A Provincia do Pará de 09 de Julho de 1947

Constituição americana, venhani í ga P!O)eção, entr~ eles, como já .iãs-: .7s-_r.- sen";d~;"'s;i;id~--Fi=1 ;:i;;·~_e.. Ím~{tJ f~~~~-h~.\,flj, !!J:SW-· produzir aqui benefícios aprecia_ noticiamos, o Ale1jadlnho e Mes-• lho, digno pre~dente da Campa- Quero confessar-vos, todavia, vei~. que não continµemos a ser, tre Vale_1_1tim, do periodo colonial, nha Nacional de Aviação. i1ue esse entusiasmo não se man- perante O estrangeiro, um povo e os pmtores Rodolfo. Amoê~o, Exma. Sra. D. Lenita Visconti, l'.eve do mesmo modo na velhice. vilipendiado, que sejamos, enfim, Bati~ta da Costa e El1seu Vis- viuva do grande pintor É!iseu Vis- l<J é como um elogio á sensibili– uma nação digna da América nig- cont1, do perlo~o republicano. A conti, e demais membros de sua •'!ade impar de Visconti, como na da idade contemp-::irànea, capaz solenidade, presidida pelo senadol· familia. 11ma prova do seu amor arral- de respeitar os titulos pelos quais Salgado Filho, presidente da Minhas senhoras gado à Arte e à Cultura que vos nos sentamos no congresso da~ Campanha, teve lugar na sexta- Meus senhores : ' direi que essa mesma aviação Nações". feira, 27 do mês findo, com a pre- "Se Eliset. Viscont; ~ossP. vivo ou que tanto orgulhecera a sua ju- E tá f . f t SPnça de nnmerç,sos artistas e d te id d lh f 1 ventude, ench~ndo-a de fé no • 5 .ª. ª on e cap~z de diri- convidados, dos paraninfos e da:s se ª e rn ª e e osse poss • ,1estino humano, havia de ,.amar- nnr duvid9:s e queStóes. fam!l!as dos pa•··onos. O último vel acompanhar .de algum mod 3 f;Urar-lhe terrivelmente os dias O feder9:l!smo vem da mais re- avião a ser batit~do nesse dia foi esta cerimonia, asseguro-vos que ,ierradeiros. mota antiguidade em combina- 0 "Eliseu Visconti" recordando estaria profundamente surpreso çóes efemeras .umas, duradoura~ 0 nome do consagrado mestre fa- Toda a sua vida ele a viveu mo– cutras, precárias ~u prosl?eras, lecido há apenàs 3 anos depois destamente como vivem em geral mas no ~~sso conti!1ente _e que de se ter dedicado durante mais os artistas do seu porte : pintan– ele ~dqumu a. m_a1_s sabia ex- de meio século inteiramente à sua do por uma vocação irreprimível, pressao, nos p~11?,c1p10s adot!3-~0s arte, integrando-se na historia .da ignorando a extensão . do proprio pelos Estados Umdos da A!11enca pintura brasileira como um dos merlto, indi!erentk aos aplaurns, do Norte e que tem servido de nossos valores mais expressivos atento unicamente ao apelo da modelo a todos os demais países e representativos proprla sensibilidade e a uma im- americanos. · piedosa e exigente auto-critica. Antigo aluno do Liceu de Artes Eliseu Visconti nunca voou. Vai Este modelo funda-se na mani- e Of!cios '! da Academia Imperial voar agora, pela primeira vez, e· festação da soberania popular, de Belas .Artes, ao se transfor- em nome, neste avião, sob os cé't:l~ pelo voto direto e invidavel e na mar esta em E~cola Nacional de amazonicos . uma vez, em 1942 temporariedade do poder; na di- Belas Artes, após a proclamação no seu "atelier" fazendo o mea visão e harmonia dos poderes: na da República, f9i Eliseu Viscon- retrato, dizia-me prazenteiro, num unidade do Executivo, represen- ti, dos primeiros a conquistar 0 intervalo da "i:::ise" : t!l,do pelo Presidente da Repúbli- premio de viagem à Europa, num -Você sabe que o Chat::aubri– ca; na dualidade do Legislativo. concurso do nosso principal es- and me convidou para ir com a Câmara representando O povo tabelecimento de ensino · artisti- P.le ao Paraguai ? e O Senado os Estados federados: co. No Velho Mur,do seus pro- -E o sr. sabe, professor, que :QO Poder Judiciário, interprete fessores foram notavels e suas a viagem é de avião ? - i~da– supremo da lei: na forma e ex- obras realizadas nesse period0, guei, conhecendo-o bim, como Ll tensão dos direitos fundamentais que vai até 1900, destacarem-no conhecia. e das liberdades essenciais