A Provincia do Pará 16 de fevereiro de 1947
Domingo, 16 ~ fiv~eiro <le 1t•'7 A PR'OvtNCIA Dõ PARA ~ 1 ul'I'll{ATURA Página 5 O RELOGIO DR. SEIXAS Conto de ALMEIDA FISCHER Erico VERISSIMO (ftn a A racnurcu. DO PAU') A UTOKOVS L Jopn◄ ._.. lt: aum.eo.te ao tôlo. .,,..., d.tluatdo, pcaA4o .., ~ t. 41Nr ao tuho p ar " ''" ...., e le m.&oe •adM ao d.la de NU &Dl· • • en6.no. Mm lhe lnaer ao ~ e ' Um . peq U&O PnNDte pua "'1lelt· lulr a bola de c:omo fl\Soe lll.e "'9'· =•- J'6n ao •c:rUdrto u. fakSa .._.. lnbalh&ft com.o TlCla. • ped1n -.m&d14D&.am.mto,.,,...poll#t-– teju O a.aJ:Y--.rlO C0 t\Ulo caf\l• s... o tudCO ~ pel"ID&D.eda -– com~. o ta pnJuCicado M todol porq:u• D.NQft cau.&JUIO «te J& ~.a pan • n.lllle., e&a• ÇMSQeYen.d.dodarlda.tlplt• cuaa~&o .._.&.., eh.te d& CODlUWd& d•. ao ~ d «. a .a. a: aprepd.oa .,. .mwno. d1acra que n.&o •* como TOl_,. para cwa Nffl um IN)al pt'Nidloe pan. O fUho. falan, M a""6 41M– O maúAo &crt.a, paa.o.dO cu• o paJ u..-. ...._uec:W,o dW, do NU a.at. .-...na. apwua COdM _. na óea mut11m•12t.a. A fabd,ca 11,a,. Y1a auaJ)C'D,tO OI MliaDt&m.ntoa. -o • . J'l&o leu o •.- 4U• O MU .....-&o d.e tpcrdro.1 - u. m.u Dio 11.ou. -e Jello de üaUdO e U14te . l'NC:Maff M'ftll• JU ~ d1a.ll« tro p&ra compn.r, ..... ª'°° ' WIL& bola d.e 1:loffadl.a pen • tubo. Leal.tirou-- ct.&o, dO -" -..:toff'", fflM n ~ fl:UI o ~.a M Cl... a.aa de ~ unJca coiM que lhe CIO\.lbera por oou&&o d.a m«M do p&i, - ldQWf' pndr,o, ma.rc& D4o cem fti4 natl4&o u mu b«u de ~ . ,u.e eram m.u1taa, ou oe MUI p equ~ moaunlOe d .....,._.. -. nio.so ... oobJl1oO ..ia TGU.oao 4-u.e po MW&. Dw&Ak O d.la. . lll fl,ULDIO dormLI♦ .,. ~ na tr.am. •ber u !&oru -,ua.~polltn.0U1Core– Joct,oda .. ~ ... A.'1•..,..,_,. a.oonla,do, ou a1.ada :um -.ado de .-J.-4«m. ou.Ttra d. llan ou til. a.1& ~ l&t. e,poN, . -D. M&l1,e,Aa..flUC'm..dJ.Nru ...,,..,J,.uc.4e , Vá li a &mie •ber como nuce uma pe.r.anaseml No principio 6 o caoo - um caoa feito de •-• lembranças, lmpreuões, ecoo . . . Deue C&01 l\ll'lt uma fl.s:lonomla, uma vos. um "Jetto··. uma eçraalo; o quando o au– tor menoa o,pera lá Ntá a pe....,nacem tnteln !&!ando, movendo-,.., vivendo enfim_ Parou-me que u peDOna– cen■ mala ..ivu alo aquelu que toeem a qualquer plano• deoobedeeendo ao autor. ~ tlJ)OI eonrlruldoa pe.:tal– mente para reprNt.Dtar uma cluse, tlradoo pelo roman– clst& da nebulosa lnklal pa– ra vir dl zer um determinado nume.ro de palaTI"U e fuu um determinado numero de geat.<lO e mo'fl menlo■ de ac ordo com OI ' 1 lnterue.es. . da hl.st.ór\ a, em seral dio a lm pru slo de bonecoo. do manequlna aem Tida pró– pria . u,4,t ,... .... --- .... "° m.u 1to ca.ru. o c ird&4dO • ,.. queoo. D.lo d& a.em pan .. flYff, como .. vata - -1a d• um a.eo eaped.lJ, pmad Q1l4: OI ~ pudeaun m. aJUda.r••• -a.DUmca muuo, meu •e.lho. '11.u n.lo • poal• O •mblo pode •NPff&I' a U o nm do .... o •~nlol:lo mucanoi.a– po pe.n toda • - ~•. du– n.ai.e o "8.. A' aott., acompe.D.ha– n -o ao cnai..uao. .. bta qu a OI ra lo ,soa •- m.a.rca •••am cu.aian– do muno earo •· n.at.u.ralm.e11~. ,~ rdoJoe,.na lbe PtrCVSa ......"'° ,.ao """· .. o • m.da– .. pod.crta c:om,nr a bola 6 - CDU • 1'0 ...... O ,IUqutftha, 0 lll4'1ÚJ1.0 n– c:atl.a tl'laW M alo p,..aJl.uM u:n ~ .. no dia do aeu a.cJTaario na u m pobre mcnmo de cmu aa.oe, • J4 dll&O de TtCIÚIIIU.. Por .. m oo • mJ.rndOr,. na.o era admi– Udo nu ~ca d.dru em qu. \O• ma.