A Provincia do Pará 05 de julho de 1947

. f 1 SEIS PAGINAS 1 1 ------------ P f)Ç{) : Cri 0,50 1 1 - . - _..l)()R : ANTONIO LEMOS - tirga.o dos "D!árlos AJsocla.áos" - FUNJ.>~ t!;M 187b -----------------------·--------- ANO LXX I BEL~'1-PARA - SABADO, S DE JULHO DE 1947 NUM. 14.882 '' URSS C SABOTAGEM RlJSSil. AO PLANO MARSHALL Os países satelites de Moscou não participarão das conversações para salvação da Europa PARIS, 4 (R) - o ministro do Exterior da, I"ra.nça, Oeorges l3ldault, dirigiu, hoje, cartas aos embaixadores da UR.sS e EE. UU. na França, respectivamente, srs. Alexander Bosomolov e Jefferson Oaf!ery. Informando que este pais e a Orá-Bretanha. haviam t.oma– d (, as providências que julgaram adequadas, em vista do fracasso das conversações anglo-franco- ooviéticas, a respeito do p~ano Marshall. As cartas reiteram a esperan– ça de que a URSS ainda virl!, to-– mar parte na conferência e dela;; consta urrui. cópia do convite en– viado a 22 nações européis, para QUe envi6m representantes à '.eu– nião, que terá lugar, em Paris, a 12 do conente, E: que se destina a auxiltar a Europa, de acôrdo eom a oferta de Marshall. Ji!SPERANÇA Bidault anexou, às cartas, os }'.)!anos da organização da con!e– (mcia. Na missiva a Bogomolov, o chanceler francês declara: - O Ministério do Exterior anun- 1ndicado que enviarão represen– não é definitiva e que, mais tai-– de, encontraremos um meio que permita à URSS participar desse plano de cooperação e colabora– ção européia". O Mnístério do E11terior anun– ciou, hoje, ainda, não haver re– cebido resposta alguma, das na– ções convidadas, multo embora três palses europeus - Holam1a. Dinamarca e Grécia - já tenham indicado que enviarão r epre– tantes. PLEBISCITO AMANHA NA ESPANHA A OHEOO-BLO'VAQUIA ACEITAM Ctrouloa bem informados de Praga, acreditam que a Oheco– Slovaqula pafs chave entre a5 áreas ocidental e oriental da Eu– ropa, aceitará. o convite para a conferência, fazendo, entretanto restrlç6es quanto à soberania doii paises que se fizerem r epre,te.ntu . :Amtes ligada.a à. cihanoelaria checa ind !cara.rn que esse pais não dara! r posta definitiva, en– quanto nAo co&ultar seus vlzi– nhos ala.vos. ACEITA A HOLANDÀ Porta-Vós do M:fntstério do Ex– terior da Molanda disse qué a me5ffi& teria a má.xlma satisfa– ção em aceil:At o convite que lhe fóra dirigido pela França e Grã– Bretanh&. T.AMB11JM A DINAMARCA E A GIU0IA o primeiro ministro dinamar_ quês, Knud Ohristenaen, compa– recendo às celebrações de 4 de julho, promovidas pelos "norte– america.nos de origem dinamar– quesa, em C0J>enhague, declarou que de bõa vontade aceitada as propostas de Marshall. Atenas tambem anunciou que a Grécia decidiu aceitar o convite, devendo representa-la, no concla– ve, o ministro da Fazenda, Dimi– tros Helmla. NAO 1-0EITARAO De acõtdo com aa noticias pro– cedente& de Viena, são poucas s.s probabilldades de que os paises óeupados pela ORSS, na Europa Os monarquistas não orlent.&l, venham a aceitar as propostas da. .França e da Ingla- votarão - Apelo terra. Esses J:)Maes Ião a Hungria Rumanta. e a Bulgaria. Diz-se, .... • -R també~ na caPttal austriaca, que SlllJ.'UJ ID, 4 <R) - Os ob!ierva- ... ita 1 · dores politlcos de Madrid faziam as na es eswe mente iga,das b o.je varias conjecturas ·sobre O á URSS, oomo, por exemplo, a possível efeito que terá O plebls- Iugoslavta, não comparecerão a lt d Paris. e o marca o para domingo, na Porta-voz do Mlntstério do Ex- campanha organizada pela ·opo- terlor francês declarou, hoje, s!çáo, para que no dia do ple))is,. cito haja uma verdadeira inun- ignorar . se as delee:ações gerAo dação de papeletas sem valor. chefiadas pelos primeiros minis- Embora as circunstancias em tros ou pelos embaixadores resi– ue terá lugar a vota ão a ro- .,d_e_.n,.te,__s._ .......__ ._~..,..~--11ni,, FINANCIAMEN– TO PELO BANCO DO BRASIL RIO, 4 (M) - Podemos in• formar, com absôluta. segu– rança, que o Banco do Bra– sil vai promover o fina.nela.