A Provincia do Pará 14 de Dezembro de 1947

Doll)ingo, 14 de Dezembro de 1947 A PROVtNC!A DO PARA - - ----- M UN D O I N F A N !N OSSOS COL ABORADO RE BIL\'IA. BATIA D2 PORTA F.\l POR .TA. PEDINDO AOS QUE Tl NUAM MAIS, PARA DAR AOS QUE TrNUAM • M ENOS (lla..rtrai;b de A. f'. 4m.ór: u} • SILVIA, ·A L EGIONARIA SUYla, por aer uma Jovem mul– to llmpt.., sincero, metaa e de– Ucada para com todoa tornou-se multo eattmada e querida por to– doa oa moradores daquele Jop– reJo. Habitava uma choupana hu– mllde e reconhec!damenu pobre em companhia de ama lnnA e um velhinho Já alquebrado pelos anoa, que ert. o aeu querido avo– llnho. O velhinho concentrava a IUl grande amizade naquela neta, que ua toda a sua esperança.. pol3 que Slh1a tratava.o sempre oom o maxtmo de cartnho e ter– nura, ao contra.rio de sua. 1rml que er& muito orgulhosa. e que ~fri~1e!1:00par~ t~carQ~ee n:: IDr'via;~~ºi~a:: ~:.F bef=. , não ac oonrormava aamente com e, obra do Criador, utJ!Jlando to– doa os recut'901 paza tomar-se cada vez mais bela. Perdia nesse trab alho, hora• • boru e U ve– z.ee chegava a ter mesmo 1nveJ:1 de a ua 1nni porque era tão at1.. mada. Porem ela n&o aabla que BUvla poaaula o mata nobre t.uowo que ae pode J>0$5ulr na Terra: a bele– za espirltual, os aenttmentos 111· blJmM e an,ndloaos de aeu bon– do!O e aincero ooração. U m cer te da., JII. de noite 811- vta ent.ra no quarto do eua irm,., encontranclo-t. at.arelada no pro- f:~ d:u!°l~~:18J:to:~~ e que ae cfetuuta na.quela nott.e. Sllvla aproxlmou... e dbse-!he com voz muito terna: .. Mana. acho que nlo devea comparecer :m retf:'1:éJ':~J~!. TOVõ arde -ai? deixar de !r a .... baile que me cauaou tantu nottu de ln&Onla para tare tantos pro– jetos. e aaora ver tudo desmoro- ~:'ei"°6bf~. diiq~~ ..,:,ir~~ tando dele em vez de tr a UI& reun.llo quo l'OCê senu,rc val: a tal da Juventude. se quezem tor· nar·te aanta. aeJas. porem os teu.s ocnselho> para mim do tnulAO!o ~1'~1 o sii~. er~ufu~~ 8 tr~ªre pensa.uva. Yot a uma Janela que dava para o lmeoao quintal, re– pleto de--rron(losas arvores e dall podendo contemplar o manto azul txmiado de estrelas t.rana– portou &eu esplrito aoa par11m01 celestes. pedindo a. J esu,, em fer- ;;Jr:'8: ~ 00 sa;\'g! ~º':u •~:i:: trodo a,·O&lnbo. Depole dlr!1lndo :ia1e~~~~:.,;,~nt: cm voz multo baixa a cançt.o da alegna crbl.ã. aentlndo naquele !nat.anlA! que u bençloa de Je sus estavam aendo derramada■ em aeu· coração dando mala H, ~ ~~ia: :ii:.•e~.r~r:. ~~~ tanto neceMitavam do ,,u am paro, da 1ua protcçl.o. Alta hora da noite volt.a a !nnl da festa em companbla de algumas ami· 111. Patlgada e insatisfeita per nl.o ter corrtdo a !esta como ern de seu desejo, baatou uma pala– vra. da 1rmA para que ela aspe– r&mente lhe Jora,sse em rosto tu· do que anua: - E' J)l' eci.so que aalbu, agora, S!!vla o que hl\ muito queria dizer-te: Tenh:> ver· gonha de U, da rellg!Ao que pro– f e.ssar, de tudo. Odeio a Juven· tu<Je de que tanto ftlla!I. Precisa.!. aaber que o dl& em que me en· oont.rarea e tõ de sacola ao om· bro batendo de porta em porta, nrsse dtn. ~ lnutn ralares coml,ro poli serei capaz at.6 de negar·te um bom-d.Ja, pcLs !1:nto verJonhn de U perani,, meu. conh,c!dos. Nlo