-.,.m pen. qu.ue &odoa oa mo– leQu. do lua ar. l' oa Jccoa de tu• wtiol, com bola 4• PI.DO ou de bcw• ndaa, NJDpre f l on d.e fdn, ~ado aprena.a trtak mm • d.. ND.?Ottun. doa ouiroe men.ta.oa dt w,. td&d•, • rap14o dol, MW I d rl• bta, • torp. doe ...,. chuto. em .-,J, a r--...ada que IDOSlnnm donat.e &od o o Vlll,K,Ot1W do Jo– lO· Qu.a.ado t.un nu•r luaAJa no pom&nllDbO de " '8eu" J,,(,aaoal, llio o dâ.Dn.m 1compe.nha-Sol, pot, a UD1ca •• - que pwUdpou dt 'llmA .,.pr.- d... Upo, quue caue Du.apanceu do n.oue coarlrlo, fu pouco. d.lu, m.ort.o pttm.atu.n.m.e:nu, Jlomea. Marlz '1lllo. na. w.D.J.ibllid.adl de arU.st.a, •"" pl.oturu II aru• deM.llhOI t1llh&.m a.a .ubor ele orla:Laalld.ad1 • rtH lan.m u.m.a forte ID.!plnçlo plú-tJu. clu melhores que a n osu. tem tem produddo. o desenho 41111 ad.m& nprod■.d.mO.. a.m dot â lllmoa 4lll o lapla pt1'1llqta4o • • •nu• Muls Fllho uecai.oa. 6 uma siD.LI.H m.a.,:■lflu. dos mof1.mU11lOI do Ela porque 0,m mullo■ ca– ..,. u melhore■ ft,uru d01 romaneu raramente ão os heroll. u pe.r.anacena ean– trala, maa 11m u acldentala, u que n.uce.m por obra e graça do acuo e ee moTem livremente, pela llmplea n– ão de que delu o autor na- - r . Pode••• a.tra pan a rua~– eorn uma IJ'I.Cde YOet:&4.e d• dMt-– .., Qua ~ mlN:t&Td I tn. um, ~ mun hoa.co • lnbalhAdcr', cu.m– pr1d« d. oi NU& dff--, p&N&ft .. notwa 1autru roa.d.Ilido, Ttc:l&Ad.o • tabr1~ culd&dolil,DUDW, .. f'tUI .. tando muttu •ua o llnplt.canJ ffto Ü mad:nlpd&. U ÔUU,I pt• nctn.nwa • pl&4u ff• um...,.. lho, uda.ndo NJ11Pfa pan _,... ÍU O IODO e alerU,t OI NllL&dol - acrt.11a,ndo-.e por um fflea.ado maq-utabo qu. a.lo d&n ue pua. m.a.ntn decntW'lftftli. u:aa pobc'• UMbt• d• W butb&o lfu.ao- . tal• tara ou d«m.tta no "'"1co. tera NmPT• um cmpr-l'Pd dtidlcildo, e.mbora. aou.,... qu• outru flp&I -.t:u.manm dOnnlr no tnb&lho J) l.ta po dtnm de Ncn.P«Dhu ouvu tua~ dun.ak o dt&. Aeb&n flO• 1 MO a &o .,. b cm..-t.o • 86 com um a: ra.od• -.utndo do kU H-pou.lO podia pear aJS\,m,t bYcat. • ta,--,-. d-. para fl,Abar mau -isum d.l· nb.aln,. S n&o pod.t.a oornpn.r 11· qu• um prtNDwslallo bento ,-.. :S!:oo~u~;;.,::\•n~ to crtanca, o pu1odo mata tna14 da au. Tida, quando u torçu, 4a m► e.Ida.d• J' o 1ba.ndonanm • o QD• ~ de t.a.nlOI anos d• ffl.&J.I a.Nlua lu.. pela. ec.Wn1•Aet.. N l.utaJa,. Ta~ NU COTPO· l6J:ra do -=rtióno da '•""- I R E C E I TAS BRASILEIRAS Marialice Prestes 1""""1&b•-o. -...., Almondegas de Tieté e.a nu mJ.- do nlho """'-"..• Jfu brlpf tm que M •u. pa.rUd– pe.n,, apa.ahaft ...,_pr,. .. lUqulnha - uma bola de oeun,, -----14 Mr1a ad:ml• ado aoa Jos01 4t NWbol e 1aeo lhe U'N1& nn111a t«uddade. ~ ••· ..- o •aoehft"". caleulaJ1,a. o t1111- po pelo eol, •ln mala cedO d• ca• A ...,.. nJo perder o &:um e.l.kr1ct, qUI.Ddo t01111 p&ra o lnbeillo. Tal• •• comp,..,.. um ouv e relosl,o , a Ptatac6el, m&Ja l&rdt l, quan.do u COUU m~. T\ D.ha 4• .._. d.er o ~tt•, embora 1-o lb• c uat.ue mutto. JU4Q.I.Aha reaben& a bola d• c:oun • auta tal•• um _...,111a. Ai.u» populula. D01&Dd0 '(UI OI Nua fulm.tD&oa D&o &raffl IDUl• te sra••• • &C.bMMlo memno qu• ,i. do podia ncar uatm P'ka4J• do ao melo da rua, atnp&!bando o lttJMSIO, carnp.ra.m-ao, ut. da polida chl'lllf, pata • calpda MO• c.ndo-o • MOOl'l&Ddo-UM a.a ci»– i... ao sra,4iJ de ffff'D '"" ~ wna du anor.. do JtUNlo. • T-1.a UU .... t& IDO& de ld.adt .,.. allO e d OOlllple4.io robUna. O ,_.., Ulun.l.mlllM. Mfl.