A Provincia do Pará de 03 de Julho de 1947

, ;·os comunistas votarão a favor. SEM FUNDAMENTO A DEMISSAO DO s·R. COSTA 11."ETO RIO, 2 (M.) - Interpelado pela reportagem do "Diário da. Noit.e", sobre a noticia amplamente divul– gada, nesta capital, que em virtu– de do "caso do Serviço de Assis– tencia aos Menores" o ministro da Justiça. havia sido compel1do a so– licitar clcmis.são, o sr. Jaime Leo– nel, chefe do gabinete daquele ti– tular, declarou que tal ve:rsão ca– tece de fundamento. Acrescentou que o sr. Costa Neto continua ms– recendo confiança absoluta, da parte do presidente nutra. AS ELEIÇõES EM GOIAS OOIANIA, 2 (M.) - A Assem– bléia. aprovou, efu. primeira. dis– çussão a emenda apresentada pe– lo ante projeto de constituição, due crla o cario de v!ce-govema– dor, cuja eleiçao far-se-á pelo vo– tp direto, juntamente com as elei– ções municipais. VAI CONSULTAR O PRESIDENTE RECIFE, 2 (M.) - Inespera– damente, seguiu de avião, para o Rio de Janeiro, o sr. Amaurí Pe– drosa, secretario do Interior. S.s. negou-se a falar à reportagem. ;sntretanto, afirma-se nos meios politicos, que ele, a mandado do 1~osso vo aeseJa a i-ermanenc1a e o aperfeiçoamento das fran– quias democraticas, -sem as quais a vida não é digna de ser vivi– da. A melhor maneira de se de– fender a Constituição é praticá– la com honestidade de intenções e respeitar os direitos pol' ela as– segurados". NOVO PARTIDO EM S, PAULO RIO, 2 (M) - Baseado em ln• formações obtidas nas "melhores fontes", adianta um vespertino ser provável a formação, em São Paulo, de um novo partido polí– tico, reunindo elementos dissiden– tes do PSD e da UDN e que a– poiaria, francamente, o governo áo sr. Adernar de Bano!!. CO'FERENCIARAO OS SRS. DUTRA E JOSE' AlUERICO RIO, 2 (M) - O sr. José Ame– rico declarou à reportagem que, atendendo ao desejo da comissão executiva da UDN, conferenciará rom o presidente Dutra, para tra– tar de assuntos de interesse do reu partido. REGRESSOU RIO, 2 (M) - Por via aérea, regressará, sexta-feira , a Porto Alegre, o sr. Gastão Englert, se– cretário da Fazenda do Rio Gran– de <:lo Sul. A arte final da sessão d ho– je foi tomada pelas despedid·as en– tre as delegaçoes. Ao entrar no seu automovel es– tacionado em f:ente ao edificio do M1nistéfr1o do Exterior, o sub– secretario dos Negocios F..conomi– cos da Grã Bretanha, sir Edmund Hall Patch, disse ao seu colega soviético: - "Ver-nos-emos bre– ve". Soube-se que a Inglaterra e França continuarão a envidar es– forços para atendellem às pro– postas de Marshall, nas linhas que consideram condignas com os termos das mesmas. Aceitarão, pa– ra isso, a éooperação de todas as potencias europeias que com elas queiram trabalhar. INTROMISSAO INDEBITA PARIS,2 (A.P.) - G chanceler soviético, sr. Molotov, declarou: - ·'Posto cme favoravel ao desen– volvimento da colaboração inter-– nacional, à base de direitatos iguais e respeito mutuo no inte– resse das partes contratantes, o governo da URSS não pode em– prestar sua ajuda a quem quer que deseje sal:isfazer suas conve– niencias proprias às expensas dos outros países de menor força ou tamanho. Isto nada tem de co– mum, no que toca à cooperação normal entre os estados. o go- (Conttnúa na oitava pag.) "Querem p siçao predominante", d1z o diplomata russo PARIS, 2 (R) - O ministro cto Exterior da URSS, sr. Molo– tov, falando na quinta e última sessão da conferência dos três ministros do Exterior, para exa– minar o plano Marshall, decla– rou: - "A delegação soviética examinou, cuidadosamente, a proposta apresentada pela dele– gação francesa, a 1. 