A Provincia do Pará 31 de Agosto de 1947

.. j A Américà Como ela I e Regina PESCE (? f.ra A PROVINCIA DO PA&A ') XVI .New York, Junho de 194~ Deixamos Washin~n cedl- ~~~tFm~~- d;."°.,l!p~ta~g~~~ tado de Maryland eatava dea– pertando pera um novo dia de trabalho e. ao atravesaar ,nas ruu, notamo, ainda aquela cal– ma ao110lenta que logo ,se d~– V)ltlecerta. Sem nos detennoa, rumamos para Wllmlngton, 110 Ji!atado de Delaware. Este, é o ~r.:: '1"" ~:r,;.~• ~=º~ e n t r a n d o cm Pennaylva.nJa. Pa.aanmos algumaa horaa em Phlladelphla, sua cidade mata !mpo=nte, vWtando-lhe oa Iu– pres de interea,se. E, aflr.al, após deixar µara traz IOdoa ea– lSel Estadoe, New Jersey tam– ~ foi ,se dlatanctando e New York nos apareceu .• • âcnbea de rez na cabeça - todos J)a!!O..rr., 1.mpe.rttrrbávtls. n,lll14 verdadeira felra ambulante ... Para IOdoa. i a crande opor– tu.,Jda1e. E t<ldoa vivem n,11·11:1 !úr'.a, tentendo vencer atr~-,~ do• outro• mllh6e,, que ta:n– bém correm, e ae enplllnh.:lm, • J,itam .. . .Hannatta.n ~ o centro dr.J:.6C mund~,. Onde. hi as loj&3 e?e– ga.,tea, ,,. avenidas IIJ'anfluaa, os CIDt'mtu luxw;soa, °" "'nlgbt– clubea" ramoaoo. Onde há, tam– bém, balrroa pobr... !'W'las Imundas, prédloa-eortlçoa, onde há o caes l)erlgo:so .. . C=,cemos. porém, pelo cen– t.Jo ondo tudo i luxo e beJ,,...JL . .t• nesta parte que a s.• Ave– nida - a célebre 5.• Avenlda - tel:1 suas loJaa mala ••mooa., e as bela• vltr1n.. ,e dea'1!1am •m l)(U'ad,u de bom goato. .. e p•e– çoa altoa. &1'1, embriagando oa ~lhos du mulher.. e dltando- o I T o P A a I M 1 A s Notas de um constante leitor • Koestler e SAO PAULO, aguto. - O ro– mance tomou .:arpo nu século passado, Jusuunente quando o romance conqutstava, na ltte– raratura, o seu malor preotlglo. ~~r d~to mi:':°;.~~~~ pio, nlo mostrava qualldales. próprias. Adquerlou-as, prlncl– pelmente. com o: romancea de ll,a,tac e, depolo, com Zula. Porem. em n=ssos dias, em virtude de ter 11 polltlca tudo c<>ntamln&do. i que ele veto to– mar um IU(IIJ' na linha da fren– te da.s preocupaçGes lltenlrlas. Nlo oabemos . pensar e sentir agora senAo poUUcament~. E com 15s:> o romance se tornR no gene.-o submeUdo. &e não ~tence l v da ou ao mundo, :'dt'a a ;:ta:i~?.°c!, ~~ nlo podemo, falar, com<> :,o tempo de Tolstoi, em uma es– t.!Uca do romance ma:; quando multo, numa uttlàação estlt'.– ca da polltlca ou. com mala a– certo. numa utill.zação polltlca da e.st .!ttca. o Romanc~ Político Candido MOTA FILHO (Copyrjab\ doo ' DUnoa ANoctadca") clJoa polltJooa e pela tortura nu oonac.tenclas =penetradas Zll– te que é inqavelmente ,seu :i.e– lhor livro. pela oua feitura am1- ples e e,quematlca, pela Ili& ter– rlvel capacidade de penet.raç.;o 6 como que uma fua6o de umà reportagem e um dlarto. No ro– mance hi duM ,oaea, uma a do autor, outru da l)eraonasem A's vezes, amba& ae. conJ'undun para servirem à autmcldade. li:, 00dlO - ~ r~erª ntll~ 6 oirr:a= aenlo colocar l)t'Oblemaa oolln problemas. A, 16-lo nos emo- ==--~~D<"ll'3,:.rptt,. tlco das l)l'Ofwldezas. Um 1 co que pulou para rora lógica de uma concel)Çlo l)OJI ~ ca, que IO d.la rlaOrOe&ffleD\11 clenttr(ca. Nestas pa~ ,._ tio os problemas do coletivo • do lndlVldual. Naquelu, da li• do e d, lntttnto, naquelu OQ• teu da nat.ur01a e da hlsll>rla ou ainda doa Talares humanos. d& dlgnldalle e da utllldade, da honra e da Ol)Ortunldade do ln-· t-eresse e do dcalnte.r~,. E doe mln•ndo tudo. " revolta do lia•. mano contra c:ao estailo de oots:,,s que oferece, e:n nouo ... .cwo, um mundo cruel e en~- decldo, onde, por toda como na cela de Roubacho , a.– aapareceu o crl!Mlo aara dia- ' tlngulr o Justo <lo ID,Juat.O, • aeruo da dl(lnldade humana. Confesaamoe que uma aema– ~ estranba Ili apOderou de nós, ao avi.tannot; a famosa "'al<y– llne ", Ià adiante, tal como noe poatafa que tantas vezes namo– ramos 1... Os ll'&ndea prédbl que, de longe, pareciam agru– pados num só bloco, estavam tluminadoa !,'elo sol poente e, aoo noaaoa olhos maravtlhadoe, pareciam pertencer a eaau ci– dades encantadaa doa llOIIOI contoa de criança ... ~:,k ª& ~!.. s:m:~ co~ outra.; John David, au11erl1ldo aos "i;entlemen" os tra.Jes rru.t.. :lcf:= A:r'!ia"ªd!