& de W • ln e«, U4Utla hora, ...,n pe.11- do • UYMIO. o •nrue, auchlo peqUt"DOI ftttmtGloa ...,uadoa p.ta trooltJ, pela '1oce, • ,..ta face IIIO Offt.a~lhe por todo o rosto c&la· do-lhe a.a nnq-.. OI oli.o. apa90- ndol. muno abutoe, tttan.m cbeloe de puUoo a.qiu.lu cana d•- og LO AATtrICIAL =~-:=::.ca ;:u::: .~· :=: ~ia:. vgdo, ;i":'-~ta"';l; - q.. lorma•am um dmtlo f elo oompww ao MU Hdor. o ••lbo o'::1 :r::: :r en=~ alo ttlan, n.&o iwpondla b per- fornecedor. NDW f(Ue lhe tul&m: apm.u OI Para ,el&r p.rr& tu. pod.. olboa N m01'Lam d um lado para inoe, no entanto, reoo.rrw 110 outro. ftUAdo--e• &u111• n.JoDomJ,a &1-º arUI1etal, autm pnpe.ra- ;';, :::•n:-=a.:=· fl.quu,,c::. Ml, ma1o qu11o de &IDO· : I d•nm. o NU _..do, a pa"14M• 111a em p6 oom mtlo quilo .S. ._ ..... ,....,..,_ - • ,_.,.. aalllre, .u..t.a em Ir.. li- do •P- • o1_..i., - ••· da,ua; coloque numa b&.c1a I nW2Cia.Ddo o paodl Rito flU to- ~eJ~el:O:, pna.tu dW'&n• ~~n• ..u.... alllda ln• SUCO Dll UVAS 11eo-. ■ena P6o•M • .... lAn bem e d bulhe um m.iur °' MUI tenm "°' • a 11.m• 'lullo d una pntu naclonala. pu-U.e com wn lm~. o •aaue Jen-aa ao foto para fcn ~ do roeto. Um Mahor d• 6cuJol em 1 litro dacua, Quando f:I• dou\onla aaimou.... WDNJD a ta• tlvettm bem oolldal, puM• - - - ; -IOu•II: por um ,uudanapo pua rtU• oa.d1 aoran.. pua len•lo de au\o- nr be.m o auco: faça TOltar ao IDOT't1 pua ~ • toeo com &ÇU.car a ro,to. Slr- - Onde --oc nora, m u •tlho 7 va oom a,ua rdada. Quu tr pen cua, SO/tV~TE D~ UVAS O •llbo, porem, alo r•pondla. ri. u•atu bam tnadu- UJnllan-a • •lhA-Lo com um Jtlt.o ru. paue pela penalra , Fa~ dt qu,,. nlo oompree:n.dt, de quun uma calda em ponto d rio de alo coahec• mata o nlor du pa- um Utro de acua para melo. lanu. o Hnllor de deu.kit, ent&o. de açuca.r. Derrame 10bre eJ • hlOl•w procu:rv.u, noe bolloa puae nonme.nte pda peneira IJ.fv.m ~t.o tdenUfiUd.or I e i:aram:~rÜm J)OU• ~nu':= ~Tasua =~ o:, de carne ff'MC& ou 10bra d Aod.rlcUa. de C ano. de Idade, carne, Jun te u ma colher de fa• morna .- kDUtel.mo, euburblo r1nha de t.rt, o. uma 1:Jca.ra de 4a CtntnJ • ttab&lhan eomo Ti• miolo de pio de molho no J1J• lia na -rabr1ca ele Teddoa Port.ate- te, 2 OYO&, uJ . Milture multo . ... Qua.ndo °' popul&r N dl&• bem. Paça u.maa boUnhu, P\l.llham • CUTed-·lo para o au- rn;:e: ~~ q::U:.1-°ra~ :::;11.: u=: ;~;.: ~~~ ça l parte um molho dt to• d.a-clrtl qu. a.lo p.,-mJUu que o te- m.ate. e., ao colocar u almon• ......._ dtlU DO prato. cubra- com - ?fio PGd•, a.lo MD.bor•. Tem molho. de eer la.lt.aundO laqu. rtto na po-- DOCI& Dll LIMA lida. J& <IWlwam •Mola....,. 7 Delcuqu e du&lu de llm&. - J&, tu quue mela bora • at.f. tire a pele. abra 01 aomoa e a,on.. D44a... A AMt.i.ncS• aó re.Ure aa pevkles dentro de um cbep depol.e que o CNtlo .. bateu uquinho VUlo e. ·1' laYa•lu u botu" ••• em acu.a corrente aU tirar o - Vlrlm o nu.mero do •e.:cu.Jo &marJO. D6 uma Jlplra fernt• que o •t.roPt.lou, ra e ponha para acorru em NU:ia\ltm Ttu. ÃllUAI ubt.lm que peneira. ..,. um cano •• c6r dc.u, "'Cbe• Prepare um& calda em pon- T?elld - IMO'", ... lllo lbt •tnm to de espe)bo. Qu&nlo t Unr o numno pronta, Junte U llmu. 8e 4uJ- -o curo alo ,arou Vinh a vn ur, Junte um cdco nlldo e 4 IJ'Slld• ulodd&d•, pqou o • tl.ho, ~maa para amardar. (ContlJl6& u aula pA~J Correspondenc id de escritores Machado de Assis burocrata Diretoria Geral de COnlaot– lldade - Gabinete do Dire– tor . a de mato de 1903 . f'rue, • eoatac1&Dte dano uraanlneo de PU'll&JD\ U.ce. DO MEU BEIRADO A GULA Ant6nio CORRU D'OLIVEIRA (CoPJl'll'hl doa, "'Dt6.rloa Aaaoclada.