0 de julho. O projeto francês, com a proposta anterior da delegação britânica, assinala a tarefa de elaborar um programa econômico para ioda a Europa, embora a maioria dos países europeus não tenham pro– grama econômico nacional pró– prio. Com a finalidade de prepa– rar um programa geral para a Europa, propõe-se o estabeleci– mento de wna organização espe– cial, encarregada de avaliar os recursos e necessidades dos paises europeus e determinar, mesmo, o desenvolvimento de certos ramos das indústrias desses paises e só ~___, após a realização desse trabalho DIRETIVAS AMERICA AE R s é que seria objetivada a possibi– lidade de receber o auxmo norte– americano, organismo para in– terferir nos negócios internos. Por conseguinte, a questão do auxililiO econômico norte-ameri- George Fielding ELIOT cano, do qual, na realidade, nada de concret.o se sabe, fornr,ceu oportunidade, aos govêrnos bri- (Copyright dos "Diários Associados) NOVA YORK, via rádio - Pretendem os ame– r,icanos realmente fazer o que estão dizendo ? Esta é a pergunta que fazem nêste momento os círculos interiores do Kremlin. A esta hora, os cavalheiros do Kremlin já tive– ram bastante experiência com o presidente Truman para saberem que êle peusa o que diz. E exata– mente agora estão descobrindo, em Moscou, que George C. Marshall, por sua vez, pensa exatamente o que diz. Provàvelmente os realistas líderes rus– sos já. renunciaram a qualquer esperança de que o Congresso abandone o presidente da República e o secretário de Estado quanto ao apôio imediato às diretivas pol1ticas em que ambos se acham empe– nhados. Mas, o povo americano os apoiará no prolongado esfôrço que é preciso fazer ? Seremos capazes üe vencer o nosso desêjo de repousar e esquecer a guerra, de arriar a carga da tensão constante e do esfôrço constante? Será que realmente desejamos um mundo pacífico e seguro, ao ponto de pagarmos o preço da paz - não somente em moéda, e isso custará muito dinheiro - mas com todos os outros sacrifícios que temos de fazer e continuar fazendo, âno após âno, e geração após geração, cônscios de estarmos constrUindo uma estrutura cujo acaba– mento nenhum americano atualmente vivo jamais chegará a vêr ? Podemos nós suportar as decep– ções e as calúnias, os impostos e as tribulações, a tarefa inteiramente estranha e desagradavel (para os americanos) de uma ampla e constante respon– sabilidade mundial ? Em sua propaganda, os russos, passando por cima das cabeças dos líderes políticos americanos, têm apelado constantemente para o povo america– no. E continuam a fazê-lo. Têm pouca esperança de arrancar, mais concessões do govêrno dos Esta.– d.O$ Unidos; êsse dia passou, e êles sabem disso. Mas esperam que o povo americano se canse de rudo isso e que, por uma razão ou por outra; recuse f'!l!rentar a empreitada que se lhe apresenta. Se tal acontecer, a marcha para um mundo so– viético póde ser reencetada. Sómente se os lideres russos se convencerem fóra de qualquer dúvida, de que isso não vai acontecer, é que estudarão uma v0rdadeira reorientação de seu programa. Não póde h ver um mundo soviético em face de uma opo- lçtl.o firme e resoluta dos Estados Unidos. Presen- mente, a oposição é visível; os russos hesitam e am.bromam para ganhar tempo. A firmeza e a re- 101Uçâo aerão vis!veis e continuarão l!endo visíveis ? Isto querem êles saber. E estão atentos aos sinais. E sendo realista como o são, um do1; sinais mais 1mr>~rtantes a que estão atentos é a atitude do pavo americano para com as obrigações miliLares. Conhecem perfeitamente a nece::ssid e básica de manter em equlllbrio os empreendimentos no es- tânico e francês, para visarem a trangeiro e o poder militar; e não estão certos de criação de um novo organismo que tenhamos aprendido a lição. Estarão atentos sôbre os paises da Europa, o qual a assuntos como os orçamentos militar e naval, e. interferiria nos seus assuntos