· ~-~~~: Escultores Ingleses Hoje em dia, realment.e.hà uma literatura soviética. como Ili un,a literatura fasels:'.a ou nactonal-socJ&llst.a. O romance é um ~l)Orte a servt90 de uma lmen5a revolução social A,; fl(luras princJpala, COIDO ljoubachof, slo revoluctonartos perdidos na miséria re,·oluc ,_ narla. R.."Ubachor é o prlslonel– ro polltlco, cuja oonacJencla trabalha nos Ioo11os e nernr:– tes •Uencloe da v:da pre,Jdlar1a. A sua presença concent.ra os upecroo mais vivos da tnigedln de uma guerrt\ cll'll. Cem ~le. não ~ só a revolução deotruinGo a revolução, a nova guarda de– vora.udo a velha guarda.. cs fi– lhos se volt.ando cont.ra as p&l.s, mas a evocação doa crimes cal– cuiados. do.s cut.lgos moruu-uo– sos, dM torturas sêlvagem, ,,_s sevlclu avllt.antea, d.. inJUAtlças desprezadM, mas tambt!m, cbme uma vaga lembrança de 00$to lewsld, a blOll'afla <10, condena– dos polltlooa, - com as dlstrl– buJçOes caJcuiadas de terror e de esperança, doa esquecimen– tos proposttado.s ou du prapo– al tadas marchas dos l)elotões de ru111amento, ruendo paosar, de cela em cela, M noticias d&es– peradas... ,: Isso que se II. nAo • li Ptt– prlamente, mas ae .._ l)C?qUe llAo é a crlatio de um artista. a nudez forte da verdade atea• véa do manto dlarano da ran. t.&Sla. Mas o relato de um dra• ma. no qual tomamoa p&ne, l)CrQUe nós IOdOI torneJDI» par– tido. A linguagem llml)lda, a construção quase que clnemato– lf&[lca doa QUIJrO.S, meamo u medltaçOes e anrustlaa, tudo 11• ao decorre da capacidade que 1)0,\&uJ Koestler como l)enSlldor l)O!IUco de pasa&r para a flctlo aquilo que estA na re:illda,!e. Não que seJilmoa obrlao.dos <1 chegar até as conctuaõu ne KoesUer. Mu parad<xalm !:!.O oentlmentos que d etlvamenr.o existem bem perto de nÓI, "''" murdo absurdo que ele apre– oenta.. Mas New York està bem lon– ge de ser rantaal& : é a.ço e con– creto, é mod<mlamo, é prOflTes– so, é &MOmbro 1 Logo de inicio tomamo, co– nhecimento deua realidade pois, J)&J'& entrumoa na cidade, n,,a– ao carro pauou por um tunel i- o Bolland Tunnel - o qu&I, <'.Onstruldo sob o fUndo lodoso cfo •tJo Hudson, llga o Estado de Jj~w Jer1Sey t. Ilha de Manhat– litn. N&o delu de ,ser um tan- 14) emocionante, a primeira ves i ae J)&IS& por um dea,sea td– Iembrando que, sobre noa– cabeçu eatil um volume de tremendo, com navtoe a &n ar J)&r& um lado e outro 1 "'-'' ae tu uma pequena nq- d:, que é este mundo que chama New York, hasta én– e ea,se Holland Twuiel, o em 11127, aruar da rtúna que repreaenla, !oi pago mesmo ano, pela pequ,na QUO é 09brada a todo tar• quo o atraveaaa 1 Além deaae, hi o IJneoln Ti:n- i . no m..mo lado, e mala o eena-.Mldtown TUnnel, entre anb•ttan e Queena - todoe para automóveJa e todoa duploa - lato é, uma para cada IKlll– UOo, MllldO U duae J)tlrte., ln- i dente. uma da outra. m deaaea, h4 vf.rlo, outros, mente para oa trena •ubterrl– ..eoa - 01 cbamad01 " 1ubway1" - • para estradas do ferro. Na v,crdado, pont.., e túnola a J!rebl~ ltlalgnlllcanJ.ea, para 01 nóvalbrqtllnoa 1... " APÓII _t)lOCurarmoa um hotol, cplllá i1'!0 mUJto !<lcJJ ))Orl)lle ~llJ compre ..tão cbeloa ~ é preclao !aaer ruervaa de qllllr– tó, romoa dar wna .-.,JLa,i por IIIanh•ttan, analosoa para aclll– mar eola curiosidade crlad• l!e- 111 lmturae e Mumulada dli– r~a'nte anoe. Al)e2al' de ser aln- dla claro, !)Ois o sol, nuta , •1.l>Õe-ae de 8,30 t.a 0,00 ho– r i• ao notava certa calma e.r,n a!aumas ruaa e avenldo ! mo a o.• Avenida, que 6 o Ili: · W loJIIIJ elep.ntu. Na oadWay, todav!!, 7.• AvonJ– e DÃ célebre ·11JD.. Bqut.re !):~via tt,1 m,,vlmento qu~. aor: nr.do , 16mbramoa nooaoa dlu re– rllldos 1. . . A Rua 42, no quar– teJrlo entre a Times Bquar· e e.