ao ho- definitivament3 como um dos -Então não vou? - declarou- mem, "como a maior das nece~sl- maiores pintores do seu tempo. me peremptorio. dades, o primeiro dos bens, a Foi a epcca em que pintou "S. -Tem medo de morrer? - i!l· mais segura das garantias". Sebastião", ·'As Oréadas", e os daguei de novo. E' 0 sistema .'ederativo que nos nús admii-aveis que enriquecem -E ~!e, definindo-se : - "Não otereceu a República, e aceitamos hoje a Pinacotéca _Nacional. Re-· De morrer não tenho medo. Mas na sua elevada ,justiça e sabedo- [:ressa1;cto ao_ Brasil, logo depois. tenho de deixar de viver, pob ria, polítit:P., nas suas definidas e aumenvava. amda P1ai~ a auréola preciso pintar muito ainda. .sadi,as responsabilidades. 1 çm torn:i ao seu_ nome, pintanc~o Toda a sua cxistencia se resu- Por isso mesmo, a e.,. •;... • ituição os retrados do l:dcolina de Ass1;; mia nisso : pintar, pintar, pintar . ge 24 de fevereiro, com<, 0 s atos e. de Gonzaga Duque, _que tam- Não saberia explicar, entretant,,, institucionais que a precederam, bem podem. ser admirados na para que ou porque pintava, e, referem-se tão somente à. Fede- Galeria Nacional, logo seguidos ao fazê-lo, não cogitava das re– i:a.ção, que sendo estruturada pela ~e ·•A Vit.ori~ de Samotrace", compensas como esta, que iria a J?,Orte-americana, é presidencial, Cura. de Sol . e tantas outras sua obra receber . · na forma. por ela discriminada. obras primorosas e dignM de Acertastes, vós os dirigentes da :Mas no caso dos secretários de qualquer grande museu do mun- Campanha Naeio:nal de Aviação, Estado, nem 5 6 dá. ao Executivo do. Artista completo na mais al- ao escolher o eeu nome para pa– a exclusividade da livre nomea- tu. acepção, foi tambem o nossq , trono de um dos aparelhos que ç4<> e demissão e a responsab!li- maior decorador, tendo deixado·'! ides entregar à mocidade para– dade dos seus parece:c·es, como na sua~ gigantesca bagagem de, ense. Ele foi digno dessa home– declara, artigos 51 e 52. que eles re.~I!zaçoes, entre outros, os pai- nagem e s~rá. um magnifico "não poderão comparecer às ses- ne1s monumentais que se o~ten- exemplo e um estimulo valioso à sões do Congresso só se podendo tam no "foyer" do Teatro Muni- juventude relembrar o amor com comunicar com is suas comis- cipal, no edifício do Comelho Mu- que se dedicou à sua profissão, sões". nicipal, na Bi~lioteca Nacional e honrando-a e enriquecendo o Verdade é que dúvidas surgi– ram, e 37 anos depois, a Reforma de 1926, especifica, artigo 6, a intervenção federal nos Estados, entre outros casos, para assegu– rar a forma republicana, o regi– me representativo, o govêrno presidencial, a independência e harmonia dos poderes.". As duas Constituições que ti– vemos depois, de 34 e 46, não se afastaram desses principios fun– damentais, dentro dos quais têm de se organizar os Estados. O constitucionalismo varia com as contingências do tempo e das realidades do meio, bem o com– preendemos, mas andaremos sem– pre mais acertados, dentro do espirita pan-americanista, quo nos Estados Unidos da América do Norte, no assunto, ainda tem a melhor lição. DESORDENS EM CALCUTA' no Palacio: Tiradentes. Durante nosso patrimor.io ài-tistico com toda a sua longa vida expôs re- os belos frutos de um trabalhe gularmente no Salão de Bela.. perseverante de mais de meio sé– Artes e foi extraordinário o seu culo. sentido de evolução, aceitando as Mas não só por isso ·acertastes. técnicas mais modernas d_o seu Ele foi, embora poucos o saibam, tempo, na ansia de perfeiçao. um ardoroso e fervente admira- Foi, assim, o primeiro pintor dor da aviação, ao ensaiar: esta saido da Acad.emla Imperial a 1s primeiros passos, quando os adotar o impressionismo e sua~ •iióneiros eram julgados loucos ou mod&lidades, cerno o divi!sionismo :,i!!lples vlsionarios Na · sua obra antes de atingir a madure,;ia e nncontrarels um curioso marco alcançar a plenitude dos grandes ,1essa admiração da adolescencia recursos