A Provincia do Pará de 16 de Julho de 1947

no ado r epruen ar um go pe de tõrça. Frisou que a constitui– ção do Rio Grande do Sul conce– de, ao executivo, completa. Jnde– pepdênela. E acreacentou : - .. A independência. e a harmonitl. dos Poderes, mais do que no preslden– cfaltsmo, são ea nctaia ao regime JNU'lamentar, que :se= elaa nliopó– de subs~tir. Sem tats CQJld19'5es, nu.oca houve sistema parlamen– tar ". D~VE O INTERVENTOlt OtlMPRDt A CONSTITUIÇAO F!.IO, 15 <Meridional) - Na ses– flão de hoje, do TSE, o procwador Temístocles Cavalcanti informou ao Tribunal que o ministro da J;uatiça, havia recebido, do inter– V{lntor de Pernambuco, uma con– sulta, Bbbre se deveria PBMSl" o iovémo ao presidente da Assem– l'iléia, conforme determina o arti– i.º doze, das disposições tra.nsitó– ~. da. constituição estadual, a 1 promulgada. De POS8e da con– ta, o sr. Costa Neto enviou-a TSE por intermédio do Minis– to P\Íblico. Opinando imediata– J;Bente sõbre o assunto, o sr. Te– místocles Cavalcantt afirmou que o interventor deve cumprir a cons– t l,tul;ão, assim que a me.sma seja ctomulgada, isto é, deve puaar o fovêrno ao presidente da As.sem– bJéia. O presidente do TSE desig– nou o desembargador JO&é .Antli– li,lp Nogueira, para relator da oon. SQ!ta. OBSTRUIDO O REQUERIMENTO GRABOIS F!.IO, 15 <Meridional) - Ccn8- t.ava, da ordem do dia de hoJe. da C.mara, o famoso .requerimento 288, em que o deputado comunls– tp. Maurício Ora.bois pede à, Cau i e 11e pronu.nele aõbre ª. pettçlo PSD, ao Tribunal Superior eJtoTal, em tôrno da existência de vagas, no Parlamento, ~mo cpnsequêncla da cassação do re– ~ do PCB. Entretanto. afim de evitar fôsse hoje debatido o as sunto, houve obstrução, no tocan– te à votação da rel>olução número nove, sôbre o novo reghnento in– terno da Câmara. ,E a discussão ciêsse assunto ainda proseguirá, na próxima sessão. A hora do ex– pediente, o sr. Hu.go Borghi dil!i• cursou a propósitô da situação econômica de São Paulo, decla– rapdo, afinal, que o seu novo· par– tido, o PTP, está disposto a cola– bc:rar com o sr. Dutra e com os poderes constltuidos. COMUNICARA AO SENADO A CASSAÇAO lUO, 15 (l\,Jeridional) - O pre– ~ldente do TSE, sr. Lafayete An– drada, comunicará, hoje_ ao Se– nado, a decisão do Tribunal, qUe considera irregular o registo da rar,didatura do sr. Euclides Vieira, pelo PSP de São Paulo. Logo que a comunicação chegue ao Senado, o mandato do senador Euclides será automàticamente interrompl– rto, devendo êle afastar-se da Câ– mara alta. O sr. Rocha Lagôa, que foi o relator do processo, já enrregou o acórdão ao presidente do TSE. SERA APRECIADO QUINTA-FEIRA O PARECER MEIRA H.!O. 15 <Meridional) - Reu– n!u-se a Comissão de Constitui– ção e Justiça do Senado para, en– tre outras cousas, discutir o pare– c.er do sr. Augusto Meira a res– pe1t-0 do pedido do ministro da Justiça, para processar o senadór t u!z Carlos Prestes. Não obstante, por divers.os motivos, inclusive pe– la urgência em apreciar as deze– nove emendas oferecidas à segun– da diseussão do projéto je lei Jr• g:ln!c:i, do Distrito Federal, aquêle p,wecer não pôde ser apreciado, o que, entretanto, será feito na pró• Xi'Tla quinta-feira. todoa os deputados, o sr. Milton Campos dia.se : - "Numa hora tio ansusttosa., como a que atra– VetSII.Jnos, 11 defesa da legalidade deve ser a ,mica posição dos ver– d&deiro1S democratas. Confiemoa na obra que acabamos de realizs,r, mas nlo e11que-çamos