•, adqult1do s,tJ.a noaM ,ueuna.J em Uaboa) HORAS DE CEIA. AFOGOS NOTURNAIS DE SOMBRAS SUAVISSIMAS. ERECTAS COLUNATAS DE PôRFIRO. PENAIS DE SEDAS MITOLÓGICAS. DISCRETAS MELODIAS. BRASEIROS ODORANTES QUAL DE LOIROS A FRONTE DOS POETAS, BACO DE HERAS E PAMPANO, ENCADEANTE ROSAS COROAN DO A TÁBOA IMENSA E OBESA. CÁLIS DE OIRO E CRISTAL. ODRES ÔVANTES, PANOS DE VINHO. A LOIRA CAMPESA QUE FOI DO PARAISO. O MEL E :o PÃO, TODO O MAR, NA BAIXELA, E TODA A ALTEZA DOS CtUS EM AVE RARA, OU SÁBIO CHÃO DE HORTO ESQUI SITO • • • ENFIM : HORA OE CEIA, DO BANQUETE SEM TRtGUA NEM PERDÃO. ,..., HORA DA MESA, ENFIM I A' HORA CHEI A DE QUANTO O BELO MUNDO NOS CRIAVA, NA ABUN~ANCI A E NO FAUSTO, EM GOSTO E IDEIA, E O HOMEM COME. - E QUEM, ÂQUELA ESCRAVA, QUE SERVE O HOMEM, ENQUANTO O HOMEM COME? ÁVIDA, PÁLIDA, O LHAR EM PRANTO E EM LAVA? QUEM E' ? QUEM E' ? - A ANGÚSTIA ALHEIA , A FOME 1 Julio RibeirÓ em Soro Julio RJbtiro que d.e mi.Ao por dlan\e •\&1"6 eempre Updo a eo– roca•, ood• M aa, onde lhe 11&1• cem • morrem TirSoa fllbot, onde perde • ap,oa. onde ledon.. pre• dJca, tu JornaJllmo e eecrne ro• m&J:IC , de onde aa1r, multa.a • - UI • para onde OU\.tN \aDt.M •ol- 1.&ri., uaiat.e • lBIUlormaçlo IU• puma que II ope_ra na •Ida 4a d• da.ele tradlctonal du reina de P· do, c.apltal do srand• com rdo d t.ra.naporte dol tempo&. !:le mamo tol autor no sra,ne1e drama que po,, r1& tlm ao a.a.Uso •Plendor da CI• da4it, com a abutura da t:.t.raela ct. Puro Sorocaba.na. S aed um doa fator•. embora IZldl.ret.amtnie. da DOH faN dl llld\1.1\rl&ll&açlo proereuln que boJt cancu.rta. o • nU mucado d.e pdo, prtncl• i,.lmr:nt.e muat Vinha doe tempos coloo1&1a • lama da ,8oroc.ata. Fator• seosr•· ttcoe cont.rtbuem ra a ,ua n.u– ç&o como o p-and• t.Dtnpoa&o, pa– n onde coovtt'll,am u tropu do aul, t&nstd.u aoa m.llbaNa de ca• tr,:u por cmtenu 1nnnd.a.Yala d lquu.. Por •olta. da abrll ou maio \.Odoa oa a~, rebent.an.m u ttl• n... S.btntar, era o t.tnno vnpre– p do. Porque eia. lrromplaJ:n bt\l.a.– camente tu.Ida.a. dt mtre um.a nunm d• podra, na pootfin. du uopu que cbe.anm aouoda.Ddo OI doia ou u6I m... IJ:U,e. .Moa de t tu e nqodol. que en..m a Tida da terra. O. campo1 •l%.ll1boa, tarsoe, de •1udu ncu. l&m... cobrtndo n– ptdiune.nt.e. A cidade .. àCl,tan. o comfrcto local M a.l•on.çan. Tropd.toa de tocloa oa 1noa, unte que r•Uzava u maiores tranaa• r.õct!. l (6 dt' u:n aimpl UO dt barba, aprMCDta.l'aJJ:l•M ._ fre.nte d.a ondulam.e muaa d anlm..aà lnqu16toa. fatlpdoa; por lon101 me– act de marcha. NOI prtm.iroa tem• poe, nlo bula bottil nem pca..õca. Origenes LESSA (Pan. oa "Dl&rlOI AuoclMloa) Judeu.a, d• ll&Uanoe, d.e lnalhM. borborlnhan .,.J.u ruu"'. (1) Do• madord e pe&. d.lKut,em peW caJçadu QuJtaoCSetn.a nnde.m •peclalldad• t.ente.dorN. O ctn:o Checou. palhliços anectmenta.m • protada pe_lu ruu. (0 p&lh&ço o que • 7 Lad.rio de mulbu••.). Compaobl&a dnmatlcu U:m a cua cheia E com t rope.1t01 e com• pn.dor de p.do, ..comltu" da cõttt, muclltl p1t.ando qu.1.Dqu.1- lharlaa t.ra.u.m o MU con Un&: e.ak pan. a sra.ode febre coleUn. E' d...,. tzls mtaea que "1u a dda4e.. klt.lroa, ~OI mi oraat.oa e1t.ran.b01, cheim de re• qu lDu, ta bnc.a..ot a d.