A Provincia do Pará de 06 de Julho de 1947

1 D()gE PÁGINAS 1 ------------- 1 PREÇO : Crf 0,50 • . . . -'ÍtDOa : ANTONIO LEMOS - vrgao dos "Diários A.3sociadOS" - FUNuADv EM 187& ANO LXXI BELtM-PARA - DOMINGO, 6 DE JUl,HO DE 1947 NUM. 14.883 ""' * EDIDO R E AO O R. G~ o L "Dissimulação do PC" RIO, 5 (M) - O mil'llst,tn da. Justiça., Benedito Cost~ Neto, otlclou a.o procurad, ; geral da. República., ~ollclt,ut do as necessárias provldEnc'., ; de modo a não pernntlr o r<. glstro do Partido Const-ltucl.) na.lista Brasileiro, "por se tra tar de grosseira Cllsslmula~·11<. do Partido Com•ml~tn.". TUDO PARA IMPEDI ,R NOVA GiJE~. RA Eisenhower não tem. aspirações políticas VIOKSBURO, Mlsslssippl, 5 (A, P.l - O g.eneral Eisenhower de– clarou, cm discurso, que, a me– ttos que os Estados Unidos auxi– liem a planejar uma estrutura para a paz mundial, a humanida– dEc "pode sofrer o Gol~ota de uma terr.eira guerra mundial". Eisenhower acrescentou: . "Ou as nações trabalham Juntas pelo bem comum ou perecerá, uma a uma, vagarosamente, em mirra~ da decadencla, ou rapidamente, tob o impacto da guerra total. que 1, a maneira mais provavel do futuro. O degenvolvimento indus– trial e a clencia atomica não del– :r.aram limites ao confllto global, teja no seu escopo, se.li \ nos seus resultados destruidores". · VICKSBURG, Mississiopl, 8 ~A. P.) - O general · Eisenbo– ,:,rer declarou aos jomallstas que "não teria a presunção . de dizer cme seria presidente dos Estados Unidos". acrescentando que nin– lU!!m o consultara sobre Isso. Os jornalistas o interrogaram &,bre a sua aceitacão da. presi– dencia da Universidade de Co– lumbia, depois do seu afasta- mento do Exercito. · Eisenhower reiterou. que não tem aspirações pollticas. Designados para 1SEGlJNDA t1AIS DE METADE DOS PAIZES DA EUROPA DIRIGE-SE o F R EN TE . SR. W. JOBI}I REBETÁDE ACEITOUOCONVITEPARAACONFERENCIA A o s. T. F. Os insurretos paraguaios lanram nião de duas canhoneiras A 12 DO COR.RENTE O SOLIDARIEDADE DOS POVOS CONCLAVE DE Pl1R.lSCONDIÇÃ0 PARA PAZ ESTAVEL MONTEVIDEU, 5 <A. P.> - As canhoneiras paraguaias "Hu- 1:nitá." e "Paragua.l ", que esta- . .,."ll ancoradas ao largo do Car– melo desde que os marinheiros ' rebeldes p:,.raguaios as retira – iam do porto de Buenos Aires, r.c dia 8 de maio, }!lartiram para o norte, aparentemente na es– perança de estabelecer um:,. se– cunda frente para os insurgentes. Não acederão ao convite as nações da zona de influência soviética - Porta aberta para a URSS voltar atrás em sua decisão As duas canhoneiras levantaram ancoras à.s 8,30 e subiram o rio Paraná. .... LONDRES, 5 (Pelos comentaristas diplomáticos d Reuters) C.'nze. das vinte e duas nações européias, aceitaram o convite, !eito pda Grã-Bretanha e França para participar, no próximo :<1á.bado, da. Conferência de Paris, sôbre o plano Marshall de auxillo a Observadores acreditam que não é provavel que elas sigam até As– rnnção, onde as forças do gover– no controlam o trafego no rio Pa– raguai, mas consideram possível ~ua entrada. no curso superior do nô Paraná., numa tentativa para bloquear· os portos do sul do Pa– r!;lgual. Alem dõ!l marinheiros encon– t,ram-se a bordo das canhoneiras \'arios oficiais do Exercito para– tup.t. Acredita-se que o comandan. t-e da expedição é o tenente-coro– nel Carlos Fe~1andez, que teria. o tenente-coroni!l Aurello Caballero óattf como che!e de seu Estado Maior. O comandante naval do grupo é o capitão Manuel Apon– te. . O capitão Aponte, em declara– çlío feita a.o correspondente em Montevideu · do jornal "Clarin" df; Buenos Aires, disse que con– tlava no sucesiso da expediÇão. · .Antonio Rolon, um llder exi– lado do Partido Febrerista, dis– te. . ao· mesmo correspondente que "esta expedição fortalecerá a mo. ral. dos revoluclonarios ". · à Europa . Portugal foi o primeiro a acei– tar, formalmente, o convite. Sua aceitação foi entregue aos repre. sentantes diplomáticos da França e da Grã-Bretanha, em Lisbôa, ontem, à noite. Os govêrno.