A Provincia do Pará 11 de julho de 1947

I de-·gÓvêrno: Cumprirei declaão VO , aa::saa,aan.aueies man~ do Supremo, qualquer que seja. datos, porque os comuniStas exer– Quanto à permanência ou não, cem, em sua plenitude, os man– como governador, é questão pea- datos que lhe !oram delegados .soal que .esalverei oportuna- pelo povo. Di~. ainda, qua a mente". vontade popular deve ser respei- NOVA MESA tada, porque á a ooluna mestra NA ASSEMBLli:IA da democracia. PORTO ALEGRE, 10 (M) - MODIFICAÇÃO Em sna primeira sesão extro.or - DOS ESTATUTOS DO PRP dlnária, a Assembléia LeglsJ.ativa RIO, lO (MJ -- O TSE rei- elegeu nova mesa. Nesse sentidp, niciou, hoje, o julgamento do houve poucas alterações. A nova processo relativo às mod!ficações composição é a seguinte: pres!- dos estatutos do PRP, agrem!a– dente, Edgard Schneider; _primei. ção pol{tica que substitui a extin- ta Ação Integralista Braslleira. ro vice-dito, Joaquim Durval, do o desembargador José Antonio PSD; segundo, Vitor Graef, da Nogueira solicitou ao TSE man- UDN, que foram reeleitos por d b é to unanimidade. O primeiro secre- asse a rir inqu ri para apurar tá.rio Hermes Ferreira, do PSD, as atividades desse partido. Su- geriu que o Tribunal perguntasse substituiu o petebista João Nu- quando Plinio Sa.lgado, de públi- ries Campos. oo e fato, repudiou a doutrina in. RENUNCIOU tegraliata. Em seguida, quando o O SECRETARIADO miniistro Ribeiro da Costa fazia PORTO ALEGRE, 10 <M) - O o relatório do procel!so, o sr. No– i;ecretarlado, face à promulgação guelra aparteou, dizendo: - "Eu cfa constituição de caráter pa.rla- queria orgaruzar os comunistas ll'lentarista, apresentou isua re- do Brasil sem o sr. Stalin e seus 11ÚDcia ao governador Jobim. Este chefes asiaticos. Os comunistas, d~pachou da seguinte ma,neira: no momento, fazem o jogo da in– f- "Responda pelo expediente até tromissão de uma potência es– .eplução do pedido". Declarou, trangeira no· Brasil" O julga. à.inda, que não praticará qualquer mento do proceaso fol novamen– áfo administrativo ou executivo, te adiado. ep.quanto não seja julgada., pelo ELEVADO o CRltDITO STF, a constithcionalidade da PARA O MONUMENTO c.11,rta. estadual, por éle impugna- DE RUI BARBOSA da. Nada tran.spirou, ainda, sôbre RIO, 10 oo - A OOml&sAo de como procederá o governador, Finanças da. Càmara aprovou o ~ se prolongue, po.r muitos parecer do ar. Allomar Baleeiro, dias, o estudo do assunto, i;,ara elevando de cinco para dez mi. fina de julgamento, pelo STF. !hões de cruzeiros, o crédito J,ara Babe-se que a Assembléia dar- a construção do monumento a lqe-á um prazo razoavel, possi- Rui Bubosa. velmente até sexta ou sábado, NA CAMARA CARIOCA para. iniciar gestões para a for- RIO, 10 (M) - Na ses3ão de mação do secretariado, conforme ontem. da Câmara dos VereadQ– prevê a. constituição. E' possivel res, foi aprovada pela UDN, PTB que até sábado corram novida- e PCB, a inserção, nos seus anais, des nesse sentido, embora não se do último discurso que o sr. Ge– note qualquer exaltàçáo, tanto de túlio Varg~ pronunciou no Se– uma parte, como de outra, o que nado, contendo ataques ao a.tua! parece ser indicio de que ficou a govêrno. Também :foi inserto, na porta aberta para a organização ata, um voto de congratulações d,e um govêrno de acôrdo com a pela passagem do aniverd.rio da decisão do Supremo. revolução constitucionalista de FIXADOS São Paulo. OS VENCil\~NTOS IMPOSTO DE RENDA DOS MANDATARIOS ADICIONAL OAüCHOS RIO, 10 (M) - Na reunião de PORTO ALEGRE, 10 (M) hoje, da Comissão de Constttui- Promulgada a constituição, po. ção e Justiça do Senado, o sr. t~er!a esperar-se certa agitação Lucio Correia leu seu voto, em politica e, até mesmo na rua, tal separado, sôbre