que o êxito do llietema democrê.tieo não se1 á, oara nós, dádiva dos textos e sim i. obra. lenta e silenciosa do tem– po, a.traves do qual a ainceridade vlgJJ.ante aprimorar, u ínstitui– çõe1S. Que nlo eeja vi l!e:n sen– tido a promulgação da constitui– ção mineira na dat em que i;e comemora a queda da Bastilha. Essa. circuMtància está indicando, a todo cidadão, o pensamento <la re&istênct& d.emooritlca, qu~ bem poder-&e-la atntetlza.r nêsse con– ceito do pensador francês : se im~ pedíssemos, cada dia, que se le– vasse uma pedra para a Bastilha, não teríam0& o trabalho de demo– li-la". CONDENADO UM DEPUTADO DO P$D BELO HORIZONTE, 15 (Meri– dional) - Em virtude da conde– nação. do deputado Wady Nassif, J?elO Supremo Tribunal Militar, dada a sua participação em rui– doso proceliSO, a dJreção do PSD chamou o primetro 1t1plente, i.r. .Alvaro carvalho. para ocupar o lugar d&qu~le. NAO 'FOI DESMENTIDO O GENERAL AI.CIO SOUTO Jt.IO, 16 CMertdlon&l) - A pro– põelto do art1al> publieado pela "Trihuna PopU1ar •. aob o título "Oemtaecara.ndo o general Alcio Souto", oa repreaentantes dos jor– nall! ouvlrun, hoje, as segutntes pal&vra1 do J:!e;al Zenóbio da Co.sta, coman da Zona. Lés– te e da Primeit-& Região Militar : - "Nto deamentf. abaolutamente, o QUe afirmou o general Alclo souto. o que disse à " Fõlha Ca– rioca" t que o ambil!l'lte. na Pri– meir& Reg 'l.io MllJtar, é de ordem e tranquUtdade. Preocupa-nos. ex. clualvamente, o trabalho profis– sional. Todo& os que a integram, do seu comandante 11,0_ mais mo– aesto solda.d.o, estão imbuídos do mais puro ·1Sentimento de brasm– dade. Esta.moa, entretanto, vi,;\– lantes. O · Brasil, meu amigo, p,e• cisa, hoje ma.Is do que nunca, d paz, p~ a que nosso govérno pos;;a levar a cabei o seu patriótico pro– grama. E esta paz, no território da Primeira Região Militar, nós assegura.remos ao govêmo da Re · pública". Candidato comunista à presidência da Venezuela CARACAS, 15 (A. P.) - O Par– tido Comunista da Venezuela lan– çará "um candidato comunista independente", ao pleito presiden. ela! que se avizinha, a menos que as fôrças democráticas progressis– tas concordem com um candidato e um programa. Declarou o sr. Martin Ramires, membro do Bu– reau Politlco do Partido. que ha– via a possibilidade dos comunistas recusarem seu apôió ao sr. Romu– lo Gallegos, que se espera seja o candidato do partido governamen– tal "Acion Democratica". O Jor– nal dêste último, "El Pais", pu– blicou um artigo declinando hou– veS1Sem oa comunistas decidido, oficialmente, não empre1Starem seu apôlo a Gallegos, mas o sr. Mar– tinez afirmou que tal decisão ain– da não fôra tomada porque Gal– legos ainda não foi oficialmente apontado como candidato. Marti– nez declarou que os líderes da "Acion Democratica" mostram-1Se preocupados com a. possibllidade de vir o seu candidato a receber os sufrágios dos comunistas, por– que o candidato auxiliado pelos comunistas "talvez não seja con– siderado aceitável pelo Departa– mento de Estado dos Estados Unidos da América do Norte, e pelas companhias petrolfferas". Nomeados os chefes de estado maior das 1. a e 5. ª Zonas Aéreas RIO. 15 (Meridional) - Foi as- 11inado decreto, na pasta da Ae– roni ut!ca, nomeando o coronel aviador Arf Albuquerque Lima e o major avia.dor Jerônimo Batista Bastos, para. exercerem as funçõe; de chefes do Estado Maior dá.IS V e I Zonas Aéreas, respectivamen– te, Regulamentados os passaportes dos