do seu temperamento. prenunciadora do espírito inquie- Esse, em linhas gerais, o artis- !o e sempre pronto a aceitar s ta que a Campanha Nacional de nvoluçã.o, que haveria de carac– aviação homenageou, inscreven- l;erizar toda a sua magnifica tra– do o seu nome na carlinga de .ietoria artística. Quero referir– um aparelho de instrução desti- me a uma alegoria que desenhou nado ao Aero.Clube de Belém de; ·flm fins de 1901, depois desse 19 Pará, avivando nas gerações no- 1ie outubro, em que, contornando vas a admiração por uma da3 a Torre Eiffel qonquistou Santos mais ricas e fortes sensibilidades Dumont o premio Deutsch. Ex– artisticas já florercida no Brasil. prime ela o enorme contenta– O DISCURSO DO PARANINFO ,nento que empolgou Eliseu Vis- Para parani'1far o ato do ba- conti ao ver tornar-se realidade. tismo do "El!seu Visconti" fo: pelas mãos de um brasileiro, em convidado o nosso companheiro Paris, o sonho quatro séculos an– Fre~érico Barata, diretor da re- r-.es sonhado por Leonardo da Vin– dação de ·•o Jornal", e que du- •:!. Por sua própria co 1ta man- rante longos anos conviveu inti- dou imprimir a alegoria para dis- CALCUTA'. a IR.) - Tropas ocu- mamente com o grande pintor. i;ribui-la entre os amigos no Brn– f>!'l.ram todos os i,)Ontos estrat-~s:,!,·cs t 1 b 'd , 11 N 1 ê S to D t da Calcutá, dominando as dcso,..iPns enr:o so 're a ~ua ,yi a e su~ O-)ra ~ · e a se V an s unon , wmunals, dur;mte as quais ::--,·r.m escnt~ u~ l::·~• , Eliseu Vm:-on- !_eito do natural, ~o seu unlco re– ro.,ortas 25 pessoas e ferlctRs 11,: , ~e-) ti e s~u km ._.o . r.o qual esboçou ,rato da epoca fielmente fixado ~undo o ColUl'l'f"'IÍS">.P(j- ~"" p ...... v........... Un'\.P ~·~,,.~-~- .,,.3.,1.,:,....,_ H ~·-·-""' l, i.AL, ., le.At... ,t,.. Ü.'."D"'" ...._.._.. ~ Tive a ventura de conviver com 11sse artista de eleição até os ul– Umos anos e os ultlmos momen– l;os da sua vida. Posso af!rmar– 'i•os que ele não morreu tlm ·mui- 10 boa paz com a aviaç&o. Todos os que aqui estamos, entusiasta~ ,lesta Campanha, compreendendo• lhe. o sentido, devemos porém per– doar-lhe a restrição. Visconti era mn artista e os artistas verdadei– ros como ele não sã.o bem do nosso r.1undo. Constroem um pa– ra eles µrcprios, só para eles, um mundo paradisíaco de pureza e de harmonia, d~ beleza e de paz. Nesse mundo se encastelam, sé nele pensam, por ele lutam de– s!nkressadamente e são dele es– cravos e sacerdotes. Como querer que não sofram ou se amargurem quando algo s~ lança violentamente contra esse mundo, espalhando a destruição e a morte ? Os bombardeios aé– reos indiscriminados, fossem de– flagrados pela loucura delirante de .um Hitler ou impostos pelas circunstancias ao genio sereno de um Roosevelt, reduziam a pó ob!:as de arte incorporadas desde séculos ou milenios ao patrimo • nio da cultura e da admiração universais. Visconti viveu os seus dias derradeiros inconsolado, co– mo Santos Dumont. Desespera– va-se ao ver um invento prodi– gioso, que sonhara Integrar-no se~ 1 mundo, como fator exclusivo de paz e entendimento entre os ho · mens, a serviço do exterminio · desses homens e desse mundo. E é a Aviação, nesses dias de so– frimento .da guerra, que lhe ins– pira ainda um dos seus ulti– mos trabalhos, como outrora ins– pirara, rnb outro influxo, a ale– goria entusiástica da mocidade : um auto-retrato, um dos mais belos de quantos fez, em que e vemos de olhos fechados, em ati– tude evocativa, tendo em baixo, como a expressar o que está evo– cando, uma outra alegoria a San• tos Dumont contornando a torre Eiffei. E' o artista se concen– tr.ando para rever o seu mundo da ilusão juvenil, que parecia pe:– recer para sempre, num anseio, ou numa prece pa.t-a que voltas-· se a imperar o ideal de paz e fraternidade entre os povos. Esta cerimonia, se ele vivo fos, se ou se de lá da eternidade lhe fosse possivel de algum modo acompanhá-Ia, estou certo, toda– via, que reconciliaria Visconti com os seus compreensivos amo– res da juventude pela aviação. Era assim que ele a desejava, in– tegrada como aqui se acha na sua mais bela missão, instrumen– to de paz e de progresso, incor– porada ao seu mundo, ao mundo utopico e maravilhoso que lhe permitiu elaborar essas joias da nossa pintura que são o· "Retrato de Nicolina· de Assis·", a "Giu– ventú", as "Oréadas", o "S. Si;– bastiáo" e as decorações do "!oyer" do Municipal um mundo de beleza, de harmonia, de amor e de paz - um mundc de artista" . 