o projeto revigo• o interesse despertado pela con- rando a cobrança do imposto de trovérsia advinda da implantação renda. adicional. O relator, sena– do regime parlamentar no Rio dor Aloisio Carvalho, havia, na Grande do Sul e consequente po- sessão anterior, considerado in– siçáo assumida por diversos par- constitucional o projeto, enquan– tidos, particularmente o PSD. to que, em seu voto, o sr. Lucio Nada ocorreu, entretanto, reinan- Correia considera o imposto já do um ambiente de absoluta tran- autorizado, em :face de constar da qullidade, t.anto nos meios poli- previsão orçamentária aprovada t1cos e parlamentares, como no pelo Congresso. Dai a necessida.– se!o do povo, embora o assunto de do projeto em apreço. A di,s– seja o tema obrigatório da dls- cussão e votação do parecer do cussáo cordial em todas as rodas. relator e do voto do senador Lu– A Assembléia iniciou, ontem, se- cio Correia :foram adiadas para a rena.mente, a legislatura ord,iné,- sessão da próxima. segunda-feh'a. ria, comparecendo a bancada pes- NOVA li:POCA sedista, recebida cordialmente pe- PARA AS PROVAS los demais colegas, aos quais não PARCIAIS via desde a véspera da promulga~ RIO, 10 <M> - Os universit.á- ção da constituição. Nessa sessão rios em greve entenderam-se com extraorinárla, a Assembléia ele- os 11enadores. afim de que seja vou os vencimentos do govexna- logo promulgada a lei que manda dor, de 6 para 12 mil cruzeiros marcar nova época para a.s mensais, mais dois mil cruzeiros provas. de representação. sem prel,,Jzo FALECEU UM DEPUTADO das demais regalias de que goza ALAGOANO de residência e manutenção ofi- RIO, 10 <M) - Vftima, de um cials. Estabeleceu, também, os colapso cardiaoo, faleceu, na ma– fUbsidios dos deputados, penna- drugada de hoje, o deputado MA· aecendo a parte fixa de 6 mil nuel Xavier Oliveira, represen– •uzeiros mcruiaiG e a variavel de tante do PSD de Alagõa.<l, e que tuNDtos eruzeiroa por aeaaio a entrara. m vaga dO &r. Silvestre que comparecer o parlamentar. Pericies, eleito governador da– Quanto aos vencimentos do go- quele E?tado. Natural de Sergipe, vernador, foi unânime a resolução era ofic~al do Exército e bacha~el da Assembléia. A respeito do 5Ub- em direito. Como militar, d!rlgm, r,ldk ~ ~ut.~ ficou a.ssen- a (Continúa na 8a. página) o r · · l!.i . .:J O atentado a Cipriano Reyes provoca agitada sessão na Câmara argentina RIO, 10 <Meridional) - O atentado contra. o deputado Ciprta.no J..eye;;, presidente do Partido 1'8,borista Argentino, e a respeito do qual demos ontem aquí uma circunstância da noticia, provocou uma das sei,sões mais agitadas na Câmara daquêle país. O referido par– lamentar, reside na cidade de La Plata, capital da provfncia de Buenos Aires, a poucas horas da capital argentina. Saindo de casa dica! argentino, inclusivê a C.G.T., cêdo, para tomar parte numa ses- numa coisa incompatível com as :ião extraordinária daquela casa suas tradições democrâticas, .numa de congresso, foi atacado, mal o cópia do aindlcal1smo falangista. ta.xi se pôs em movimento. O mo- Por isso mesmo é que o govêrno torista teve morte instantânea. forçou a eleição de líderes "na– Uma bala (eram vários os assal- cionall&tas•• para diversos po:itos tantes e estavam num automóvel de ~ireoão sindical ~ tem infiltra– sem chapa) atingiu o chapéu do do grupos de . provocadores da sr. Cipriàno Reye11, que teve vá- Aliança Nacionalista nos comícios rios ferimentos na cabe_ça e no e desfiles operá.rios, a.fim de que rosto, provocados por pedaço de êstes se acostumem a fritar "Viva vidro. Entrou êle na. Câmara com Fr.anco". "Viva Rosas", etc.. a cabeça atada no momento ç_m O deputado radical Ernesto que já. se discutia o atentado, e Sa.runartino, v!tlma