem na sala, percebessem que ela es- bém ouvia como um grito perclido de pena ou de ternura, e sim uma Quase gritou. Doía-lhe a perna, e o defeito na perna tornava seu desviar os olhos da nóra. - Dis- tava falando: na noite a voz do marido : curiosidade malévola e humllhan- doíam-lhe os quadris, alguma coi-, esfôrço mais penoso. cutiram ? brigaram ? - Você foi louca, completamen- te. Cães, gr andes e ferozes como sa quente - devia ser sangue - Quando ela abriu os olhos - e - Nada. Não houve nada. Sei te louca, de ter se casado com êsse _ Leninha I lôbos, corriam circularmente, la- corria no Ombro. Cambaleou, ia I o sentimento de pudor voltou mais lá - minha mulher é doida. homem ! Não queira saber o que - .....~.::•::•::•::•::•::•::-::•::•:: .. ::-::-::•::•::•::•::•::•::•::•::•::•::•::•::•::•::-::•::•::•::•::,::-::•::•::•r♦-::*::.::-::•:;,:a tindo. Pensou que devia estar toda cair, braços a ampararam. A mu- agudo - estava numa sala. muito - Por que se casou com o meu isto aqui é.•• r. VENDE SE ,d" b .,J d ' ., O terror voltou: ":tle não me rasgada, cheia de sangue e de la- lher falou-lhe com mais decisão I grande e velha; teve uma noção filho? Parou de falar; subiam m s.is !-,t • - Opre 10 asso raua O, a ~ pega. Duvido que êle me pegue"· 1 ma; e estava, de fato. o ômbro - era bonita, imponente e pálida vaga de móveis antigos, de luzes, Fechou os olhos; quis ignorar a um degráu; Leninha gemeu baixi- ;: t Q · t· B ., ? 71 t ii Depois não se leir.brou de mais, nú; a sáia em trapos. Teve, ai, - disse : pessoas, mas fechou os olhos de pergunta. A outra insistiu, valen- nho. Lídia continuou : ' !,:•'. ravessa Ulll lilO OCalUVa, ""' , en re -" nada. Tudo ficou escuro. Quando I uma sensação aguda de nudês: -Vocl! nem póde andar I en- novo, fez-se menor, encolheu-se do quase nada ~ sua hostilidade. - •..isso aqui é uma cá.sa de r, 2 S d S t b M 1B t T t i" despertou, a primeira co!:sa que viu deitada como estava, fechou os coste-se em mim ! assim I mais nos braços do marido. Tinha Fez um esfôrço - reprimiu um loucos ! - e baixou mais a voz - e e.,em fO e anue ara a. ra ar :t !oi a cara do marido sõbre ela. braços sõbre o peito, procurando Ia deixar-se levar - estava tão a consciência de que estava quase. grito - sentou-se no divã: Leninha quase não ouviu o qU& i,:i.· _ Ferreira Gomes. Fone, 3572. ·• Quis falar, dizer alguma coisa, mas I cobrir-se um pouco. Alguém man- cansada.! - quando o marido veio núa. "Estão vendo, estão vendo", -Estou machucada, queria mu- ela disse: (2'>!:' :~ êle então perguntou. olhando-a J tinha u:na lanterna s~spensa, um ao seu encontro, suspendeu-a nos era o que repetia a si J!lE:Sma, cer- dar de roupa... - Olhava para - De loucos e a:;sassinos ! ~:;,:;-;;,::-:;,:-::•::-::•::•::,;;,;:,::•::•::-::-::-::-::-;;-::-:;,;;-::-:;-;;,c;-r..:wr....r..-.:-:;,;;.;i.;;,:;.s;.;;-.w..:i a 1iQ1 Qlllgs; - -- -- h9gi.~m armado de rifle, Sc:ntiu 01-:aços, ca.r~ou o pobre corpo ;rap~o 9s ctentes. O odio ~nti:a a v~lha ~$Q.;:a, sa µm tQlll ~ ..,,, -- · ccontinú11)

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0