• Avenida, 6 a6 clnoma.s ÚJD PJ111&do ao outro, além dé pb– qucnbs bares. E noe.aoa olhos ao ~~l\!!llh a.saltados l)Or anunolos ,ur.-. osoa de toda cõr e eoJ)6- cle I FIias de terror. mu cõ– mlcas, de ml3tura com anuneloa de "cachorro-quent-e" 101Vcte llu'anJ•das. Mais adiante ~ Coca-Cola, acendendo e apaÍan– ito: del)Ola, um copo cheio de cervll,Ja "a melhor Jamais pro– vnda ": também um de68llbo nh\Jnado, propaganda de ou•ra c.er \'ll,Ja, Igualmente "melhor": aa próxltriM "premlêrea"; um el'l'.nde tcrmõmetro, ~uai r,Jó- 111~- mostrando a temperatura Jôçol; uma cara r1:sonhõ. de ra– paz fumando, déllclado wh •:cruntl" e o vapor de 4i!1a SJllndo de sua boca em "o•• t itã perfeitamente a fumaça cigarro. E "peanuta•· e ta de $Oda, e café. caindo' e.m. c<>Lu dentro de uma ohlc.'U'a enfim, um mundo de luz... Luzes que corriam, que plaea– vam, que lncendJavam, que cna.. vnm vida. •• Quand~t.tarde, nos recolhemos l tranquwdade do noa.,o quar– to, no 18. 0 andar, flc11,mos obser– ,,ardo da Janela o lnovtmento Ili embaixo, •em que chegaise n!Ji nós o baruiho daquele ror– mls:unento humano. Ali utnva New York : ali "ataJa ': capltal do Mundo L . • xvn 'New_ York, Julho de 1947 Descrev,,r New York torna-r;e e.~!-femamente dltlcll. . . Ht uma pa,avra para indicar 113 colass multo grand.. : !menu.. ~as lm.~n"'! ainda nlo diz tudo, op:.oac.a a New York. Tai\fJi em vez dt palavras de,•es.3e usar núme~o•. Cüras colossais pua dl.:er da altura de JSeU& arro.nba– céu.a, da densidade de sua l)Opu– Iat.ão, da loucura de tieU n, 0 _ vtmen•o. Porque New York de– cididamente, não 6 uma cldáde : é ~m pequeno mundo Um pe– queno mundo, dentro do qua, se reunlrom todas aa raças e to– daa as nacionalidades . Re!UgJa– ,doa. cmlgranteo, mlllonàrloe, tu– rb lno •- todos coovergem para New York . E, andando pelas 1111 • •uaa. h il. tanto tipo dl!e– rent,,e, tanta IJngua estranha, i qe a P<&SO& se sente num re– emoinho. . . Indianos de tur– ante e barba longa; chinesaa •e vestidos 11500, afogados, até t~~s; t~~';!~e• q".J: '~~:r!::! no chão, vegtlndo•se t:"-atamen– te como na Indla: ciganas em sé.los vistosas: membros ma,0- nlçQs ll.°'1 ~t~!~ ~ Q:i'l\jl§!Ws, trlck -· um POnto de tranttul– lldad~ em melo àquele J>orto– rlnho, serena na lmpoutr.cla de 11111, torres gótlcu. Exter~.>r– mente i uma lçeJa mUlto tn- g:1~=• ~e•~/~i&\'tui:e,~; coNtruçio. Por dentro, en•re– tanto, f multo aúnples, e a l"J:- ffi,. ~~J\ ~é ~ON=~::: i:~ ~ulo, tém, lndubltaveJmr_,.,te mnla oeleu Interior. Naa ouu UC4darlu, centenaa do pombos est4o, dlar!Amente, l eSl)f!ra do allme,,,to que multoa paaaantea lhé levam. tndo eles come-lo 'li• própr1&1 mloa dos doac o– NII. ~a Broadway e Rua 34, IX'U– ~o um quartelr&o inteiro, °" prN'!los de Ma<>y'a e Olmhfots, 1'.19fflé'I mundialmente conhccl– ct°', fervilham de povo, de 'lla– lll!ª à noite e, ao se entrar ~m 'l"' d e a a e a eatabeleclmen·,01, tem-se a lmpread.o de que ~u .., mulhere, aalram a ra– ~ compras I Neaau caaas, en– ~~t.,a-ae de tudo : imra ve..Ur ~--; Mnhora, ou um homt m; ! •~: pr~~ ~':a c•:.a~; lu verdaoeir.1 e •antaala: r!nquedoa; artlsoa fot,;grtrJ,:oa, el~trlcoa, para "1114quJlla~e". cUscoe. ci,arrclr11S, doct1 - tn– !lm, o que ,e lmastn.-r . °'1da • ndar é 11m11 loJa eap,cu,llzada tm determinado nwnn:o de a,– !IJ~· Nestes esta ,JecJmentr>a, Vor1r, •~o ~':,l';.éd: ".,1.~ ton", ou aeJa, "escada. elevado– rê.s •• lndubltavelmen e m a Ia .1>ràt.lca, que os elevac:o:r•• ro– muns, Ca estas levam o ))OVO l:t~~~." .!.:.