estrangeiros PROCESSADO F. i O SR. PEDRO POMAR RIO, 15 (Meridional) - ,o al!I- RIO, 15 (Meridional) _ o oon- ~inado decreto dispondo sôbre a sultor juridico do Ministério dá execução dos artigos sexto e sétl– Mari"' ha, Camilo Pratel'i, em nome mo, do decreto-lei 7 .967, de 18 de •· ir setembro de 1945. Pelo ató de ho- dó titular daquela pa 5ta .. a.lm an~ je, o visto de trânsit.o, a que se te Silvio Noronhll, dirigfo-se ao refere o citado artigo sexto, ISÓ procurador geral do DiSt;rito Fe- ~erê. concedido ao estrangeiro que deral, ISOlicitando a instauração de exibir ~,ssaporte regularmente vi- um processo pelo delito de injúria, ,.... d tin veiculada pela imprensa, pelo ce- sado para o país a que se es a putado Pedro Pomar, membro cio. e que, para atingi-lo, deva pas– .bancada do Partido comunista do sar, obrigatõriamente, pelo terrl– Bralil e representante de áão Pau- tório brasileiro. Não será permi– lo. A queixa foi encaminhada. on- tida a transformação do visto de tem, ao juiz Paula Fonl!êca, da trânsito em temporário ou per– Segunda vara Criminal. Despa- manente, 1Salvo casos excepclonailS chF,ndo os autos, 0 magistrado or- e mediante solicitação escrita, de denou que fc,ssem destacadas ns órgãos do govêrno federal ou dos b 1 Estados e por decisão do Canse– principais peças em que se ase ª lho de Imigração e Colonização. a acusação, afim de remetê-la,g à , n.têlSa da Câmara dos Deputadüs, O visto de turismo, a que se re- li fere a alinea da lêtra "A", do cc,m o respectivo pedido de cen- parágrafo único, do artigo sétimo ça, daquela casa do Oongre 15 sc, citado. será concedido aos estran– para que o processo slg& os trâ · geiros que vierem ao Brasil para mltes legais. flnlS de recrêio ou visita, pelo pra- DENTRO DE DIAS zo máximo de noventa dias. A NA PAUTA concessão de vistos temporé.riOIS. RIO, 15 · (Meridional> - Reu- aos estrangeiros referidos na lê– nir-se-á, amanhã, para votnr a tra "b", do artig<'l sétimo, do de– redação final do trabalho que da- ereto-lei 7.967, obedece às ext– borou, a Comissão de Funcioná- gências que são discriminadas. rios PúblicOIS da Càhlara. Segundo cuida, ainda, o decreto, de outras se anuncia, é pensamento da Co · ~xigências que sertfo feita.:: aos es– missão sublneter, na próxima trangeiros que venham a,o Brasil mana, .seu prOjéto à Comissão de por vários motivos, inclusive para (Continua na 3." plg.) trabalharem mediante contrato. C U .,; \1 lll de dólares de ações - Notáveis trabalhos de corretagem em Wall Street NOVA IOR,qUE, 15 (A. P.) ...... O Banco Mundial anunciou, esta tarde, que as suati duas primeiras emissõelS de ações, num total de 250 milhões de. dólares, foram to– talmente subscritas. Ao mesmo tempo, 1.15 referidas ações apare– ceram, pela primeira vez, na Bol– sa e foram negociadas com prê– mios substanciais que ultrapassa– ram o preço "par", da oferta. Es– sas aç6e1S foram oficialmente ex– postas à venda, na ·manhã de ho– je, depois de um dos mais notá– veis trabalhos de corretagem até agora registados em Wall Street. Mais de 1. 