A Província do Pará 23 de Dezembro de 1947

• • Terça-feira, 23 de dezembro de 19~ ,...:;______________A_P __ R_O_VIN _C_IA DO PARA' ANIVERSARIOS Uar da gerência desta emprA53 : AIJ aniversariante, que se ded1ca, 6rta. JOANL>IHA BARB06A também, à prática dos espones, _ o calendário aoclal de hoje, formando no quadro de aUetan UO c.Htnala a pusagem do anlversA- Palaandú Eaporte Clube, !:erâo no natalício da senhorinha Joa- ~~r~ d~tv:e~uami~~er::::~ ~~et~:~ 8 de (~~: :~~-. panhelro! de clube. Jo:ma Leal de sousa. Jane, como CARLOS PABIANO - Decor• é tratada a aniversariante na ln- reu ontem o 2. 0 aniversário nat.a– timldade, pelo evenr.o receber!\ a.a Uclo do garoto Carloe Fablano, telicltaç6es do seu largo circulo de hlbo 1 do ar. JoAo Alves, auxJllar i elações de amJzade. do Escritório Central da "ParA Sra . ROSA AMEI.IA COSTA EUtrlca" e sua espõsa, sra. Dul- - Decorre no dia de boje o anl- clnéa Mat.eua Alves. versàrlo nat4l!clo da sra. Rosa RONALDO DE .rlsus - Cem_ AméHa. de Ollvetra Coita. A ani- pleta hoje aeu terceiro anlversá– ,·ergarlante, que é mle dos ara. rio o menino Ronaldo de Jesus, Alderlco Costa. médico, Washlng- lllho do ar. BebutlAo de Araujo ton costa e Joaquim Puget, !un- Pinho, contador, exercendo attvt· ctonárlos de categorla da Pre!et- dade no alto comércio de Belém, tura M:un1clpal de Belém, não e de sua espõg.!l, sra. d. Lucla lnltarAo .. fellcltaç6es de aeus Martim Varela Pinho. p;uentes e pessõaa amfgas. O casal, comemorando o aeoQ.- Srta. DOLLY ABENSUR _ A tectmento, recepcionará as pes– clemerlde de hoje regl,ta a paa- a6aa de suas relações de amizade. .!..'lgem do antvenárlo natatlc.to Ronaldo está Ji recebendo os p:i.– d'\ arta. Dolly Abensur, fllha da rabens de aeus tnúmerncs amJ– u a. AlJce Abensur, vtõva do ar. guJnhos. J~ Abcnsur. NASCIMENTOS Ao comemorar o evento, a na- MARIA DAS GRAÇAS tallclante há de receber, por ce::-- Acha-se enrtquectdo o lar do ar ~ . do &eu largo clrculo de am1- Pauatlno Pimenta, chefe da sec– tades, u relicitações que a data çlo de lmpres.,ão deste matutJ- J"'J;1lcaw AdrER TAVARES DA ~U:unt ~~.:•~".n/;: :o~~ COSTA - Transcorre nesta da- nucimento de Marta das Graçu, ~aí'te~~~ ~:i:.~u~: : 0 % ~1.ªi ~~!:à.ºªc~~~~~f1~ ~ ,,.óDEIIIIO . ,. __ .,, ~ s~u•~ ' CAHTIFLAS ~OS t,~IIETIIROS• (}RANo, , PROGíllU.1a - - COMEMORATIVO,, ArfM • DE11rr1S ER.tPAN • MOR6A . efot1i~~4 Lld1a, de Joelhos. com as duns ma.os , procurava erguer n cabeça ensanguentada de M:ircelo. Algu· :n.::i. cc~~:i. nascin., um sl?nLlmentv nlnd:1 nml d~tm:~o ao m&mo tempo doe~ e dot:.roSO. " til per· Ucndo 1.:1ngue. multo c;rngue". cm o .u:u ponto. Suas mu:..:1 gc ensin· ...u:nt~\·o.m t:imlJcm. Teve, l)OrC1r. ou:? r"'.'cuar o r03to; um:i cob:i zu· .11:-a r:.:1 M;.i:1 fre.1te, p:i..::snvo. ra-:• ' r,.::..nc:o. Viu e :tt.lo, o Idiota. cntrin· 1 ci1.tro.{:::> ntr" cfo um tronco aba· ~!d~. nt.lr :mdo pedra:. sobre pedro.si 1 I=:~.o.::p(.r3v.!.·s~. ':º ~c.u deseJ~. de L r.r C3 olhos ac .. t::rcPlCJ. Ele \:ti m~ b.!ter·•. PC0'.3\'0., E BQU11tJ .!é. era um:1 vlnan.nç :1 per o.nte· clp.:.('â:J. Pcrccbln con!LL!nmcntr Q\!.? ~e o rn:lt.:?.~e. tarcelo não per dc.;;La C=iAthl"•IO. Pegou urna pe· \lr:i. m:1lor. Lldln gritou Sem qut-· r...