de um aten– ao falar, profundamente emoch>- tado hé. meses atrú, no seu pró– nado, relembrou que essa não era prio esontório 0,proveitou a opor– a prmieira vez que o atacavam. tunidade para fa,zer a seguinte Em 1946, ao negar-se a dii;solvi-,r revela,ção : . o Partido Laborista para que da "O autor do atentado conti;a sua fusão com os radirais surgls•:e mim foi um espanhol, de vasto o Partido Peronista, foi r.um co- prontuirio, que foi elemento de micio de trabalhadores :frigorific05 Barcel6 (antigo caudillo conserva– tm Berisso. no qual fitiava, l.\lve- dor) em Avellaneda, que teve de– jado por poJiciais à paisagem e por pois um comité pró candidatura desordeiros provavelmente dirigi- Patrón Costas (um ex-candidato dos pelo sr. Aurélio Hemandez, conservador à i,residência da re– novo secretário geral da Confede- pública), que vivia de jôgo nas ração Geral do Trabalho a e1a fábricas e amedrontava os seus imposto pelo oficiall$mO. Recordou companheiros, graças aos seus também que mais de uma vez, maus antecedentes de capanga. apa.receram diante da Câmara, l!:sse sujeito, que me assaltou no caminhões carregados de supostos meu escritório, disfarçado e acom– operários que aos gritos pediam panhado de outra. pessõa se cha– a cabeça 'do orador. O sr. Cipriê.no ma Raul Oosta, foi feito secret~io Reyes qualificou o sr. Aurélio geral dos Sindicatos e do Conuté Hernandez, protegido do sr, Pc- de hospedagens à e11posa do pre– ron de "delinquente do sindica- sidente da Rep11blica e homem re llsmo argentino", trânsfuga e toda a confiança do casal pres!– traidor" "delator a serviço da dencial. policia",' "energúmeno" e "ban- A opc,sição disse que era che~ dido empedernido". Trata-ise no gada a hora de acabar com o ter– caso de um antigo agitador, ex- rorismo µ~litlco na Argentina <o pulso do Partido Comunista. antes atentado a dinamite contra o re– de 1930, e que aepois disso havia cente comício socialista veio. à ingressado no Partido Sociallsta, baila .tambem) e expurgar os sm– que antes do golpe m!Utar .:te 1043 dica.tos dos aven,ture!ros nêles co– llderava. a maior parte dos sindi- locados pelo sr. Aurélio Hernandez catos de Buenos Aires. Nessa oca- j)ara. · forçá-los a adotar idéias sião, o sr. Aurélio Hernandez ob- franqulstas. teve o cargo de secretá.rio, admi- No dia seguinte o ministro do nistrador do Sindicaro de Enfer- Interior deu orden;; ao novo chefe melros. Sua convernão ao pt"ro- de pol(cia, general Bertollo, para nismo deu-se em 1945. iniciar uma.. camtianha coµtra os Dizendo que tinha mais de ~ terroristas, q~~isquer que sejam anos de lutas sindicais, 1ic·resc,n- suas condições • tou o sr. Clpriàno Rey<,s que m~I- -------------– tos dos atuais deput.ad .-is perom:s. Mensagem do tas estão hoje na CâlT'.ara, porque êle os incluiu na chapa do P"\rti i) Executivo sobre os Laborista. "Eram uns ilustres des- conhecidos e eu me arrependo servidores públicos hoje de tê-los projetado a estas alturas". Usando de uma linguagem enér– gica, o presidente do Partido La– borista disse que há o prollÓ5ito de transformar o movimento sin• RIO, 10 (M.) ... O presidente :r;ru. t?a tnvlou 11'e. inensagem ao Oongres– eo. 11 ,compe.nhe.do do projeto de lei qeu dlapõe aObre a ·sltua.