ln– discussão no_ Congre~s9 e na Imprensa sôbre se I ternos, porquanto determinar!a o ~averá, ou nao, prolb1çao ,do emprego de fôr_ça n_11- direito a ser ~eguido pelo desen– lltar para defender, 6ena:o necessário, o dml;leiro volvimento das principais indús. que E:mpr1:;gamos p.a Grécia e na Turquia. Com trias desses paisP.s. Alnda mais, a viv!) mteresse estao atentos à atua} propo~ta de Inglaterra e a França, junta– tremamento mlllt~r para, todos; lerao, anallzaráo. mente com os paise.; que lhe são e torn~râo a analizar caaa PB;lavra do relató:io. da limitrofes, arrogam-lle uma po comissao nomeada pelo presidente da Republica, sição predominante, nessa orga .. que or~ est~da aquele assunto, e cada palavra da nização, ou, como é denominada, discussao publicõ. subs~quente e da ~eitura e deba- na proposta britânica, no C•,mi– tes no Congresso. I~ia1s por um fl1;di~e dessa natu- té de Orientação. Tem-se, con– re~ do que o pre:.,1dente da Republica e O secre- tudo, de deduzir evidentemente tário de Estado digam e façam agora, é que se f . t f ' t· d ' decidirão. ,ace_ {l,S are as que es _ao _sen o Na sua estimativa de situação americana, s~rão aesttnada~ a essa organ~~açao, o~ elementos muito importantes os resultados obtidos ao Comité de D~r:eç~o , que º" no recrutamento para as fôrças armadas regulares, palses europeus. ficariam coloca– agora que acabou O serviço de Seleção e o alista- dos sob o controle de:5se orga1~ts– mento se faz em base puramente voluntária, sem mo e perde!·Iam sua mdependen– qualquer obrigatoriedade, direta ou indireta. Para eia econôm:ca e nacional, porqU!' conservar um exército regular de 7. 070. 000 homens, assi_m deseJariam certas grandes inclusive as fôrças aéreas, precitamente de cêrca potencias. de 30. 000 alistados por mês. Será que os canse- ------------ guiremos ? Para conservar nma Marinha de .... 432.000 homens e um Corpo de Fuzileiros Navais de 1.000.000, necessitaremos de cêrca de 15.000 alis– tados por mês. Será que os conseguiremos. Os cavalheiros do Kremlin estarão extremamente inte– ressados nas respostas a essas perguntas. Quando, após um período de vários meses, tive– rem tido a oportunidade de descobrir como a ju– ventude americana correspondeu ao chamado da necessidade nacional, os russos estarão aptos a avaliar melhor as probab!lidades de uma politica "para a frente". Se a curva dos alistamentos caísse violentamente abaixo das necessidades cor– rentes, sentir-se-iam muito encorajados. Então, se a maré da opinião popular se mostrasse fortemente contrária ao treinamento militar para todos, ainda se sentiriam mais encorajados. Porque, se acon– tecessem essas duas coisas, os Estados Unidos se– riam incapazes de conservar um justo equ!lfbr!o entre seu poder militar e uma vigorosa política ex– terior; e as Nações Unidas - privadas de apóio efetivo do poder americano - declinariam para a situação de simples sociedade de debates, tal como aconteceu à Liga da.a Nações, por não querer ne– nhum de seus membros apoiá-la com poder .real. Assim, os russos embromam, obstruem e espe– ram. Esperam a resposta a esta pergunta : Pretendem os americanos realmente fazer o que estão dtaendo? Para fixar o critério da U.D.N. no caso da cassação dos mandatos B.IO , 2 (Meridional) - Na reu– nião de hoje da comissão exe– cutiva da UDN, além de ser exa– minado e fixado o critério de– finitivo go partido sobre a cassa– ção dos mandatos dos parlamen– tares comunistas, aquela comis– são tratará da situação em que se acham alguns Estâdos onde os udenistas venceram as eleições para governador, e perderam nas legendas, originando-se daí uma serie de contra-tempos que estão acarretando düiculda,des de toda a ordem aos chefes do executivo Eleitos pela UDN. A