• l>desu, caa• pl.bu • brua.cu Joal bel.roa r amo• toa pc iloe •t.rtboa de pn.ta, u m– paJn bu e 111net.u t.n b& Ul,am o a.no todo para aaUa!a&U, ntuee t.tk me.-. aoa caprtchaa doe vo– p e.troa r1co.. doa upata.ua an1en• to&dOa. A L&cadJ.ltaa d e mil ho • de ul n.10 t.t.m mim • med.lt. J: oomo f a puaacvn que N p ap o lm• poa'to. e •te 6 rend.oao e lento de cobn.r, pe.r uplta, o sc•trao mac– te.m um te.lhtlro na cabe:ç• d& par& os ecua uoClaa oon- mip m poni.e., para a aeue tu.ndoa&rto. anrw!OI Aa cuu de ta.•oi.se.m, comuna em t.odol 01 mel'CMtoa de pdo, oo• de o cUD.btlto abu.Ddan. - trbcra· ba, 'T'ru Conç6ea, Barret.oa - r.. a1am tortunaa. ao nzmor de ea-po– ru e Uroa. Corrta.m•M ~ . HaTta can.lhadu. E a U~rtlll•· se.m ca.mpeua. !UU.nba Sorocabo– na ln. proJ1tar a. capital e na ri da doe Ut.•RtOI do t..tmpo • tndl• c&o de pi ot.erta que e.n.cbe a d· d.ade, apeu..r du auu tsreJu • conna toa, allmt.otada pdO ouro dOI a.lqUlladone e dOI forn,aULrol Wl tr&D&1to. ela pelo morl.1111:nt.o repQbllcano. muJto ao encontro do NU eç,tnt.o llbenl • do NU aau,o oosmopoU- 1.llmo .. uam podem.01 falar, PIO,Nndo noe alquJador• que a dem&DClaT am, "1.ndoa de \io lon- 1• • OI a. aoc:t.antel tuftlOI, ltalla• 001, Jud.u. e at.t lll1JeH1 que a Tiâtanm n.u r,tru. Tem bOD.I oolectOI. T.m 'fúlOI Jotn.a ll. E pe:tOOn'l•lOI, • recon.a– t.ru.lr factlmmt.11 • Sorooat. que Ju. Uo Tal conhtctt, caaando... no t.rso de 8 . Bento com a tlJ.ba dt J A.8. B.-t.boldo. A IIUU!r'J)e Ale• mi. ua a pand1 aodeelad mU.Sca.1 da k m . M&1 I.Dat&lado em &on,– la Jullo km qu• asn,deoer pe– la hnpreDM •a honra Que noe re.z •ta disU.nt& eociedad1, tocando em tre..at.e '- DOA& cau na noite de Mbado, 2 S do pua. ado" (1). 0. •P41dldoa d.a l.mpren.ea. •tio cbel• oa de "'moflnaa" e "persunw lnocmt..", da am•çu e cobraa– Ca&. · o ar J ., d.a rua do Comir• do'', ••)a mt pode m&nd.a.r a 1mporlan.cia d.aqut lu 7 • cm Ya• z10I que J6. la.um t.t.. mhet qu e MIOU DO duembot.a (DO ori.,.nat t com ) dt sua lmportand.a.. 8'o 4'200~ eat.ou o -s,la.ndo d.a tone d• M.atrtz.. fA utoado), A CoruJa .. f1l hmanu depola: "'O. meu, 4'200 dOI Nt.11 MOO. Y&&Joa qu, n&o llqut.m em branco ~ p,lbUco o N\l nome. "'Ora pu-t.ola.1 1.. ez. c1a.m.a outro crido:- lnoomp..i•o· "Amtco B.D. do btco da ll&tr1i, d.ti.a dt amo\açlo. Olha B. D. com dlD.beJ.ro nlo M brtoca t. J6. ma.ta que, ctnquent& mU rdl ma– chu ca a bum . •. " (3). A 1e.nt.a da t.e.rra tr• bon•ta. A propr1adad• albe1• reçe.1tau.– M: ''&IPOU ACHADA" Pro551!Julndo na publlca– çlo da corre.,pondencla de no.ssos grandea escritores, dl– vutgamoo hoje uma curloaa carta ln~lta de Machado de Aula, escrita em 1903 e en– dereçada ao ar. Diretor Ge• ral da lndústrln, da Secre– taria da lndúat.rla, Vlaçlo e Obru Pública,, onde, como ae sabe, e por lncrlnl que pareça, o romancllta de "Dom Casmurro" exerceu o cargo de Diretor Geral de contabilidade. O documen– to em que.,tão, que ficamos devendo, ainda, a JenUleu. do ar. Carloo Ribeiro, é par– ticularmente lnterusante, varque mostra como o tro– -1,ta terrlvel, criador de tan– ta, pt\ilruu Imortais, era me– tlculoao e polido no trato ~m ae111 cole1u de reparti– ção, e como levava a ■~rio u colsu da burocracia... Ao llwtre ar. Diretor Oe– ral da Indúatrla cumprimen– ta afetuosamente o abaixo usinado, e, o.c111ando recebi– da a aua comu nicação de on– tem, 7. de nio ext.st.lr minu– ta de Avl.so aprovando a es– critura de arrendamento