~~t r:i~~ t,o mo.for nwnero de l)UIM1 . J!ecadaa de aparência !suai l e\• qualquer casa, aua dlferen– ~ eatil em que oe doerAua ae movimentam, conUnuamer,te havencto "eacal&tora" para au~ blr e outroa para d•~er . A ~- eem perder teml)O, aobe no de,n.u e, aem se cansar 6 Ihnda at6 onde ae d..tlÓa. Nesaea dols utahelectmento,. i re•lmente lntereaaante , er aque– la qu,nUdado do gen•t a no– ~lmentar-,se e a única !)Gusa que i.l!o~= eetad: aev:~:; J)Or ele, 1. •• MaJutoeo, c&bre, o Wokl~rr– A!tor1~ OCUI)~ um quartt1rlo !n– teL"O tla Park Avenue, a ave– nida :il>brta • srantln• de New York . Preferido l)eloa artlatn,, !tequertado pelas pe:sor.aU1a– de-1 mala destac,das, t 1rande bolei repoua~ solene, aureolado pela aua ramll, ,em "" preocu– par com oa dutJnoa ,1~e a 1 i-a– vraaam ,seus brgos port.ats . .. ()g melhor,s hotets, aliá.a, ,.._ tio 1ltuados nesta !)arte <Is\ cidade, prlnoJpaimente na face sul do Central Park. n:.te ,,.,_ q'ue, ~ltuado no centr, da J'hn Manhattan, :x:upa um~ àrea cue vae da Rua &8 at6 à JI0, es– tando llmllado, de eat• a oegte, r.!~~ 1-~1: a':. fi:.-~\ A~~•~ população de sete e melo mUhõea de peS&OGa, exli;indo CS· paço, i realmente not.v<-1 ~uc narqu(..5 Imersos com" és.se , o Pelha:n &y, em Broru·. o Prca– pect. -:m Brooklln, e out.roa. ~,– Ja.m cc.nurvadoa.. p&ra que 1,,u– rl!!quem o ar da cld•de e - vam de recreio par:. o povo . Slmplecmente. 011 prédios aobem, 5Gbrm cada ·ez maUi . De \'ez em qu.sndo, di-se com um quar– teirão fechado ao trt.nslto, •sn– <lo•se a taboleta : "Rua p.1ru br1nca.r ·• . Sãn ruu a.a quais. 'Jm d!a na semana. flca.m entn– gues li gurloada all 1c•lde;,te a qua:. à falta de qul toes, r.m assim um lugar p•rn Jogar ooln, , psru ,.,,rrer, l)llra dlverttr-ae. rntlm. sem Ee preocupar rom automóveis . Mui!•• coloas eatranilas Jil. te– mM vt~o ncata clda.de 1 • • • Wm– br-;m0c: alndti o capamo de um prçon em Mlaml, quando umn Jo,·cm lhe ped.Ju, com~ te!re;co, ouco de tomate misturado com caldo de ab3caxf. • MU a• iuJ, na~a mats eopnnta, depolo "uc vimos um .senhor comei· me– lancia com azeite, ocm fala: no u:so de muitos. que gos.am '1es- ;:i~Lt6u coa1:;u~~ !et~~~ru1~ todo tatuodo qu•, fazendo duas tntnct.,has em su!l b&rba, pr, n– deu-as com grampos, noa caLe– lo,"t; ou. alnda, &Q.Uela aenhorn que calmamente. estava pa.str· ~~~- us.!':id!'.:ºJ~ u~et~~! letrinha e correia Iguais ào dos cães I O cumulo do. extravc– gânola entretanto, tivemo-la. sem dllvl.da , num anúncio de Jo•nnl onde o propr:ttàrlo d<' um rr.otaurante Japonêo ra:fa prop:,,aanda do •eu est,abe!rcl– mento Não temoa nada contra. a co""-da Japor.•sa, olvc,. Po– rém, levan o em conta uma guer ra que nio est#. de toào esque– cida, com multas e mnltoa mi– lhares de morto1 e mutilados, tal rato deixa de ••r uma ,x– trovagàncla, para ser, antes, m,1, uma grande prova da de– mocr1cla deste povo . .. y.;"z:1'.' é a Babel cha.!!!ada New "' Por William GIBSON (Tradu-'° de MARlO PAO8TINO. pa.n A PROVl'.NCIA 00 PARA") Dois doa prlnclpala f'SCultorea e a rdação entre oa vulol cria- ~urala. sua eecolha de lmagena Ingleses da moderna gersção, doa dentro do ob••to (Vide cvocauvaa. Tal pràt!ca tem aua M.'as Barbara Repworth e Mr . foto POr aquelas interceções de ruão. Mas inrroduzlr em •~•- Henry Moore, recentemente ex- n~ vlmentoa llvres. o-,se modo, tcs reconbeclvela modl!lca pu.eeram aeua trabalhOfi em l on- como os movlmento5 do pro- motJvadas pelo. tntenç!.o da or- dr... no Lefevre e nas Galerias <luzldoa por uma rorr:,a compa- mn, Isso Ji é outra cola. No en- Lelcester, respectivamente. Am- rr,tlvamente almples de esculpir, tanto, segundo n~ parere, 6 l..,. ,se apreaentaram noa eatl- r: oa forma permanec, proeml- >L'O, exatamente, que Mr . Moore loc mala abstratos e suu expoal- nrnte como um tQdo e exer- t•z multaa vezes . ~.., atereceram a otuLAo de ce seu papel na intenção da comparar aa duas principais <••cultora . rendenctaa da escultura inglesa tJntemporanea . Ambaa aa ex- Se é certo que per=ece um P."'lç6ea IIIO@traram trabalhoe ,sentimento de quleturl• na arte tttenlea. maa torna-.. interea- de Mias Hepworth, causado pela ennte fazer um estudo com'>3ra- >.lmplea linha geral de suas rar- t1,o dos dois artistas, de ma- fflftl, a palavra monum<ntal não ncua a evidenciar em que pOn- inala pOde ser apltcad~ com re- tos oa meamoa diferem aLual- íerencla a suas escu!ruras. aem mente. Em dlveru.. fasea de prejudicar, lndubltavr:men\e, o ftU