comissão executiva resolverá qual a atitu– de a adotar no caso. até porque os seus governadores·estão sendo acossados para os respectivos Es- tado, - . Machado - A sessão de ontem RIO, 2 (M;I - Reuniu-se a Câmara. às 14,10 horas, sob a pre– sidência do parlamentar comunista Pedro Pomar. Retificaram a ata os srs. Altamirando Requiáo, Lauro Lopes, Ga.11:'no Paranhos e Agostinho Ol!veira. Do expediente constaram duas mensagens do Executivo: a pri– primeira pedindo a abertura do crédito de oito milhões de cru– zeiros, para ocorrer às despesas com o prosseguimento da oons. truçáo da rodovia São Paulo– Cuiabá: a segunda estendendo, às safras de 1947 a 1951 todas as medidas estabelea,das pelo de– creto-lei 9.879, de 16 de setembro de 1946, afim de assegurar os preços minlmos para. os cereais e outros gêneros de primeira ne– cessidade, para consumo nacio– rui.l, n:lediante financiament.o e aquisição prevista naquele di– ploma. O deputado comunista recla– mou contra a não Inclusão, na ordem do dia, hoje, do requeri– mento de sua autoria sôbre a consulta feita pelo PSD ao TSE, acêrca da cassaç~ dos manda– tos dos parlamentares comunis– tas. O presidente respondeu que tomaria providências a respeito. INFORMAÇõF.S O sr. Pedro Junior apresentou um requerimento de informaçõe~ ao ministro a Fazenda e outro ao do Trabalho, o primeiro acérca da. !!UBP~ das atividades ban– cárias em São Paulo, indagando quais os bancos auxlllados pelo govêrno, através da Superinten– dência da Moeda e do crédito; o segundo, indagando a quanto montam os depósitos feitos })elo~ Institutos do Banco Nacional da Cidade de São Paulo. O sr. Brigido Tinoco apresen– tou um projet.o dispondo '>Õ_bre o provimento dos cargos da clas– se inicial da carreira de estâtls– tlco bibliotecário. "!NSULTO AOS MJLITAB.ES " O sr. Lino M:acha<io voltou a falar a respeito do projeto de re– for_rria. dos militares, dizendo que o sr. Vieira de Melo afirmara, da tribuna, que o seu discurso, pou– co ou nada valia, mas também terminou sua oração sem que se possa concluir quanto ao que que– ria dizer. E prometeu mostrar a inoonstitucionalidade do projeto monstro, que visa tirar as prerro– gativas dos militares. Qmmdo passava a referir-se ao substituti. vo do sr. Afonso Arinos. o sr. Rui Almeida aparteou, dizendo que havia, naquele substitutivo, Insulto às classes armadas, por– que atribue a elas a perturbação da ordem. ERRO TIPOGRAFICO Interveio o sr. José Bonifácio, f:'sclarecendo que o termo pe, - turbação saira em virtude de in– correção tipográfica, em lugar de preservação. O EnRCITO POSSUE LEGISLAÇAO O orador leu uma ca1ta do ge– neral José Pessôa, na qual este 1,louva seu gesto, ao.rescentando que para punição dos militares delinquentes ou contrários ao re_ gime, o Exército possue profusa legislação. E que o Exérclt ne– cessita de uma reforma na lei de promoções que venha garantir o direito de todos, cessando-se o ar!J,itrio da autoridade, atualmen– te espelhado no critério da livre escolha, quando se trata de pro– moção para o alto comaIJ,do. E terminou pedindo que deixemos de lado as armas políticas desa– gregadoras, para tratarmos da-=; necessidades da dafesa do pais. A seguif, foi à tribuna o sr. Eu– clides Figueiredo, dizendo que não iria tratar do assunto ttP,ziq_o a debate pelo sr. Lino Maclíji,do, porque esperava que o projeto viesse a plenário e nessa oca5tão examine-lo-ta. HOMENAGEJ4 KOS MILITARES Em aparte, o sr. P!ad.o ~el;ly disse que esse é o pensament.o da UDN, isto é, examinar detida– mente o assunto, pois sem.pre r~f– peitou os direitos tradicionais diµ,: fôrças armadas. às quais rende homenagem. Escoado o tempo regulamep– tar, o orador deiXou a tribuna, dizendo que falariit em outra oportunidade. Na presidência