A Provincia do Pará 02 de Julho de 1947

,. r'~-~. lor e o e-xito das Yil n sublevadas em guerra oontra govêrno da Metrópole, quanclo ainda hesitava o principe regen– te decidir-se pela colónia. A frente das Câmaras das v!– la.s bap.l.anas. conc,entradas em Cachoeira, os Montezumo, Cal. rnon, Araujo Gondim, P1res d Carvalho e Albuquerque e outros iguais, robustos troncos d( tan,. tos rebentos ilustres na vida do pais, assumiam responsabll1da,– des e comandai;, r pr dio v rdade ainda Convocam os sertões às armas, :formam corpos de voluntários, armam flotilha de barcos, (!istri– buem-se pelos postos avançado e entrincheiram-se. sitiari,do a n ~· ba~ da peninsula em que s,e .._ acha a capital bahiana. Nesta, o govêrno fiel à 1\ ietr6. i;olc, apoiado em element,cn, Ia- tarde ... t ricios de rica classe comer(,Iht e (",•,me é do conheclm nto de t.o– numerosa e aguerrida fôrça de C:os. <:r. vlrJ,ude de a imprensa terra e mar entra em im1\diata le,c-al h,Yer noticiado, aruplamen– reação. ' 1 te. q~ie o. ;-,',dadão Sark11 Antônio Era a gue:rre, com O seu ,~orte- Messuu, º'.:' nacionalida•le libane– jo de revezes e vitórias, com O ~a. com:rc_ mnte, solteiro. residenta .sacrifício de vidas e bens, com E:> 1 domi,,m~,do à rua Dr. ~Is, n. calamidades e r - plendores. 1(0, se__}~~-,xára contra _Francesco E guerra i.,rossegUm sem tre- Camrn,.·.. 10, de naciona1ldade ita• ru~ e sangrenta, na Bahia. pela l!a~a. c~si:~?• alfaiate, de 39 anos :rndependêr:cia, cuja proclamação de l(!lió•,; lüidente à travessa ma– o!loial no sul ão país, custara Jor Joaqllm Tái•cra, 71, nesta ca– apenas festejos e reestruturação pit.al, _alesando ter êste lhe cau- po lftica e administrativa sado <trncs materiais, em eonse- • · quência eh destelhamento t1a ca- h Mese., a fio, 0 berço da raça sa. que , ~upa, na qua lidade de ~rasileira evidenciou~ ao mundo st:u ir1t~llillno, pari\ assu 1 for~á-io um povç novo. que ~e con st! tuia a a bancil,::ar o prédio, 7.<C'lba dP em Naçao soberana, com ª· cons- ser solicitado à Delgeac!1 J,,special dêncla de uma alta destmação de Segure'lça Política e Social 0 histonca. . arquivame:ito da rep1•,,~mtação O Exército Libertador, duran- feita. por motivo de não haver te dez 111:eses, lutou contra U?J- certeza dt ser, realmE>11te, o n·. poder mihtar mais forte em nu- FranceFc..> cammarano, o respon– mero, treino e equipamento. e o sável pelo fato originário da re– venceu sempre, nas escaramuças, presentação, o oue fol deíer!do como nas batalhas de al0 de- pelo dr. JJão RodrigueE l<'ernan– tenvolvimento. cncarnlçadiss!mas, des, DekJado E.'ipeclal rie f'egu– consagrando chefes e soldados rança ?<,litlca e Social. Fie JI!, nl'– imortais herois da sua naciona11- E<lm, red;•zido, às suas ju~tas prc– (lade. porçê\es, o referido nc,dciuk,, e, Pouco antes ,la vitória !!nal, r ,1,se.uintementc, nada p11.ssando lhe velo apoio do sul, - do Im- a exi.sr, 1 rnmra :1 mencionado cl– perador, - e, então, pela pri- dr,dâr.J lrancesco cammarano, na.