$ da. Dinamarca, Holanda e Itália, ex– pressaram, abertamente, sua a– provação à proposta anglp-:fran– cesa. A HOLANDA PARTICIPARA COM PRAZER Um comunicado ontem publi– cado, procedente de Haia, decla– ra que o govêrno holandês toma– rá parte da Conferência, "oom prazer". Os circules italianos desta capital declararam que a conferência, segundo esperam, será a primeira ocasião em que a Itália. às vésperas da ratific9.ção do tratado italiano de paz, ~erá. aceita em igualdade de condições com as demais nações. NORUEGA. BÉLGICA E LUXEMBURGO A Bélgica e o Luxemburgo, es– treitamente ligados com a Holan– da, por uma união alfandegária., acompanharão, ao que se a::re– dita, o governo holandês. A No- ruega, ao que se acl,ianta, acdta- Rea)izOU•Se a rá. o convite anglo-francês. Pos– to que desejosa de preservar a cerbnonia da entreaa sua atitude neutra, a suecia, pro- ,, vavelmente. adotará a mesma li- dos codices bahianos nha de conduta dos países escan– dinavos, pelo menos no que 1an- ruo. 5 (AN) - 1tee.11zou-1e. lloje, ge aos assuntos que serli.o trilta- 115 qlUnu boru, na B1bl!ot6ca. Na- dos na Conferência de Para C'!On!I, a. eerlmonla da entrega ao T,' "., ,,,,,"'M A G ~ CIA deputado Altamtrando Requlão, do~ ·,;vu~,:, postas franco-britê.n!OA,; não ~eja a última palavra de Moscou. O govêrno fran ~ enviou nota simllar ao emba xador sovi~tieo em Paris, sr. Bogomolov. O Fo– reign Office espera, hoje. a res– posta de vinte e dois paises con– vidados a enviar as suas respos– tas às consultas tranco-britd.ni - cas. As negociaçõe$ processadas quanto à visita de Bidault a •:,On– dres, ainda não toram concluí– das, existindo, en tretanto, a espe– rança de que o premier francês possa vir a esta capttal nos Prin• cipios da próxima. semana.. D~STAQUE NA IMPRENSA AMERICANA AS PALAVRAS DE BEVIN NOVA YORK, 5 (R) - O dis– curso de Bevin, pronunciado on• tem à noite, no qual o aectet.rlo do Fereign Office avisou à URSS de que não deve levar dema.is suas provocações, alcançou o e&• beçalho de quase t.oda a imprensa americana. o "New York Herald Trlbnne" publica o discurso oom destaque, na primeira página, sob a seguin– te manchete: " A URSS amea– ça". E diante: "As pala.vi ·as de Bevln !oram dirigidas contra. a alegação de Molotov em Paris, no sentido que a Or-ã-Bretanha. e a França e,:itão procurando dividlr a Europa". velh06 CO<llc da Bala, exemplares E A TURQUIA uniOCI em todo o Bràllll, e 4ue eons- l,_ ..,.,. 1 i.u,do se pro t\ -rt,•n ,.....,_ -• - O "Da1ly News" estampa. o se• guinte cabeçalho: "Bevin diz aos vermelhos: "Não nos provoquem demais". Esse órgão deu maior ,.-&.::ii&l~L.f.... ô!:_ça. sõ~!-!! palavras de Bevin RIO, 5 (Meridional) - Impedido de aten -1 solldarledade é o papel que à UNESCO se der aos jornalista, por ter sofrido lamentsvel reserva. acidente de automovel, o dr. Julien Uuxle A P.ECTOS confiou ao sr. l\lJl.nuel Jlmenez da !'lecção de Sôbre as multiplas formas de atuar, visan- lmprensa da UNESCO, avistar-se com os repre- do os seus fins, o sr. Jimenez teve oportunida– sentantes da imprensa brasileira. de de abordar o projeto brasileiro da Hiléla Após umn raplda. eaplanação sõbre os mo- Amaz~nic~ º. a net:essidade de incrementar o tivos da visit do cientista Julien Huxley ao intercamb10 intelectual entre os povos dos va– Brasil o Jlmcnez passou a comentar o papel !'1ºª paises. Referiu -se, t mbem, elogiosamente, reservado à Organização das Nações Unidas a Campa,:11>:a Nacional de Ed~cação de, Adul– para a Educaçio, Ciencla e Cultura na preser- tos do Min1sté~io da Educaçao e Saude do vaeão da paz Brasil, que esta enquadrada em uma das re- . ESSENCJIA DA DEMOCRACIA centes recomendações da UNESCO, a que, por sinal, antecedeu. Transmit!u o sr. Jimenez aos Jornalistas a esperança de todos os intelectuais democráti– cos do mundo de que todos os meios de divul– gação se coloquem a serviço da UNESCO, pois de meio mais eficiente não se pode valer essa organização para alcançar o seu