600 portadores de tf– tulos, em todo o território norte– amerlcano, participaram das ofer– tas. A-s atuai!! emissões permitem, ao Banco, o numerário suplemen~ tar de que necessitará para levar a cabo a1S funções especificas de "assistir à reconstrução e desta volvimento das nações, e,;pecial• mente diiquelas cuja economia foi prejudicada ou destruidà pela guerra. Uma ~ãó. de 150 mi– lhões de dólares, produz juros de três por cento. A outra, de 100 milhões, 2-114 por cento e vence– se em dez anos. Na Bolsa. as de três por cento fecharam a 102-518, enquanto que aa démais a 101- 11137. Tentativas para efetuar o acordo russo-britânico MOSCOU, 15 (Reutere) - En– quanto um avião aguardava, no aeroporto de Moscou, a delegação britll.nica, para transportá-la. de regre1Sso a Londres, OIS perltô! in– gleses .e roviéticos faziam tentati– vas de undecima hora, para tor-:– narem possível a assinatur11- de um acôrdo comercial entre a URSS e a lnglaterra. Se houver a possibi– lidade de o tratado .ser assine.do numa base razoável para ambos os países, os técnicos britânicos, para contratos de navegação, per– manecerão em Moscou até o fim da semana. Do contrário, a dele– gação ingle1Sa, chefiàda. nor Jame~ Wilson, sub-secretário do comér. clo ultramarino, deixará., amanhã, a capital soviética, por Via aérea. Dia 18 o sumârio de culpa de Benjamin Vargas RIO, 15 (M) - O jtµZ da De– cima Vara ·Criminal duiSI'lou o dia 18 deste mês pare, · o inicio do sumário de culpa do sr. Benja. mln VargM, denunciado por crime de ferimentos graves. Chegou a Lishôa a sra. Corrêa e Castro RIO, 15 (M) ""'.'" Informam de Lisbôa que ali chegou, Viajando pelo naVio espanhol "Cabo Bue• na Esperanza", a. 6ra. Mar:1& Cor– reia e Castro Lacerda, eapO&a. do ministro -da Fazenda do Brasil, sr. Pedro Correia e Castro. A sra. Marill, tenciona fazer uma excur– são t4ristiéa pela Europa, come– çando por Portugal e Espanha. comités técnicos e de cooperação R~O. 15 (De Murilo Marroquim. da Agência Meridional) - A Não havendo outros oradores. Be– consp1ração oontra a ordem legal do pais, neste instante tant-0 é vfü considerou a.pi :õvado o rela– fruto de i~epeia política, quanto de um conciente movimento de tório da oomissão de direção e desagregaçao nacional. De um modo geral, é possível apontar às declarou q ue o de cooperação suas ralzes, como acompanhar o seu desenvolvimento. As raises lê. reuntr-se-ia, amanhã, àl! 9 horas, estão: o fracassado 29 de outu· ------------ no Grand Palais. bro, que matou a ditadura ~em vêrno no plano jurídico, o PSD Bldault, ministro do Exterior ressuscitar uma democracia. E o o empurra ao vortice da subver- da França, disse que a conferên• seu desenvolvimento, naturalmen- são democrátlcà, criando ao sa- eia e caracterizou-se, em prilnelro te, preso ao mal de origem, pro- bor de composições regionais, as lugar, pelo espírito de coopera– duziu o que hoje se assiste: um mais disparatadas ameaças à or- ~ coletiva e individual, e, em govêrno à procura de apoio. De dem legal. Ora, estamos assim segundo, pela rapidez com que as fato, o gal. Dutra é o homem diante de umii situação de fato: tarefa,s preliminares foram leva– mai15 de.sampattdo. deste p11-is E contra o govêrno está crescendo das a cabo, e que era bom augu– a,qui reponta o i:,roblema da inep- uma indisfarçavel conspiração rio para· as mai1S dificeis tarefas eia política, que tornou e torna branca de desmoralização. E o go- que terão de ser enfrentadas. Franca produção de trilhos em Volta Redonda RIO, 15 (M.) - O capltao Arn•ldo SQ.ntlago Filho, assistente do pré51• dente da. Companhia. S!derurglca Na– çiona.l, declarou à reportae;em qtie a fabricação de trilhos em Volta Re– donda, est6. em franc,i produção e que as encomendas vêm ,endo 11.ten• dlda.s com a maior presteza, poucos dias depois de recebidos os p~dldos. posslvel a campanha desagrega- vêrno, neste instante, representa NAO FRACASSARA dora do . regime. Atingimos uma afinal e exclusivamente a nossa A conferência, disse éle, era 0 Interpelado . eõbre a extensão, em qull0metros, dos trilhos j6. entre,u·1111 pela. usln&, respondeu: "Par11, o e.