– melra. vez, a banci~ira brasileira i:.uela ,.elegacia, que venha, de aparECeu em mastro de guerra, e algum modo, desabonar a sua 1ecebeu batismo de fogo, - 4 de crr1du ·1. conforme certid:5.o poli– maio de 1823, - defronte da cial ponta de Santo Antonio d,.a .Bar– ra, ú entraci .... da cidade do Sal– vador. Somente às 14 horas de dois de julho de 1823, o general Madeira e o seu estado maior, embarca– dos na fragata Constituição, e o :.cfto da tropa e de pat,ricios seu~. em oitenta é seis outros navios. rumo da Metrópole, a Bahia en– ~rava na posse de si mesma e tor– na uma verdade a Independên– cia do Brasil. Nesse mesmo dia, o Exérdto (2417 Libertúdor entrou na capital bahiana, que festeja a data como .i m,1 ·,, da. ~ua ,·ida.. E ' ''-, tlelirio, ali, eMa come– mora,~0•.o. que reconst1tue, à 'ca– ráter, a, entrãda triuntr-1 dos li– berta•lNes, e envolve o nome do g-ranc;e paraense Romualdo An· tonio de Sei~as, oue arcP,l»i;po da Bahia, e primaz do Brasil, em 1830, dedarou santificado o dia glorh:o Representante em C nta Propria Grande laboratório de São Paulo. procuta representante para o Pará. Somente interessa firma idônee e com organização especia– lizada. Ofertas para Ralpho. Hotel Cent:al ou travessa 7 de Setem• iJro, 63. GRÉVES LOCAIS QUE NÃO Tl M SIDO PUBLICADAS EstA multo ""· moda. haver d!scursoi, música. Jazes, ba!les e tudo o que e bom em an.,~rsár!os; ou1 )ra, quando se ts.zta um convli:e parr. uma festt desre geneio, era aceite r m ~estr!çÕf'., · 1-,entc, os cO"nvldados, fm1~em cond!ç6es: qu" só n .nec,erã.o s; "' ao fim da festa a JOVEM E A : -·RAVEL· ''JI! "JE: I JPIGA", !azeru gréve, e r.âo con.1.pa s·•n t d 1•,c!r,!•·, ':1.!IO t'> tem ----- "1:; q!!e o (;UBl'l'l'Ca~ 'Uma dó-; ~Policie~ d f ,rtc<J n ~t ,,,_ lcr,a maleta de .couro, nova; · da.de é em .A,baetetuba, da qual 1io \' lor de 250 cruzeb.;os, .que se sempre é acusado "Oscar Fotó– t'IlC ·;,rava em um dos;. cant,o,;,,.gra'fo", Aos cuidados do investi- r mWm havia !<Um,ido. Incont.~ gador Almir, no D. I. c., diligên- 11ente o . cabo Flnurisval levou o cias estão sendo promovidas, no t~to ao. conhecinento c;la E'ollcia, sentido de serem devidamente es– cude .declarou não suspeitar .de clarecidas as comunicações dos l.'lnguém. Dai a mais alglin.; aias, prejudicados. um outro rapaz. morador no quar- · Oscar Ferreira Machado, é cea– to contiguo. e que t>mprega as suas rense com 27 anos de idade, ca– atividades no comércio de ,i~e!:íre, sado ·'fotógr~.fo, e reside ora nesta , t.rificpu ter sid.J também roubado cidade, ora em Abaetétuba, onde ~m seis mil crur-c;tos, qt.1: estavam possúe alguns parentes. tuardados em u a m•da. arrom- OUTRAS OCORR:t.NCIAS tada. pelo la<ltf;c. O no\':> fat?, QUEIMADO COM AGUA EM também foi lev:,do ao conheci- 1 irento das autcrida<lei; pol!ciais EBULu;J~O - No POsto da Ass1s– <,ue promoveram d1ligênclas 110 tência Publica, foi socorrido on– scntido de ser preso O autor da tem, o motorista Teobaldo André "façanha". Os objétos carregados de Barros, paraense, solteir?, de c!os militares eram além da ma- 26 anos de idade, residente a rua ltta de courÓ, um córt" de tuba- dos Timbiras, 696. _Teobaldo, em rão, d ois ternos de c...semira no- sua residência, queimara-se com •.os, um outro de brim, un,:a calç'l, água em ebulição, sofrendo que)– clois anéis, um 1 evólver "Smith ~a.duras de primeiro_ grau na mao imd Wesson", 1\ importànciR de direita, tendo se retirado após os -lOO cruzeiros pertencentes no cabo curativos. uueixoso, vários outros objetes de CAIU D~ UMA ARVORE - uso pessoal e algumas peças de Maria Odilla da Silva, paraense, .. 