• mente doa estoques dos di– ferentes produtos e matertal!I' p,lmais existentes 110 pais, ln– clualvé tecido■, sendo que des– te último artigo existe gran– de "deficit" no mundo e sua exportação e1tá atualmente liberada. INJURIOU O PR E S. DUTRA Os motivos do processo contra o senador Prestes RIO, 4 (M.) - Conforme no– ticiamos, o ministro da Justi– ça enviou ao Senado um ofi– cio pedindo licença para pro– cessar o senador Luiz ·carlos Prestes. Sabe-se, agora, que o processo em apreço teve ori– i;em num aviso do Ministério ~a Justiça, endereçado à pro– curadoria geral, no sentido de ser responsabilizado, penal– mente, o senador comunista, "por conceitos emitidos, em en– trevista de sua autoria, publi– cada no jornal "Tribuna Popu– lar", de 5 de julho do corrente ano". INJURIA O quarto pron1otor substitu– to, no exercicio da segunda promotoria pública. sr. José Vicente Pereira, com exercicio na terceira vara criminal, fez a capitulação das infrações. num trabalho de quinze pagi– nas datilografadas, assim con– cluindo: "Em suma, todo o t .. A,.. ri 1.nn a:<> -. nt.re- vt.~ta uc '' TRUMA REPELEAAÇÃQDESESPERAD1 DE MOLOTOV EM · POSIÇÃO DA UDN- A p ARIS O conflito dos partidos em face do iovêmo - Mal do P.S.D. CBARLOTrEVILLE, VIR- ações de-vem ter compreen- GINIA, 4 (R.) - Em dlscur- dldo a loucura. de um naclo- so hoje pronunciado, nesta nalismo que vai ao extremo cidade, o presidente Truman ele bloquear o planejamento classüicou como "loucura econômico cooperativo das dum nacionalismo extrema- nações, com pacificas finall- do" a. reousa da URSS de dades construtivas". participar da elaboração do IMPORTANTES REPON- plano de reconstrução da SABILIDADES DOS ES- Europa e tirar proveito do TADOS UNIDOS plano apresentado por Mars- Outro requisito da paz, hall. Sem mencionar o nome serundo Truman, é a -0rga- da URSS, o presidente, cujo nhação das diretrizes econõ- discurso foi a primeira rea- mie e financeiras, para a- ção oficial dos Estados Uni- polar a economia mundial e dos, ao fracasso das conver- não para pa.rar as econo- sações de Paris, não deixou & mias nacionalistas . "E' im- menor duvida quanto aos por nte reconhecer que nes- seus sentimentos e respeUo se terreno , os Estados Uni- da atitude assumida, na.que- do têm importantes respon• la conferência. pelo ministro bllidades", disse Truman. soviético, sr. Moloiov. sefUir, recapitulando, as FALAOIA contribuições deste país para Disse Truman: "Certas na- as obras de socorro mundial ç6es estão se recusando a à reconstrução e estabiliza. apoiar os planos de recon1- ç- 0 econômica, desde o fim trução da Europa, sob o fun- d 111erra, contribuições que damento de que isso seria a montam a cêrca de vinte bi- intervenção de alguns pab1es Uõ de dolares, Truman nos negocios internos de ou- continuou: "Su1erimos às tros. Isso é falacia tão gran- n ções européias que novos de quanto a recusa de um p didos de auxilio norte-a• homem, de participar de um mericano deveriam ser for- negocio proveitoso, alegando mulados à base do plano ge- · que tal participação seria ral de reconstrução". interferencia em assantos de Em outra parte de sua ora- sua vida privada. ção, disse 'l'ruman: ''A coo- "Certamente, depois de peração é necessária, para duas guerras mundiais, ~ que a tarefa de reconstruçlo ------------"------- possa ser levada a. cabo. S' dever, de todas as nações, fa– zerem convergir suas diretri– zes para um objetivo comum de paz". HARMONIA UNIVERSAL "Naturalmente, dada as sua:s diferentes histórias, ins– tituições e condições econô– micas, as nações não podem concordar, imediatamente, imediatamente, sôbre as idéias e poUticas comuns. Mas não é demais esperar-se que, dentro de suas próprias fronteiras, criem as nações os requisitos para o desenvol– vimento da harmonia Wli– versal". O primeiro requisito para a paz, entre ar;; nações era a adesão comum ao principio de que "os govérnos recebem os poderes que exercem, das mãos daqueles que são 10- vernados. Outro requisito era o respeito comum aos direi– tos humanos". "A manutenção da paz de– penderá, em grande parte, do progresso que fôr feito no sentido de serem protegidos os direitos humanos, dentro das nações, individualmente, e através da ONU. O objeti– vo que devemos visar não é a paz do nosso tempo, po– rém a paz de todos os tem– pos". Da competencià do 1 islativo o cancelamento dos m ndatos ''EDUARDO GOMES -O P I N O SIMBOLO NACIONAL" SR. EUCLIDES Elogiado na Câmara o Brigadeiro VIEIRA RIO, 4 me Murilo Marroquim, da