da cua em que funciona a Re– partlçio doa Correios do Cea– rá, novamente recorro a aua bondade para o fim de aa– ber ae no., &no■ postertore., ao de 1894 (data da escritu– ra, lavrada em 24 de setem– bro) houve &Jcum Avt.so aprovando o■ re,pectt,os contrato., cuja renovação foi autorizada por aquela citada c~crltura de arrenda– mento, Isto até o ano de 1902. •:a~CU : ,:.1 °~~ 1:: !: Jul10 Ribeiro alcançar, Juau– mente OI ulUmOI loa tant.el daae eaptendor em dea.dencla. o pe• rtodo aureo daa telru m&r<:OU•H e.nu, oa anoa dt 1850 e 60. Depola t udo nt dtap&.recendo. Em lW o coronel Ma.noel ~ de 01lnt• ,. run.da a prtmeln • t•br1ca de UC:ldoa de alCod&o que bou•e no tnurlor da 8 . Paulo. No mesmo 1 00, ouuo aoroeabaoo, Pranctaoo de Pau!A OU•dra e Abreu 1.n.Jcta uma IDdUltrt& de d da. 8&o oe pre• curaor• do atual au..rto tabr11 d.a otd.ade, "Quem perd•u um& espora de metal, pode procura-la & rua 4U Plorea, n. 2, dando oa .tn&U cuioe • pap.ndo •i. a..nuaclo, recebtf'"· Secretaria da Indústria, ;Ylaçlo • Obra., Pú,bllc;u - al~Wo~4NIA • compra.dor• loca.la. c,aa cua era uma ~ue..aa hOll)edarta. Pa• mulo., f!ICRTOI e Pe6n, l)tlOI te– lhdroa e ternt 101. E a cidade ter• Tla, 0 d1a.bd. .ro cittulan fadJ & abundante. Dtpot.a da re •oluc&o de 1142, aursem OI botei. orsa.nl• ada., u penao. e u c:uu d e i,wto. 6obffl\ • mala de cem, deii• uo em pouco. Com ._. t.ropu que •fm do aul 1eot.1 de t.od.u u pro•lnctu anui. pora comprar. " Uma mulUdlo de chap6u• d• eouro, de arre.tu, de 1uucu, dt ba.rrl1u n rdu, d e cartócaa. de mi• tidr01, de 1ulln01 1 dt DOr\.11~, de Com Lulz Mat.btua Marlukt um a J:at.rad• dt Peno mudar completamente o t.onua ct& •Ida cl· tadlna, • ~ a Soro caban& que Jullo oo- nbece , um• ddt.dt que aa J»UU• , U &emporarlamHlU, apenu -alia• 0a t.nuiictoa p..,..am•M a IO rela a Unha ..• OUtro cuo· "A p. .o.. qu.e pardeu na fll• tn.da da Apartdda 'l,tDa me– da lb.a de ouro, dando oa eJ• na.J.a cen.o., e papndo • d11~ Pff& dtat• a.nUDdo, pode J)roeu:ra-la em ..,.. ela reat– de.ncl• CS. 4 , O . 9 . da 8' PJ1ury, • NA da Pl'l\M, n,e 142'". Todo e oa a ,a.ndet a.oonkoimen– '°' da i.rn 'ftnhltn para • 1,tra dt forma. Lutu pollUCM, CU,A .. • .<<l!ulllút, a.a ~ P.trw1. A tivieiades literár ids PREMIO «Pandiá' Calógeras» Havendo o sr . Valentim Bouçu confirmado a doa– ção da lmportlncla de 25.000 cruzeiros de.ttlnada ao Prê– mlo "Pandlá Calógeraa'' de 1946, a Aasoclação Brullelra de Escrltore., (ABDE), Sec– ção do Dlatrlt.o Federal, eat.á dando ampla publicidade àa condições eatabelecldu para eaae prêmio, até há bem pou– co o maior e mala Importan– te de quantos "" dlatr\bulam no Brull . E, segundo ae noticia, já foi escolhida a COmla.slo Julgadora, que ficou conatl– tulda peloo ars. Alceu Amo– roso Lima (Trlatão de Atai– de), Artur Ramoo, Otivlo Tarqulnlo de SoU&a e Anlbal Machado, aendo membro na– to o sr. Guilherme F1111elre– do, atual prealdente da. ABDE . Essa Coml&sáo é, allú, - uma garantia de que o pri– mlo será concedido com aa– bedo rla e J111tl ça. E apena.a 6 de lament.ar que o geato do u . Vale ntim Bouçu nio tenha sido lmlt.ado por ou– tro., doa noaaos homens de dinheiro, pola é !negável que lnlclatlvu dessa ordem, ser– vindo de e.ttlmulo aoa escrl– torea e lntelectuala, multo poderão concorrer para o de– senvolvimento, entre nós, de determinados eatudoo, para a revelação de novo., valore■ nos dlferentea g~eroa llte– rárloa e, de um modo geral, para o aperfeiçoamento da nossa cultura. Damoa, a seguir, o Re1u– lamento do Prêmio "Pandlá Calógeru", cllatrlbuldo, como ae aabe, aob o patroclnlo da Secção do Dlatrtto Federal da ABDE: Art. 1.