0 upa solteira, de 18 anos de idade, es- • · Preso em Abaetétuba tudante, resolveu, ontem, subir em · uma pequena árvore, no quintal Solicitando informações às pes- de sua residência. Foi, porém, in– was da vizinhança, foi, finalmen- feliz, ·nessa iniciativa, pois dese– l<', identificado o autcr da falca- quilibrou-se, caindo ao !16lo com t1ua. Um menor deciarou ao cabo contusões general!zadas em diver- Flaurisval Ferreira, have..: condu- d e d ztd zido para uma ca~a à rua Cesãrio sas partes. o corpo. on u a ao Pronto Socorro, foi aí devidamen– Alvim, próximo à est:ada N'ova, te medicada, retornando à sua re– u'a maleta de ~ouro, a mandado sidência. de um cidadão de nome Oscar FERIDO A FACA, EM PONTA r•erreira Ma-chado, mais conheci- DE PEDRAS _ Com oficio do do por "Oscar 'Fotógrafo'', lá re- Delegado de Polícia de Ponta de s'dente. Ainda R"'guucto info~•ma- Pedras, foi apresentado à Central ções do referido menor, Oscar em ári h conversa, declarara ter que em- de Policia, para a necess a os– barcar com urgência, para a cida- pital!zação, o lavrador Manoel da · Silva, domiciliado naquêle muni- de de Abaetétuba, para tratar de cipio, que, em uma festa dansante negócios. ô f 1 o cabo Flaur!sval, aproveitando lá realizada, f ra er do grave- uns dias de folga, resolveu Ir no mente a faca, por um desconhe– encalço do audacioso meliante, 0 cido. O lavrador, que veio acom- 1 · f Lá h d panhado do praça Joaquim dos que rea mente ez. c egan º• Santos Azevêdo, do destacament;, prendeu o fotógrafo, conduzindo-o local, apresenta um ferimento pe– para esta capital, afim de ser en- netrante, à altura do rim esquer– tregue à Polícia. do, ccim certa gravidade. Poste– No Departamento de Investiga- riormente, será encaminhado ao ções e Capturas Instituto Médico Legal, para o Encaminhado à Ventral de Po- competente exame de corpo·· de licia, D. I. C., ·•oscar Fotógrafo" delito. Do ofício nada consta. resolveu confessar a "trama". A quanto às providências tomadas maleta fôra entregue em Abaeté- para a captura do delinquente. tuba., a uma senhora que lhe en- •contlnúa na sexta pàK(na> CAPITULO CXVII Sim, disse Luiz XIII, em uma folha de p9,pel separada do processo. E o cardeal p ensou vê-lo em– J::'..!1decer mais uma V!JZ. - Ç)uvistes dizer, enfim, que essa folha tinha sido recolhi– da por Joly de Fleury e guar– dada cuidadosamente por ele? - Ouvi dizer tudo isso, sim, Sf:'nhor cardeal, adiante, adi– ante. - Pois bem, qule; rehaveres– sa carta dos filhos de J oly de Fleury. - E com que fim queríeis rehaver essa folha ? - Para da-la a Vossa Ma– iestade para qúe a rasgasse. - E então ? - J!;ntão, ·· sire, essa folha 1~ão mais estava em mãos dos filhos do sr. Joly de Fleury, Dois homens desconhecidos, um, jovem de dezesseis anos, o outro de vinte e seis, apresen– taram-se um dia em casa de J C'l'-', d er:,,m-::-.e a co. h ecei- a ele~ e. üveram l:l in f.'uenc1a dt· e<Jn~1:i;llir rccPber er~a p •·eci::i– r,.;. ol!: Eminencia, que sabe tudo, não conseguiu saber quais eram esses dois homens? perguntou o rei. - Não, sire, respondeu o cardeal. - Pois bem vou dizer-vo1, quais eram, fez o rei agarrando febrilmente o braço do car– deal. O mais velho desses dois homens era o sr. de Luynes, e o mais jovem era eu. - Vós ? Sire ! exclamou o cardeal, recuando de espanto. - E disse o rei mexendo no peito e tirando de um bolso in– terior um papel amarelecido e machucado, esse processo ver– bal ditado por Ravaillac sôbre o cadafalso, essa folha fatal que traz os nomes dos culpa– dos, ei-la. - Oh ! Sire ! Sire I disse Richelieu, reconhecendo, pela