4Contlnullj na quarta pa:.J LoJ.J:V\.U,aA..U:i:s })U!' 4,Utt..lirQ QeSIJOraQO– reS, cada qual acionado · por um motor de 2 mil cavalos. Depois de esmagada a madeira, ela entra num grande tanque, dcnde par– te afim de se encontrarem celu– lose e pasta de madeira, numa proporção, esta de 80%, e aquela de 20%, dentro da máquina que produz o papel para jo.:nal. Sua velocidade, isto é, a velocidade do papel, que corre na máquina para produzi-lo, é de 500 metros por minuto. Essa rotativa custou • 1 milhão e 250 mil dólares. E' o que há de "up to date". Tem capacidade para 1::;o toneladas diárias. O salão onde ela e a máquina de celulose operam mede 8 mil metros quadrados. Klabin Irmãos transportaram mais de 20 mil toneladas de ma– quinaria em caminhões que tra– fegavam neste sertão, a 120 qui– iômetros da estrada de ferro . An– tes das paredes da fábrica exis– tirem, já funcionavam sôbre a DE UM REClJRSO DO P. S. D. DE SÃO PAULO RIO, 8 (Meridional) - Será p,ssi– vclmente julgada. na sessã.o de , h')je <!o S . 'Í'. E. o recurso apresentado relo P. S. · D., secção de ·São P11:·Jlc, pleiteando a cassação dos manctat,os conferidos aos de!)utados Pedro f-o– n,ar, Arruda Cãmara e Franklln de Oliveira, eleitos sob a legenda do P. S. P .. In!ormo,..se que o julgam€nto far-se-á com o tribm1al nleno. Acre– dita-se que o ministro Cunha Melo vote contra a cassação . Em tal caso haverá um empate se os dema!.; Jui– zes votarem na n1esma, como f!7e– rnm no caso da cassação do m-.nua– to do senador Euclldes Vieira. O mi– nistro Lafaiete Andrade, na qu.i,a– dade de presidente, desempatará. O procurador Temistocles cavakante cplnou contrariamente à cassaçác. Os parlamentares serão defendidos pelg sr . Paulo Lauro, actvogad J do l'. S. P .. .t'rotege . os executores <fa Cons– tituição, esclarece os nossos r;o– vernantes e derrama tua luz ·sóbre os magistrados. • FALA UM PETEBiSTA Vai à tribuna, o deputar'lo An– tônio Caetano, do PTB, que de– pofs de tecer considerações sôbre o significado do momento, refere– se de maneirai especial à. ti.tuação d.os líderes Sí vio Meira e Alde– baro Klautau na elabora~ão da Constituição. Faia sôbr~ o pano– rama social e econômico, refere-se à democracia pregada peles papas em suas encíclicas e finaliza con– gratulando-se, cm nome do PTB, com o povo paraense pelo auspi– cioso aconteciment0. A Banda da Fôrça Policial to– cou, então, o Hino Nacional, dan– c'o o presidente por cnc-:rrrn<fa a cerimônia. LEIAM· "O CRUZEIRO" 14 entre o Lergo de Santana e . travessa das Gaivotas. -- A história naraensa asslna– l.:1, hoje cs seguint"s fatos : Em 1632 é assaltado e tomado o foi•te inglês 'de Cumaú, na ponta de Macapá, pelo capitão Pedro BalAo dt- Abreu; em 1800 é nomeado ajudante de encs.rregado da com– posição de efemérides náuticas do ubservatório Rrnl de Lisbôa, o estudioso " ilustrado paraense co– ronel Matheus Valente do Couto; em 1870 desembarcam os Volun– tá: ios da Pitria. entre :is maiores demonstrações de· regcsijo da ci– daGe; e em 1891 é criada a Socie– àade Pregadora do Ensino. -- Borracha Mais animado o mercado, havendo negócios re,,"11- lares com alguns lótes das Ilhas e de outras procedências. Houve c,fertas reservadas para o prociuto do Tapajós, .ence'. rando-ce à tar– c.e, o mercado bem ativo, sem en– tretanto, vendedores da borrac:tia Gertão. Entradas do mês, até on– tem, 635. 711 quilos R K ú IV\fJI 0 7ii,,.:rr

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