• - COm a denoml– naçii.o de Primlo ."Pandlt. Olllóceru", fica lnltltuldo, por lnlclatlc& do sr. Valen– tim Bouçu, o llob o patrocl• nlo da. Auoclaçlo Bruilel– ra de &■crltorea, NCçio do Dlltrito Ped1ral, wn GOllCUJ"• ao anual de llnot dl -dos brullelrol. Art. 2. 0 - O primlo, úni– co e lndlvlllnl, no valor d.e Cr$ 25.000,00, Nrá cone&dl– do a partir de 1M6, tlc&ndo a aludida aoma, de■de Jà, à dlapoolçio da ABDJ: . Art. J .• - A conceuio do premio dunnt.a per!odo■ ul– ter\oru acba-N au)elta a conftrmaoio anual por parte do doa dor. A.rt 4.• - Ket&rão em con– d 1ç6e a d1 concornr quala– quer enaalo■ de lntereue cul– tural sobre aaaunto brullel– ro • em llncua portucueaa, publlcadoo no decur.a d1 ca– da ano. Art. 5.• - 116 poderio concorrer obru de autor brullelro, ou e■tnnirefro re– aldente no Brull. A.rt• •. o - OI aulorN qu■ p reten derem inacrenr • ae para o prlmlo denrlo re– mei.ar à dde da ABDJ: (rua 8&nt a Lulla, SOS, 11 .• an– dar, Rio), cinco uemplaru lmpre■aoe do aeu ll"fNI, com lndlcaçio np,- d& data d1 publleaçlo, , uma carta declarando acatar o "nre– dlctum" da COmlMlo Julp,– dora . Art. 1.•-opruod1lnl– crtçlo para o concuno rtla• tlvo ao ano de 1941 encer– ra-ae a 20 de fnerelro de 19'7. Art. 8. • - A Coml.ulo JulJadora connarà d• cinco ucrttoru, sendo membro na– to o prQldente d& ABDJ;, Secçlo do Dlat.rllo Pedira!, e (O..U.lla - ........) LETRAS AMERICANAS 'ª medida que eu envelhecendo Lang11ton HUGHES Foi há muito tempo. Quase que esqueci já o meu aonbo Naquela ocasião, êle ali eatan, pert.nte mim, Claro como o-sol- Meu sonho. E, então, uma muralha se elevou Se elevou vagarosamente, Vagarosamente, Entre mim e o meu sonho. Se elevou vagarosamente, vagarosamente, Ora desmaiando Ora desaparecendo. A luz do meu sonho. Se elevou p.té tocar o céo - Sombra. Eu sou negro. Permaneço na sombra. Não tenho mais junto a mim a luz do meu eonho. Acima de mim, Apenas a espessa muralha Apenas a sombra. Minhas mãos! Minhas mãos escuras! Atravessai a muralhai E encontrai o meu sonho! Ajudai-me a eliminar esta eecuridão A esmagar esta noite A reduzir ésta sombra Em mil raios de sol Em mil sonhos esvoaçante,. De sol! da upera de de!lnlUTO e ... peclal. Deaae modo, um del.ennlnll– ta com o eu c oncorda em que hi um aet.or do unt•erao em que u vezea ~ pooslvel o li– vre arbltrlo: o mundo do. flcçio. Tomemoa o cuo do dr, Selxu. Havia eu ucr!to pelo me– n0.1 um uroo do romance •~m Luaar ao Sol", e.m que contava a tuga de Vuco o Clartaaa de aua Jacarecanga natal rumo de Porto Alegro e do que ae lhes attgurava uma vida melhor. Tlnht. narrado t.ambem o dramlnha ~ =,:.~ ªJ:~!e ~~~; para vir dar uma Injeção em Orozlmbo, o pobre-diabo que Unha um cancer no estorna• IIO, MMlco? A palavra Imedia– tamente me troW<e ao espl• rito uma Imagem, natural– mente a de um mMlco que me lm1>resstonara qu•ndo eu era menino. No meu ce– rebro começou a mover-se um homenzinho barbudo, ranzinu., acreaivo, e ao mesmo te.mpo bondoao • temo . . . Devia eu t.rau-lo para o romance a.ssim como ele ae me oferecia? Sempre l.entaçlo de fot.orra• far tipos da vida . Mu era preclao ruolvtr depressa. Todo., oe mew ro• mancu foram escritos num tom de "urgencla". Ha la mult.aa colau a dlur, e no fi m do cont.aa a minha re• raçlo sempre escreveu à aombra duma ameaça. TI· nham01 de ucrever depr • aa, aem nenhum vagar aca• d!mlco, aem nenhum culdl:• do - tumultuooamente, de- 10rdenadamente, aerutndo o ritmo da hora. Alguma col– a& estava para vir. uma ou– tra revoluçio, uma granf.