– rã, a encomenda foi pequen11,: apenas seis qullômetr011. Trata-se d11, Unna férrea Usando o porto de FortaI•u. a Mucuripe. Já. a estr&da . de :rep-o Paraná-Santa Catarina fez conllldo• ravel pedido: cem qullômetr011 de trilhos. OutrOJ pe<tldos Já deram en– trada, no Departamento de Compr111 da u11ln11, Ill!tS ainda se encontra, em conaulta, como no ca.llO da Bn,!a. Creio que, muito breve, a nossa Pfô• posição perfeitamente clara, que própria ordem legal de coisas, e, exemplo de que a reunião não até 0$ idiotas oonstatam: contra portanto, representa o próprio terminaria em fracasso. Isso de– o regime, atuam o Partido Co. regime. A conspiração é dirigida veria estimular, não só a 15 nações munista e .o sr. Oetullo Vargas. contra o regime, e começa pelos presentei!!, mas também as au- 0 primeiro queixa-se do golpe ataques aos peceitos conl!titucio- sentes. ,, que as instituições polfticu lhe nais; aqui e ali, a .dire~ão do Referindo-se à cooperação que clestechll,ram e responde ao mes- PSD promove a farsa parlamen- catacterizou a conferência, 0 re– mo com o desejo de que essas tarista, nos Estados, onde foi der- presentante italiano disse 1 ue a dução atingirá. o indice de cem, por •--•tu<n,.,. "-- rotado E quando obse a -, · " ,, c ento, rea.l!za.ndo, &SSlm a alta ílna- ...,...,.,. ....,_,..s n..... eobrevivam; o . · rv ql.le · nova palavra Benelux_, um l !da.de de dotar a.s ferrovi11,11 tira.silel- segundo promove a oposição na- amda não obteria as vantagens exemplo para todos nós, num l ras de material q ie lhee • tio n•• cional ao govêrno à procura da CContlllta na 11.a pãg.) mundo desesperado". Disse não ceesá.rlo". diesmoraliza.ção desse g6vêrno. ______________....:;,__....;,....______ ------------- Ambos, por motivos diverool!, orientam-se num me.mno sentido - a derrocada do govêrno; os comunistas, à procura de uma reestruturação legal que lhes per~ mita a .sobrevivência política; os queremistas, simplesmente à p:o– cura da desmoràllração deste go. vêma. A subversão arma-se oom uma. intensidade que a muitos profetas partida.rios parecia. impos stveli ape.nas há. três-meses atrálS. Qua a arma política capaz de restabl;llecer o equillbrio perigo– samente perdido ? Em primeiro lugar, é neces.sário admitir (conforme as notas pos• teriores à cassação do registo do PCB procuraram demonstrar) , que dificilmente a ordem seria reposta nos term<>s anteriores àquela decisão. Contudo nãó se– ria · iin,possivel _e$tabeJeeer um "statu quo" transitório e sujeito à. evoluçãó do.s regimes democrá– ticos, capaz de permitir a admi– nilltração nacional, sem que ou– traA ba1Ses fundamentais do regis. me fossem destruidas. Enfretan– do a experiência de manter uma democracia com a exclusão de um partido, o govêrno e 015 pi,irtidos d.emocrli.ttcos tinham que agir com excepcional inteligência. Para tentá-lo, o govêrno .tinha que ne· cessarlàrnente ~ntar os_ partidos, ou, pelo menos. com o seu parti• dô. E vê, hoje, que o prôprlo p11,r– tido majorltario se junta oonstan– temente ou· não, a. esta e.stupida éonspira.