tenho rellgllo. E' que 8Jlv1a ae.mpre voltada para ª• coisas esplrltual.s tinha afaatado de 11 t.od.o o sentimento de vaidade. E depol.s de ur rle– ab,.tado o eeu coração cheio ::l.e senumentos lml)Urol!I. calou-se ~s· puando de sua 1nnA palavras tão tnuteJ.s e maldoaa.a como as suu . Ah, mu como enp.nou·ae pol.s que em n 1 da fWonomla de Slt• via transformar-se d.Jante daquela aft.rmaUvn tio áspera, lo! que Bll· •a. ao . cool.rar!o COl.'l toda IA!r– nura, aeus olhos brtlhaaltes de !6 e compalxão por aquela jovem que nlo tr1lhava o camJnho do bem e .da lellcldadc, dl!sc-lhe: - An~, de tudo . querida trm&, ~~ q::r; je.sª~ ~~sl~ tambem pa ra to da., as Jovem: • Sê dellcndn.,, 1>3ra com todos; quer ae trate de emlgos oomo !nt- t \:ica~:r:r:: o~m!~fe:,re:: tralrà slmpattas e amizades J)8rR u. -~ sempre a.lacera•. A slnce– rJda.de 6 um doa sentimento, mais ,ub!!mes. •:oevu 5er bondosa., e alnce· ~ente com a.a cria uras ln!e- •Nunca te con&lderes lnfeUi". Orgulho : 1 . ·cm1: ll(LEVA COBE1 1 - lt!ade: 11 •n"s - Aluno. : 1jj da qunrta atnn dt') oru,o Es· J 1 cot,u J c:ac! Vcrlsslmo. 1 O meu lndomavel oraulho é A :ilma de minha vida; ele ó mnls rorlc que umCl rochn e m2ls Pode· , roso que um rei. E' rli:tido dcm:11.s : para o seu tempo o eatl\ colocado , ri:, nlto QU!" nem mesmo o. Inveja .ol o atlnae. Não reconheço outra lei 1 ru'io a sua lei. O sofrimento pode __, !'tocar·me que 11aberel enfrcnt.o.· \ lo ?Sem nuc nunon. evite nem dele 7 '.;1~.. r~,~~Q :~ ~~~rer o que quero - Em vlo o ódlo, pode espe:-ar co· .... mJ !Glorio um:1. p:ila.vrn de minha .--- 1 f'rnquem, um grilo de mlnhn co– :...,.;;::::.;.;;_;....;;;,=...:•·:;1 lcrÓ. que partê de tio bft.m Mio -J l p~i~ç~rc ~ rrt~on~t;;r.() meu • o PASSt\ltO ESQUISITO" - De.enho de 0dln lo:t TerH:i (' lcl::> Td- I !orrlso tem por ncmc DcadPm. º xeira - 1Z anos - ' ·" 1trJc do Grupo i2,lcolar ",1016 Vi:rl11lmo". meu silencio - Desore10, Mi !a 0 re b da A rte O TEIU' ~ O JABO AS CELEDJl.ES PJJtA~llDCS DO EGITO - Du c,nho de Arlindo Salomlo uarro1 - n.enevldes - B.I' .n •. o ~ EVA.LDO DA .-sn NA· -Irai ato lâ · rit.a.nto que BRJTO. 0016&:to . S. ele me leve rruttade do c ami.D ho Na 7 .aré. Quarto a.no p:lr. · tos . porque tou c.om a .. rio. Idade: 11 snos. beça "' t que r. lo pos,o - Em tempoe pusa doe. a rn1-... um f."-"O. ~:d:ng.l'Qu~~~ us;:1~~1,-!t~~: rx;- ~ ~~m~ :f~WÍ:U. fa: rn com ela casar-te. C:a cn d3. uni on~. E hAVb dt,·tr:,o:;: o 001, o 00-· - ~ l cJr..ro - conco:doll O lho o o mnc:,.co. mn! en:.re OI Jabot! - ~ vot~ h6 da d9la% quab unnbem t!tavun o Jo.:X,tt cu bo:.ar o num "'caQ.ulnbo• da e o IAOJQ. ,ela. /porque a,m levar .._ 1 Por qual dos dois &e decldL-á~ ro154. , arrtsc::uSo a catr no ~ Cada. qual dele, mo:trav:t.