desenvolvimento, °" doJs es- '1gnltlcado dM me.,:uas. Mr. cultores demonstram extT,ma Moore, no entanto. e:n seu re- ze.melhança um com o outro. torno a um eottlo mala repre- Al!. caraoterlattcaa !nlclala. ten- aentaclonal, que data do começo tn de Mias Hepworth como de da guerra, reintroduziu, em mul- Mr. Moore, consatlam de for- las de suas ucultura,,, a qualt- nu, naturala almpllflcadas, com- ~•de moiiumentaI de ,seu eattlo l\"caaaae emmfn~~~=-•~ú::à!: ~~~;gi.o °J'r~%~st\~~~a iiIT'ur~ rcm-se obras de multo movi- l!fflll-representaclonal Que .uce- ::~ ~/~~;i~~:v:I .J;:P"ii: ~~ 1a.:'t'in.: 1 ':;gst~ara''.'°fS: Iler.~ prlmltlva, mal:r.ado uma é particularmente nvtil.vel, <m vaia semelhança com a flalono- suo última exibição, em '41ver- mla humana ainda r.,... note- «>11 gru))OS familiar.. em ron- da . E.staa, por sua ,•ez. foram ae, oa quala sugerem l!Dl tl- •nl>atltUldaa por !ormaa lnor11a- n,ento de ampUdão e gr ~eza, nlcaa e lrrepreaentac•onala. a despeito de aeu l)Cf)U ta– m.inho . ~wo TH IHIOBP: d~~\~~to~ 1 doter~UI~ loru, até o eataglo em que hoje ae encontram. parece,-Ja exata– mrnte 1lmllar. Existem, entre– tanto, algnlltcatlvas .Jlferençaa. O emprego, ))Or M.Jaa Hepworth de ddormações alt&mtnte dra; mitlcaa do rosto humano, !aso qullllto ao movlmento, teve cur– ta duraçAo, ,sendo abandonado un favor de um estilo de abs– tração geometrtca que a eacul– nira nunca mata abandonou . Por ali& vez, Mr. Moo,·e, depoJ1 de um longo perfodo de expert– •ncla com aa abetraçõea geo– i:ietrlcas, voltou-se inteiramen– te para aa deformac;õe, da rt- ~~- h.1;°'i:,~en~::'° a ~i~~~ alheJa, mas conalderou-a Jna– proprtada para o ,seu tempera– mento. Maio tarde, ,,, dola ar– tl:.tu mostraram ceT!Da ca.rac– terlstlcaa peaaoala er:- cómum evidentes mesmo em ,eu.a tra: bolbos ma]o recentea, que in– dl""m. no entanto. uma dl!e– rença de temperamento bulan– te natural. Mesmo em auaa primeiras es– culturas. Mias Hepworth utlluou U'I\ aJuotamento dellc,;.do do. su– Pt'rftcte e extremldadf'-~ curva,. our se tomou, desde er,t.Ao, um de seus principais meloa de ex– pressão. Em contraate, Mr. Moore mogtrou. em sto ú.ltlma ~:\~i~~ ~~~ft'6: ~:ab~~ Uto asperamente. qur qualquer ie.,,a JuJaarla Lmposslvel <las– eJlca-Ja na obra deste Jovem or111ta, em constdera~·el !)f'rdn de sfgnlflcnçAo . Por outro Indo. 11,1 arte de Mr . Moore. sem- 1,,rc houve um clcmen•r drqmâ– l1ro : mesmo em suas escultu– ro..s lrreprcsentaclona~. ele o csµrcua noa gestos daa figuras. eu:is eacultura.s tran11tDOrtam ns <moções evocando assoclnçõea eaplrltu&b. mesmo remotas e ge– ra 13, pelo menos tanto QUAnto o •feito direto de GIJJ'• proprlas r.~erltmo., . li FORMAL E O DRAMATICO E= diferença ougerlda •ntre cs dol• ucultorea nGn lmpllca t'3turalmente. em QUt: na :u-te :!e Mlss Hcp"'<lrth as em:,çóe:; dromatlClls m\o t~m o .eu JJ3pel 4VC se refere puramente a.oS ritmos formr.13. ou que nM msl.5 r:,..... ai., e bú.stca:; C5SC>Cfações ndo C'Nrnm C:e aJgcm:i m~elrn obs– c:.n n : nem lm9Uca. Isso em QUe na :irte de Mr. Moorp e.s pro- ... P<Jrçõe.s do tUQS flalonomlas são, no. sua .?ncl11, sem ttlgntttca– ~o. Slgnltlcn, sóment.e, que o lntereaso dn forma prepomlna (.ln um e o intu._..e dramãtlco cm outro. mnn predcmtna. de t\l m;ine.tra. e tAo consist'!nte– in, nte que chega n constituir ums dlfercnç..i fundan1ental en– tre ambcs. E', portanto, natu– nl. que, em ,seu ,\!timo tm– hklho, Mlts Hcpwortb con~mu- ~fo~Fe ~e~~~ ~~~~~= "'"'º a um grdu de naturalla- 1uo qu::, permJte um rompleto US<: da •s:soclaçãa de !