• ruerra, ou uma nOTa lnr"11- llçlo. Espera-.amo., u.-npre com o coração lnqu!tto u batldu do deatlnQ. t nossa porta. :s o deatlno quue aempre linha a forma dum 1tmple., ln\>eatlgador d& po• llcla. Neau ritmo acelerado co– mecei o capitulo em que nu– cer\a uma du mlnbaa per– aona1eiu mala quertdu. Alguem dlase: "Entre, doutor'' . O mêdlco entrou e • honeatld&de me obrlta a dlur que nlo d0,I a menor lmportancla a eaaa entrada. Eu havia chamado esse m6- dlco (que até entio era para mim um de■conhecldo, cujoº nome eu não sabia o cuju felçõu eu nunca Tira) ape• nu para vir dar uma lnJe• çio de morfina no pobre Ol'OIE!mbo e retirar-se de ce• na tal\>ez para aempro. t7ln llmplu "extra". No entanto o m~ 1n– ti,iii • ficou, contra todoe 01 moila planos e expectatlYU. Mu vejamoa como ,. cotaa· aconteceu , Ante& do ver-lhe a car& ouvi-lhe a voz. "Como nl o martelo?" - J)erlUiltou ele. Quem na realldade havl& feito a pergunta era o m6- d1co da minha lnfancla. Mu em vos de ouvir a 1ua voz atenorada ou um "°""trio grave e forte. eu meano me 1urpreendl a deacrevl-lo ualm: ''Tinha um& \>Ofl bru• l&l, vibrante e ao me1mo tempo rouca, um eom de vi– trola de diafragma partido". Já & minha per.anacem CO• meçan a dlferençar-ae da criatura da vida real que a memória 1nalatla em empur• rar para dentro do roman– ce. E ualm, levado por uma força mlaterlosa - eua fo• ça de criação lmpoeslvel de analizar e de explicar - 011 me lancei à descrição do U· po; "Era alto, veiitla-ae com dealell<o..." Maa tentem01 explicar eatu traços. Por que al to? Ta lvez um deaeJo de de■ pllt.ar, do evitar a CÓ• pia. lato ~. o autor queria fugir ao modelo. Ou enl.io era apenaa uma conaequen• cla " qua.se lógica" da pala– vra vnelrio, a ldêla talvez lntantll de que um "°"elrl• ■6 pode .sair da bõca dum bomenurrio. Por que d • lelxadof Outra ld~la feita: "Oa homens rrandes aio dea• lelxados". continuei a descrição : "Andava quase sempre com um toco de cigarro ao liblo Inferior e a gola do caeaco ,uja de cinza. Por que? Co• nhecl grandalhões que eram aaalm. " Gostava d e pala• vrõea, de anedot.aa plcan• tea. . ." Outro traço do m~– dlco da minha lnfancta, mu um traço que eu havia do exa1erar um pouco dai por dlante na minha criatura. "Como e.,tJ. esse Je,e. mlaa?" - tomou a berrar o m~tco. E aMlm o dr. Bel• :xaa fez a sua entrada no ro• mance e (perdoem-me a lmodestlal na Tida . Maa por que lhe dei o nome de Bel• :xaa? Puro acuo - penael no principio. Podia chamar• ae Barbosa, ou Cunha ou Teixeira. B6 multo mala tar– de é que descobri que baYI& na vida real (tralçõea do aubconaclentel outro m6dlco barbudo chamadoa llelllaa, Com la!-gu puaadu o ,... lho Selxu aprmdmou-ee de Orozlmbo, est.endeu na cllre• çio dele a aua enorme mio peluda, com u pontas doa dedoo amareladas de lodo. Enorme mio pelada e um detalhe que v&l naturalmen• te com o tamanho do ho– mem . Quanto aos dedoa .,....reladoo de lodo, 6 uma remlnlacfncla de meu a.O paterno, que era tambelll m6dlc0. ' ,,~ .. •----(
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