ção · dos ser– vidores púbUcoe, fàce à legislação tre. balhl.llte.. • M E U D E S T I N O E' P E C A R Desde o término do movµncnt&do roiiiance "A Esfliue Venne·– lha.", que, com o caráter roin,a.nesco e avwturoso 11.ue· ca.facterisa seu célebre aut.or . A.le: u.ndre Dumas, cqnlé~u conqwi;tar as stm– patúl.s Kera.1s de nc1sos leit.ores, vimos a.nuncla.ndo qual será. o próximo folhetim a 18!' pubUcado por este mtuttno. Desde então, os "fans" habituais" da obra anterior espera.m, com ansiedade justt• ficada, o lnicl-o da publicaçlo de "Meu Dest{no é Pecar", o ro• ma.nce com o qual sua escritora, Susana Flag, conseguiu bater todos os recordes de que se tem notfci& entre os sucessos de linarla. no Brasil." Do~go, clrcu!Art A PROVINCIA. DO PARA',· trazendo o rw.i.ance •11• Jl!Ul&'c:ari.. - ,.,..._ - n- pãi:111u, • meem.e sucesso que em lffl4!1 nceestvu ed1ç6es. Apa.rdem, pois, os no1101 leitores • leitoras, para o pr6:t:lmo domingo, o primeiro capitulo de "Meu Destino 6 Pecar". Entregue a decisão do caso à União Pan•Americana - O conclave terá lugar no Quitandinha WASHINGTON, 10 (R) - A Uruão Pan-Amerlcana ainda está estudando .o problema originá.do pelo fato de que, embora o regi– me atual da Nicaragua não seja reconhecido pelas demais repú– blicas americanas, será virtual– mente impossivel exclui-Ia. da oonferência inter-americana, 9. se realizar no Qultandinha, a 15 de agosto próximo. soube-se, l:.oje, que o Brasil entregou totalmente a deci~ do caso à União Pan– Americana e que não mais insiste na e'(clusão da Nicaragua. O co– mité especial está. estudando a questão, esperando-se que, já na próxima semana, submeta-se ao corpo diretor. NO QID.TANDINHA A CONFElUNCIA RIO, 10 (M) - Segundo fon;Kls seguramente informadós. ~ ~esmo no hotel Quitandinha, e_P.i' retrópoUs, a conferência dci6 chanceleres americanos. Todo o serviço de comunicações do COfl· clave fica.rã, mesmo, a cargo do Itamaratf. Para os serviços da imprensa, nacional e estrangeira será destinado o antigo "grill– room", uma. das mais espaçosas dependências do hotel. COMENT~OS DE UM JORNAL HOLANr>:tS St,BRE A CONFER:8:NCIA DO RIO HAIA, 10 (R) - Comentando o recente discur~ do presidente Per6n, o jornal "Detijd", decla– ra: - "A adesão de Perón ao plano Marshall e sua afirmação de que a Argentina lutará para exterminar "os capitalismos e ex– tremismos da dire\ta e da esquer~ da", revelam que foram resolvi– das as principais dificuldades, entre os Estados Unidos e a Ar– gentina e o. obstáculo à convoca. ção da conferência pan-america– na. Isso pode significar, unica– mente, que, a, politica externa de todos os estados americanos segui– rá uma só linha, principalmente estabelecida pelo govêrno de Was– hington". Solução para as desor– dens balcânicas . LAKE SUCCESS, 10 (AP) Soube-se autorizadamente que a França· e a, Colombia aproxima– ram.se dos Estados Unidos com consideração, dizendo aproximar e,i;, propo&tas .antagonicas dos Es– tados Unidos e da Russia para a ~Iução das desordens balcanicas. Dispersando os rema– nescentes do poderio naval japonês PEARL HARBOUR, 10 · (AP) - A Marinha anunciou que a dispersão dos remanescentes da outrora grande frota naval do Japão, começou em pr1ncipios deste mês com a entrega de 32 belonaves à Russia, China, Gl'ã– Bi:etanha e Estados Unidos. RIO, 10 M) - AbOrdado pela reportagem, a respeit.> do seu en. contro com o senador José Amé– rico, respondeu o sr. _Nereu Ra– mos: - "Conversei com o presi– dente da UDN. Aliás, isso fazemos com certa frequência. Tiratamos de assuntos políti~s. administra– tivos, das atividades parlamenta- 1·e.s e do comunismo. A situação nacional foi objeto de acurado estudo. Mas isso não se póde ana– lizar, II.Sl5im, em rápida conversa. Ficou resolvido que continuare• mos". Acrescentou que para que se tornem mais ou menos con– cretos ~s entendimentos que teve com o sr. José Américo, avistar– se-á com o sr. Dutra, amanhã, possivelmente, para tratar do as– s1.mto. ~UlU UC H.VJ.t:loV, !:,JU.4,t(, .LVJ.V0\,.,Vl.lt u ;a.uu Marsn all, de auxilio à Dando, nes~a ocas!