~~las. As primeiros esculturas de Mlss Hepworth !oram monu– r:;,ent.a.1s : stro..s flgu1a:r1 eram ccml)!lotas e ma.clQas firme– mente fixados na bote A pose eal,\âtlca foi substltu!c'n ·em suas r. strações anterior~ por um OQulllbrlo dl!mero, m•• n forma <:1.,1mpacta permaneceu. Em suns ulUmas produções, to,tavJa, tam– hêm essa tormo. compacta de– Sbpareceu . O efeito nisso é que um d..enho constltul 1 Jo pe!o IJ- !r~~g;1::~~0n~:C1ºci:~T. ARTE AB TRAT A ecente eaculturs d Mr . Moore 6 Uda como ropr ta– clonal, em compara~ com us tubalhoa mala abstrat,oa dai 1- tlmoa tempos : o ep!teto 61>– ml.llte pOde ser apllcaJo no ,en– tldo comparativo. A flalonomla humana tornou-se reconhecJvel em todas aa peças exibidas em sua ex))06lção : mas, com uma exceção, uma figura romemora– Uva em pedra, que foi conslde– rada como sofrendo a deforma– ção. Iaao dlzemoa para evitar m•I entendidos, mas o fll)nto ~o"°~~~~:C1~~:;,::1e ""'i~t;~~~ tu!as humanas e, com•> tal, Um um conslderàvel poder de evo– ror Idéias. Quando a arte abs– t.rata era, relativamente, uma 11nvldade, costumava-&e perrun– ta1 porque. entre aua, vanta- f,f~ ~=hld:..el~~tf; a':~ aumento de que oa objetos I eala t:nham aasocJa~ dlfer•ntea ~~~sc:=~~te~~t~ e .:w:~ lt. ~~:•~u1:'ombe~r~rJ~{k no espectador uma err,oç&o dl– r, sente da que produr ra em al próprio. Esoa Jdélo. rol abando– r.od: , e mUltoa dos m,.Js abslra– t<" orllstas usarom dellberado- 0 1: ntc de sua llbe.rrt.>de. para • •--..,,...,.... ~ rnn, a.~ ·,11 m'.l.-:t nn- Tomar uma forma abstrata e r.ela introduzir um buraco 6 simplesmente alterar sua ror– ms e ,seu.a r1tmoa de rcrma . To– mar uma figura humana reco– nneclvel e nela praticar uma abertura é chegar ainda m&la Jo:,ge, rato que Mr . Moore pa– r<oe esquecer alguma« ve,sea. l'm exemplo Ilustrará eaoa as– serção. Em. sua recente expo• •1i;lo, ele mostrou um tronzt no qual & flalonoml& humana apa– recia envolta em Ia,;oa e com c:IJveraaa auperflcle&. Ao e,,pec– tador, !)elo menos, o desenho su– geria duu fl(luraa tntrelaça– rl.., mas o catilog:, descrevia o trabalho como aendo uma Fl1ura Reclinada . Mas a ~bra era formal, na intenção taa– t.ante óblvla de a!aatar qualquer !r,:eresse em estudà-Ia. Porém. ::1esmo considerado r.omo for– ma, um desenho terá <lgnltlca– çfo diferente ,se for interpre– tlldo como duas figuras genuna– dar do que ae for inlerprrtedo ramo sendo uma só rucura . Seu ltio àl • 1a aón- repção das duas urudades in– dependenJ.es- porém relaclon~de.a. Deve ser portanto notado que rne bronze produz no especta– dor um eleito dl!erentc do que o escultor desejava . Asalm, o erro foi. causado por rr.otlvo do elPmento representac1onal do tnbalho . Conalderando-8" qu~ tala dei– tes aào permlUdos, nio podo ha– ver obJ~ a que MI . Moore ml&ture aa formas representa-– clonais e lrrepreaentac!onala. ~~~:.rfo'~ u": ~~l~oin~ teresudo na emoção dramtttca corno o é Mr. Moore . Ao mes– mo tempo, e.le demonstro. maior f~~:d~~::,.~~o ~~a~~~~ , dvel liberdade. Em sua llltlma ~f:SSa~"á. ~e=:-~";!~ r~~ ~O.. :;,~nlf:~~-~,;, :: tllo menos abstr&to parece-no, rorreaponder a ,ua necessidade nrtlstlca, como um mala abotra– to deve convir ào de :Mlss Hep– " orth. Ambos adaptaram oa progreosoa deste 1éculo a auu c,1nvJvenclaa pessoais. Pode-se aJur. portento. com aegursaça, que laao repre,senta um estudo V.:~!;° p~~."d~".'°~o:qi:u~: ,.., lf,1norA-lu. nlltacão da forca de l!"avldade, "ELEGl"" - ESCULTORA EM ALU>El,l!A, l>E ll4ll, IIA.BA IIE&'WQ,!lffl ou de uma contra-revolução. Ele não conduz palxõea hunta– nas. M.a.s petardo.s. Cad" io– mance é um semeado de ex– plosivos. O autor nos d!Z pata onde nos leva o esquerdlamo de M&Jroux ou o eaquerdLsmo de Bilene, o católtclsmo le M&u– rtac. Quem 1~ .John doa PIU'vll ou St.elnbeck gabe para onde. val. Z assim não .,, vai, den– tro de um enredo, naa tiniu caregadag de uma tragedla, mu, dentro do intereaae poll– tloo. llourget, num doa volumes de auaa • Pagu.. de critique et ele ductrlne", dlZ que o rom, J – ce não é a vida repreaento.u• maa a vida recorutrulda. Vo mo, entretanto que, no rc-– mance polttlco contemporaneo, não hi em que ae aplicar ~.sre conceito, porque ,t poUtlca aen– do ,sempre uma Juta de venta– de o rornADce aparece como uma vida premeditada, a vr– vl90 de uma !dila, de uma doutrln& ou de um pari.Ido. A!Jment.a-se para laao, do velho leite romenclato e