palidez do rei, o quanto devia ter sofrido durante toda essa cêna, perdoai-me tudo o que acabo de vos die;er. Pensava que o ignoraveis. - E que causa daveis, então, à minha tristeza ? a meu iso- 1an11:,11to '/ a meu luto 1 E' en– tão ce;stume o.os reis de Fran– c;o., vestirem-se como o t aço ? Nós rmiros, soberanos, ·.raze– mos o luto de um pai, de um.a ---~---------------------- O NOSSO FOLHETIM A ESFINGE VERMELHA ltOMANCE IDSTóRICO DE ALEXANDRE DUMAS Inédito na língua portuguesa - Direitos de tradução e reprodução assegura.dos à A PROVíNCIA DO PARA em todo o Estado - Copyright France-Presse mãe, de um irmão, de uma ir– mã, de um parente, em viole– ta, mas todos os homens, reis e súditos trazem em preto o luto da felicidade. - Sire, disse o cardeal, é inutil guardar esse papel. Quei– mai-o. - Não, senhor, sou fraco, mas, por felicidade, conheço– me. Minha mãe é minha mãe; afinal de contas, de tempos em tempos, retoma seu império sôbre mim; mas, quando sinto ({ll.e este ~mp ério me desvia da linha direita e me leva 5 algu– ma coiso. injusta, olho p ara es– te papel e ele me devolve a !or– ça; es te papei, senhor cardeal, disse o rei, com uma voz som– bria, porém resoluta, guardai– º• como um pacto entre nós, e, no dia em que me fôr preciso romper com minha mãe, afas– ta-la de mim, exila-la de Pa– ris, expulsa-la da França, exi– gi-o de mim com este papel na mão. O cardeal hesitava. - Tomai-o disse o rei, to– mai--o, eu o quero. O cardeal inclinou-se e to– mou o papel. - Já que Vom,a Majestade o qu ~r, disse e!E'. - E agora, ,ião ;:,,e apr esen• teis mais 'onctiçf ;::,, senhor card ;al, a, F ra:1•~i;I ,;: eu ,;:oloca- mo-nos novamente em vossas mãos. O cardeal tomou as mãos do rei, colocou um joelho em ter– ra, beijou-as e disse: - Sire, em troca deste ins– tante, Vossa Majestade, aceita– rá, como espero, o devotamen– to de uma vida. - Conto com isso senhor, disse o rei com essa suprema majestade que sabia assumir em certos momentos E agora, acrescentou, meu caro cardeal, esqueçamos tudo o que se pas– sou desdenhamos todas essas intrigas miseraveis de minha mãe, de meu irmão e da rai– nha e não nos ocupemos senão com a gloria de nossas armas e com a grandeza da França! No dia seg.uinte, às duas ho- . ras da tarde, o rei Luiz :XIII, sentado em uma grande poltro– na, com a bengala entre os joelhos, o chapéu negro sôbre a bengala, o sobrecenho um pouco menos carregado, o ros– t.r, um pouco menoi, palicto do c;:ue dt> costume, ,,oservav?, o card1;;al de Richdi.3u, ôentado em sua. secr~tarir:, ti·::i.baE1e,r;– í1o. Ambos estavam nete da praça Roya mos o rei, durante dias de reinado pass horas. O cardeal escrevi: perava. O cardeal levanto; ça. - Sire, disse ele, esc1 Espanha a Mantua, a V, !. e a Roma e tive a h onra de mostrar a Vossa l.laje.,t:•.de minhas curtas, que fo,:am a– provadas: agora acabo. ·e[;un– do a ordem de Vossa Jl.úijesta– de, de escrever a s ,_, tt primo o rei da Suécia. Esta respo,;t:a era mais dificil que as outras : Sua Majestade o rei Gust avo Adolfo, muito afastado de nós, aprecia mal os home!,. .s ..,c•rr1- pre julgando os aconkdmen– tos, e apreciando-os com seu próprio espírito e não o fa ~.eí.,– do sepão por sua impre,;sáo ral. - Lêde, l'êde, senhor deal, disse Luiz XIII .iPitamente ,:, qu,J r carta de 111e:1 nrir-· O ciude.:.:l .,z::, :19.,

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