ção contra a ·ordem legal da nação. Esre é justamente o pon to de capital importa.nela, para o exame deste momento de eviden– tes diflculdade.s. Com efeito, a lnepcia da dire– ção do PSD ajunta mais palha $. fogueira da. subversão do regi– me. Sob o f4ndamento de que deseja a reestruturação do parti· do, o 1Sr. Nereu Ram.o.s se terna o mais valente calltpeão deste mo– vimento desagrega.dor; por que não visa recompor. o PSD à bMe de fortalecer o govêrno, ma15 ex– clmivamente no sentido de poder t1ubstitulr eS1Se govêrno, na r.ró – xima campanha prealdencla . A sua política. tem sidó impiedo~a– mente forte, no sentido· de àme– -drontar os rebeldes pessedistas, mas positivamente desvairada, em face da. .situação. Veja-se o que a direção do PSD tem proclama– do e efetuado nos últimos tem– pos, através desse admiravel exemplo de insensatez que é o sr. Costa Neto, e tenha-se um ime– diato oonhecimento da impossi– bilidade de o govêrno ser respei– tado pela nação. Com efeito, ao invés de procurar fortal~i: o go- A VOZ DA AMEBICA Walter UPPMANN (Cop)'l'ight dos "Dlárioe Allsocl11,doa") NOVA YO!Ut - Via rad.l,o - e estimular a unlfic~o, a união pazc.lal da ~ Embora haja necessldade de dinheiro para as Ocidental exercerá urna imensa atração !ébre - a transmls.sões r11,diofônleas e as publicações que fa• Europa Oriental. çam ouvida em terras e&trangeiras a. voz da Amê- • • • rica, o que é mais neceS1Sérlo é ter alguma coisa de- 4 - Essa consideração nos permitem form~lar finida, clara e convincente para dizer. Haveria pou- os têrmos precisos nos quais poderíamos propor a oa oposição no Congresso à votação das verbas para solução do conflito soviético-americano. O nosso êsse fim se não fosse a, Impressão de que os homens objetivo é o renascimento da Europa como um• que orientam a nossa propá.ganda têm muito pouca fôr~ independente do mundo. Para alcançar êsse rela~o com a nossa política, e que o departamento objetivo, teremos de fornecer, em condições idê11t1- de vendas do govêrno está, par assim dizer, redl- cas às de empréstimo - e - anendamento, duron– gindo anúncios de merqlj,dorias para as quais os te algum; anos, o capital necessário para uma união técnicos de produção estão ainc:la fazendo os pri- econômica. da Europa, que nAo pode aer obtldo fie- meiros planos. não conosco. Quanto aos fregueses do exterior, êstes estão A contribuição russa deverá ser a evacuação mi- sem dúvida confu!l()s e desconfiados, em parte de- litar do continente, que será também efetuada pelos certo pórque a firma rival procura desll,Creditar-nos, ingleses, franceses e americanos. Os exércitos de• mas principalmente porque nós parecemos tão agi- vem regressar aos J;>aíses de origem, deixando apenn1 tados e preocupados quando, como uma grande po- cóntingentes 11imbol1cos na Alemanha e em pontos tência, todos esperam que sejamos frios e precisos. cuja situação ainda não foi definida, como Trieste As dificuldades do sr. Benton com o C<'lngresso e e a fronteira grega. A evacuação militar da Europa com a oposição no exterior decrescerão quando o será seguida .de um acôrdo, em virtude do ® ªl to– seu chefe, o Se_cretário Marshall, tiver tempo de or- dos os países europeus possam entrar na união eco– ganiiar um programa americano concreto para a nômica européia. solução dos :problemas dà guerra. Em troca disso, poderemos financiar a.lgun.S pa. • • * gamentos das reparações alemãs e fornecer alguns Os principias de tal programa emergiram pou- créditos, até aos Sovietes. co a pouco, na minha opinião, de. vastos e di!iceis No Oriente Médio, proporiamos um novo trata. debates e podem ser agora formulados cõmo base do que dispusesse sôbre os Dardanelos, as - frontel– pàra novas discussões. Creio que podem ser expos- ras da Grécia e da Turquia, o pôrto de Sàlônica tos mais ou menoa assim : _ e &IS concessões petrolíferas do Irá. 1 - A divisão do mundo em duas grancles coli- * * * gações - uma centralizada em Moscou e outra cen- Creio que tal solução seria extremamente viê.