objetivo prin– cipal que é aJcançar "mediante a cooperação das nações do mundo, nos domlnios da edu– cação, da cfencia e da cultura, os objetivos de paz internacional e do bem estar reral da hu– manidade". Acentuou que a cultura é o melhor ele– mento de prese"ação da DeJQocracia, pois 110- mente o esclarecimento das massas, através da llne circulação das idéias. por melo da pa– l&'ffll e d Imagem, pode levar a humanidade à firmação dos 'prlnclplos democráticos, de dlgjnld de, Igualdade e respeito . dos homena. CONTRA A Gtl'ERBA Apes r de todos os pessiJnlsmos, acreditam os m embros da UNESCO na possibllldade de firmar olldd.mente no espírito dos h'.lmens a necessidade de afastar · o medo das guerras, pois as guerra , não são senão o truto da ex– ploração da irnorância, tornando inócuos os acôrdos polític05. Só é estavel a paz firmada na solidariedade moral e intelectual dos po– vos. Promover o clima em que se desenvolva Como exemplo de atuação mais direta da UNESCO, citou a p riencia a realizar-se no Haiti, ob admlnl tr ção direta da UNESCO, para tentar elevar o nivel de conbeeimentos dos povo mais ntr:uados, colocando-os em condiçõe.s de compreender e atender às neces– sidades dos po q e alcançaram um gráu superior de clvllh:a.ç o. A CONFERE. "CI NO MEXICO O dr. Jullen Huxley, secretálio geral da UNESCO, deverá partir hoje para o Mexico, depois de haver vi itado Guatemala, Panamá, Colombi:i, o Equador, o Perú, o Chile, a Argen– tina, o Uruguai e o Brasil, convidando pessoal– mente as delegações desses países para parti– ciparem da Conferencia Mundial, a realizar– se de 6 de novembro a 13 de pezembro próxi– mos. Todos os paises visitados prometeram enviar delegações à Conferencia cuja impor– tancia é particularmente notavel para os pai– ses americanos, visto realizar-se neste Con– tinente. CANCELADAS AS HOMENAGENS Deveria o sr. Julle Huxley ter proferido ontem, no Itamaratí, um11 conferencia, que foi cancelada. em consequência do acidente sofrido pelo cien tista britânico. Foi igualmen– te cancelado o banquete · que lhe seria ore recido. o Comunicação do requerido ao pte. Dutra R IO. 5 (M) - Foi entrerue ao procurador geral da República em que o governador do 'Rio Grn nde do Sul Walter Jobim pede seja declàrada inconstitu~ clonai a constituição daquele E~– tado, considerada parlamenfarb– ta, em contraposição aos ter;nos da Carta Magna federal. Nesse doc.umento, o go~·ernador arguc de inconstitucional aauela cons– tituição estadual, e rê.quer com fundamento no § único, do 'ar1 ir,o 8. 0 , da Constituição federal, ma– nifeste-se sõbre essa inconsttt1.1- cionalidade. Acentua o sr. Wal– ter Jobim que "a assembléia le– gislativa não é constituinte de uma nação, nem mandatária su– prema de um povo soberano. En– tre nós. o conceito de nação cor– responde à nação braslleira e do povo soberano do Brasil. O Rio Grande do Sul é uma uniclade federada; seu povo é uma parc~– la do povo brasileiro; nã:o tem êle soberania, e faculdade ele de– cidir sem outras limitações que as providências de direito; é. <,tpe. nas, autônomo como o direito de auto constituição e àe auto govêrno, que decorre do pacto fe– deral. A Constituiç[I, do Brasil e a lei suprema do pafs". Depois de outras considerações, acen– tua. o govei:nante gaúcho que "a. constituição do Estado adota re– gime parlamentar de govêrno. A Assembléia Legislativa tem asse– gurado, além do encargo de fis– calizar a administração & .;r,m– petência para estabelecer regras gerais e edificar a legislação do Estado, dizendo o que será a lei; ela é o órgão que faz a M O governador do Estado não é res– ponsavel senão por crime de alta traição no govêírno, incub!rido– lhe. apenas, arbitrar quando do confllto político interno, ent~e o secretariado e a Assembléia". IMPORTANTE REUNIAO PORTO ALEGRE, 5 (M) - 1 Importante reunião foi realizada ôntem, à. noite, no palácio gover.~ namental, so a. residência do

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