robwsteeldo, aasLm aauaru às lnquletaç.)e< do mundo atual. Em outros tempos, o romance e o teatco pol!Uco Uniam , m caràter predominantemente hla– tcrloo. como mostra Fr1ederlch Oundolf ceaar rol sempre um faxinante pretexto llterf.rlo a partir de Dante AIJihlerl, aca– bar nos romant.lOOa de Rousuau Herdcr. P rem, tul.lld • de o romanoe l)Olltlco e p&J tl– clpatlvo, aal da pena. do artl!ta manchado de polvora revolur10- nl.rla Ele não 6 uma oplnl&o, mas ·uma conduta Nlnguem pensa, por entre aa paixões que o cercam ou POr entre u dl!l– culdades que o at.onnentam, em recordar Cc,•ar ou Henrique vm. Oe vivos é que vivem em ~~~i1~1=.. q:u~l: que uttveram com o eacrltor na me&m& trincheira, na meania use.mbleJ& ou na m.eama oona– plraçl.o um Bela ltun, um la– vai um Lenine, um Stalin, um RIUer ou um MUaaollnl. o romance nlo 6 mala um M– mance, uma criação, uma re– creaç&o. Nlo i o enredo paio enred.o, mu a esprudo alnto– matlca de uma realidade vivi– da ou de uma terrivel uplra– olo vivida. Quando Al\dr6 Maf– raux descreve a tormenta ulA– tlca de "L& condJUon humalne• e acentua, com limpidez de tUo, o aofrtmi,nto de Tchen. a dramatlca exaltaçlo de May, :ia:. r~~"a:-:.r~:t' J:r~ certamente um artista, 6 cer• tamente um admlravel rom~n– clata, mas 6 sobretudo um re• porter e um revoluclonirlo. E runguem mais roae dal. Não ~ romance t><>lltlco moderno de maior ou de menor valor, ~:: :i"n&"~P\'u~º'e ~':~ rumanklade crua, no enoontro daa dlvergenclaa. 11:ntce o lado de !à e o lado de ct., entre o pensamento querido e o pensa– mento realizado, eatà o a.aaom– bro da mlserla do homem, que .,, nega a al mesmo. E' o que acontece com Artur ~;~Ter sue~ ~~cf:'u ~m:!~ ae, traduzido para o rranúa com o titulo - Le zero et l'ln!lnl": KoeaUer 6 t&mbem um pel'lo>– dlata. como Malraux. é um in– quieto a camlnb&r pela& aven– i.uras do mundo. De))Ola de oer– oorrer a Euro!)& revoluclonar1& perto de dez anoa, a,cabou-se re– fuaiando na !nglate~. E pu– blicou erita.o uma aele~ de en– saios sob o titulo • o yogl e o c:bmlllaarlo•, Para KQest.!er a noas& clvlllzaçã<> produziu dola tipos exllemadoa : - o comla– aar1o, que emprega qualq:.er ~~~':°do ~~~li~~ q,;~ só eldste o mundo do eaptrlto. Na aua cautela crltlca i, ~.ua,la, com receios de cair na simpatia doa reaclonarlos, ele entretanto aaaume uma atitude deélalva, Por laao ele nào tem perdlo para oa comunlataa. Nem <>e óõ– munlalaa para ele, Koeltler é um inconformado, o desespero bumanlata no f08<> da tnt.oleran– cla revoluctonarta. "Le zero et l'ln!inl", 6 como consequencla de'.ta. atitude po!ltlca lnoon– Jormada, um romance que .. a!aata inteiramente da escara do romance. Nada que ae ..,.._ melhe & • A guerra ç. pÍ.z" de Tolstoi, que ae :,i:,roz!!!je de "I\e ret11e et Ie nolr• de Stendh&l q\l meomo dos romances l)t'Oletarlós de Zola. 1.01& era polltloo. Mao era mUlto mala UD\ pintor d'e cdt– tumes, um compenetrado de ~e a arte é a natureza através que ~'Tr'';s";'~ ~J'J:. mente. só aente politicamente, só vive POlltloamente. O aeu ro– mance n&o emociona. pelo 14u colorido, pelo .. u calor, ~ ao cantcarlo, paio aeu tom filo e cortante, pela 1U& &lll\lll'la rrepuacular. por eaaa reveI•çio da deaumanldade claa dout.rln... a'tcavéo dU IOrl\l_!'U noa F.esl• Esse acusado, nessa maqll!na de destrutçAo da l)er,onallda– de humana. confessa o que !ea e o que n&o rez. A sua det.trulção tisica e moral se reallu de uma forma lmplacavel, Para is.o, não Ili só a maquina de tortu– ra.. u subtllezas para pro\'ocar o sofrimento, mas um conjun– to de medldaa, de plano,, de forma, de atitudes, de ~uçõea e repuaõea dutlnada, a pl'l,s– trar definitivamente a !)Obre al– ma humana O carruco· só não basta. Ht um •Lltema que decorre da pro– prla eotruturação da poUUra, uma exploração J)Slcologlca e lo(l!ca que provem do proprla alatema domJnante. O maquJn– vellamo do Ohde, daquele que KoesUer chama o Numero Um multlpllca-ae, atuador • o coe.' rente, por IOdu aa l)eÇas do maqulnàrlo do Estado. No J)l'eal– dlo ele ••IA au,sente e e,,t.