ãn, sua de se avistar co.n o generalfssimo Stalin. vi&ta coletiva à imprensa, acres– centou Truman que tôdas as nm– didas necessárias sexão tmrndat pelo govêrno. Acentuou, a segu:Z, que não faria nenhuma recomen– dação ao Congresso, sôbre o 1•efe • rido plano, que totalizarâ cêrc \ d.e dez biliões de dólaires, por um periodo de quatro anos. "BOYCOT" DA R"úSSIA Caso a Tcheco Eslováquia deixe de comparecer à conferência de Paris, ficará. virtualmente concre– tizado o "boycot", pela Rússia e estados situados na sua órbita, na Europa Oriental. Somente a Finlândia e Albânlia ainda não responderam a.o convite, mas exis– tem poucas probabiltdades de aceitarem participar do conclave. Hoje, a Hungria juntou-se à Bulgária, Rumânia, Iugo Slávia e Polônia, no que toca a rejeitar o convite anglo francês. PREMATURA A NOTtCtA LONDRES, 10 (Reuters) Porta-voz d a, delegação finland • sa, em Londres, declarou que er11, prematura a notícia, ontem vei– culada em Paris, no sentido cie que a Finlândia já resolvera arei– tar o convite para a conferência. sôbre o plano Marshall. O 12.bl– nHe finlandês reunir-se-á. hoje, para tomar uma decisão final - · acrescentou o referido porta-vo7k ACEITARA A FINLANDIA Foi a Caçapava > ministro da Guerra RIO, 10 (M.) - Conforme !Ora. s.nunciado, o minl$tro da Guerra se– guiu. hoje. para. 'l'a.uba,té e Ce .ça.pa .– va., em São Pe.1,llo, afim de a.ss1st1:r as manobras da Eecola. de Aperfei– çoamento de Oficiais, que se reallze.m naquela regi~- HELSINKI, 1.0 (Reuters) Oirculos chegados a,o govêrno re– velaram, hoje, que a Finlândia aceitará o convite anglo francês, para participar da conferência de Paris, sôbre o plano Marshall, de auxilio à Europa. E assim fará - frisam êsses mesmos circulos - porque necessita urgentemente de auxmo financeiro doi; Estados Unidos, para comprar matérias primas, afim de poder fazer fren– te às reparações devidas à URSS. ~ imprensa ÇC>munista, que inl• CONVERSAÇÕES TCHECO– SOVffiTICAS MOSCOU, 10 (A. P.) - Infor– mante fidedigno, da emba.ixad~ tcheca, declarou que, possivelmen– te hoje à noite, será feita uma declaração sôbre as conversaçõ~a tcheco-soviéticas. --------------------- M r 1 m r r Walter LIPPMANN (Copyrtg!lt doe Dll\rioe AasoctadN) NOVA IORQUE, via rádio - ó discurso do Secretário Marshall em Harvard, no começo da semana passada, ence1Tou d~as de– clarações bastintes significativas - uma dirigida a Lcndres e a Paris e a outra, endereçada. a Washing– ton. -0(0-- 0 sr. Marshall disse, em primeiro lugar, que "não seria proprio nem eficaz para este governo traçar um programa unilateral com o intuito de re– eri;uer economiqamente a Europa. Isto cabe aos eu– ropeus e eu creio que a iniciativa deve partir da Europll.", Isto é um aviso público do que deve nos seus detalhes prosseguir em calmas discussôes. Indica que serão tomadas providencias para enfrentar o defi– cit de dolares r.a Europa que será tão grande no pro– ximo inverno que poderá causar o colapso de grande parte das exportações americanas para a Euro– pa. o sr. Man.hall disse publicamente que o gover– no não poderá pedir fundos ao Congresso enquanto os governo:; europeus não resolverem se os querem e para que fim os querem. Ad'emais, se vão precisar de auxilio em larga escala, não deve esperar até il explosão da c1 ise, mas preparar-se para ela agora, enquanto a!naa há tempo. Conquanto o povo americano possa ser persua– dido. no seu .'nteresse e no da civilização em geral, a pre6tar auxilios para a reconstrução européia, isto poderá, inteligentemente fazer isso se os principais pair1:s da Europa, isto é, a Inglaterra e a França, juntamente com o Canadá, que tambem está sofren– do uma esca&ez de dolare& e representando um im– portante papel intermediário, nê.o tomarem a inicia– tiva de traçar um plano viavel. ---000-- Há, todavia, muitos obstaculos e inibições que devem ser V!:lncidos. O