Meridional) - Chega.mos à singular conclusão que os fatos maliciosamente confirmam: a de que o PSD, nAo apenas psicológica, mas também materialmente, enrontra.se em oposição ao govêrno, enquanto que a UDN assiste ao fato com bastante estupor. E aquela conclusão 'lXpllca este reajustamento do partido majo– ritário, como um sinal pol!tico que não póde escapar à co~!ta • çâ-0 dos lideres partidários. Pode parecer fantástico à primeira vista, mas a lógica explica o acontecimento sem o menor es– forço. Foi na oposição que o PSD ganhou energias para esse e~pc– tacular movimento de recupera– ção partidária nacional. O fenô– meno não deve Ser considerad() como um recurso jornallstico para causar efeito; existe de fato, e presta-se especialmente ao exa. me da nossa vacilante evoluçao política nacional. Ota. como co– meçou o PSD ? Começou com aquela tése um pouco assustado-– ra do sr. Nereu Ramos, na Cons– tituinte: "Somos a maioria e go. vernamos". O PSD dominava a vida nacional : impôs condições. E teria elaborado uma Constitui– ç1lo a ieu modo, se não houves– se ocorrido aquela mediação en– t,1·e os partidos, em beneficio do fortalecimento do govêrno. Essa mediação foi o germe da coalisáo, e a coalisão trouxe este particular momento de hoje: a UDN' ainda por se definir, e o PSD defini– damente em oposição. E quando aludo ao PSD, é evidenta que te. nho sempre em mira a sua dire– ção nacional. Jamais uma dire– ção partidária foi mais. comba– tiva do que esta; jamais um par– tido que elegeu o pre$idente da República, no país, sofreu tão rudes golpes políticos quanto o PSD: e nunca um partido majo. ritário nacional. como o atual, e cercado de uma tão cerrada au– reola. de desconfiança. Descon– fiança. nas sua:5 fileiras internas; e, sobretudo, desconfiança do pró– prio poder executivo. O mal do PSD - ou_mais pro– priamente, a sua fatalidade - residiu na sua composição de emergência.: veio a furo, com o tumor político da ditadura. E de].)Ois de vencer, persistiu na t.a. refa de dar sobrevivência políti– ca aos seus componentes. E, de tal modo se impôs esta tarefa que. ào cindir-se o partido, entre os magnetos de Dutra e Vargas, a sua direção procurou tanto ser– vir a.o primeiro quanto ao se- - ____ ,,:_ _,,.. ........ que visava o poder nos Estados foi incapaz de perseguir o que aparentemente visava: o µQde1· nacional. Obeteve o que deseja. va, firmando-se aqui e ali, e, fal. tando-lhe amplitude para atuar no país, essa política marcou o regresso à clássica. estacada dos governadores. Penetramos, assim, através da UDN, na política. doa governadores. E é devido a uma. tiplca política de governadores, excelente como seja ela no pla– no regional e como o é de fato, que a Bahia tem obtido tão par. ticulares vantagens do go.rêrno da República. Perguntamos: vao. tagens idênticas tem Obtido por exemplo, o govêrno de Minas, 011 outros govêrnos de udenlstas te– nham conquistado ? Observa-se, com efeito, que não existe um pla– no coordenado de exigências ou pedidos do partido udenlstà ao govêrno federal: os pedidos ou a.s exigências resultam de puras manifestações particulares dos go. vêrnos, manifestações que deoor. rem, por sua vez, da posição po– lftlca desse;, govêrnos, em t.ace do presidente da República m• obvio que não se poderia incri– mina:· esses govêrnos, pelo que eles peçam e con11igam; mas, o que se deseja constatar é que, através desse processo, a políti– ca dos governadores está ee im– pondo - e de fato já se impós - à po!itica nacional responsavel pelo grande movimento udenista do pais. A coallsão. a despeito dos frutos que ofereceu à Bahia • mesmo do pais, conforme o salien– ta o cel. Jurací Magal11ães, prn– vocou aquela. perigosa subvnsão na evolução da UDN. Este é um dos fatores de desalento, para Q partidários. udenistas O PREEI-iCHIMENTO DA VAGA RIO, 4 (R) - Interro; a.do pela reportagem, sóbre a veracidade àa noticia segundo a qual a vaga aberta, no Senado, oom a cassa– ção do mandat-0 do sr. Euclides Vieira, seria preench1da pelo sr. Ce11ar Verguelro, do PSD, o sr. Lafaiete de Andrada declarou que está aguardando o acórdão do sr. Rocha Lag(,a, :sôb1·e o assun- oo. Ad" tou o _"idente 'l'

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