- trallzada em Washington - é apenas aparepte. O vel porque reflete o equilíbrio de fôrças atual entr• mundo -não pode ser dividido assim. As coligações a União Soviética e os Estádos Unidos, equilfbrt0 não podem ser organizadas. Os países da Europa esi;e que nenhuma das duas potências pode altera~ não se conformarão. com a idéia de ser satélites das radicalmente. O Exército Vermelho se acha no co– duas grandes potências não-européi11os nem com o de ração da Europa. O acôrdo em vista prevê a sua $er aquêle coptinente o teatro predestinado de. um retirada para as fronteiras da União Soviética. N&o conflito soviético-americano. Na proporção em que podemo:!; obrigá-lo a essa retirada. Por outro lado, a Doutrina de Trwrtan, consciente ou inconsciente, podemos impedi-lo de realizar novos avanços, gra– trata a Europa deslla maneira., ela é um obstáculo ças à possibilidade que temos de atacar os centroa à paz e à influência a.inericana na construção dà. vitais da Ri1ssia. O acôrdo reconheceria lsse im.- mesma. passe mmtar. • • • Para essa solução, os Estados Unidos contri- 2 - E' necéssál.'ia a reconstrução da Euro_pà, sob buiriam com um auxílio financeiro, elevado pa.ra o a liderança da Inglaterra e da Fránça, que sao ago- tempo de paz, mas insignificante, comparado mm ra as principais potências. NA.o pOde haver solu~ão os padrõelS do tempo de guerra. Essa assistêneia alemã salvo dentro do quadro geral de uma solução resgata.ria a Europa dos exércitos de ocupação, fà.• européia. A unificação econômica e Pólitica da Ale- ria renascer o continente de mais alta civHiza~o nianha não é possível nem aconselhável senão dentro no mundo, daria à Russia margem de obter auxilio de uma união econômica européia e de uma politica para a sua reconstrução, que ela não pode conseimti" européia suficiente pata dar as garantias primárias de outro modo, e permitiria aos Estados Unidos. evi– do cumprimento do que ficar re&olvido em relação tàr uma depressão crônica. resultante de exce,~ à. Alemanha. As garantias que derem russos e ame- invendáveis de produtos. · ricanos do bom procedimento da Alemanha terão * • • de ser secundárias diante da garantia européia. Um programa. désse gênero, formulando uma. 3 - Embora, nç, fim, a. unidade da Europa te- solução concreta, seria difícil de ser mal interpteta– nha de abranger todo o continente, uma unidade do e recusado, se fôsse exposto e pleiteado com Pef• parcial é melhor do que nenhuma. A unidade da slstência, paciência. e firmeza pelo govêrno dos . l!le,,, Europa Ocidental apenas, pode ser 11-uto-suficiente tados Unidos. e e,fetiva. Exigirá um apoio artlfici11,l do E:emisfé- A voz da America principiaria a falar uma lil}• rio Ocidental, principalmente dos :tlít;taçlos Unidos. guagem que os fatigados, os famintos e O& kmero• Mas se o apoio :i:oi: da<;lo em conclições de promover sos anseiam por ouvir. -

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