dos tr.abalhos o deputado ~munista Pedro Po– mar, anunciou dois requerimentos de congratulações com o Estado da Bahia, pela passagem da data de 2 de julho e subscritos pelos srs. Vieira de Melo e pelo repre– sentante comunista Carlos M.a– righela. Sôbre os mesmos, que foram aprovados, falaram os srs. Vieira de Melo e Crépori Franco. Também o sr. Gervasio Aze· vedo apre.sentou um requei'i– mento pela passagem da data do embarque do terseiro esquad:ráo da FEB. Foi aprovado. MAIOR .NúMERO DE MEMBROS Passando-se à ordem do dia, foi lido e mandado imprimir o pro– jeto de resolução de autoria do sr. Cirilo Junior, juntamente com o sr. Prado Kel.ly, mandando au– mentar o número de membros das comissões permamentes da Câmara, o qual teve parecer fa– voravel da Comissão ExecuLiva. A seguir, o presidente a,nun– ciou um requer.imento de dis– pensa de impressão para a reda– ção final do projeto abrindo o crédito especial de 600 mil cru– zeiros, para atender às despesas da qualquer natureza, com dili– gências, investigações e serviços de caráter secreto, do Ministé– rio da Justiça. Combateu-o o parlamentar co– munista Mauricio Grabois, acres– centando outras consierações às que já fizera anteriormente. Finalmente. foi aprovado esse requerimento. O representante comunista Henrique Oest, falando pela or– dem, apresentou um projeto es• tabeleccndo que o ingress<i ao quadro de oficiais das diversas armas do serviço do Exército, só será permitido nos postos iniciais da respectiva escala hierarquica PROJETOS APROVADOS Foram aprovados vários proje– tos constantes de avulsos, dentre êles um que faculta a transfe– rência dos aspirantes do primei– ro ano do curso superior da Ar– mada, da Escola Naval, para a de intendentes fuzileiros navais. Sôbre esse projeto falou o sr. Euclides Figueiredo, que aprovei– tou a oportunidade para fazer acerbas críticas ao govêrno da ditadura, declarando que até pra– ças de "pret" atingiram o o!lcia– lato, durante o Estado Novo. :tPOOA DE PRESTAÇAO DE PROVAS ·Outro substitutivo aprovado foi o que permite a fixação de época especial pari,. prestação de pro– vas, Diz ê!e aue o exame de fi- (Contlnua na oitava pa . YU......, -•---.a•~ •--- ~ cargo de preetdente do Tr1· bunal Superior Eleitoral, llell· do eleito para eubetitui-lo o ministro Ribeiro da Costa. MOÇÃO DE CONFIANÇA ARAMADIER Não poderá ser votada antes de sexta-feira - "Climax" dos debates economicos PARIS, 2 (R) - U'a moçê:o de confiança ao govêrn9 franc~s e ao seu plano para dirigir o pau,, através da atual crise, foi apre– sentá.da, hoje, à Assembléia Na~ cional. O acôrdo sôb, P- o texto da moção não foi conseguido, on– tem, à noite. durante a reunião dos lideres dos grupos parlamen– tares representados no go,êrno. A votação da moção não poderá ser feita antes de sexta-feira, poris50 que a cláusula 9, da Cons– tituição, estipula que um período de 24 horas deve medear entre a apresentação da moção e sua votaçw. Esta constiturá o "cll– max" dos debates sôbre a políti– ca. econômica do govêrno. Se bem que haja uma forte oposição do~ comunistas, os observadores ain– da acreditam que Paul Ra.ma– dier, primeiro ministro, tem mui– ta!! possibilidades de venc-cr .a votação. Esta constituirá o •·cll– tuação social e econômica não melhorou em consequência das medldas sôbre gêneros aliim~nti– cios e do orçamento de compres– são. A cessação da greve dos bancários desanuviou um pouco a atmosfera. O trabalho jà foi reiniciado em quase todos os bancOl!i em virtude de terem sido aceitas' as sugestões do govêrno. Seguirá para Buenos Aires por estes dias LONDRES, 2 (AP) - O ves.ierllno londrino "Star", Informa, hoje. em sua primeira pagina, que Eva Pe• ron cancelou sua ,!sita a esta ca– pital e que, de