·a.e rrJnho•. II - O tnocto conhecido vul– gorment,o por piolho de urubtl ,1,·e enterrado na poeira e ondo ele estiver 6 oonhecldo, pola a mo– roda tem a rorma conJea. e para que se veja &0pra--se tantamente rundo do cone. e quando ele ao 1enUr a vcnWação desenterra--ae e aal andando para t.rás. e nunca para frente: quer dlur que êue !Meto representa o atraao e o c alporlamo. S!u& caracterllt.lco1: l cent.lmet.ro de comprimento em r c..rma to ovol . orta abaulada e ru· aosa e da cor da t.errn: tem 11 pele real.stente, um tanto ela&· tlca. Se t.tvesae una 3C centtme· Lros. a pele rerir~ umo du me– lhores para fabricação de caloa– dos, mola qu~m o ususc J>()d.b dizer: •sou azarento. e o caipo– rismo me perse;ue". ONDE GERA O NA Rl·NARI m - o nor1· na.rt gera-se no ~v:b~ g~~1!0:·eJraten:1~ perf!cle da !ama, no wmpo de- ~ \.enD.inado vem à tana df.i\la eo– vottido em uma capa ftextvel e transparente, " qunl deixa ca!T co eapaço, de uma altura de l a 3 metros e quando Hvre d .. tJlV0lucrg voeJa, • • JIOIWI QA- nuils sincero e os,1111:on::do, fB· O t.clu C!trliou com a ,..... ::cndo tudo que era poS?Jvel p:,.rn ta: 0 .sar•ac com a mo:lnt4 onç:i. - •Nlo que cu nAó 1011 eaftlOI A dlrtculdadc cst3vn n:i uco· OUvtu? lha. Sabendo ela nrctc~ç:;o ~.o Uns o Jabotl delsDu PMIIII' a tchi. o jabot1 rc10lvc'.l tfcsta~lo rang e fXJ)lloou que nlo litftllt de o oncorr e::ch1 .. C13nvc:-,u1nrto a lnttnçio de molelta•IO. ~ um dia em cn.sn d!l onç:... 61&~ o via,e.m era k>nra e ele Dio que o IAOJ1l n lo n lla, aenlo para ..,nt!rla bem ,em levar - lhe servir à.s vezes de cavalo la. A !ntormaçAo cio J abotl cheeou at.t!- aos ouvldo.s do te.lô, seu rt· vol. E o tehl !oi-se para • cua a.a onça prometc.ndo q ue lrla b ulcar o Jabot!. para sova-lo ali à vl.sb de todos. E saiu. O JabotJ alegre da vida, eat.a\·a i. porta de AUA cua, tocando umf\ \-ioltnha para dclxar passar o IA!mpo. E rol ass1/n que av!&tou ao tonae o seu rival, correndo m~to deprtsaa oomo um louco; viu -a sJLuação e !oi-se p1U11 den– tro. amnrrnndo um 1 en ço na ra· bc-ça como se ~ tives.se mal O IA!!O chegou l port.& da cua do Jaboti, CODY!dando-o va– rtl dar um pa.,.,elo à caaa da on· ço, com llt. -Nlo poao - rupoo<leu o JaboU li de dentro, oem uma YOZ tremula de fuer dó. - VeJ só em que estado \-'OC~ me cn· OC'lntre. de doença. ~ '/!l'a, m~~~ d~r· garnu– ~à~~º Q~ J~=~ J:~ dos. E queria cumprir a prome.s- "'· O um~ acabou Ud ndo. XC .:_~~~O: ln~~t>JcJ~tl Surrtu nova oontenda. qlll t'abou com o v1torta do cm por a .. br1d ,. DO tel6; tudo arrumado, !oram <>a caminho. Iaso tudo que o de.lxava o Jabott rurr, era :cn~ g:ra ~:~r ~ suada dol. Quando <>1 dolJ; e&tavam ds, cua da amJp onça. o dlsie ao Jabot! que MltuR. Nlr que esuvem bem ptrto - a ca_ da onça - Mas. dlae o Jebot!: !< até t. caaa da a,n!p onca, eu nlo J)OSIO dar nenhum _.. "\ •:J;. outra dllcu.u&o. Sempre .. iava o Jabotl - do; e o tclõ teve d• !evi-lc>– Ponun conUnuando a !=: quando o Jabot! d! ·,e : • noiva. deve eJtar, oom certea porta de 1\11 eu& e,)lfflUldo– me. " O U11l ouvindo ._ tnu, - meçou a dizer, que a notn era rua: e t'Sta va com ralva do Ja• bol1. por dizer t ua !rase: - Por 1&so lnslat.lu, inslsUu . Ent.lo o JaboU aprovottou deixa e propoa: a &emJJl'e fornm continuando \.-i a,em. PATO DONA.LO - ltlrat Pena desprezada Hl!:NJAMIM GOMES PRES'lT.B .~:t::o.~ q~-~~~ r:::oi:-~'1 :t!~ ~~e~d~u~:1" :cf:To' n~ ::~ d1t:i:me~ d.