-, 1rr um Instinto poc1-r050 ceh m.:~ma não sabia parque se expu· nha n!':-i:nl, colocou·se na f:-en· te, tapou com o !C'J o corpo de Marctlo. - N.io fnc;a l::.s:! - orjenou - · Nilo ro.ça Isso! O pobre dl:ibo. lá onde estava, ~ esp:in ou, vacll:mdo. Lldln qut5 proteger melhor Ma.rcclo: pou.,ou a cabeça do rapaz no proprto co• lo. Veto outra pedra. nb:ilxou-~ raplda. Quase• quase fora atlngtdn. Quis dornln:i·lo, i:~r cnergtcn: - Venha cA, Jorge! J orge. ve· nha câl • EJi! npola.vn os duna mãos no <:h~o. erguia '> 1 u~to. e,!llBndo. a boc:1 ma!1 to•r dn. C, sem que U– dia pudes.se prever, at1.:ou outra HOJE t;ltlmo clb! A's U e t5 20 hora,! 1 Ladt1. no \·l.::-oroeo dr:ima dc- avent~.uaa 8 00 O MAN 1 1'0 T E NEDRO S O L I B A N E S E S ~."'ºc"~':.~.:1:":o":.:::"~ DO CEDRO E PORTC CLt'IlE, A' PllAÇA D IIUCBLICA,. DECLARAÇÃO COMERCIAL Declan.mc» àa Repartições PubJJcu :Pedera.11. EaladUÀLI • ao Comtro.lo em <;1eral, e a quem ma~lnt.reuar ul)w qu.e, deede a de llS do corrente, det.sou de 1er noao pnctsta a ar MAMOBL CAJn: e que, desta data em < 111.nt. , n&o no, naponabllla.zDOI por ~ dldoa ou dl.nhdro. alndã que corn n-c1bo ulado em. papel ura.,,._ oca.a firma, aeJ1un apreaentAdoa p.lo referido MDbor SANTOS & CIA. - Rua o· de Almttc!a, D. 115-t.• udar - ...... Oferta d -- GRANDE ESTllElA1 - - LAURA SUAREZ 1 SILVA FILHO CLAUDIO NOELT OMalandro COM AS 1'1ELUOUE8 MUSICAS DOS MZLHOREII COMPOBITOUI NACIOll&lll 8omenle hoJe: Somente boJt! 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Ela !entlu uma der no om· bro; l\menc;ou. dese!tpc.rnda.: - Você vai ver, Jorge! o idiota pnrece;.i e5pnnt:1d:. d > que ele mesmo !!zera. Sattcu. vcl'J de rasto~. lndccl5o. Tinhn mcc1o de que Lldla lhe batesse. Perdi:-r:\ r\ agre~lvldndr; e te :iproxlmou dr, Lldla. num !'nlto lnC!l)erndo. abra· r.~u rui; perna! d:i moÇa. que tcn· tou libertar-se. <Ela &entla. noJc,. qun.~c um:i m\usc31 E- n.o mctn;1n t:.mpo contcmpL'lvn Marcel, que a· trla. o;, olho!!, para technr de n::.– \'O, fractJ de mal-i. O l:Hota chc.· r.:.u, pens:indo que :am dor nel~ Sobretudo era o terror da morte. n medo dC morre. Lldtn chnmavo. :\fa::-celo. S.1cudln·o prrilimdo que tlh·c1. rnorrcs.."c n"Js scw br3.ç:): Sun blu.sn su_1orn•te de ~angue. - Vamo.1 leva-to. Venha.- Jor· r,e ! . Qul! er(::'.UC·lo: cx:isp:irou•~ P"~ · riuc ele ni-:> tlcnvn de pt', e p:>rque 1.::1 cabcç:1 tombava. pcnJII. com n de um morto. Seu.'I cabelo ena· vnm colados, cndurecldo!i peb Dn '!11:!. o corpo de Mnrcel::, era pr– ":tdo de mn!.!. M . nlnd:1 a::sim reuniu t:dns as r.un. , forças e. ct'!m 1 ajudo do ldlot:i, conseguiu b\·a· to. Duvldllva de fi mC!ma, da J)':'!.· !:.lbtlldadr. de arrMta-lo nt6 anel,. queria. E o pior, olndn, crn o seu medo do mochnca-10. Prccls:i.va tl'r cuidado. Est:\\"n c!Quecldn de 1 mesmo: nt6 de Mnurlclo. Achnvn Marcelo forte. seu corpo ern sol!· do. pesado. ·•SCrá horrlvel, te rte morrer tó.~ moço ainda.!.. cii1ri~~~:~ c~o~~~jt P~~~: vl!llla da proprlo. tcrrn e das fron· O NOSSO FOLHETIM "Meu DestinoE' Pecar " Romance de SUZANA FLAG Direitos de reprodução reservados em todo o n mstJ pelos "DIA RIOS ÂSSOCIADO " de um:i grande humtdndc: as .icmbm.s se emendavam umna nas CJUlrh. - Chegamos - põde dizer LI· tola, por ftm, pauando u costo.1 C.:; mão na. testa. Estavam numa pequena cascata... Só o rumor da oiiuo. parecia traztt um certo frese.ar . Rugou um pc– do.