Roma, seguirá dire• tamente para J3uenos Aires. dentro de alguns dias. "O secretârlo da se– nhora Peron deu-me essa noticia, hoje, quando tele!onei para a em– bal]lada argentina em Roma", acre:õ– centa o reporter do "Star". Teria a preferencia para os vagões S. PAULO, 2 (Merlãional) - O sindiC', 11.to d ocomercio atacadist:i, dos generos alimenticlos de São Paulo, comunicou à imprensa que na Londrina e noutras estações fer:roviarias, vagões para embar– que de cereais estão sendo forne– cidos preferencialmente para uma única firma fora da ordem crono– íogica. O comunicajio assinado pe– lo sr. Mario Paciullo, presidente do sindicato, termina informando que ·essa preferencia, coloca os de– mais exportado~ em situação di- tiéil, . turo, para financ diante penhor. Desde qUe • 1 necessidade de restorço para f :::alvação nacional, esta lnttr• venção do poder público é utgen• t-e e útil, enquanto não sEl vertfi• ca o estado de alarma". Repercute na CâmMa baiana o projéto de aumento RIO, 2 (Meridional) - Um te– legrama de Salvador divulgado por um matutino desta capital, anuncia que repercutiram na Constituinte baiana o aument.o dos salários mínimos atua!s, e os vencimentos dos jornalistas. Nesse sentido, adianta o despi!,• cho, diversos deputados falara;, naquela Assembléia, tendo sido feito o seguinte requeriment.o : "Requerem.os que ouvido o plen&. rio, a mesa dirija-se à CàrtuU'a Federal felicitando-a por ter~ curso naquela casa dois proJ • tos de lei de maxima importan. cia plliI"a a solução dos proble1nta de dois setores fundamentais ela sociedade brasileira ; dos jornt– listas e dos trabalhadores. o-.i• trossim, que estas felicitac:ões se. jam extensivas aos ilusti:es putados autores dos projet-0i. bem recebidos pelos que por serão beneficiados" . Providencias para maior fornecimento de carne RIO. 2 (M.l - O pres,cie.'l•.e ca CCP, recebeu, do sr. Nelsc:1 M.;c·con• des Gouol. um relatório sôh•~ n v!n• gem de Inspeção e r•t1idc,s r,11~ r!~– tuou à.s zonas pecu:\r!c.s <le Hato Grosso, Goiaz, Minas G~cc ;s, Est~do do Rio, Sl!.o Paulo e Pn:·3,_1 \ a!\TQ c'e veri!lcar ns possibHldacJ~, P slr.ua. c&o daquelas regiões, co·.i r~~,ren– cia ao gar.lo e eo maior forl'.cc!m~n– to de carve aos centros coasuml– dores. O relatório considern b6a, de 1un mocto g"ral. a situação e ~cre– dita possa haver maior !orneclrru,nto de carne ao povo. E para isso suge– re prov!dencias e novas medidas. re– f erentemente ao s!s1,eme de trans– porte e dlstribuiç,ío e venda ao pd– bllco. o assunto e~tá sendo ob,leto ele exame. por parte do coronel Ma– rio Gomes quP. tão logo conclua seus estudos, enviará. o relatório e suas conclusões ao presidente D\1· tra. Apelo em pról da libertação dos ,-,_,-;,na•.;1j•1· 11-s 0 recro"' . , IC,\.U .. ~ t, S, ::, LONDRES, 2 (R) - A Feclern– ção dos Sindic~tos Martt!mos Gc"e– gos faz, hoje um a.pêlo a todcs os britanicos sindicalizado~. no sentido de apdarem seus esforr.os para a libert.nçil.o dos operários gregos sindicalizados que ge en– contram presos, fr!zando que i;uns vidas estão em perigo. "O,; nosso/' rompanhe!ros - r1iz o apelo - foram postos na J!~– ta negra, perseguidos e p~oibid-:is, assim, de trabalhar. No:::sos re– presentantes, tanto na Grécia r.o– mo no estrangeiro, foram exc!ui– doi, de todas a& corporações col~– t\vM relativas nos mantimos, 11.âo mais gosando de nenhum àircito, sob o pretexto de que o govê:·no criou c0rpornções "mais represrn– tativas". Os nossos oficiais, na Grécia foram presos e maltrata– dos. Suas casas foram rebuscadas. Muitos foram detidos e outros de• portados. Novr•,s prtsões estão iren– do feitas no estrangeiro, como, por exemplo, em Buenos Alree_ No,. va. Iorque, .etc."

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