+. J)l'e– sente. Ele està presente, na ar- ~~Jf,:"~~ :O ::~lia d!~gar~ compensar o aacrltlclo comple– to de Roubachor, por um,, .,.._ ta alJnl)atJ& e piedade. LETRAS E ARTE& ANDRE' OtDE ,: O IMPOR,. • TUNO &tando Andr6 Olde, certa vez, a folheAr um livro naa Oelerlas do Odeon, alguem ae aproximou do çande escritor e dlaae: - A gente, ao ver cer– toa llvroa, pergunta quem pode– ri 1!-loa... - Mas, ao ver certas l)eaaou, - respondeu Otde - pergunta que pOderão elu ler. ªINl"ANCIA" l!lM ESPANHOL Anuncla-ae em Bueno, Aires que a Editora si,1o Ve!nte aca– ba de lançar exceJehte traduç&o de INPANCIA, volume de me– mórlaa de OracUtano Ramoa. Encarresou-ae da traduç&o o escritor Bernardo Kordon cujo trabalbo pode ser considerado rnagnltloo aob IOdoa os ponto, de vlat.a. De Oractllano Ramoa allú, a Livraria Joa6 Olymp!Ó ltdltora apresentou c,te ano u Obra, Comple/41, em & beloa e uniformes volumes aaslm dla– trtbuldo1 : I - Caet.ú; II - li . Btrnmtlo; Ili - Anqiutla· IV - Vida, Stoa,; V - /n,/Jnfo'. DOI~ SONETOS Com ele, d-l)&rtCem OI ft• Ihoa temas humanoa. Onde o desesperado anio,· de Stendh&l, a luta contra a lnJuaUça lOcial de Zola ou de Dlcltens, ou OI .... mas da re.aponsabUldade moral del~ ~-;J:,à1 que, num OU• tro romance aeu - • Arrlft! and depirture• • o problema do !1• mor e do sonho aparece. ~ neaJSe amor e neate "°:C Nt.lo ~OI ~~r~ ~~n~ca 111 111'::~ ilca de Freud, :,o JolJO dce re– calques. claa sublimações e d!I libertação doa mouvoa. 8anla calcuiada e estcanha, é uma - peolalluda na Pllootosla COII• feaalonal e na drurata doe ap– nhce. z Odete é uma Ol1atura tluluante a deaumana. Como em "Bolero et l'lnfllllf. onde todos ce l)t'Oblemu • acumulam em R.oubadlof, - te romance elea M &CllllllilUD ~ea:.~~-tel~~ td~_,,:. Peter é quem pensa. •ec,– dlz este, como ae plant&a de ral• se, aereu". 1Jle 6 o martlrilado, como vitima da sua intenceQ– cl&, num mundo quanUIIU'IIII • lnlUntlvo. O que fica no Uno, l)Ol1aW 6 o drama pollttco, a coniHca do homem que 1&1 de 111& cl.– • nlo tem qualldadea para .,._ trar em outra e que por IIIC' parece viver num melo em qllf o clvll ae aenta cuipado dlaDla daquele que .. tt fardado • o fardado cuil)ado dlant.e $1 clvJ; e que por lllo fica :i aempre, como dia lloe1tler, borltando o pt.nl1,0 de aua P~:~~IAI, •um petUador e um ~ to– da a sua 10nalbllldade toda a 1ua experlencla vivida, todo o aeu !)Oder de medltaf&o 16 a• preaaam a dor do rracaao poli• tlco de uma épou como ele oon– clul, em que u mlatlcu de bo– Je rão t.&o lammtavola quanlll o do os reformadora poUUoal. LUCIDEZ Virgínia VICTORINO <Col»11Cllf doo "Dlúloo ANocadoo", 04qU1rld& DOla - - - lAobOa) lll!J A hUCIDPJZ CON818TE EM VBR NO MUJfN E NAS ALMAS, SOMFNTE O QUE APAVORA - NUNCA A LUZ CLARA. E DOCE DUMA. A~ MAS A TREVA DE WDO NAUBEA.BUNDOJ _ , ' 8E A' FACE NOS ATIRA, A CADA HORA, A PERFIDIA, A TORPEZA, O l"!!L IMUNDO, -NUNCA O BALSAMO, A FLOR DO BEM PBCt7JlllO MAS A DENTAUA ViVA DUMA ESPORA; - 4J{l BE ESOANCARA 08 ALÇAPOEB DA VIDA, ~ FAZ DE CADA SONHO UMA FERIDA E DE CADA ILUSAO UMA AMARGURA, W NAO BZII l!!U NAO POSSO! EU NAO RF.8JSTOI 8E E' ISTO A LUCIDEZ, APENAS ISTO, MEU DEUS! ABRE-MI:: AS PORTAS DA X.OUCVkA: ~A, 19'17. SERENATA Fausto ARIANO (.lo C&Dtor 'l'oltmoco Colllao ,.. _, .1:i_1anse o sc,ni do Ylolão acompanhando, daa cançõea o sereno .-oluçar e o bordo. cm emoçõea dolorea, canta : "Ao luar" ..• 'Tua br.-,.ca" ... "Dehla-me olloNr". •• ... Através de pentana da janela, os vtra1na1, el'icantoa de alabutro e no c~u n •~t, ela d&lva e a lua branc& ouvindo t b1,u1m o 10luçar do utro. ... Pergunta neatu nottu de ambrcma : porque s~ i,onóenaa em pranto a d6r, 1 ae a ;áitlma 11iio ae transforma em fl6r?II ••• - Se aa fibrea 'l'i~em pouco mala de um dia. porque a nnlade clllta tenecert li ... - Lembrando a moctdi<de, hei de 'l'iverlll .. ,

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