ç.o da proprla blusa. aem hest· titio: e o entregou a~ Idiota: - Molha Isso a1! C com o pano cnsop:ido come· ~ u n J'.mpar o rc• to df' Marcelo. Llmplvn com c-xtrc.mo cuidado. o:iMnvn devagarinho, ob~orvlda Í,:1 sua t.arcfa. espremeu o pano sobre n cnbeça do ferido, com os dedos procurando ,eparar oa ca• belos col~dos pelo &ODIJUC: e multo de leve. pa.aaou no lugar aUna:ldo. O mund~ p:irecia ter acnbado. pa• rn rta, no. preocupação e-xctuatva de n6o magoa·lo. Em como se de– pendc.:;:t:! de seu, culdr.doa do qua estava fazendo naquele 1DOmento. a vida de Marcelo. E, para reanl– má-lo, molhou·Jhc na faces o a tes· ta. Do ladQ. tmovel e deslumbra• do, de olhos rtxoa na moça._ sem se sactar de ve·la eatava o pobre diabo. - Ele vai me bater - foi o la· menl<> do Idiota. Ma, ela nAo prestava atenção. Tudo, ali o proprlo ambiente, a pequena cascata. a agua tão Um· pa que ae via. o fundo a a:randc aombra. e o anenclo e.m tomo tudo a envolvia numa c.spccle de ter· oura., num mllteriMO encanto. As prcocupaçóel antlgrus. ~ memotia do., ao!Tlmentoa. dM lagrlmas do amor falhado, po..rcc:inm ficar Para trá.a, num pa.M4do obscuro que ac dlsaovla no tempo. Eslava tão dls· tralda que nllo o viu despertar. Ttnhn. os grandes olho., fixos nela. Gaguejou: - Quem foi qu1' me fez t.ao? - O que? A ~a do ldlota.l<>r~~u-se num esgar de choro e de medo. Ela teve pena do ln!ellz, tmprovtzou uma fragl) mentira quo ele o6 acellQu porque qWllquer eatorço (e raclo– cJnJo parecia n.umentn.r o aeu 1ofrl– mmto: - voe~ memto 6 que caiu. Ba– teu com a cabeça• aqut. E mo,tra va o lugar. Teve um tom d• carinho para adverti-lo. - Procure não t ~ m~~::. uslo:t você ae machuca. eurvo.vo~ ao para ele (estava com • cabeça de Marcelo no coto). O rapaz uplrava o seu hollto como um perfume: - Fot meamo v~ quem matou? - Não fale nlJao a ra. Depot, o gente ve. -Vcdf01te. - Não, não fujo. - Jurn? - Juro. Ferido. ensanguentado, a liU1\ ar– rognnela e vitalidade de jo,·•m barbmro. desesperada. Entregava– se a cb, abandonava-se. Era como ~:iou~o gre~?tL:e~la~;: :~~: a sua vida, nas mA01 de L1dla. - Eu la matando v<>d. seus rOtil,Oft cstavrun proxlmos não prcclJ.avam oU.erar o ,·oz. Fa· lavam baixo. quase que em XCl'l'C· do. sentindo um catranho o por– turbador encanto naQucle dialo– go n me.la voz. Fazia-se entre tll!I uma •ublta Intimidade. nbsolutn– mcnte l105lon, tanto mnla que, pou- co~"J'f~e ~:;:r~· Ele não aabla, nem pcnaou nls- 10, quando respondeu: - Nlla. E acrescentou, vario: - Daqui a pouoo. Ela, com mull<> Jell<>, a catseça ô , M:irrelo com da _P~f! 1 ~:18t:5::? Para - Precla.n. s.lm 1 P.ra lntran:•igtnte. na ~ ~a<lt de ntcrmelra. 113 que la tlzeasc, sentido \'11 bro ele uma sra.o chava <a olhoe: e mal<>u Oulda ". E repetia Oulda". espantan– Ua o ooração vulo. ao teu tado: uzu E' por lsao ". - E agora? - peflUD bruacame.nte. - A~ora o que? - Maurlelo? Exclnmou com lação: - Mau.rido, cio!. .. Foi melira. ~nua.alva - Ndo lt!D naslm. mtm? -Nlol - EntAo vou me - Vâl Ear,erel Levantou-a , qull ajuda-lo, cem nlo "" r1rmaase I fq& 1 pantod11,, viu-o .,._. e npootar na dlnolo to: - Você quue 1111 balbuciou ele, ln<ez1o pb, n vista melo t av.orn vai eomtao' - ot mo se falar lmpliell-"• ço._- B'9'alOl'teqj°

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