principal é o cansaço das exaustas autoridades da Europa ·e a absorvente preo– curação do povo da Europa com a vida quotidiana em condições particularmente difíceis. O clima men– tal e espiritual da Europa, e em menores proporções tambem da América, não é proprio para planos vas– tos e de longo alcance, que exigem lucidez, imagina– ção e decisão firme. Entretanto, diante do que o sr. Attlee conseguiu na India hão há motivo para des– ·crer de que a vontade e a experiencia de grandes e construtivos estadistas se tenham perdido do ou– tro lado do Atlantico. tQn. q·:1e possa funcionar sem a Europa Orientai e :.co!aboraçãc, soviética,, e que funcionaria mUlQ> melhor se a Europa Oriental paniclpasse dêle e a Unino Soviética o aprovasse. o principie• basico desse plano europeu não ee– r!<1, portanto, a formação dt:, um bloco ocidental qUf' excluísse o Oriente da Europa e fosse defensi– vamente e ofensivamente oposto aos Soviétes - mas a formação do nucleo de uma união européia que deverá incluir todos os países e oferecer-lhe& mau, vantagens se colaborarem do que em caso con– trario. Um rigor<:so exame da discussões em Moscou revela que a elaboração de tal yil:mo não está alem da fabedoria c'os homens nem fora das possibilida– des praticas da situação internnciopal, ---.100-- Isto nos leva à outra declaração do sr. Marshall, que é endereçada não à Europa mas a este país. A linguagem fºr ele usada nesse ponto foi velada.. O sr. Marshal ~.isse que "um por.to essencial de qu:il– quer ação eficiente por parte dos Estados Unlr,us é a compreem,ão pelo povo americano do problema e dos remedtos que df.vem ser Rp~icados. A paixão política e o preconceito não devcria:n representar nenhum papel aqui". Essas palavras não levam endereço certo e seria desonesto int~rpretar eRsa obse:·yação de ordem ge– ral, de tal m, cto que se fizesse o Secreta.rio di~r mais do que ele julgou aconselhavel ou, na verdade qws dizer. Creio, porém. que é licito dizer que essas obl"f'r• vações não teriam sido feitas se não houvesse um num!'ro cada. vez maior de pessoas serias e bem in– for.-nadas que sabem que a chamada Dcutrina de Trnman, hã.o talvez na sua intenção original, !;las como é expli-:ada, explorada e aplicada por amado– res, fanáticos e meros politicos, é auta-destruti– va e está. colcrando contra nós, não apenas a Rw– sia Comunista, mas os elementos democraticos ê mederadamP.nte conservadores da Europa, nos quais deYem necessariamente repousar todos os planos de reconstrução gt:ral do continente. --000-- A alusão velada do sr. Marshall à "compreen– são" do "car,~ter" do problema e o seu apelo para que abando'lemos as "paixões politicas e os pre– co11ceitos" não são, a esta altura, os lugares oomuns or1linarios de um orador publico. São uma delicada advertenc!a de que nos altos circulos e em muitos xxx otttros as paixões políticas e os preconceitos podem E' claro que também há todos os obstaculos que ser um obstaculo para a compreensão do problema. se originam do conflito com a Russia, que divide da Europa e çue, para dizer as cpisas dellcadamen– de maneiJ'a tão profunda todas as nações do conti- te, se o homem do povo teve de ser atordoado, como nente, inclusivé a Inglaterra, ·muito mais do que a alguns pensam, para que o Congresso pudesse apoiar primeira vista parece. Atenuar e venper esse conflito a Doutrina. r.le Truman, o homem do povo terá de e a grande ta!efa dos estadistas europeus. · ar,crdar agora, antes de adquirir o hábito de pen- o problema é a formação de um plano de re- s~r que é uma mistura de Moisés, Julio César e Pa– construçãQ européia, iniciado na Europa Ocidental, pai Noel para o mundo inteirQ.

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