~1'ini1:: P.os nossos pa.t.g. lrmlol. eaJ)O tub os e a<>s moll parenta, que eoglobadamente forma o tudo • hnaacm da dor e da 1&uda(le qu.o l!C&IDOI .. ntlndo, pelo abalo t,rua. oo que ae recebe, e 110 verter-se u lasrtmu at.ravM da in«mao!a– ve! aeparaçlo o Uma, que dll. dei· can90 à alma Jl aueenle. E nõo Ucamoo 1U.1p!rando na l!mbr!a dolorosa, oem u carlc!u do ente morto. llebemoa que o noaao oorpo, tom.a,·ee c.m nada ~\ º.. f!a~ ~urV~f!it"3a!."r: Llo nat.lira!, mas não hA poulbl !Idade de contormaçlo, quando perdemos um - querido. Pol peusando nu surpruu pungen· ~ ó. 9~;C:~:i~.cn~ae~~:1d~ orei.ada. candeia-se r."l Ju1 da t ,-_ :•:,:.. ·' çõu e da, habltat6e, ~, lllor:,l (101 rios. Qu:m do o• , ,.,....;.. -.u1• Quando o JaboU e • eu estavam à frente da cua da amiga onça: a noiva os a o 1tlú ,ervtndo de cova!o para Jobotl. enUio ela dia>,. que Ae ca.urta oom ele, por aer to\3; Jabo'.! tar-, m ralou· aqui minha n~lva. cu dlAe o IA!lt! "·· ' 11,. n1o 1UVlr, ~ v ; • IJ r::r.valo mim, nlo 1-it? - T'ot I o m :.1 ... meu rc~f.;:, 8 0 ºf."~~ aa!u j1lbU11 vitoria.. e o 'lehi mAo ao JaboU por para aer noivo da onclnha. A lllrr& prometida pelo foi HI&. Nunca devemo, prometer cóuaaa, aem lnlA!nçOca de ttr. ODILUVIO (eolaboração de SILVJ:ISTRE PALO XEJRA, aluno da rio do Grupo Verlsl!mo) - Idade orereoldo a aua AURELIA V. DA Declinava o dia -JA <» tocoa do aol clntllavam nu ~a~: :::.;:.;.: ao ubat marf. U. ao lo~•. no • 01 raloa do ao! brilhavam - ardente,. A acua panela unlr-se ao Do navio d!vt.lan-oe um ot~-u~a!e~ªiurv1u um do de catrcla•. :Em a noite. A cscur!dlo d"""1a. De voa quando p!rllempoa pauavall) convé& do naYlo. De repeu CllllU Invadem as calddraa. bem. Vlo subindo. OheKaDI mastro e. . . o navio dc,a E' o dUuvJo. Hora.a mal1 tarde, as cwam. Não ha.,·la nada n-, no. O navio dc;aparr.. - , ~d? c■m aa corrcnt,-_s verthfln? ..,.., e V - E a con m !:1Ji.~~~ 0~ 8=tl:'"rc~I~: !~!:ta~ae aea O h~~f~fa. rem-se &OS camarota, e !){"la ma- do ca 1:-, 1- obrigo.do nhã seguinte o conv61 e~t Acm· 01I atnt,,1 , • ciw ~rrc?°rep=~n~ de~~~~: ra~~ :C,':t!•, ~~~• fim. n~r de quanUdade de ob\1101 que dtl• morder, ~ - 1 11lu.n xam. quando em contacto com \:.., ra, -foi ur.u vez corpo eltranho. NA.o aet exollcar m2t. ·•. que morreu oomo podem proertrttr no fundo ct.i:mrtn desca,o à, pac. do rto, r ~3 c:;r~:: de paplk>I ao f"' oble?Vado ~~• ~~r~'\'1~~"rar.: '.:'I~~ ~~cr."re •~~ ~ld;u~ nades. A época da aparição 6 de que nlo vc o cul ngosto 11 outubro, e só alem dP.- terrar u tKJJl s dn-. sua daJ 17 Ls JS noras. tum, para calvar a o QUE DIZEM DAS AR.ARAS! nino. que morm.1 l IV - Euu deixam de comP'r frut.as, para comerem morcct ~:;n~ o:~~:::ie~~~ ~~ ~ 10 tol ob.wrvado peli:> pap:it. 111, alto rio Machado, Junto ao bar- ~~0'ce° n~: ~:i- oaf!~:~ !~ eatn.do caterll, e tKlbre seus re· aJsten te1 a:alh oa as e.raras reu· nJam•Ae pe.ln manhã e à tarde• em contlnuo ala.tido. o que fazia dcaoonrtar-se terem :Mlhoa cres· cldos, e porl.&eo J)flpRI resolveu mandar derrlba·lo, mu ante-, da arvore tombar papal nr tou r,ran· de quantidade de morcegaft mor– tos, Já em aecoffll>()S!çúo. Quan· do a arvore caiu, qual foi a aur· pre.sD1? Ver morcea03 Jorcm dunoretadoa, • aulm m mo o pesso• l matou 11111a de 200. o 1 o.mm Q.Uc antes foi nb!ltld.t n• o podc ran\ comer. por ter o bO mi.turodo com a caUnp t!Ú<ll>– Uva do ' º""'trca.

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